segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Andorinha voa feliz


Observatório do Terceiro Setor, é um programa que traz os gestores e as principais infor-mações do Universo do Terceiro Setor.

Confira no vídeo abaixo a entrevista com Cássia de Vasconcelos Scaciotta, professora e consultora de marketing e comunicação que aborda programas de ajuda comunitária ao redor do mundo.





o
Qual é a forma garantida de diminuir a sua conta de luz? Acredite se quiser: ficar sabendo quanto o seu vizinho paga. Alex Laskey mostra como uma peculiaridade do comportamento humano pode fazer de nós melhores usuários de energia, mais sábios, e com contas de luz mais baixas que o comprovem.




o
Os brasileiros que curtem jogar videogame há muito tempo já sabem que a lógica do mundo dos games mudou muito da última década pra cá. Após ser uma indústria ativa durante as décadas de 80 e 90, a pirataria que chegou com tudo no ano 2000 aliada com o boom da internet de banda larga, fez com que as grandes empresas como Nintendo e Sony fugissem do Brasil e elevassem (bastante) os preços dos consoles e games no mercado.

Mas ultimamente, com os jogos online (onde não existem jogadores “piratas”) em ascensão, as empresas estão fazendo o caminho contrário: encontram-se ainda mais motivadas para voltar pra cá, diminuindo um poucos os jogos e consoles e fazendo que a industria de games se torne ativa de novo no país.

Pensando nisso, os caras da Brasil Game Day (uma iniciativa para fazer com que os jogos diminuam seus preços durante dois dias) fizeram um infográfico falando da realidade dos games no Brasil e no mundo.

Espia: 




Estive na viagem do Grupo de Mídia de São Paulo a Nova Iorque (3 a 7 set/12) e o tema deste ano focou era da digitalização, sobre como veículos tradicionais estão atuando nesta nova era. Muitos assuntos foram tratados, o que vem confirmar que a relevância do conteúdo é fundamental para a manutenção do veículo, porque as pessoas o acessarão na plataforma que for mais interessante para elas.

As apresentações dos gigantes da mídia impressa, como Financial Times e New York Times, mostraram que eles estão bem no meio impresso, com grandes números de circulação.  Um dos  bons exemplos é o New York Times, que edita seu título na China no idioma local.  Nota-se a presença de novos públicos no segmento digital, ampliando o alcance do veículo e número de leitores. E falando novamente das redes sociais, eles entendem que são grandes aliadas, pois distribuem o seu conteúdo para os outros públicos. Esse fato também foi comentado na apresentação do Grupo Turner, sobre uma pesquisa que fizeram a respeito do site da CNN ,  que mostra que os compartilhamentos trazem usuários novos para o ambiente digital do veículo.

Falando de Brasil, agora é notável como os veículos americanos deram uma grande importância o nosso país abrindo possibilidades de interações, por sermos um mercado emergente e por sediarmos dois grandes eventos mundiais nos próximos anos. Eles entendem o Brasil como um grande e potencial mercado de consumo de entretenimento e mídia.

É impressionante como, em todas as apresentações, as redes sociais  foram alvo de comentários, os compartilhamentos e até o termo “Social TV” mudando agora de meio para o gigante eletrônico. Apontaram os realities shows como um grande sucesso nos EUA, tendo o American Idol como um dos programas de maior audiência. As pessoas realmente querem participar ativamente e esse modelo permite isso de forma extremamente eficiente. Smart TV, vídeo on-demand, enfim, mil ferramentas que possibilitam o consumo do conteúdo da TV em vários devices como computadores, celulares e tablets. Esses dois últimos são responsáveis pela maioria dos compartilhamentos. É incrível como as grandes vedetes são os tablets. Seus usuários impulsionaram o maior consumo de vídeo e são mais engajados para compras que os demais. Como apontou a pesquisa da MPA (Associação dos Editores de Revistas dos EUA), 70% dos leitores de tablets acham que os anúncios deveriam levar a uma compra direta.

Enfim, a tecnologia novamente a serviço das pessoas, mas, como comentado na apresentação da Publicis NY, cada vez mais pessoal e o consumo cada vez mais individualizado. Daí a importância do conteúdo estar disponível em todos os devices que as pessoas preferem consumir. Fecho esse texto com a mensagem final que foi dita por eles – “pense socialmente e móvel”. E para complementar esse raciocínio, também fica o desafio de como monetizar essas novas audiências, já que o conteúdo multiplataforma é uma realidade.

Christiane Carvalho é publicitária, formada pela PUC Paraná, com especialização em Marketing pela Universidade Federal do PR. Atua como mídia há 18 anos no mercado paranaense, tendo atendido clientes como Grupo Positivo, Claro, Volvo Car. Atualmente é diretora de mídia da OpusMultipla Comunicação Integrada, responsável por contas como O Boticário, Governo do Estado do PR, Prefeitura de Curitiba, Grupo Lunender, Livrarias Curitiba, Docol, Móveis Campo Largo e Simmetria, Condor, Bergerson, Shopping Mueller entre outros.


Sentir-se excluído por não usar o tênis da moda dói de verdade nos adolescentes – o que não quer dizer eles devam ter todas as suas vontades atendidas.

Dois anos atrás, uma onda de saques tomou conta de Paris e periferia. Descendentes pobres de colônias francesas na África, em sua maioria, incendiavam carros nas ruas e invadiam lojas em busca de equipamentos eletrônicos e produtos do tipo. À época, houve quem chamasse o movimento de “revolta dos sem I-Pad”, numa alusão ao gadget da moda. Em meio aos episódios, o psicanalista Contardo Calligaris escreveu uma coluna na qual lembrava que “(...) , na nossa época, as "futilidades" são, no mínimo, tão relevantes e tão necessárias quanto era o pão em 1789 (Revolução Francesa). "Quem somos" depende de como conduzimos nossa vida e (indissociavelmente) de como ela é avaliada pelos outros. Para obter o reconhecimento de nossos semelhantes (sem o qual não somos nada), os objetos que nos circundam ajudam mais do que a barriga cheia; eles mostram nosso status -se somos antenados, pop, fashion, sem noção, ricos, pobres ou emergentes, cultos ou iletrados. Podemos achar cafonas os objetos roubados pelos saqueadores, mas o que importa é que eles roubaram objetos que lhes eram necessários para existir, para ser "alguém" no mundo. (...) na nossa época, as futilidades são, no mínimo, tão relevantes e necessárias quanto era o pão para o pessoal de 1789”.

Do texto de Contardo e, óbvio, dos saques e arrastões parisienses, depreendia-se que sentir-se por fora, “rejeitado” pela sociedade, por não ter acesso a mercadorias tão incensadas por todos, provocasse um sentimento de injustiça e revolta. Sentimento esse que, hoje, a neurociência diz existir de fato, sob a forma de dor – uma “dor social”, por assim dizer.

Pesquisas têm mostrado que tomar um fora do namorado ou da namorada, ser despedido ou perder uma disputa de emprego, ser excluído de uma brincadeira no recreio da escola ou ser escanteado no escritório ativam, em nosso cérebro, a mesma área responsável pela dor física originada por um corte ou uma queimadura. Nosso cérebro moldou-se socialmente de modo a registrar emoções advindas da interação com os outros de modo semelhante àquelas primárias.

Ora, sabemos que, de todas as fases da vida, a infância e a adolescência são as em que mais dependemos de aprovação alheia e aceitação em grupos. E que, muitas vezes, essa aprovação depende de certos produtos, como brinquedos, roupas ou acessórios de determinadas marcas. Crianças e teens são capazes de infernizar a vida de seus pais em busca do videogame do momento, da boneca da hora, do tênis “certo” ou da mochila “que todo mundo tem”. E os adultos, coitados, ficam sem saber se atendem aos pedidos constantes ou se mantêm uma certa austeridade nos dispêndios com os filhos. 

Por um lado, se levarmos as pesquisas recentes a sério, seria recomendável que os pais dessem atenção suficiente aos apelos de seus filhos, uma vez que a “dor social” que experimentam por não terem um moleton da Abercrombie pode ser bastante séria e “verdadeira” – tanto quanto a de se queimar a mão no fogo. Por outro, o orçamento doméstico não é infinito, e saber lidar com a dor, inclusive a social, é um aprendizado necessário – afinal de contas, ela aparecerá em algum momento da vida adulta, inevitavelmente.

Nesse caso, parece prevalecer a recomendação mais surrada e genérica que alguém pode oferecer: o bom senso. Repelir todos os pedidos, quando se tem condições financeiras de atender ao menos parte deles, pode provocar uma dor desnecessária. Acatar todas as vontades, porém, seria contraproducente em matéria de preparação para a vida, na qual nossas “dores sociais” dificilmente são remediadas com uma ida ao shopping. 

*Andrea D'Ângelo é professor e consultor de marketing e é o autor do livro "Precisar, não precisa: um olhar sobre o consumo de luxo no Brasil".




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...