segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Inspire-se e saia dessa inutilidade ...

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Um bom design tem ótima aparência, sim - mas por que não pode também ter ótimo toque, cheiro e som? 

O designer Jinsop Lee (vencedor do TED Talent Search) compartilha sua teoria de "design dos cinco sentidos", com um gráfico útil e alguns exemplos. 

A esperança dele: inspirar você a ter grandes experiências multi-sensoriais.








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Será que as empresas 
realmente agem conforme afirmam? 
Faça este teste aqui e veja se isto 
acontece realmente sobre o prisma de sua opinião.
Muito bacana mesmo.
Aproveite.


« La publicité est la fleur de la vie contemporaine(...)
c’est la plus chalereuse manifestation de la vitalité
des hommes d’aujourd-hui. »
Blaise Cendrars
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Até parece que o autor dessa ótima frase, que é uma verdadeira ode à propaganda, era publicitário. Não, não era. Blaise Cendrars, grande poeta e romancista francês (1887-1961) era, certamente, um daqueles muitos fãs que a nossa atividade sempre teve entre as grandes celebridades, como o presidente americano F.D. Roosewelt, que certa vez disse: “se eu não fosse político gostaria de ser publicitário...” e muitos outros grandes lideres da humanidade.

Cendrars, expressando seu entendimento sobre a publicidade, se ainda sabemos alguma coisa de francês, vamos tentar traduzir assim: 

“a publicidade é a flor da vida contemporânea e a mais calorosa manifestação de vitalidade dos homens de hoje em dia”.

Se grandes nomes com esses aí de cima falaram tão bem de nossa atividade, por que nós, que tiramos dela o nosso ganha pão, nos empenhamos em falar tão mal? Digo isso, porque ainda ontem, num almoço que reuniu uma grande plêiade de publicitários, ouvi gente dizendo que "não aguenta mais os clientes, os veículos, os colegas de profissão, que esse maldito negócio só lhes traz dor de cabeça e prejuízo financeiro, além de ser hoje uma atividade nada séria" e outras diatribes, próprias dos pessimistas de plantão.

Companheiros de ofício, nossa atividade é séria, honesta, ética, e não teve, como não tem, a menor parcela de culpa em acidentes de percurso como valeriodutos, mensalões, etc.

Vamos refletir sobre os nossos valores, profissionais, éticos, e morais e procurar valorizar ainda mais a atividade de onde tiramos o pão nosso de cada dia?      


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O DigitalWeek ESPM, evento focado nas tendências do marketing digital e e-commerce, ocorreu entre os dias 7 e 9 de agosto. Preparamos aqui um resumo para você do que aconteceu de interessante por lá.

Dia 7
O primeiro dia abrangeu o marketing digital como um todo e dois convidados internacionais marcaram presença: Yulia Smirnova, CEO do CommerceBrain e Pinny Gniwisch, da Sabi. Além deles, estavam presentes Léo Xavier, da Ponto Mobi; Andiara Petterle, da e.Bricks; Renato Blum, da Opice Blum Advogados; Rodrigo Prates, da ADBAT/Tesla; nosso CIO, Leonardo Naressi; Fernando Kimura, da Oracle; e Edmardo Galli, da Ignition One – empresa com a qual a dp6 é parceira. Para maiores informações sobre nossa parceria, entre em contato conosco aqui.

Foram abordados temas relevantes para o mercado, como comportamento do consumidor, estratégias em social media e mobile, usos e práticas em Big Data e alguns cases de modelos de negócios. Além disso, a parte jurídica também teve seu espaço com Renato Blum, da Opice Blum Advogados, e o assunto principal foi a mudança das regras para promoções e concursos culturais. A apresentação dele está disponível neste link.

Na apresentação sobre métricas online do Leonardo Naressi, ele lembrou sobre o papel de olhar as métricas com a inteligência de um analista. Também houve uma demonstração das potencialidades da ferramenta da Ignition One e uma explicação sobre o que é marketing de atribuição pelo Edmardo Galli, além do encerramento com uma boa reflexão sobre inovação com o Fernando Kimura.

Dia 8
O dia 8 girou em torno do Black Friday, onde os palestrantes apresentaram diversos cases e insights para este dia.
Esta data promove o maior evento de vendas na Internet Brasileira. Em 2012, foi o dia de maior faturamento do e-commerce no Brasil, com um total de R$ 217 milhões faturados em 24 horas, valor 117% maior em relação ao ano anterior. A expectativa é que neste ano o faturamento seja de R$ 297 milhões no dia.

Subiram ao palco Pedro Eugênio, CEO da Leadmedia; Francisco Assis, gestor de novos canais da TAM; Alexandre Soncini, Diretor de Vendas e Marketing da Vtex; Arnaldo Borim, gerente de operações de e-commerce das lojas Marisa; Maurício Vargas, presidente do ReclameAqui; Priscila Erthal, da Netshoes; Marina Parmera e Lourival Junior, do Wal.Mart; Wellington Anacleto, da Tiguana; Rubem Razoes, da Hering; Patrícia Soderi, Diretora Comercial da LeadMedia; Mauro Segura, da IBM; Guto Rocha, da Responsys; Eduardo Cereto, do Google; e André Faure, da GameHouse.

Reforçaram e falaram sobre coisas como: a necessidade da organização para evitar a maquiagem dos preços para que essa data não “morra” e que será lançada neste ano uma parceria com o ReclameAqui como canal oficial de reclamações para este dia. Abordaram questões importantes como os desafios encontrados para o dia, como inventário fixo e lucratividade,  e a importância de se preparar para picos de acesso e sobrecarga do sistema. Francisco Assis, da TAM, também comentou sobre os obstáculos que uma empresa de aviação enfrenta para o Black Friday, citando que criam uma série de ações, como antecipação de voos e descontos em serviços, como benefícios para a data.

Outro fato interessante levantado foi que a Amazon aumenta seu faturamento em 1% a cada 100ms de diminuição no carregamento da página. Também lembraram a questão do pagamento, sendo essencial oferecer diversas opções de pagamento para não perder vendas, até como pagar com mais de um cartão, no caso do cliente não ter limite suficiente naquele que utilizou na compra. Além disso, lembraram que o bom atendimento é essencial para aumentar a taxa de recompra após o Black Friday e que a reputação da empresa é um fator mais importante de consideração de compra para o consumidor do que os preços. Dentre as dicas dadas,  citaram que a data é um excelente momento para aumentar a base de cadastrados e que facilitar a compra do cliente, como um pré-cadastro para oferecer compras com apenas 1 clique no dia, ajuda a gerar mais vendas.

Também foi falado sobre o futuro do marketing, onde o budget de tecnologia será maior dentro do marketing do que em própria TI em 2017, mostrando uma tendência de proximidade entre as duas áreas. Comentaram sobre a questão da aquisição, em que se deve pensar ir além da simples conversão e buscar o relacionamento e engajamento do cliente, além de citarem sobre as novas possibilidades de análise do Google Analytics, como o Cost Data Upload em que você pode subir o investimento de campanhas, assim como utilizar dados off-line com o Universal Analytics.

Dia 9
No último dia, deram sequência às palestras Barry Koot, CEO da Digisales; João Pastore, do Facebook; Sandra Turchi, da Digitalents e organizadora do evento; e Beto Tercette, da Agência Social Tag.

Falaram bastante sobre problemas do e-commerce, como a falta de gerenciamento e a relação distante entre a equipe de TI do comercial. Além disso, levantaram a necessidade de se manter um diálogo com todos os stakeholders, como, por exemplo, os atendentes das lojas físicas. Também comentaram sobre o fenômeno do unboxing, em que usuários gravam o momento de se abrir a embalagem de um produto, e da atuação dos showroomers, que pesquisam os preços de produtos no online e nos pontos de venda.

Apresentações
Algumas das apresentações estão disponíveis em http://www2.espm.br/digitalweek.

Fonte: dp6


Lígia Fascioni*

Se uma empresa quer competir de verdade, tudo tem que ter dedo de um designer.

Se você nunca ouviu (ou leu) a expressão “gestão do design”, prepare-se para esbarrar nela freqüentemente nos próximos anos. É que, segundo o filósofo alemão Wolfgang Welsch, “assim como o século XX foi o século da arte, o século XXI será o século do design“.

O termo foi usado pela primeira vez em 1965, quando o governo britânico instituiu uma premiação para empresas que aplicassem uma abordagem integrada para as atividades de design de maneira a contribuir com a qualidade e fosse percebida por todo mundo. Como o prêmio se chamava Presidential Awards for Design Management, a definição ficou valendo. Se bem que uma coisa que nunca entendi é o nome “presidential” num país parlamentarista como a Inglaterra (provavelmente o presidencial em questão era relativo às sociedades promotoras, a Britains´s Royal Society of Arts e o UK´s Design Council).

Aos poucos, com a popularização nas corporações, a gestão do design passou também a denominar um instrumento que auxilia os gestores da empresa a trabalharem com a abordagem de resolução de problemas própria do design: valorizar o projeto, o conceito e a estética. Em outras palavras, trata-se de inserir a cultura do design na empresa e descobrir como essa ferramenta pode torná-la mais competitiva.

Tudo bem, mas como é que isso funciona na prática? Como é que o design pode ajudar a empresa a se diferenciar no mercado? Aha, você deve estar pensando em marcas inovadoras ou linhas arrojadas. Beleza, essa é a parte que mais aparece, mas tem um problema. O primeiro é que linhas arrojadas (seja lá o que isso for), não se aplicam a qualquer empresa. Em segundo, gestão do design é muito mais que isso.

A gestão do design trata justamente de acabar com a história de contratar designers pontualmente, somente para desenvolver uma marca gráfica ou para fazer caixinhas quando o produto já está pronto. A idéia é fazer um diagnóstico e propor inserções estratégicas do design em todas as áreas, atividades, processos, produtos, conceitos, cultura e no que mais for possível. Inocular o design no sangue corporativo, é isso!

Vamos aos exemplos: o design pode auxiliar a encontrar melhores soluções para o ambiente de trabalho/produção e/ou atendimento a clientes com o objetivo de criar o clima psicológico desejado, melhorar o fluxo de circulação de materiais e de pessoas, sinalizar corretamente os espaços, comunicar a filosofia da empresa e reduzir custos (com o aproveitamento de iluminação natural, a escolha adequada de móveis, etc). Já dá para perceber que pode-se aplicar os conceitos tanto em uma papelaria, como em um restaurante a quilo. Mas também serve para uma multinacional de petróleo ou uma empresa de consultoria.

Legal, mas vale lembrar que tudo isso tem que estar consonante com a identidade corporativa da empresa, já que ela é a base de tudo. Se a empresa não conhece sua essência, como vai montar a estratégia?

A coerência deve estar em todo lugar: desde a marca gráfica que deve traduzir com competência os atributos essenciais em todas as aplicações, passando pelo layout da papelaria, as práticas de atendimento e estrutura da informação, o website adequado e funcional, as embalagens sintonizadas com a filosofia da empresa, as apresentações institucionais, e tudo o mais que se possa lembrar. Onde você quiser, dá para encaixar design.

E tem mais: o design pode (e deve) nortear todo o desenvolvimento de novos produtos na empresa, desde o período embrionário até o ciclo de vida ser completado com o descarte. A escolha de materiais, a tradução do posicionamento da empresa, as técnicas de fabricação, o comportamento do consumidor, as funcionalidades, as inovações, as informações. Tudo tem que ter dedo de designer, se a empresa quer entrar para valer na competição.

Legal, né? Só não consigo entender porque é que isso nem sequer é citado nas faculdades de administração, para ficar só no pessoal diretamente interessado nos resultados. E tem uma coisa pior: as faculdades de design formam designers gráficos, designers de produtos, designers de moda, webdesigners e outros que tais. Mas quem integra tudo isso numa empresa? Quem faz a gestão estratégica do design? Onde se formam os gestores de design? Que eu saiba, no Brasil só há cursos de pós-graduação na área. Mas o pessoal que sai da faculdade acaba entrando no mercado sem muita noção de gestão. Resultado: designers se acham incompreendidos e gestores se sentem irritados.

Pois é, o grande desafio agora é formar muitos e excelentes gestores do design e contar ao empresariado sobre a existência e a importância estratégica desses profissionais.

A coisa vai meio devagar, mas eu, pelo menos, estou fazendo minha parte…

*Lígia Fascioni é engenheira eletricista e caiu de amores pelo design. Escreve semanalmente no Acontecendo Aqui, especializado em comunicação e marketing. Também é titular do blog DNA Corporativo no portal da revista Amanhã Economia e Negócios.
Atua profissionalmente como consultora e palestrante, além de ministrar aulas em cursos de graduação e pós-graduação em Marketing e Design. Publicou “Quem sua empresa pensa que é?” (2006, Ed. Ciência Moderna) , “O design do designer” (2007, Ed. Ciência Moderna), “Atitude profissional: dicas para quem está começando” (2009, Ed. Ciência Moderna) e “DNA Empresarial: identidade corporativa como referência estratégica” (2010, Ed. Ciência Integrare), entre outros livros.


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As expectativas desempenham papel importante e muitas vezes determinante na hora das decisões de natureza econômica. Pessoas, na condição de consumidores, e empresários nas suas decisões de produzir e investir estão sujeitos a influências do ambiente  que se forma ao redor. Indivíduos e empresários constroem a todo o momento percepções e avaliações que carregam influências do passado mais recente e um certo consenso acerca do futuro. Assim, podemos ter momentos em que as expectativas apontam para uma situação esperada no futuro melhor do que no passado. Ou, ao contrário, quando o sentimento que predomina é de que as coisas tendem a piorar. É quando as expectativas estão em baixa.

Essa construção de expectativas no coletivo é resultante de um certo consenso em torno de opiniões que se formam no dia a dia. Certos eventos ou informações expostas ao público muitas vezes se transformam em fonte para a formação de  opiniões. Assim, podemos nos deparar com opiniões consensuadas que apontam para expectativas positivas. Ou, ao contrário, para expectativas negativas. O problema é que do ponto de vista do comportamento econômico – de indivíduos e empresários, mas mais de empresários – essas expectativas tem uma carga genética de auto-realização. Isto é, a simples expectativa de que as coisas vão piorar acaba ajudando a piorar “as coisas”.

É um pouco o que está acontecendo agora. Há um ar de desconfiança na situação presente que contamina as percepções e visões do futuro mais próximo. E como a dinâmica econômica geral  é ditada predominantemente pela lógica das decisões de investimentos privados, e são estes os mais sensíveis às oscilações de expectativas, é razoável admitir que o “clima geral” aponta para a adoção de estratégias de maior cautela e não de aceleração e ousadias.

Como dizia Keynes, talvez o maior economista do século XX, o “futuro nunca se parece com o passado”, pois a todo instante se estará diante de cenários diferentes, modificados por decisões simultâneas ou não, e na maioria  interdependentes. Cada uma delas, ou conjunto delas, com algum poder maior ou menor de influência sobre as expectativas. Mas, é também do próprio Keynes a avaliação de que em situações de grande incerteza,   o futuro não consegue descolar do passado. Isto é, diante de incertezas fortes o mais razoável  é fiar-se na experiência do passado. É aquela história de não se cometer os erros do passado.

Podemos ter uma ideia aproximada sobre o “humor” econômico de indivíduos e empresários em relação ao momento presente e às expectativas, por exemplo,  através de pesquisas de opinião. A FGV- Fundação Getúlio Vargas calcula mensalmente o grau de confiança de diferentes categorias de empresários e também de consumidores. O mesmo faz o Instituto Futuro, no Espírito Santo, em relação à confiança do consumidor. No caso da FGV, temos indicadores de confiança para a indústria, comércio, serviços e consumidores.

Nos últimos dois meses todos esses indicadores apresentaram queda. E mais, todos eles puxados fortemente pelas expectativas, e alguns se situando em níveis que quase chegam ao pior desempenho na série histórica,  registrado em 2009, no auge da crise global. No caso do Espírito Santo, o  ICC – Índice de Confiança do Consumidor da Grande Vitória, do Instituto Futura, chegou bem próximo à sua menor pontuação da série, julho de 2008,  com 87 pontos de uma escala de partida que começa em 100. Em junho de 2013 o ICC-GV  atingiu 89. O ponto mais alto da série no período pós-crise ocorreu em novembro de 2010, chegando a 113 pontos. Naquele momento estávamos em processo de recuperação de uma queda forte em 2009.

Os índices de confiança no futuro calculados pela FGV também apresentaram queda acentuada entre os meses de junho e julho. O ICI – Índice de Confiança da Indústria, na dimensão expectativas, caiu 5%.  O mesmo acontecendo com o Índice de Confiança do Comércio, com queda de 2,6%. No setor de serviços a avaliação do futuro é ainda pior, com queda de 6,5%.  Os consumidores também não andam muito satisfeitos segundo o ICC – Índice de Confiança do Consumidor da FGV: Atingiu o menor nível desde maio de 2009,  uma queda de 4,1% entre junho e julho.

Esses números podem estar sendo influenciados pelos acontecimentos mais recentes de protestos. Mesmo assim, se os números estão efetivamente refletindo a realidade,  parece que há um consenso de opiniões em relação às expectativas: o “humor geral” não é de provocar sorrisos, mas sim preocupações.

*Orlando Caliman é Diretor Técnico da Futura Pesquisa. caliman@futuranet.ws




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