quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Essa coisa de fazer o mundo acreditar


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Se voltar pra cama é a primeira coisa que pensamos quando estamos com sono, certamente café é a segunda.

Foi pensando nisso que a Douwe Egberts, empresa especializada nessa bebida tão querida, bolou a ação “Bye Bye red eye”. 

O lugar para isso não poderia ser mais original: um aeroporto. 

Afinal, nada melhor do que instalar vending machines com um plus de legalzisse em um espaço com grande circulação de pessoas que muitas vezes passam horas esperando seus vôos, certo? 

Bom, a função toda rolou no Aeroporto Internacional Oliver Tambo, em Joanesburgo (Africa do Sul) e rolou assim: utilizando a tecnologia de reconhecimento facial, a pessoa que parasse em frente a máquina e bocejasse - sem querer - ganhava um café totalmente grátis. Isso mesmo, café quentinho na faixa! 

Assista: 


Pra ter uma ideia de quantos dorminhocos passaram por ali, foram distribuídos mais de 200 cafézinhos. 

A campanha “Bye bye red eye” foi criada pela agência sul-africana Joe Public

Imagine uma dessas em jornais e agências de comunicação? 

Fonte: Age


Ao contrário do que muitos podem pensar, nem só de refrigerantes vivem as vending machines. Para quem não sabe, vending machines são máquinas automáticas de venda de produtos. 

Elas foram inventadas no século passado (mais precisamente em 1888) para vender gomas de mascar, mas se tornaram febre na década de 70, principalmente nos Estados Unidos. 

No Brasil, infelizmente elas chegaram com atraso devido a nossa constante troca de moeda, ocasionada pela inflação galopante que vivíamos no passado. 

Mesmo com pouca cultura de utilização, as vending machines possuem alto potencial, pois são máquinas que não necessitam de mão de obra e estão à disposição de clientes 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Elas são sim famosas pela venda de refrigerantes e guloseimas (balas e biscoitos), mas ao redor do mundo a criatividade não tem limites. 

Tem gente ganhando dinheiro com vending machines das mais diversas formas!

 Conheça as 30 vending machines mais curiosas que encontramos por aí: 

1.Vending Machine bafômetro

2.Vending Machine de tênis

3.Vending Machine de peças de bicicleta

4.Vending Machine de chips pré-pagos de celular

5. Vending Machine de cosméticos

6.Vending Machines de cigarros

7.Vending Machines de camisinhas

8.Vending Machine de locação de DVDs

9.Vending Machine de iscas vivas (para pescar)

10.Vending Machine de bolas de golfe

11.Vending Machine de artigos de pet shop

12.Vending Machine de pilhas e baterias

13.Vending Machine de gravatas

14.Vending Machines de flores

15.Vending Machine de guarda-chuva

16.Vending Machine de gelo filtrado

17.Vending Machine de carro (Smart)

18.Vending Machine de calça jeans

19.Vending Machine de livros

20.Vending Machines de bermudas de praia

21.Vending Machine de jogos de tabuleiro

22.Vending Machine de sapatilhas (em boates)

23.Vending Machine para liberar a raiva (quebrar pratos)

24.Vending Machine de barras de ouro

25.Vending Machine de iPods

26.Vending Machine de Havaianas

27.Vending Machine de produtos para grafiteiros

28.Vending Machine de obras de arte

29.Vending Machine de óculos escuros

30.Vending Machine de Pulseira de Diamantes 


O processo pode ser doloroso, sofrido, mas a tentativa não pode ser barrada pela rotina e a pressão.

Muitas pessoas acham que não são criativas e que a criatividade é algo geneticamente adquirido. Um dom que o sujeito possui (ou não). Para muitos, aliás, falar em criatividade logo desperta associações com a imagem de artistas ou empreendedores famosos. Gente especial que habita o "olimpo criativo", um lugar celestial reservado para pessoas privilegiadas. Se você pensa assim, tenha cuidado! Essa postura é equivocada e pode estar debilitando ainda mais o seu poder criativo.

"Toda criança é um artista. O problema é manter-se artista uma vez que nos tornamos adultos". Com essas palavras Pablo Picasso nos lembra que, de alguma forma, nascemos criativos, mas vemos nossa capacidade minguar diante de anos de repressão e conflitos. Conflitos com o sistema educacional, com nossos pais e, sobretudo, com um ego cheio de medo e vergonha.

O positivo, no entanto, é saber que podemos readquirir parte de nossa criatividade perdida. Mas, para recuperar a criatividade perdida, não basta despertar a criança dentro de nós. Precisamos estar dispostos a encarar o verdadeiro trabalho de parto que o nascimento de uma boa ideia exige. Um trabalho que começa ao estabelecer conexões passando pelos processos de fecundação, gestação e nascimento. Um processo intenso, muitas vezes divertido, mas que também pode ser excruciante.

Estabelecendo conexões
A criatividade, assim como o relacionamento entre pessoas, precisa de interações para poder brotar. Em outras palavras, precisamos nos expor e buscar sinergias, já que é nas sinergias que encontraremos matéria-prima para boas ideias. David Birne, líder do grupo Talking Heads, dá um bom exemplo disso. Segundo ele, muitas conexões criativas surgem dos seus passeios de bicicleta pela cidade de Nova Iorque. Para Birne, as cores, sons, cheiros e o contato com as pessoas constituem um verdadeiro ponto de partida para muitos projetos. Outro exemplo, também vindo de Nova Iorque, ocorreu com Milton Glaser, famoso designer gráfico. Ele criou o logotipo mais copiado do mundo, o símbolo "Eu amo Nova Iorque", dentro de um taxi, enquanto olhava pela janela.

Ou seja, assim com um quebra-cabeças, nossa interação com o mundo pode disponibilizar as partes, que, juntas, ajudarão a obter algo coerente. Por isso é recomendável andar "antenados" e adquirir uma postura ativa diante da avalanche de informações que passa cotidianamente à sua frente.

O processo de fecundação
Para gerar uma solução inovadora, é preciso, antes de tudo, deixar que o desafio em questão (ou problema determinado) tenha acesso à nossa psiquê. E, ao permitirmos acesso a um lugar tão fecundo, estaremos promovendo um processo de gestação. Processo esse que é nutrido pela reação do problema ou desafio com nossas experiências, sonhos e fantasias.

Fantasias como as de Keith Richards, o guitarrista dos Rolling Stones, que criou a música "I can't get no (satisfaction)" enquanto dormia. Chapado como sempre, Keith conta que acordou pela manhã no quarto de seu hotel e reparou que a fita do gravador portátil estava no final. Curioso, rebobinou a fita e ao apertar o botão play escuto como ele mesmo pegava a guitarra e tocava os primeiros acordes do que viria a ser a famosa música. E depois dos acordes… 40 minutos do seu próprio ronco.

Gestação
A gestação de uma boa ideia exige a participação de ambos os lados de nosso cérebro. Isso significa a observação e análise sistemática do lado esquerdo combinado com a sensibilidade inspiradora do lado direito. Sendo importante lembrar que esse processo, muitas vezes, é também alimentado por conceitos transversais e diferentes do assunto no qual estamos trabalhando. Como na criação do slogan “Just do it” para a marca de artigos esportivos Nike, por exemplo. Neste caso, o marketeiro Dan Wieden utilizou as últimas palavras de Garry Gilmore, um assassino condenado à pena de morte momentos antes de ser executado por fuzilamento em 1976.

O nascimento de uma boa ideia
Assim como numa gravidez, o nascimento de uma ideia pode ser doloroso. Isso ocorre, especialmente, quando a necessidade de criar reage de forma negativa com nossa psiquê ou colide com outros problemas ali existentes. A pressão por resultados, por exemplo, pode dificultar o parto de ideias ou até diminuir o desejo de seguir trabalhando, como no caso de Bob Dylan em um dado momento de sua carreira.

Exausto, depois de uma turnê pela Inglaterra, Dylan prometeu ao seu empresário que deixaria o mundo da música. Disse que já não suportava as expectativas de todos sobre sua criatividade. Desolado, mudou-se para uma casa no interior do Estado de Nova Iorque deixando para traz seu passado e seu violão. O tempo se passou e a solidão, ao invés de calar sua criatividade, trouxe à tona o texto do que viria a ser uma de suas canções mais emblemáticas. "Like a Rolling Stone" nasce expondo a dor e a angústia de ter que criar. Tim Maia também reforça esse argumento com uma de suas frases célebres: "para fazer boa música é preciso a dor de trair e de ser traído".

Mas o nascimento de uma boa ideia nem sempre é doloroso. Muitas ideias nascem como bebês em táxi, ou seja, de forma inusitada. Afinal, quem já não teve uma boa ideia no chuveiro ou na cama? Arquimedes, o matemático grego, teve uma de suas melhores ideias dentro de uma banheira. E de tão animado, saiu pelas ruas, nu, gritando "Eureka, Eureka!" Tudo isso sem falar nas ideias que surgiram por acidente como a descoberta da penicilina, do plástico, do Viagra, microondas e as batatas chips.

Seja como for, o nascimento de uma ideia é um momento especial. Rápido ou lento, doloroso ou não, é importante perceber os diferentes estágios e curtir cada momento sem deixar que a boa ideia escape.

A criatividade constitui uma faceta importantíssima de nosso perfil e, desde um ponto de vista corporativo, demonstra ser a chave para mudar as regras do jogo quando o assunto é a sobrevivência no mundo dos negócios. Empresas como a Samsung, Hyundai, Apple ou a produtora Pixar deram um bom exemplo ao desbancar concorrentes aparentemente inabaláveis. Mas o que ocorre na perspetiva corporativa tem sua gênese no indivíduo. No indivíduo que pensa, que sonha e que, sobretudo, faz nascer boas ideias.

*Adriano Morozini de Lira é Global Executive MBA pelo IESE Business School com pós graduação em empreendedorismo pela Harvard Business School. Com 27 anos de experiência em engenharia experimental, atua como especialista em segurança veicular no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Porsche (Alemanha).



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Ativar os sentidos do shopper durante a jornada de compra estimula o cérebro e cria um vínculo emocional e de memória entre ele e o produto. Os cinco sentidos são as portas de entrada para os estímulos externos e, como nossas lembranças são geradas juntamente com os sentidos, a experiência sensorial é muito importante no processo de compra.

Sabe-se que nem tudo o que enxergamos o cérebro captura. Algumas imagens têm mais apelo ao cérebro do que outras. Em estudos de neuromarketing recentes, pesquisadores mostraram que as imagens de rostos humanos têm muito mais apelo emocional e, portanto, maior atratividade para o shopper, do que cenas impessoais e, é claro, palavras. Além destes elementos, o movimento e o contraste de luz também são notados com facilidade, embora não produzam conexão emocional.

A audição tem sido usada para influenciar shoppers há décadas. Em um experimento construído por Martin Lindstrom o ritmo da música mostra ser um influenciador da velocidade com que o cliente compra roupas.

Enquanto a visão e a audição podem em muitos casos ser seletivas, o olfato não oferece essa possibilidade. O olfato é uma via rápida para o cérebro, ele traz credibilidade para o que vemos ou ouvimos. Imagine que o alarme de incêndio do seu escritório toque. Poucos se levantam e saem imediatamente, mas se o som do alarme for associado ao cheiro de plástico queimado, certamente todos correrão! Isso é credibilidade.

Provavelmente em todas as culturas comida é sinônimo de afeto. No varejo, as triviais degustações fazem com frequência esse papel. O cuidado em oferecer um tratamento especial ao paladar dos clientes - através de restaurantes e cafés dentro de supermercado - é uma fórmula de sucesso da Eataly de Nova Iorque.

Estimular os shoppers a pegar o produto aumenta as chances de vendê-lo. As embalagens de brinquedo atuais já vêm com aberturas que permitem o toque. Estas sensações são muito convincentes até mesmo em bancas de jornal. As  que permitem folhear as revistas vendem muito mais unidades do que aquelas onde há o tradicional aviso “não folhear as revistas”.

Algumas marcas criam assinaturas sensoriais que vão além do logo e das palavras. Imagine o que seria da Intel sem a sua música característica? E a Harley Davison sem o barulho peculiar de seus motores? Como seria a experiência de compra na Le Lis Blanc sem a sua fragrância específica? Certamente boa parte do sucesso da Whole Foods americana está em permitir que degustemos produtos frescos. Enfim, os desafios dos estímulos abrem uma nova fronteira para nós da área de shopper marketing.

Por último e não menos importante, é possível explorar os sentidos do shopper também na web. Profissionais de marketing digital e redatores podem criar textos que levem o shopper a imaginar estímulos sensoriais… Pelo menos até o dia em que a internet seja capaz de entregar aromas e sabores.

* Rafael DAndrea é Diretor da ShopperAge e sócio diretor da Toolbox - Consulting & Metrics
Erika Amigo é  sócia-proprietária da Design Divino (www.designdivino.com.br)

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