sexta-feira, 29 de junho de 2012

Modéstia

Nosso guru


Na hora que recebemos a notícia que o NOSSO GURU foi bater suas asas, veio à nossa mente uma frase que ele falou,  lá pela metade dos anos 80, lá na rua Centauro, em um final de tarde, sentadinho naquela cadeira e com aquele sorriso:
"Dê mais às pessoas, MAIS do que elas esperam, e faça com alegria. Fale devagar mas pense com rapidez".
Só saudades Sr. Edgar



Relação Cliente e Agência

Quando a relação cliente-agência vai bem com vinho branco, surgem preciosidades como estas. Frases como:
- "Não temos muita escolha. Tudo o que fazemos, desde campanhas mais rápidas e sem brie-fing, até projetos que levam seis meses para saírem, tem que sair perfeito. A cada nova campanha precisamos elevar o sarrafo da qualidade";
_ "A nossa relação profissional não é daquelas em que o cliente apresenta algo e o anun-ciante aceita ou não".

E tem gente que teima que o relacionamento deva ser simplesmente comercial. Ledo enga-no.
Confira
http://www.youtube.com/watch?v=REHrK7byZMI&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=bJHpxwH6Qik
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=_q_-Hi4uXCE#!



Os 70 anos da Vale


Após 11 meses de trabalho, a Corp, divisão de filmes institucionais da Conspiração Filmes, que tem contrato fixo de prestação de serviços com a Vale, conclui documentário institu-cional de 26 minutos para o anunciante.

A versão integral foi exibida na cidade mineira de Itabira, berço da Vale, para funcionários e ex-funcionários, e no Cine Odeon, no Rio de Janeiro, para a equipe do escritório carioca da mineradora. Dez mil cópias do filme serão entregues à Vale, para serem distribuídas para clientes, fornecedores e funcionários espalhados por outros países.

Confira http://www.youtube.com/watch?v=smna8tI_PNE&feature=player_embedded



Você já ouviu falar da Coca-Cola
Happiness Refill?

 

A Coca-Cola mostra-se mais uma vez como uma marca versátil e totalmente atual. A empresa percebeu que para os adolescentes a felicidade é estar sempre  online, nesse sentido, criou uma maquina de refrigerantes nunca antes vista. Em sua loja de Praia localizada em um dos endereços mais cobiçados da atualidade, a praia de Copacabana, a Coca-Cola instalou a “Happiness Refill”. Uma maquina aparentemente normal, mas que ao invés de encher um copo com Coca-Cola, serve para garantir créditos de acesso gratuito à internet, num browser exclusivo da marca.
Em terras tupiniquins (Brasil), os hot spots de wi-fi gratuitos não são comuns, infelizmente, onde a forma mais comum de acesso à internet mobile é feita pelos jovens em grande parte através de tarifários pré-pagos, garantido a marca uma nova forma da Coca-Cola chegar a uma geração que vive em constante ligação com o resto do planeta.




Novas regras para publicidade no celular

 

Os portadores de telefone celular podem, agora, optar por não receber mais as mensagens de texto com publicidade de suas próprias operadoras. A Agência Nacional de Teleco-municações (Anatel) determinou novas medidas para a publicidade via telefones móveis, tendo em vista as próprias empresas de telefonia – que frequentemente encaminham men-sagens de textos para sua base de clientes informando sobre promoções, bônus e outros serviços.

Entre os dias 20 de Julho e 20 de setembro, todos os proprietários de telefone celular rece-berão uma mensagem de texto com o seguinte aviso: “Por determinação da Anatel, caso não queira receber mensagem publicitária desta Prestadora, envie SMS gratuito com a palavra SAIR para XXXXX”. 

A partir de então, as operadoras só poderão enviar mensagens de SMS com teor publicitário para os assinantes que não se recusaram a recebê-las, ou seja, para a base de opt-in (deno-minação dada aos usuários que concordam em receber informes e mensagens das marcas).

Com esta medida, a Anatel procura, justamente, atualizar a base de opt-in das operadoras, ao mesmo tempo em que oferece aos usuários o direito de escolha de receber ou não as men sagens publicitárias. Junto com essa pesquisa, a Anatel também estabeleceu que as ope-radoras deverão, no momento do contrato inicial com os assinantes, questioná-los sobre o envio das mensagens publicitárias.



Controle remoto e computador nas mãos


A televisão e a internet se tornaram, de fato, mídias complementares. Uma nova pesquisa do Ibope Nielsen Online comprovou a veracidade de um hábito possível de ser percebido por meio de uma rápida olhada nas principais redes sociais: as pessoas assistem TV enquanto navegam na internet e, em muitos casos, para comentar e compartilhar opiniões sobre, justamente, aquilo que etão assistindo na telinha.

De acordo com a pesquisa, 43% das pessoas ouvidas garantem que assistem TV enquanto navegam ou fazem qualquer atividade na internet, sendo que 59% admitem que fazem isso diariamente. As atrações preferidas desses chamados consumidores simultâneos são nove-las, jogos e eventos esportivos, filmes e noticiários. Quase 30% dessas pessoas garantem que utilizam a web para comentar aquilo que estão assistindo na TV.

A pesquisa do Ibope Nielsen Online foi realizada no mês de fevereiro, em 13 regiões metro-politanas do País.



Marcas, construtoras do futuro
Lena Castellón*


Unilever propõe um novo marketing, mais nobre e atuante, e lança o projeto Waterworks, aplicativo que ajudará pessoas comuns a doar purificadores de água para populações pobres por meio de integração com o Facebook.

A Unilever tem um projeto de dobrar seus negócios até 2020 e reduzir o impacto ambiental que esse crescimento poderia causar. Isso é conhecido e a companhia já falou sobre isso uma boa quantidade de vezes. Foi o que Keith Weed, CMO da corporação, deixou transparecer quando adentrou o palco da sala Debussy, na manhã do penúltimo dia do Festival de Cannes.

No painel “Crafting brands for life”, Weed disse que a empresa estava ali para compartilhar com os delegados algumas coisas que aprenderam desde que lançaram o programa Sustainable Living Plan, em 2010. O CMO da Unilever defende que se pratique um marke-ting mais nobre, mais voltado a causas sociais.

Weed pontuou que vivemos tempos agitados, em um cenário em que as vozes do público estão mais claras e multiplicadas pela mídia social. O consumo, com mais gente atingindo um novo status social, cresce a passos galopantes e coloca os recursos naturais em risco. Tudo isso nos obriga, segundo Weed, a repensar a maneira como atuamos. 

O CMO da Unilever afirmou que é preciso resgatar o papel do marketing do passado. Ele citou o fundador da companhia, William Lever, que estabeleceu como sua missão criar formas de tornar o Reino Unido um ambiente mais limpo e higiênico (ele lançou um sabão e buscou informar as classes trabalhadoras a respeito dos benefícios de usar tal produto no dia a dia). Weed também mencionou Henry Ford que, sim, pensava em vender carros, mas que também buscou criar um meio de transporte de massa.

Qual seria esse novo papel do marketing, então? Crescimento é bom, ressaltou Weed. Uma das primeiras coisas é pensar exatamente para onde os profissionais da área e as marcas desejam ir. “O marketing está em uma encruzilhada”, cravou. Ele reforçou que, do jeito em que impulsionamos nossos negócios, sem nos preocuparmos com as consequências do que fazemos, isso certamente roubará o futuro de nossos filhos.

Weed recomentou que marcas e agências considerem o desenvolvimento dos mercados emergentes, em termos de urbanização também. Ele afirmou que por volta de 2020 metade da classe média mundial estará na Ásia. Como lidar com esse prognóstico?

Outro ponto é que as empresas estabeleçam seus projetos para garantir uma vida susten-tável para a população. O terceiro aspecto que destacou é recorrer ao poder do digital. E isso não somente como recurso de marketing, mas como uma maneira de estimular as pessoas a conduzir as transformações necessárias. A Unilever trabalha, por exemplo, com o conceito “Small Actions, Big Difference”, que no Brasil utiliza o programa Cada Gesto Conta. “A boa notícia é que somos uma empresa com várias marcas e temos condições de impactar as pessoas por meio dessas marcas”, emendou.

Em seguida, Marc Matthieu, vice-presidente sênior de marketing da Unilever, assumiu o co-mando da apresentação para explicar os pilares da estratégia que repensa o marketing.

São três pontos: colocar as pessoas à frente (os profissionais da área costumam tratá-las como consumidoras, mas é preciso pensar nelas como seres humanos, com histórias, difi-culdades, valores. Para desenvolver uma verdadeira empatia, é preciso ter uma real conexão humana), construir o amor pela marca (os profissionais devem levar em consideração que as marcas têm impacto na vida das pessoas e devem “alimentá-las” constantemente, como se fossem uma criança em crescimento, para que as futuras gerações se aproximem dela) e destranque a mágica (marketing é uma ciência, mas pode ser conduzida com paixão; a comparação é com instrumentista que executa um violino, por exemplo, com técnica, mas que transforma a execução em arte se se dedica com paixão).

Parceria com Facebook

Dentro desse pensamento de repensar o marketing e fazer algo pelo mundo, a Unilever lançou, em parceria com o Facebook, e mais a ONG Psi, um projeto que visa doar purifi-cadores de água para populações carente e sem acesso a um sistema de tratamento de água nas regiões em que vivem. É o Waterworks, um aplicativo acionado pelo Facebook e que conta ainda com um site.

Por meio desse aplicativo, as pessoas poderão doar de dez centavos de euro a um euro por dia. O gesto acaba informado por meio de uma mensagem “eu impactei uma vida”. O dinheiro arrecadado será destinado também a treinar membros da comunidade carente a cuidar da qualidade da água.

* Lena Castellón - jornalista do Meio & Mensagem e
que cobriu o evento de Cannes em 2012



4 passos para organizar sua
mesa de trabalho


Por mais que você tente se convencer de que “se encontra na sua bagunça”, tem horas que a quantidade de coisas acumuladas na mesa de trabalho começa a atrapalhar. “Se você não consegue encontrar algo que procura imediatamente, pense no tempo que está perdendo no fim das contas”, diz o especialista em organização pessoal e profissional José Luiz Cunha, CEO da OZ!.
Com todo tempo perdido em busca de itens específicos, já dava para ter organizado a bagunça. “Organização é um investimento”, defende Cunha.

Confira 4 passos para evitar que as pessoas confundam o seu ambiente de trabalho com uma zona de guerra.

1| Tenha consciência: a bagunça é um problema
Como qualquer tarefa menos prazerosa, você precisa se sentir motivado para atuar. “Lembre-se do quanto isso atrapalha seu dia a dia”, afirma o especialista. Depois, tome coragem e marque um dia específico para a arrumação. Se a preguiça é grande, comece por áreas me-nores ou mais simples. Se a bagunça é que é grande, não tente arrumar tudo de uma vez só.

2| Estabeleça um critério
Organização exige um processo pré-determinado. O jeito mais fácil de começar é separar aquilo que não vai mais ficar na sua mesa: os materiais que vão para o lixo, para doação ou que serão mudados de lugar (voltam para o arquivo do escritório ou ficarão na sua casa).

Os objetos que ficam também precisam ser categorizados. “É essencial que você saiba onde cada coisa vai ficar”, diz Cunha. Materiais usados com frequência, por exemplo, devem ter fácil acesso. Outros objetos podem ser guardados nas gavetas: “Mas não se esqueça de cate gorizar e nomear cada gaveta (mesmo que mentalmente)”, completa o especialista.

A primeira gaveta pode, por exemplo, servir para materiais de papelaria (canetas, borrachas, grampeador etc). A segunda, para pastas com documentos categorizados e assim por diante. A divisão clara de funções para cada espaço na sua mesa serve para que você saiba exatamente onde encontrar (e guardar) cada coisa. E mais: “Seguir o sistema que você mesmo criou garante que a organização vai se manter por muito mais tempo”, explica Cunha.

3| Esqueça os post-its
Fáceis, sempre à mão e perigosamente viciantes, os post-its podem ser uma armadilha para a organização, segundo o especialista. Ele explica que as pessoas muitas vezes acabam se enganando com a ilusão da praticidade do recurso e lotam suas mesas e monitores com os papeis grudentos.

“Não só eles podem prejudicar sua organização, como distraem e muito. Volta e meia nosso olhar acaba se desviando para eles e isso mina a produtividade”, explica Cunha.

4| Acostume-se a se livrar das coisas
O problema não é sua mesa estar repleta de papeis e projetos. O problema é ela estar cheia de materiais de projetos antigos (que devem ser arquivados) ou de projetos futuros (que devem estar em uma gaveta específica). “A bagunça física acaba gerando uma bagunça mental”, diz Cunha. Você acaba confundindo os projetos ou fica ansioso pelo próximo tra-balho que terá.

“Além de saber arquivar e guardar, é essencial que a pessoa saiba jogar as coisas no lixo”, afirma o especialista. Para isso, ele sugere que se mantenha uma cesta de lixo grande por perto, para incentivar o costume de se desapegar daquilo que não será mais usado.

Se você é daqueles que têm mais dificuldade em recorrer à lixeira, a sugestão é que se asso-cie a algo legal. “Vale usar uma picotadora elétrica, que muitos acham viciante, ou colocar uma cesta de basquete em cima do lixo, até”, brinca Cunha.



Empresas têm buscado trainees
'mais maduros'
Adriano Marquez Leite*

 

Conheça as particularidades dos programas que selecionam profissionais com mais experiência.
Foi-se o tempo em que candidatos com mais de 25 anos de idade estavam automaticamente cortados das seleções de trainees. Nos últimos cinco anos, empresas dos mais diversos segmentos - engenharia, tecnologia, telecomunicações - têm buscado nos trainees um perfil mais maduro, alguma experiência profissional e, em certos casos, formação acadêmica mais completa, como especializações e até MBAs.

Há dois tipos de programa voltados a essas pessoas de 26 a 35 anos: os chamados trainees executivos - cujo objetivo é a prospecção de líderes - e o jovens talentos, criado para suprir a necessidade das companhias de atrair especialistas para determinadas áreas em que a oferta de profissionais competentes é considerada escassa.

 Nos programas de trainee convencionais, a política das empresas é contratar jovens graduados há, no máximo, dois anos, dando formação para que possam assumir postos de liderança após o período de treinamento. A ideia é que o profissional, muito novo, pode ser moldado de acordo com o perfil da companhia e se adapta melhor à estrutura organiza-cional, já que ingressa sem vícios.

O problema é que o profissional muito jovem nem sempre sai do treinamento apto a assumir um cargo gerencial ou liderar equipes. Em outros casos, passado o treinamento, o jovem resolve dar outro rumo à carreira, o que significa a perda do investimento feito no trainee.

Daí a mudança de foco de algumas companhias, que passaram a admitir também gente com mais de 25 anos. “Como estão mais estabilizados nas funções em que escolheram atuar e têm um planejamento de carreira mais bem delineado, esses candidatos representam um retorno mais garantido para os empregadores e não têm problemas em sair dos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, se as perspectivas de crescimento forem boas”, afirma Renata Schimidt, diretora da Foco Talentos.

A Oi é uma empresa que apostou no programa de trainees executivos - em que os candidatos podem ser formados há até cinco anos, mas precisam ter experiência comprovada como líderes. Cursos de pós-graduação, como MBAs, especializações ou mestrados, são considerados diferenciais. Com duração de dois anos, o programa tem como meta formar novos executivos no curto e médio prazos.

Já nos programas de jovens talentos, como a ideia é formar especialistas, as atividades costumam ser focadas apenas no setor no qual o trainee deverá atuar. O treinamento costuma ser mais curto. Na Nestlé, por exemplo, o programa Jovens nutricionistas tem duração de três meses e é dividido entre treinamento sobre terapia nutricional e estágio para aplicação prática dos conteúdos aprendidos. Mas isso não é regra. Na Mineração Usiminas, os Jovens Engenheiros prevê treinamento de três anos para os profissionais admitidos por meio do programa.

A boa notícia para quem está interessado nesse tipo de processo seletivo é que o número de vagas disponíveis costuma ser muito maior do que em um programa de trainee voltado para cargos de liderança. Enquanto nesse tipo de seleção o número máximo de cadeiras não passa de 30, as vagas para programas de jovens talentos chegam a 80, dependendo do porte e da necessidade da companhia. Além de formação específica na área para a qual o programa está voltado, as características mais valorizadas costumam ser semelhantes às de um processo de trainee comum: habilidade para trabalhar em grupo, flexibilidade, possibilidade de mudança de residência e vivência corporativa como analista.

*Adriano Marquez Leite – jornalista, articulista de gestão da Revista Você SA



As 10 estratégias de manipulação
midiática, de Noam Chomsky

 
O linguista e filósofo americano Noam Chomsky elaborou uma lista
 com as 10 estratégias de manipulação midiática. Veja a lista completa
publicada pelo Instituto João Goulart.

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distraçãoque consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes edas mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundaçõesde contínuas distrações e de informações insignificantes.
A estratégia da distração é igualmenteindispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neuro-biologia e da cibernética. “Mantera atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativadapor temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado,sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros ani mais (citação do texto 'Armas silenciosaspara guerras tranquilas')”.

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se umproblema, uma “si-tuação” prevista para causar certa reação no público, afim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar quese desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim deque o público seja o man-dante de leis de segurança e políticas em prejuízoda liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e odesmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radi-calmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa,salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriamprovocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a deapresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, persona-gens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se tente buscar enganar ao espectador, mais se tendea adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em ra-zão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”)”.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais-inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranquilas’)”.

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim,ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites domi-nantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfru-tado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicolo-gicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grandepoder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

É uma festa só

Você já viu esse arraiá antes


Por que os comerciais de São João parecem seguir a mesma fórmula - e como diferenciar anunciantes em meio a uma produção tão homogênea.

Se pudessem ser resumidos em uma fórmula, os comerciais alusivos às festas de São João poderiam ser descritos assim: atuação exagerada + trilha inspirada em forró ou repente + clima de paquera e referências sexuais + inserção de produtos do anunciante, independen-temente de segmento ou posicionamento.

Ao menos cinco campanhas veiculadas neste mês, na maioria apenas na região Nordeste, seguem esta receita (confira nos endereços abaixo). Elas geram resultado para a marca? É possível superar esses estereótipos juninos?


“É uma data com características e detalhes visuais muito peculiares”, afirma Romero Caval-canti, redator da F/Nazca S&S, responsável pela campanha da Trident. “Quando você situa o filme dentro da festa, ele fica visualmente parecido com outras campanhas. As referências são muito próximas. Diria até que é um universo limitado”.

Para aproximar os consumidores locais ao chiclete, a agência apostou em um comercial cujo enredo gira em torno da barraca do beijo, elemento típico dessas festas e muito ligado à paquera, uma das razões pela qual Trident é consumido. “No Nordeste, o São João é uma balada. As pessoas vão lá para dançar forró e ver shows. Por isso que essa temática do beijo está tão presente”, frisa Cavalcanti. 

Maria é João
Com mote semelhante (embora mais apelativa), a Nova Schin foi à mídia no final de maio com o comercial “São João”. A história contada (em forma próxima ao repente, para se manter fiel à fórmula) é de cinco amigos reunidos em torno de uma Nova Schin de um litro durante uma festa junina. Uma moça (“mulherão”) aparece e um dos amigos se aproxima dela - e percebe, então, “que sua paixão de noite era Maria e, de dia, era João”. 

Ele percebe tratar-se de uma brincadeira dos amigos e o comercial termina com todos rindo à mesa, tomando a cerveja. O tom adotado em relação ao personagem travestido de mulher foi considerado preconceituoso e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (ABLGTT) acionou o Conar no final de maio - levando o anunciante a tirar a peça do ar antes da decisão do órgão.

A concorrente Antarctica segue a mesma linha “junina” em sua campanha. Mostra a turma da Diretoria da BOA (Bebedores Oficiais Antarctica), dando dicas de pontaria para um personagem desajeitado e míope que tenta a mira na barraca do tiro. A atmosfera? Uma típica festa de São João. 

Com trilha alusiva ao forró, é claro. Ao final, aparece a mesma piadinha com um homem travestido de mulher vista na campanha da Nova Schin. Uma “noiva” passa pelo prota-gonista atrapalhado e ele brinca com ela. Ao que o homem responde: “Qué isso, mermão, tá me estranhando?”. Esta campanha, até onde se sabe, não foi submetida ao Conar.

Criatividade fast fashion
A fórmula mágica junina, porém, não afeta apenas as cervejeiras. C&A e Renner apostaram nela nas campanhas deste ano. No filme da DM9DDB para a rede holandesa, a trilha de forró ganha contornos de rap enquanto os modelos dançam de forma sensual e exibem peças da marca. Um logo iluminado com fogos encerra o anúncio junto com a locução “ela só pensa em abusar”. 

A campanha da Renner, criada pela Paim, reúne todas as referências citadas acima — e mais algumas. Dois repentistas conduzem o filme, enquanto modelos aparecem felizes vestindo modelos vendidos na loja.  

Dentro desse mar de coincidências, surge o questionamento: tem como a campanha fazer efeito em meio a uma série de filmes semelhantes? A resposta vem da Trident. Segundo Alessandra Mendes, gerente de marketing regional de gomas e drops da Kraft Foods para as regiões Norte e Nordeste, a aceitação do filme tem sido boa. 

Ela nota, sim, semelhanças entre os comerciais, mas destaca os diferenciais da campanha de Trident: os atores envolvidos na gravação são da área. “Isso evita que o sotaque, por exem-plo, soe forçado.” Além disso, a campanha ajuda a cumprir o objetivo da Kraft na região Nordeste, de aproximar Trident do consumidor local, que ainda a vê como uma marca “de fora”.

Outros caminhos
Se não saem do lugar-comum em TV, algumas marcas se destacam em ações de ativação, seja via redes sociais ou nas cidades nordestinas que concentram as maiores festas juninas. A própria Kraft decidiu, desde 2011, não incluir filme para TV nas campanhas de Sonho de Valsa para o período - a estreia da marca se deu em 2008, com a simpática campanha em desenho animado. Dobrou, porém, o investimento em marketing e destinou as verbas para ações de ativação, que incluem desde exibição de filme em videomapping (assista em http://migre.me/9AlE4) até a entrega de cordéis contando a história de amor de casais, numa ação regional na fanpage da marca no Facebook.

Na mesma linha, a Antarctica criou a promoção “Desencalhei no São João”. A proposta é oferecer uma festa de casamento a um casal sem dinheiro para bancar as comemorações. A ação usa o dia de São João (13 de junho) como gancho, mas seguirá até julho. Isso porque as festas de São João no Rio de Janeiro, mercado mais importante para Antarctica neste período, seguem até o mês que vem. A comunicação online reforça a identidade vista nos comerciais. 

Segundo Sandro Rosa, diretor de criação online da Almap­BBDO, não há como fugir, sobre tudo na TV, de referências a caipiras, brincadeiras e o clima de quermesse. “É uma maneira de transmitir o clima dessa festa. Não tem muito que fazer.” Resta ao consumidor ser surpreendido em outras mídias. Na TV, já tem uma certeza: em 2013, deverá ser impactado com uma enxurrada de filmes “juninos”. É repente na certa, qualquer que seja o anunciante.

Curta também uma animação bacana no
 http://www.youtube.com/watch?v=abthjGuUV4Y&feature=endscreen&NR=1



Samsung ‘alfineta’
iPhone em comercial


A Samsung lançou uma série de propagandas para a TV para divulgar o Galaxy S III. Mesmo sem citar nomes, os anúncios destacam justamente as características do aparelho que não existem no iPhone
No vídeo: propaganda do Galaxy S III destaca as características do aparelho que não existem no iPhone.



Zara veste também a casa dos consumidores


A espanhola Zara, tradicional marca de vestuário, vai passar a vestir também a casa dos consumidores brasileiros. De acordo com informações publicadas na edição dessa segunda-feira, 25, pelo jornal Valor Econômico, a grife abriu nesta segunda-feira, 25, a sua primeira loja de decoração no País, que fica no recém-inaugurado Shopping JK Iguatemi, localizado na região sul de São Paulo.

Lançada em 2003, a Zara Home faturou de 317 milhões de euros oriundos das vendas de suas 310 unidades distribuídas em 30 países. A operação ganha força nos negócios da Inditex, dona da marca Zara, que pretende abrir um canal eletrônico de vendas na China, no próximo mês de setembro. A loja do Shopping JK Iguatemi terá mais de 3,5 mil itens entre artigos de cama, mesa e banho, além de móveis e utensílios para cozinha espalhados por um espaço de 310 metros quadrados. 



A tecnoangústia do quanto
é necessário saber
Renato Bernhoeft*

Num mundo em que as pessoas são cercadas de informações por todos os lados, não saber nada sobre certos assuntos pode ser tão importante para a saúde mental quanto o silêncio o é para a música
Uma das avaliações que em muitas circunstâncias torna-se provocativa ao longo da vida é o quanto podemos - e devemos - saber. Com o crescimento da velocidade dos meios que nos dão acesso às informações foi criada inclusive uma expressão para caracterizar este sintoma. Ela se tornou conhecida como a 'tecnoangústia'.

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O excesso de informação provoca a angústia típica dos tempos atuais e leva à conclusão de que, às vezes, saber demais é um problema.

Como curiosidade vale registrar que uma edição de fim de semana do jornal "New York Times" contém mais informação do que uma pessoa comum poderia receber durante toda a vida na Inglaterra do século XVII. Todos os anos são produzidos 1,5 bilhão de gigabytes em informação impressa, filmes ou arquivos magnéticos. Atualmente existem mais de 2 bilhões de paginas disponíveis na Internet. Até o início dos anos 90 a televisão brasileira tinha me-nos de dez canais. Hoje há mais de 100 emissoras no ar, em diversas línguas, com especia-lidades diferentes.

Por trás desses elementos, há um fenômeno mais geral. Países, empresas, escolas, famílias estão se rearticulando em outros modelos numa velocidade nunca vista. Mudar é um inferno para a maioria das pessoas. Mais infernal ainda é a sensação de que o mundo está girando a muitas rotações a mais do que nós mesmos.

Segundo o escritor americano Wayne Luke "o mal estar de nosso tempo é a inadequação, o sentimento opressivo de que as outras pessoas estão fazendo as coisas certas, lendo os livros que contam e usando os computadores e programas mais modernos enquanto nós estamos ficando para trás na carreira ou nos relacionamentos".

Aos 65 anos, o americano Richard Saul Wurman - que é arquiteto por formação, construiu prédios, foi empresário, organizou eventos e durante muitos anos foi cartógrafo, mas consi-dera que só atingiu o sucesso quando resolveu criar sua própria profissão, a de arquiteto da informação. Desde então escreveu mais de 75 livros sobre os mais variados assuntos, de medicina a mercado financeiro, sobre animais de estimação e turismo.

Diz ele que seu segredo é não saber absolutamente nada sobre o tema sobre o qual vai escre-ver. Assim, tudo que descobre é o que interessa à maioria das pessoas.

Para ele, "num mundo em que as pessoas são cercadas de informações por todos os lados, não saber nada sobre certos assuntos pode ser tão importante para a saúde mental quanto o silêncio o é para a música".

Mas não são apenas as pessoas que nunca usaram um computador que podem ficar ansiosas com os efeitos das mudanças tecnológicas. As notícias frequentes sobre os incríveis avanços da tecnologia provocam ansiedade entre todos nós.

Em certas áreas, os conhecimentos de uma pessoa podem ficar ultrapassados em seis meses. E um dos setores mais atingidos por estes avanços tecnológicos é o da própria tecnologia. Este setor não apenas usa tecnologias para desenvolver produtos e serviços, mas também investe pesadamente em pesquisa e desenvolvimento. O aspecto mais difícil da 'tecnoangústia' consiste em aceitar o fato de que precisamos mudar. Depois disso, será preciso en-contrar maneiras de superar os medos que nos impedem de realizar as mudanças que nos permitirão ter êxito com a tecnologia - e não apesar dela.

Segundo os estudiosos do tema esta não é a primeira vez que o mundo vira de cabeça para baixo como resultado dos avanços tecnológicos. A transição da sociedade agrícola para a sociedade industrial, no início do século XIX, resultou em avanços tecnológicos. Um exame das cartas, diários íntimos e jornais, escritos e publicados na época, mostra que, a cada onda de mudanças, as pessoas ficavam mais e mais ansiosas.

Primeiro, houve o êxodo rural com a entrada das novas tecnologias no campo, pois estas re-duziam a necessidade de mão-de-obra agrícola. O trabalho nas fazendas foi desaparecendo à medida que novas indústrias, como a têxtil, criavam empregos nas cidades.

Posteriormente alguns empregos urbanos também iam desaparecendo na medida em que as novas indústrias criadas pela tecnologia descobriam maneiras novas e mais eficientes de produzir bens.

Mas hoje, ao analisarmos o resultado final - que é a melhoria do padrão de vida dos países industrializados - dificilmente poderíamos dar total razão àqueles que eram contra as mu-danças tecnológicas.

Caso este tema lhe provoque interesse, examine e reflita sobre as questões abaixo, elabora-das como sintomas típicos de quem está sofrendo a angústia da informação, extraídas do livro "Ansiedade da Informação", de Richard Wurmann:

1 - Por mais esforço que faça, não consegue sentir-se atualizado com o mundo a sua volta.

2 - Sente-se culpado cada vez que olha para a pilha de jornais, revistas e o volume de e-mails recebidos que não conseguiu ler.

3 - Fica abatido quando uma pesquisa na internet resulta num documento de dezenas de páginas, pois acredita que, se não ler todas elas, não saberá tudo o que deve sobre o assunto.

4 - Acena afirmativamente, sem convicção, sempre que alguém menciona um livro, um filme ou uma notícia que você, na verdade, nunca ouviu falar.

5 - Acha que o problema é seu e não do fabricante quando percebe que não consegue seguir as instruções para montar um aparelho que comprou.

6 - Cerca-se de aparelhos digitais na esperança de que a simples presença deles a sua volta ajude a torná-lo uma pessoa mais adaptada à alta tecnologia.

7 - Sente-se envergonhado quando tem de dizer "Não sei", mesmo que a pergunta se refira à sucessão no Nepal ou ao novo programa de correio eletrônico da Microsoft.

Enfim, aqui estão mais algumas reflexões sobre um dos fatores que pode aumentar a ansie-dade e estresse das pessoas. Pense, reflita e analise. Caso algumas destas questões possam ter utilidade, não se constranja em usá-las.

*Renato Bernhoeft é fundador e Presidente da Bernhoeft Consultoria Societária,
 fundada em 1975 para apoiar sociedades empresariais e famílias empresárias a
perpetuar seu conjunto de valores e seu patrimônio.
Conferencista internacional e consultor de empresas nas áreas de profissionalização
e sucessão de empresas familiares, formação de sucessores. Já atendeu, no Brasil, centenas
de empresas como consultor, atuando também na Espanha, Portugal, México, Chile, Peru,
Colômbia e Paraguai. Autor de treze livros nas áreas de administração e sociedades
familiares. Desde 2002 é membro da rede mundial de consultores FBCGi - Family Business
Consulting Group International.




Estresse ou falta de vontade?
Antônio Braga*

 

Fico admirado com a falta de ânimo de algumas pessoas, sobretudo quando são jovens e vi-vem dizendo que estão cansadas, estressadas, por trabalharem muito, necessitando urgen-temente de umas férias! Lamentavelmente essa ladainha é bastante comum nos dias de hoje. E esse desânimo é externado nos empregos, nos cursos de capacitação, nos relacionamentos com os clientes etc.

Quando pergunto a essas pessoas o porquê desse desânimo, desse astral lá embaixo, elas são rápidas em responder: “Estou com um ano sem tirar férias e olha que trabalho oito horas por dia durante toda a semana”. Realmente, pessoas assim são dignas de pena, não pelo fato de trabalharem muito, mas pela grande pobreza de espírito. E são exatamente aquelas que reclamam de tudo, que nada está bom. O patrão é exigente e explorador, a empresa é ruim para se trabalhar e paga mal, os colegas de trabalho não são leais, treinamento é perda de tempo, e assim por diante. O certo é que não falam nada de positivo, de agradável, e a insa-tisfação é presença constante e marcante nos seus rostos.

Num treinamento que ministrei em uma cidade havia uma jovem de 21 anos, bonita, mas a sua expressão era o retrato fiel do desânimo. Não queria participar dos trabalhos de grupo e quando participava permanecia calada, sempre com a cara de quem toma vinagre no lugar do café. Em um dos intervalos perguntei-lhe o porquê de tanto desânimo. Ela respondeu que estava cansada, estressada de tanto trabalhar, pois estava com um ano sem tirar férias. Perguntei-lhe se estudava à noite, após o trabalho, e ela respondeu que não. Se uma pessoa tão jovem já está morrendo de cansada, desmotivada, o que pode se esperar dela? A verdade é que muita gente faz o que não gosta e, como conseqüência, vem a falta de motivação e comprometimento com o que faz, por não ter competência e coragem para mudar.

Interessante que pessoas assim são exatamente aquelas que participam de treinamentos por obrigação, porque o patrão mandou, mas na realidade não têm o mínimo interesse no seu desenvolvimento profissional e pessoal. São pessoas que chegam mudas e saem caladas, que não contribuem em nada com seu grupo de trabalho e no final, ao contrário das inte-ressadas, das participativas, dizem que deveria haver mais dinâmicas. Ora, para que mais dinâmicas de grupo se elas não participam? A especialidade delas é a reclamação como fuga pela falta de ação.

Por outro lado, existem pessoas que demonstram interesse em aprender, que até pensam no crescimento pessoal e profissional, mas vivem com a mente impregnada de pensamentos negativos. Ficam constantemente repetindo que são tímidas, razão por que não são participativas. Não há duvida de que pensamento gera comportamento, portanto quem tem pensamentos negativos age negativamente, ao contrário das pessoas positivas que sempre obtém resultados positivos. Como dizia o velho guerreiro, Chacrinha,“quem não se co-munica se trumbica”. Isso é a pura verdade. Não adianta um bom conhecimento, uma cul-tura vasta, se você fica escondido atrás dos outros. Portanto, o primeiro passo a ser dado para a evolução pessoal e profissional é não ter medo de se expor, de falar, de errar. Aliás, só não erra quem não tenta acertar, mas, em compensação, tem de se conformar por perma-necer na mesmice, sem o direito de reclamar.

A falta de autoestima é um grande obstáculo para muita gente, pois, por não acreditar em si, não estabelece limites para superar. Com isso, fica dominada pelo medo, não ultrapassando aquela linha imaginária, a partir da qual viria a vitória. Na vida, todo ser humano tem um grande concorrente a vencer, que é ele próprio. Esse é o grande desafio de todos. Infelizmente, muita gente sabe que os obstáculos existem e têm que ser superados para se conseguir a vitória, mas por falta de confiança, timidez, medo, limita-se a ficar quietinha, embora sempre correndo riscos. Portanto, a maior barreira que o ser humano tem para transpor está na sua mente e geralmente se pensa que são as dificuldades externas.
A mente é um verdadeiro campo fértil, onde se colhe o que se planta. A maior dificuldade é a decisão do que plantar nesse campo, pois a colheita é certa, porém na mesma proporção da qualidade da semente que for lançada. Deve-se conscientizar de que a vida não é um mar de rosas e se tudo fosse muito fácil, sem desafios, sem obstáculos para serem superados, continuaríamos como sempre, nunca cresceríamos.

Algumas pessoas dizem que se autoavaliam sempre, corrigindo os pontos fracos e aprimo-rando os fortes, em busca do crescimento profissional, estudando, treinando, participando de tudo, visando cada vez mais o melhor relacionamento com seus clientes e o sucesso. Isso é ótimo! E são desses profissionais que o mercado está carente e disposto a pagar mais pelo seu trabalho. Agora, pagar bem para quem está sempre cansado, desmotivado, reclamando da vida, descontando no cliente, é realmente difícil. Pessoas assim devem agradecer a Deus por se manterem empregadas, já que Ele perdoa a tudo, mas, infelizmente, quem sofre as conseqüências são os clientes, que, por sua vez, não perdoam.

*Antonio Braga é engenheiro agrônomo, especializado em vendas, consultor,
escritor, palestrante e instrutor de vendas, atendimento e relações
com clientes, com mais de 30 anos de experiência, tendo sempre atuado
na área comercial como executivo de empresa multinacional e por conta própria.

É articulista em vários sites, revistas e jornais em nível nacional e autor do
livro “QUER VENDER BEM? DEIXE DE SER VENDEDOR!”.
Participa do livro GIGANTES DAS VENDAS – Editora Landscape/Vendamais.
Fundador e consultor da Sagra Consultoria em Vendas, realizando trabalhos de
palestras, cursos, workshops e consultoria para empresas diversas,
bem como em parceria com SEBRAE, SENAC, FIEPE, CDL’s, FACULDADES etc.
Contato: e-mail: sagracv@terra.com.br

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Um dia, um dia

All work and all play


O vídeo que você pode conferir no endereço abaixo é o resultado de diversos estudos rea lizados pela Box1824. É um projeto sem fins lucrativos ou comerciais. Box1824 é uma em-presa de pesquisa especializada em tendências de comportamento e consumo.

Escrito e dirigido por : Lena Maciel, Lucas Liedke e Rony Rodrigues
Agradecimento especial : Zeppelin Filmes
Montagem: Fernanda Krumel
Finalização: Bebop Studio

Mais agradecimentos: Rodrigo Pesavento, Lucas Estorvo Schertel, Daniel Bacchieri, Michell Lott, José Eduardo Lopes Gomes, Renato Davini Santolíquido, Ian Ruschel, Felipe Nyland, Felipe Thomé, Cristiano Arbex e todas as pessoas que nos mandaram sugestões de imagens e trilhas para que fossem usadas no vídeo. A colaboração de todos foi muito importante.




Um hambúrguer de seis bilhões
de dólares (e do Burger King)


Um ano e meio após a compra do Burger King, os brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira dobraram o valor da rede americana. Confira nesta entrevista os basti dores dessa transformação.



Exterminador do futuro?
Os Drones?
É isto mesmo?

Protagonistas em ações militares de combate ao terrorismo, os aviões não tripulados estão ganhando espaço no meio civil.



Acredite em você, sempre! | Day1


Saiba como uma ideia bacana se transforma em um negócio de sucesso. Veja o que Robinson Shiba (China in Box) fala sobre isto.



Rio+20: O Papel do Empreendedor


Quais os novos caminhos rumo à diminuição de poluentes e distâncias socioeconômicas e como o empreendedorismo pode contribuir por um mundo mais justo?

Vinte anos depois da Eco-92, a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvi mento Sustentável, aconteceu com muitas expectativas e dúvidas. O certo é que, de 1992 a 2012, a expressão sustentabilidade passou a ser muito mais presente no dia a dia das empre sas.

Qual será o futuro dos empreendedores na missão de reduzir a pobreza e a emissão de polu entes no planeta onde vivemos?

Para Ana Ester Rossetto*, colunista do site e sócia fundadora da KCA Consulting esclarece ele representa muito.

Para ela, depois de 20 anos de muito debate, estamos evoluindo a antiga ideia de sustenta bilidade que ainda foca esforços apenas na minimização dos impactos negativos. A nova fronteira da inovação para sustentabilidade está na criação de produtos com uma pegada positiva e a integração de toda a cadeia produtiva para eliminação do conceito de lixo. Acredito que o modelo de economia circular deixa para trás a visão de que a humanidade pode ser apenas "menos ruim".

Desta forma, o empreendedorismo pode contribuir no combate à pobreza e a diminuição de distâncias socioeconômicas, focando na diversidade, encontrando a inspiração para a i novação nos negócios a partir das peculiaridades locais, nas múltiplas necessidades dos in divíduos, na identidade e na vocação de cada comunidade. A nova escola de negócios já está se inspirando na diversidade local como fonte de inovação para gerar múltiplas soluções para um mesmo problema, e usa o poder das empresas para endereçar necessidades reais a nível global. Os empreendedores que estão na vanguarda estão se questionando sobre o propósito dos seus empreendimentos e das oportunidades em criar soluções para problemas antigos como a questão do acesso a serviços básicos, como água, eletricidade e saneamento, por comunidades de baixa renda. Para estes, no EPEA já dispomos de oportunidades para empreender, como, por exemplo, biossistemas integrados que transformam resíduos or gânicos em energia, água limpa e nutrientes que podem produzir alimentos, saúde e riqueza para todos.

Além disto, a sustentabilidade antes era uma forma de marketing e hoje é encarada como um compromisso, onde na verdade, é uma questão de competitividade. Não há menor dú vida que as empresas que estão liderando a nova economia são aquelas que olham para a sustentabilidade com olhos de oportunidade, superando o paradigma atual e incorporando uma nova lógica. Existem vários exemplos, no exterior e também no Brasil, de aplicação dos conceitos da "economia circular" e "cradle to cradle" que trouxeram ganhos expressivos de fatias de mercado e novos negócios com benefícios tangíveis para a restauração do planeta e desenvolvimento social. E segundo a consultoria McKinsey, o potencial de retorno para investimento nestes conceitos é gigantesco.

Desta forma está nascendo uma nova indústria de 'supra-ciclagem' dos materiais que vai definir uma nova e poderosa orientação para as cadeias produtivas, na qual um novo modelo produtivo mais inteligente pode crescer sem as limitações do modelo linear "extrair - fabricar - descartar" atual, enfatiza Ana Ester Rossetto.

Na agricultura, por exemplo, hoje perdemos 6 mil vezes mais solo fértil do que somos ca pazes de recuperar. Contamos com tecnologias que chamamos na EPEA de reciclagem de bionutrientes, para recuperar o fosfato, por exemplo, que é essencial para produção agrícola. Nos eixos de novas fontes de energia renovável é bom frisar que, na verdade, não temos um problema de consumo de energia, temos na verdade o desafio de escolher as fontes de energia, e desenvolver os sistemas e tecnologias para coletar essas fontes infinitas, que são as renováveis.

Assim, é necessário que os negócios restaurem os recursos naturais e perpetuem a qualidade dos recursos não renováveis. Como por exemplo: recuperar o fosfato, fertilizante fundamental para produção agrícola, transformando o tratamento de resíduos orgânicos das cidades em estações para fornecimento de nutrientes para produção de alimentos, um modelo apoiado pela FAO Water. Outro exemplo é utilizar o CO2 como matéria prima de produtos de alto valor agregado para construção civil e para produção de alimentos, fármacos, etc. O CO2 deixa de ser visto como problema e passa a ser visto como recurso valioso. Negócios que explorem todo o potencial das fontes renováveis de energia, e as novas infraestruturas e sistemas inteligentes de distribuição e produção descentralizada. Produtos e materiais com desenho mais inteligente, por exemplo.

*Ana Ester Rossetto  é sócia fundadora e atual Diretora Executiva da KCA Consulting, empresa que traz ao Brasil a metodologia Cradle to Cradle® para a inovação de produtos, sistemas produtivos e modelos de negócio, a partir de um novo paradigma de sustentabilidade. Aplica Cradle to Cradle® thinking para desencadear o poder das empresas como agentes de transformação positiva na sociedade. Acredita que é possível dar resposta aos maiores desafios deste século através da eco-inovação, para gerar crescimento econômico, bem estar social e restauração ecológica. Possui sólida experiência em start-ups de inovação tecnológica, é especialista em Gestão da Inovação pela Universidade de Barcelona, Espanha e possui MBA em Negócios Internacionais pela FGV e Ohio University.



Pelas agências de Minas

http://www.ladoc.com.br/                        http://www.lapisraro.com.br/lapis-raro/
http://www.wic.com.br/                                http://www.lumecomunicacao.com
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