quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Ir adiante

ACONTECE AMANHÃ
SE LIGA
O



A Adobe diz que realizou uma pesquisa com profissionais de marketing e a conclusão foi alarmante. Segundo a empresa, mais da metade dos profissionais da área não tem ideia do que estão fazendo. Bem, não usaram esses termos, mas em resumo revelam o óbvio: Todos querem bons números para colocar no relatório, mas não sabem fazer uma leitura adequada desses resultados.

Através de uma empresa fictícia de enciclopédias, a Adobe ilustra – com bom humor – toda uma cadeia de consequências quando métricas de uma campanha online não são avaliadas profundamente. O comercial promove o Marketing Cloud, um conjunto de ferramentas para auxiliar o monitoramento de publicidade digital.

A criação é da Goodby Silverstein & Partners.

Fonte: B9



o
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas subiu 1,0% em setembro na comparação com agosto, atingindo o maior nível desde fevereiro, informou a FGV.

O ICC avançou para 114,2 pontos, ante 113,1 pontos em agosto, quando havia subido 4,4% em relação ao mês anterior. Em fevereiro o indicador atingiu 116,2 pontos.

De acordo com a FGV, o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 3,5%, passando para 121,3 pontos em setembro, maior nível desde maio (122,7). Já o Índice de Expectativas avançou 0,4%, para 110,8 pontos no período.

Após forte queda em junho e julho, o indicador que mede a situação econômica no momento registrou alta de 4,5% em setembro, retornando ao nível de junho.

Na comparação entre agosto e setembro, a proporção de consumidores que avaliam a situação atual da economia como boa passou de 17,4% para 17,3%, enquanto a dos que a consideram ruim caiu de 37,8% para 34,1%.

Já em relação aos seis meses seguintes houve melhora no quesito que mede a intenção de compras de bens duráveis, com avanço de 0,7%. O indicador atingiu 86,5 pontos, o maior patamar desde janeiro de 2013 (86,6).

A parcela de consumidores com ímpeto para compras maiores diminuiu de 16,0% para 13,4%, enquanto a dos que preveem compras menores caiu de 30,1% para 26,9%.

A confiança dos consumidores foi afetada recentemente, entre outros, pela inflação elevada, que ainda é motivo de atenção.

Fonte: Reuters



o
A luta por territórios existe desde os primeiros registros da história da humanidade. 

E a partir destas lutas documentadas é possível perceber todas as mudanças ocorridas até hoje, sobretudo na Europa, onde há grande variedade de povos, nações e disputas por diferentes razões ao longo da civilização. 

Parte da história destas disputas de territórios é contada em um mapa/vídeo de três minutos divulgado pelo Liveleak, mostrando as mudanças ocorridas no continente europeu desde o século XI, do ano 1140 até 2012. 

Destaque para a extensão da Lituânia entre os séculos XIV e XV em 45 segundos, as unificações da Itália e da Alemanha no final do século XIX em 2 minutos e 45 segundos e o início da Segunda Guerra Mundial a partir de 3 minutos de vídeo.  




o
O MIXX 2013, evento anual do IAB, o maior do mundo em marketing digital, começou  na última segunda-feira (23),  em Nova Iorque, sob a égide da dúvida, que de resto se espalha como um meme por toda a nossa indústria: o que somos? Ou melhor: em que nos transformamos? 

O tema geral do evento, “Advertising is _____? – Redifining Marketing in a Digital World”(Publicidade é…? Redefinindo Marketing num Mundo Digital),  sumariza bem essa questão existencial, que tem algo de shakespeariana, e nos atira direto para dentro do enigma da pirâmide: decifra-me ou te deleto.

Vindo para cá e lendo o artigo que Randall Rothenberg, presidente da entidade, publicou no AdWeek, “The Definition of Advertising Has Never Been So Unclear”, uma resposta a essa questão me ocorreu: “ninguém tem a menor ideia”, simples assim. Assistindo a algumas das palestras deste primeiro dia do encontro, só pude confirmar minha inquietação.

O mérito do IAB está em colocar a questão em público, assumindo a dúvida numa indústria que sempre preferiu expor seu glamour e esconder suas mazelas. Dave Luhr, presidente da Wieden + Kennedy, um dos painelistas, colocou a coisa assim: “Quando nos convidaram para o evento e nos disseram que era essa a questão principal, poderíamos vir aqui e, como a maior parte das agências faz hoje em dia, dizer que para nós a questão digital já esta resolvida. Mas não. Nós na Widen+Kennedy não temos as respostas”.

E talvez tenha sido a melhor resposta de todas as que passaram pelo palco, já que, diante de um cenário em permanente transformação, talvez não seja ainda o momento de buscar respostas, mas admitir a ignorância e seguir em frente fazendo um monte de perguntas.

Em todo lugar, encantando sempre
Brian King, global brand officer da cadeia Marriott, esboçou alguns princípios sobre que papel deve desempenhar a propaganda neste admirável mundo novo: Co-criação, experiências memoráveis e, em inglês, serendipity, (ou serendipidade, termo da moda no momento, que significa surpresas agradáveis que se dão meio ao acaso e marcam nossas vidas). É uma boa fórmula, sem dúvida, porque envolve a participação direta da multidão na construção das marcas (outra ansiedade da moda) num relacionamento sempre memorável com seus usuários e consumidores.

Dos exemplos práticos apresentados por Brian um é bem legal, o Travel Brilliantly, um projeto digital que, além de exprimir de cara o conceito-chave de posicionamento da rede, coloca a disposição de seus usuários conteúdos e serviços proprietários acessíveis em todas as plataformas digitais, com destaque óbvio para a mobilidade. Se não é uma fórmula mágica, é pertinente e está excelentemente bem executada e “curada” pelos usuários, que postam vídeos e comentários online sobre suas experiências, dicas de viagens e gastronômicas, etc. Um belo guia interativo no conceito colaborativo 2.0.

Essa história de encantar sempre as pessoas como sendo o grande desafios das marcas é tão antigo quanto andar para frente. Dave Luhr, que já citamos aqui, e Colleen DeCoury, co-global executive creative director da mesma W+K, concordam com Brian que será sempre esse o pulo do gato, não importa o tempo, nem as transformações que vem com o tempo.

E assim, deram lá suas dicas para as agências de publicidade  enfrentarem este cenário camaleão: não tentem fazer tudo, foquem no que saibam fazer de melhor; façam primeiro e da melhor forma possível o trabalho e deixem para depois perguntas como “O que é Publicidade?”; preservem sua cultura empresarial antes e acima de tudo e; sejam independentes, não importa os riscos envolvidos.

É um conselho importante, vindo de quem pode provar na prática cada um deles, com uma história brilhante de sucesso na publicidade. Certamente não será fácil para quem não é W+K seguir essas mesmas pegadas (Dave contou que abriu mão da milionária concorrência da BMW para ir atender a Chrysler, quebrada, e que manteve o escritório da agência em Londres, tendo prejuízo e sendo ridicularizada localmente, até obter sucesso na operação, dois exemplos de independência e manter sua cultura intacta). Mas enfim, como ambos disseram desde o início, eles não tinham mesmo todas as respostas para todo mundo.

Jornalismo: paraíso ou caos
Outros dos temas tratados pelo MIXX 2013 foi o drama dos publishers em geral, diante do desafio digital, mas particularmente a imprensa da informação cotidiana, protagonizada durante séculos pelos grandes grupos de comunicação, e hoje vivendo momentos de importante revisão das bases do seu modelo de negócios.

O título do painel poderia ser interpretado como uma piadinha de mal gosto por muitos, “The Golden Age of Journalism”, já que há empresas jornalísticas fechando em todo o mundo e jornalistas ficando desempregados a taxas no mínimo preocupantes. Mas não era nem uma pegadinha, nem uma provocação, já que há entre empreendedores, novos empresários e investidores da cena internacional do mundo do conteúdo da informação quem acredite que, de fato, estamos vivendo hoje uma era de ouro. Para o setor e para a profissão.

Um dos defensores dessa tese é o entusiasmado e falante Henry Blodget, fundador e proprietário do Business Inteligence, uma operação de jornalismo informativo e analítico que agrega conteúdos os mais diversos e os distribui exclusivamente online. Ele assegura que está ganhando dinheiro com isso e que nunca os jornalistas tiveram a sua disposição tantas ferramentas para cobrir e reportar a realidade. Por outro lado, para ele, nunca os leitores – a audiência em geral – puderam ter a mão tantas e tão variadas formas de acesso a informação.

Não dá para discordar do Henry. Mas questionaram seus argumentos os outros dois participantes do debate, os decanos Kurt Andersen, que como moderador e ele mesmo um protagonista da cena jornalística norte-americana por décadas, hoje no Studio 360, e Ken Auletta, o elegante e articulado autor e colaborador da chique The New Yorker.

Em linhas gerais, os mais velhos no palco se manifestaram preocupados com a queda geral na qualidade do jornalismo produzido hoje para o mundo digital, com o aumento do desemprego no setor e com o modelo de negócios da indústria da informação, que tem suas antigas fórmulas de monetização entrando em colapso, sem ainda o digital ter trazido outras minimamente rentáveis para colocar no lugar.

Ao que Henry contrapôs, dizendo que ganha dinheiro como sempre a indústria ganhou: publicidade e assinaturas. Nas entrelinhas, cutucou as pesadas e arcaicas estruturas de produção de conteúdo dos grandes grupos de comunicação e defendeu a tese de que os jornalistas que sobreviverem ao caos poderão até ser menos, mas serão os melhores. Tipo, acabou o tempo dos amadores e é chegada a hora de separar homens de meninos.

É algo a pensar.

Pyr Marconces:  Meio e Mensagem e Proxxima




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...