quarta-feira, 23 de julho de 2014

Spero me nocte accidit mirissimum praeteriens nemo.

Diversos sites fazem a ponte entre profissionais e contratantes e
 podem ser boas alternativas para quem quer complementar a renda
 ou precisa trabalhar de casa por um período

Não, esta não é mais uma daquelas propostas misteriosas que você vê em anúncios na internet ou em cartazes nas ruas. Mas trabalhar de casa, hoje, já é uma realidade. Fazer seus horários, definir quais trabalhos quer fazer e ter liberdade para ficar no “escritório” de pijamas são, sim, possibilidades reais. Mas não se iluda. Tudo isso exige organização, disciplina e, obviamente, bons contatos.

Muita gente já se sustenta hoje sendo apenas freelancer. Outra grande parte sonha com isso, mas esbarra na dificuldade de encontrar trabalhos e começar. Foi de olho justamente nesse público que surgiram nos últimos anos diversos sites que se propõem a fazer a ponte entre profissionais e contratantes.

Conhecê-los, avaliar quais atendem melhor às suas necessidades e saber como utilizar cada pode fazer toda a diferença em seu objetivo de ser um “freela profissional”.

Antes, no entanto, preste bem atenção em um aviso importante: antes de se cadastrar e apostar suas fichas, procure na web informações, comentários e avaliações de outros usuários sobre as plataformas, para evitar transtornos futuros como não pagamento, atrasos etc.

Veja abaixo uma lista que reunimos para vocês:


Pesquisa da rede demonstrou que ingrediente é um dos 
preferidos dos clientes. Preço sugerido é de R$ 6,90, como parte 
de plataforma de ofertas a valores acessíveis

O Burger King incluiu em seu cardápio o novo sanduíche Whooper Bacon Jr., com um dos ingredientes preferidos dos clientes da rede. O lançamento já está à venda nas lojas de todo o Brasil, com combo com Batata Suprema Individual, porção que é coberta com pedacinhos de bacon e queijo cheddar cremoso, além do tradicional free refil. O preço sugerido para o sanduíche é de R$ 6,90, valor que pode variar conforme a unidade.

O Whooper Bacon Jr. é composto de pão com gergelim, hambúrguer de carne grelhada no fogo como churrasco, queijo cheddar, tiras de bacon crocante, alface, tomate, cebola, picles, ketchup e a exclusiva maionese do Burger King. O sanduíche integrará a plataforma de Preços Irresistíveis, que traz lanches que são sucesso nos restaurantes da marca por um preço mais acessível.


Food Truck nas Ruas indica em que locais estão os veículos que comercializam 
refeições ou lanches em várias capitais. Usuários também podem colaborar com indicações

O aumento na abertura de novos negócios de food truck originou a criação de um guia online que reúne os endereços desses caminhões. O aplicativo Food Truck nas Ruas indica em que locais estão os veículos que comercializam as mais diversos lanches e pratos. Na versão para PCs e notebooks, o site conta com interatividade e navegação amigável. A ferramenta está disponível para download nas plataformas iOS e Android.

Os usuários também podem colaborar enviando um formulário de contato com o nome e local de novos pontos de venda que estão espalhados pelas cidades. Um mapa ajuda na localização dos carros de comidas, que estão espalhados nas capitais dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O projeto será expandido em breve para a Bahia, Minas Gerais e Brasília.


Aihui Ong deixou seu emprego como engenheira de software para 
mochilar ao redor do mundo. O resultado? Inspirou-se e 
criou seu próprio empreendimento

Aihui Ong trabalhava como engenheira de software, prestando consultorias a grandes empresas. Apesar do salário de seis dígitos, ela não estava feliz com o que fazia. Somou-se à frustração profissional a frustração pessoal de um divórcio e ela resolveu dar um tempo. Já havia guardado dinheiro suficiente para "mochilar" pelo mundo durante um ano e foi isso que fez, não sem ouvir algumas críticas. Falando ao site da Fast Company ela conta que ouviu coisas como "você está na casa dos 30, deveria ter filhos ou se tornar vice-presidente de uma empresa, não se hospedar em albergues sujos". Ela não deu ouvidos, porém.

Durante a viagem por 20 países, em contato com culturas diferentes, teve a ideia que lhe deu satisfação profissional e retorno financeiro. Love With Food, ou "amor com comida", é um sistema de inscrição mensal on-line, que oferece lanches completamente naturais, entregues na casa dos clientes. O valor do pacote fica entre US$10 e US$19,95 por mês, e o inscrito recebe uma caixa, também mensalmente, contendo novos tipos de lanches naturais, normalmente fornecidos por pequenos produtores. A empresa começou como uma startup, em 2011. No ano seguinte, a Love With Food já atingia US$ 250 mil em rendimento. Hoje em dia, esse valor chega aos US$ 2 milhões e o sistema de inscrição cresce rapidamente, contando com 15 funcionários.

A ideia do negócio surgiu aos poucos. Ong sempre foi uma entusiasta das diferentes cozinhas e sua viagem pelo mundo maximizou esse interesse. Ao final da jornada, ela resolveu voltar aos Estados Unidos para morar, mas sabia que não queria voltar para engenharia de software. Decidiu ajudar uma amiga que vendia seus produtos naturais em uma feira local e foi aí que teve contato com os negócios alimentícios. Sua frustração foi enorme ao descobrir que muitos pequenos produtores tinham mercadorias de ótima qualidade, mas não conseguem levá-las às lojas. Entre distribuidores, intermediários e os compradores das lojas, os produtos que chegavam às prateleiras eram (e são), na maioria das vezes, os de marcas nacionais. Ong percebeu a ineficiência do sistema e a raiva causada por isso se transformou em empreendimento.

Quanto mais se envolvia com os problemas dos produtores, mais ela se interessava pelo assunto. Foi a feiras temáticas e conversou com especialistas, mantendo os ouvidos abertos e a mente pronta para absorver e mastigar as informações importantes. Assim, estabeleceu uma ideia e concentrou esforços para colocá-la em prática.

Ong destaca alguns pontos para o seu sucesso. O primeiro é atenção ao feedback. No começo, ela selecionava os produtos que colocaria na caixa sem muito critério, sendo guiada apenas pelo seu próprio gosto. Aos poucos, foi acompanhando as tendências do mercado e buscando entender o público a quem atendia. Finalmente, chegou à conclusão de que os produtos selecionados deveriam permanecer na linha natural e serem aprovados pessoalmente por ela, que estabelece linha direta de comunicação com as comunidades que consomem alimentos orgânicos e naturais.

Outro fator é seu amadurecimento. Ela conta que suas habilidades se desenvolveram e sua visão das coisas tornou-se mais ampla, permitindo a melhor definição de prioridades. Investimento em análises de mercado e dados obtidos on-line com os clientes são algumas delas. Identificar e estabelecer tendências faz sentido para a empreendedora. "Quero saber se estou enviando para o cliente algo que ele vai querer comprar novamente", diz ela.

Por fim, aliar o seu negócio a uma causa social se tornou a cereja do bolo na vida profissional de Ong. Seu projeto de doar uma refeição para cada caixa vendida é um sucesso, com mais de 100 mil refeições entregues a crianças necessitadas, através de fundações como a Feeding America Network ("Rede Alimentando a América") e Share Our Strength--No Kid Hungry ("Compartilhe Nossa Força - Nenhuma Criança com Fome"). Além disso, seus clientes são envolvidos com o desejo de criar impacto social. O objetivo não é só vender comida natural, mas criar uma comunidade de pessoas com valores em comum, compartilhando experiências, com canais abertos de comunicação e marketing, de forma que o que acontece em uma feira local - a interação, a atmosfera aberta - seja transferido e maximizado para uma realidade global.

Com informações de Fast Company


O texto aborda uma nova estratégia de marketing focada
 nos valores da organização. E, graças à nova forma de 
conexão e comunicação da sociedade, onde a informação transita 
de forma instantânea e sem fronteiras, o marketing passou a ser 
chamado de Marketing 3.0

Clarice de Souza Mendonça de Oliveira*

Quando participei da palestra “O novo papel do marketing na economia conectada por redes”, ministrada por Philip Kotler em Porto Alegre, fui pensando que ouviria um discurso focado em uma nova plataforma, baseado em comunicação digital. Logo que lá cheguei, troquei ideias com algumas pessoas e muitas delas faziam o mesmo julgamento.

Para minha grata surpresa, apesar da relação direta com o tema, Kotler abordou uma nova estratégia de marketing focada nos valores da organização. E, graças à nova forma de conexão e comunicação da sociedade, onde a informação transita de forma instantânea e sem fronteiras, o marketing passou a ser chamado dessa maneira.

Reforçando, marketing é a atividade, conjunto de instituições e processos para criar, comunicar, oferecer e trocar ofertas que tenham valor para os consumidores, clientes, parceiros e para a sociedade como um todo.

O marketing gira em torno de três disciplinas importantes: gestão do produto, gestão de clientes e gestão da marca.

Quando falamos em gestão de produtos, devemos levar em consideração tudo que tange a esse universo, ou seja, produto, preço, praça e promoção – os famosos 4 Ps de Marketing, que abordarei também nessa coluna. Na atual abordagem do marketing 3.0 o principal fator relacionado a administração desses pontos dentro de uma empresa deve ser a cocriação. E o que isso significa? Com as atuais tecnologias o consumidor passou a interagir diretamente com as empresas, elogiando ou criticando organizações, produtos e processos em suas redes sociais, criando muitas vezes, virais que circulam rapidamente e formam novas opiniões. Diante disso, gestores de marketing devem estar preparados, mais do que nunca, a ouvir o consumidor e faze-los partícipes do processo de criação de produtos. Como exemplo de algumas empresas que utilizam-se desse processo estão Lego e Harley-Davidson, que fazem workshops com clientes para o desenvolvimento de novos produtos.

Na gestão de clientes, estamos falando de segmentação, targeting e posicionamento. Ou seja, é necessário conhecer qual o mercado de atuação da empresa, qual o foco e como posicionar-se para o seu público-alvo. O foco da gestão de clientes é a formação de comunidades, de grupos defensores da marca. Uma empresa que presta ações sociais na região onde está instalada, por exemplo, pode ter uma forte adesão da comunidade e isso poderá se espalhar, tornando-a uma empresa do bem. Um exemplo de empresa que tem uma forte adesão de seus clientes, não clientes e comunidades é a Natura, a única empresa brasileira a participar do ranking das 20 mais valiosas do segmento na América Latina, segundo Exame.com.

E, em gestão de marcas, o propósito é a construção de marcas fortes, com ênfase na construção de caráter. A marca precisa ter personalidade, ser verdadeira. A gestão de marcas começa dentro da organização e a gestão de marketing é movida por valores. O objetivo do marketing passa a ser tornar o mundo um lugar melhor, propulsionado pela nova onda de tecnologia, onde o mercado deixa de ser de compradores (marketing 1.0) ou de consumidores (marketing 2.0) e passa a ser de seres humanos plenos, com coração, mente e espírito (marketing 3.0). Diante disso, a visão, missão e valores da organização devem conduzir todas as ações internas e externas, com a colaboração de funcionários e clientes na gestão de marketing. É um belo desafio tornar clientes e funcionários proprietários da marca, que se sintam à vontade para experimentar, sugerir, criticar. E, claro, contar aos outros e convencê-los a comprar seus produtos. Esse poder de convencimento é cada vez menos o papel do marketing. O marketing agora precisa difundir os valores e o cliente concluir, por ele mesmo, que vale a pena consumir o seu produto ou serviço.

E aí, preparado para essa era da participação e colaboração?

*Clarice de Souza Mendonça de Oliveira é especialista em Marketing no MBA da FGV-Florianópolis, graduada em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Dez anos de experiência na área de Marketing, tendo atuado como professora e à frente de coordenação e gerência de marketing em empresas privadas. CRA/SC Nº 8535 | CRECI 19371

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