sexta-feira, 29 de junho de 2012

Modéstia

Nosso guru


Na hora que recebemos a notícia que o NOSSO GURU foi bater suas asas, veio à nossa mente uma frase que ele falou,  lá pela metade dos anos 80, lá na rua Centauro, em um final de tarde, sentadinho naquela cadeira e com aquele sorriso:
"Dê mais às pessoas, MAIS do que elas esperam, e faça com alegria. Fale devagar mas pense com rapidez".
Só saudades Sr. Edgar



Relação Cliente e Agência

Quando a relação cliente-agência vai bem com vinho branco, surgem preciosidades como estas. Frases como:
- "Não temos muita escolha. Tudo o que fazemos, desde campanhas mais rápidas e sem brie-fing, até projetos que levam seis meses para saírem, tem que sair perfeito. A cada nova campanha precisamos elevar o sarrafo da qualidade";
_ "A nossa relação profissional não é daquelas em que o cliente apresenta algo e o anun-ciante aceita ou não".

E tem gente que teima que o relacionamento deva ser simplesmente comercial. Ledo enga-no.
Confira
http://www.youtube.com/watch?v=REHrK7byZMI&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=bJHpxwH6Qik
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=_q_-Hi4uXCE#!



Os 70 anos da Vale


Após 11 meses de trabalho, a Corp, divisão de filmes institucionais da Conspiração Filmes, que tem contrato fixo de prestação de serviços com a Vale, conclui documentário institu-cional de 26 minutos para o anunciante.

A versão integral foi exibida na cidade mineira de Itabira, berço da Vale, para funcionários e ex-funcionários, e no Cine Odeon, no Rio de Janeiro, para a equipe do escritório carioca da mineradora. Dez mil cópias do filme serão entregues à Vale, para serem distribuídas para clientes, fornecedores e funcionários espalhados por outros países.

Confira http://www.youtube.com/watch?v=smna8tI_PNE&feature=player_embedded



Você já ouviu falar da Coca-Cola
Happiness Refill?

 

A Coca-Cola mostra-se mais uma vez como uma marca versátil e totalmente atual. A empresa percebeu que para os adolescentes a felicidade é estar sempre  online, nesse sentido, criou uma maquina de refrigerantes nunca antes vista. Em sua loja de Praia localizada em um dos endereços mais cobiçados da atualidade, a praia de Copacabana, a Coca-Cola instalou a “Happiness Refill”. Uma maquina aparentemente normal, mas que ao invés de encher um copo com Coca-Cola, serve para garantir créditos de acesso gratuito à internet, num browser exclusivo da marca.
Em terras tupiniquins (Brasil), os hot spots de wi-fi gratuitos não são comuns, infelizmente, onde a forma mais comum de acesso à internet mobile é feita pelos jovens em grande parte através de tarifários pré-pagos, garantido a marca uma nova forma da Coca-Cola chegar a uma geração que vive em constante ligação com o resto do planeta.




Novas regras para publicidade no celular

 

Os portadores de telefone celular podem, agora, optar por não receber mais as mensagens de texto com publicidade de suas próprias operadoras. A Agência Nacional de Teleco-municações (Anatel) determinou novas medidas para a publicidade via telefones móveis, tendo em vista as próprias empresas de telefonia – que frequentemente encaminham men-sagens de textos para sua base de clientes informando sobre promoções, bônus e outros serviços.

Entre os dias 20 de Julho e 20 de setembro, todos os proprietários de telefone celular rece-berão uma mensagem de texto com o seguinte aviso: “Por determinação da Anatel, caso não queira receber mensagem publicitária desta Prestadora, envie SMS gratuito com a palavra SAIR para XXXXX”. 

A partir de então, as operadoras só poderão enviar mensagens de SMS com teor publicitário para os assinantes que não se recusaram a recebê-las, ou seja, para a base de opt-in (deno-minação dada aos usuários que concordam em receber informes e mensagens das marcas).

Com esta medida, a Anatel procura, justamente, atualizar a base de opt-in das operadoras, ao mesmo tempo em que oferece aos usuários o direito de escolha de receber ou não as men sagens publicitárias. Junto com essa pesquisa, a Anatel também estabeleceu que as ope-radoras deverão, no momento do contrato inicial com os assinantes, questioná-los sobre o envio das mensagens publicitárias.



Controle remoto e computador nas mãos


A televisão e a internet se tornaram, de fato, mídias complementares. Uma nova pesquisa do Ibope Nielsen Online comprovou a veracidade de um hábito possível de ser percebido por meio de uma rápida olhada nas principais redes sociais: as pessoas assistem TV enquanto navegam na internet e, em muitos casos, para comentar e compartilhar opiniões sobre, justamente, aquilo que etão assistindo na telinha.

De acordo com a pesquisa, 43% das pessoas ouvidas garantem que assistem TV enquanto navegam ou fazem qualquer atividade na internet, sendo que 59% admitem que fazem isso diariamente. As atrações preferidas desses chamados consumidores simultâneos são nove-las, jogos e eventos esportivos, filmes e noticiários. Quase 30% dessas pessoas garantem que utilizam a web para comentar aquilo que estão assistindo na TV.

A pesquisa do Ibope Nielsen Online foi realizada no mês de fevereiro, em 13 regiões metro-politanas do País.



Marcas, construtoras do futuro
Lena Castellón*


Unilever propõe um novo marketing, mais nobre e atuante, e lança o projeto Waterworks, aplicativo que ajudará pessoas comuns a doar purificadores de água para populações pobres por meio de integração com o Facebook.

A Unilever tem um projeto de dobrar seus negócios até 2020 e reduzir o impacto ambiental que esse crescimento poderia causar. Isso é conhecido e a companhia já falou sobre isso uma boa quantidade de vezes. Foi o que Keith Weed, CMO da corporação, deixou transparecer quando adentrou o palco da sala Debussy, na manhã do penúltimo dia do Festival de Cannes.

No painel “Crafting brands for life”, Weed disse que a empresa estava ali para compartilhar com os delegados algumas coisas que aprenderam desde que lançaram o programa Sustainable Living Plan, em 2010. O CMO da Unilever defende que se pratique um marke-ting mais nobre, mais voltado a causas sociais.

Weed pontuou que vivemos tempos agitados, em um cenário em que as vozes do público estão mais claras e multiplicadas pela mídia social. O consumo, com mais gente atingindo um novo status social, cresce a passos galopantes e coloca os recursos naturais em risco. Tudo isso nos obriga, segundo Weed, a repensar a maneira como atuamos. 

O CMO da Unilever afirmou que é preciso resgatar o papel do marketing do passado. Ele citou o fundador da companhia, William Lever, que estabeleceu como sua missão criar formas de tornar o Reino Unido um ambiente mais limpo e higiênico (ele lançou um sabão e buscou informar as classes trabalhadoras a respeito dos benefícios de usar tal produto no dia a dia). Weed também mencionou Henry Ford que, sim, pensava em vender carros, mas que também buscou criar um meio de transporte de massa.

Qual seria esse novo papel do marketing, então? Crescimento é bom, ressaltou Weed. Uma das primeiras coisas é pensar exatamente para onde os profissionais da área e as marcas desejam ir. “O marketing está em uma encruzilhada”, cravou. Ele reforçou que, do jeito em que impulsionamos nossos negócios, sem nos preocuparmos com as consequências do que fazemos, isso certamente roubará o futuro de nossos filhos.

Weed recomentou que marcas e agências considerem o desenvolvimento dos mercados emergentes, em termos de urbanização também. Ele afirmou que por volta de 2020 metade da classe média mundial estará na Ásia. Como lidar com esse prognóstico?

Outro ponto é que as empresas estabeleçam seus projetos para garantir uma vida susten-tável para a população. O terceiro aspecto que destacou é recorrer ao poder do digital. E isso não somente como recurso de marketing, mas como uma maneira de estimular as pessoas a conduzir as transformações necessárias. A Unilever trabalha, por exemplo, com o conceito “Small Actions, Big Difference”, que no Brasil utiliza o programa Cada Gesto Conta. “A boa notícia é que somos uma empresa com várias marcas e temos condições de impactar as pessoas por meio dessas marcas”, emendou.

Em seguida, Marc Matthieu, vice-presidente sênior de marketing da Unilever, assumiu o co-mando da apresentação para explicar os pilares da estratégia que repensa o marketing.

São três pontos: colocar as pessoas à frente (os profissionais da área costumam tratá-las como consumidoras, mas é preciso pensar nelas como seres humanos, com histórias, difi-culdades, valores. Para desenvolver uma verdadeira empatia, é preciso ter uma real conexão humana), construir o amor pela marca (os profissionais devem levar em consideração que as marcas têm impacto na vida das pessoas e devem “alimentá-las” constantemente, como se fossem uma criança em crescimento, para que as futuras gerações se aproximem dela) e destranque a mágica (marketing é uma ciência, mas pode ser conduzida com paixão; a comparação é com instrumentista que executa um violino, por exemplo, com técnica, mas que transforma a execução em arte se se dedica com paixão).

Parceria com Facebook

Dentro desse pensamento de repensar o marketing e fazer algo pelo mundo, a Unilever lançou, em parceria com o Facebook, e mais a ONG Psi, um projeto que visa doar purifi-cadores de água para populações carente e sem acesso a um sistema de tratamento de água nas regiões em que vivem. É o Waterworks, um aplicativo acionado pelo Facebook e que conta ainda com um site.

Por meio desse aplicativo, as pessoas poderão doar de dez centavos de euro a um euro por dia. O gesto acaba informado por meio de uma mensagem “eu impactei uma vida”. O dinheiro arrecadado será destinado também a treinar membros da comunidade carente a cuidar da qualidade da água.

* Lena Castellón - jornalista do Meio & Mensagem e
que cobriu o evento de Cannes em 2012



4 passos para organizar sua
mesa de trabalho


Por mais que você tente se convencer de que “se encontra na sua bagunça”, tem horas que a quantidade de coisas acumuladas na mesa de trabalho começa a atrapalhar. “Se você não consegue encontrar algo que procura imediatamente, pense no tempo que está perdendo no fim das contas”, diz o especialista em organização pessoal e profissional José Luiz Cunha, CEO da OZ!.
Com todo tempo perdido em busca de itens específicos, já dava para ter organizado a bagunça. “Organização é um investimento”, defende Cunha.

Confira 4 passos para evitar que as pessoas confundam o seu ambiente de trabalho com uma zona de guerra.

1| Tenha consciência: a bagunça é um problema
Como qualquer tarefa menos prazerosa, você precisa se sentir motivado para atuar. “Lembre-se do quanto isso atrapalha seu dia a dia”, afirma o especialista. Depois, tome coragem e marque um dia específico para a arrumação. Se a preguiça é grande, comece por áreas me-nores ou mais simples. Se a bagunça é que é grande, não tente arrumar tudo de uma vez só.

2| Estabeleça um critério
Organização exige um processo pré-determinado. O jeito mais fácil de começar é separar aquilo que não vai mais ficar na sua mesa: os materiais que vão para o lixo, para doação ou que serão mudados de lugar (voltam para o arquivo do escritório ou ficarão na sua casa).

Os objetos que ficam também precisam ser categorizados. “É essencial que você saiba onde cada coisa vai ficar”, diz Cunha. Materiais usados com frequência, por exemplo, devem ter fácil acesso. Outros objetos podem ser guardados nas gavetas: “Mas não se esqueça de cate gorizar e nomear cada gaveta (mesmo que mentalmente)”, completa o especialista.

A primeira gaveta pode, por exemplo, servir para materiais de papelaria (canetas, borrachas, grampeador etc). A segunda, para pastas com documentos categorizados e assim por diante. A divisão clara de funções para cada espaço na sua mesa serve para que você saiba exatamente onde encontrar (e guardar) cada coisa. E mais: “Seguir o sistema que você mesmo criou garante que a organização vai se manter por muito mais tempo”, explica Cunha.

3| Esqueça os post-its
Fáceis, sempre à mão e perigosamente viciantes, os post-its podem ser uma armadilha para a organização, segundo o especialista. Ele explica que as pessoas muitas vezes acabam se enganando com a ilusão da praticidade do recurso e lotam suas mesas e monitores com os papeis grudentos.

“Não só eles podem prejudicar sua organização, como distraem e muito. Volta e meia nosso olhar acaba se desviando para eles e isso mina a produtividade”, explica Cunha.

4| Acostume-se a se livrar das coisas
O problema não é sua mesa estar repleta de papeis e projetos. O problema é ela estar cheia de materiais de projetos antigos (que devem ser arquivados) ou de projetos futuros (que devem estar em uma gaveta específica). “A bagunça física acaba gerando uma bagunça mental”, diz Cunha. Você acaba confundindo os projetos ou fica ansioso pelo próximo tra-balho que terá.

“Além de saber arquivar e guardar, é essencial que a pessoa saiba jogar as coisas no lixo”, afirma o especialista. Para isso, ele sugere que se mantenha uma cesta de lixo grande por perto, para incentivar o costume de se desapegar daquilo que não será mais usado.

Se você é daqueles que têm mais dificuldade em recorrer à lixeira, a sugestão é que se asso-cie a algo legal. “Vale usar uma picotadora elétrica, que muitos acham viciante, ou colocar uma cesta de basquete em cima do lixo, até”, brinca Cunha.



Empresas têm buscado trainees
'mais maduros'
Adriano Marquez Leite*

 

Conheça as particularidades dos programas que selecionam profissionais com mais experiência.
Foi-se o tempo em que candidatos com mais de 25 anos de idade estavam automaticamente cortados das seleções de trainees. Nos últimos cinco anos, empresas dos mais diversos segmentos - engenharia, tecnologia, telecomunicações - têm buscado nos trainees um perfil mais maduro, alguma experiência profissional e, em certos casos, formação acadêmica mais completa, como especializações e até MBAs.

Há dois tipos de programa voltados a essas pessoas de 26 a 35 anos: os chamados trainees executivos - cujo objetivo é a prospecção de líderes - e o jovens talentos, criado para suprir a necessidade das companhias de atrair especialistas para determinadas áreas em que a oferta de profissionais competentes é considerada escassa.

 Nos programas de trainee convencionais, a política das empresas é contratar jovens graduados há, no máximo, dois anos, dando formação para que possam assumir postos de liderança após o período de treinamento. A ideia é que o profissional, muito novo, pode ser moldado de acordo com o perfil da companhia e se adapta melhor à estrutura organiza-cional, já que ingressa sem vícios.

O problema é que o profissional muito jovem nem sempre sai do treinamento apto a assumir um cargo gerencial ou liderar equipes. Em outros casos, passado o treinamento, o jovem resolve dar outro rumo à carreira, o que significa a perda do investimento feito no trainee.

Daí a mudança de foco de algumas companhias, que passaram a admitir também gente com mais de 25 anos. “Como estão mais estabilizados nas funções em que escolheram atuar e têm um planejamento de carreira mais bem delineado, esses candidatos representam um retorno mais garantido para os empregadores e não têm problemas em sair dos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, se as perspectivas de crescimento forem boas”, afirma Renata Schimidt, diretora da Foco Talentos.

A Oi é uma empresa que apostou no programa de trainees executivos - em que os candidatos podem ser formados há até cinco anos, mas precisam ter experiência comprovada como líderes. Cursos de pós-graduação, como MBAs, especializações ou mestrados, são considerados diferenciais. Com duração de dois anos, o programa tem como meta formar novos executivos no curto e médio prazos.

Já nos programas de jovens talentos, como a ideia é formar especialistas, as atividades costumam ser focadas apenas no setor no qual o trainee deverá atuar. O treinamento costuma ser mais curto. Na Nestlé, por exemplo, o programa Jovens nutricionistas tem duração de três meses e é dividido entre treinamento sobre terapia nutricional e estágio para aplicação prática dos conteúdos aprendidos. Mas isso não é regra. Na Mineração Usiminas, os Jovens Engenheiros prevê treinamento de três anos para os profissionais admitidos por meio do programa.

A boa notícia para quem está interessado nesse tipo de processo seletivo é que o número de vagas disponíveis costuma ser muito maior do que em um programa de trainee voltado para cargos de liderança. Enquanto nesse tipo de seleção o número máximo de cadeiras não passa de 30, as vagas para programas de jovens talentos chegam a 80, dependendo do porte e da necessidade da companhia. Além de formação específica na área para a qual o programa está voltado, as características mais valorizadas costumam ser semelhantes às de um processo de trainee comum: habilidade para trabalhar em grupo, flexibilidade, possibilidade de mudança de residência e vivência corporativa como analista.

*Adriano Marquez Leite – jornalista, articulista de gestão da Revista Você SA



As 10 estratégias de manipulação
midiática, de Noam Chomsky

 
O linguista e filósofo americano Noam Chomsky elaborou uma lista
 com as 10 estratégias de manipulação midiática. Veja a lista completa
publicada pelo Instituto João Goulart.

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distraçãoque consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes edas mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundaçõesde contínuas distrações e de informações insignificantes.
A estratégia da distração é igualmenteindispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neuro-biologia e da cibernética. “Mantera atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativadapor temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado,sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros ani mais (citação do texto 'Armas silenciosaspara guerras tranquilas')”.

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se umproblema, uma “si-tuação” prevista para causar certa reação no público, afim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar quese desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim deque o público seja o man-dante de leis de segurança e políticas em prejuízoda liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e odesmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radi-calmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa,salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriamprovocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a deapresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, persona-gens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se tente buscar enganar ao espectador, mais se tendea adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em ra-zão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”)”.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais-inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranquilas’)”.

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim,ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites domi-nantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfru-tado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicolo-gicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grandepoder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.

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