quarta-feira, 15 de maio de 2013

Tudo acontece e você ...

Você sabia que tem a 
bandeira da Dinamarca 
escondida no logo da Coca-Cola?


A McCann Copenhagen descobriu que sim, e usou a coincidência visual para criar uma mídia exterior nos aeroportos dinamarqueses.

Segundo eles, lá as pessoas tem costume de receber os turistas com bandeiras do país. Sendo assim, um outdoor da Coca-Cola distribui gratuitamente bandeirolas ocultas no logo, com a mensagem “Bem-vindo ao país mais feliz do mundo”.

O video-case aceita tudo mesmo.




O medo corporativo


Depois de 15 anos como diretor de atendimento e outros seis anos administrando operações complexas em agências de publicidade, posso dizer que aprendi bastante sobre um assunto indigesto: o medo. No mundo corporativo, continuo me assustando com o efeito devastador que esse sentimento irradia. Na indústria da comunicação, então, nem se fala. Sustentado por uma lógica tosca, ele tolhe o a criatividade e a inovação nas empresas.

Não tenho estudos quantitativos, mas estimo que entre 80% e 90% dos trabalhos publicitários que chegam ao público não são as melhores peças de produzidas pelas agências. As melhores, simplesmente, morrem no caminho. Por medo. Grande parte dos executivos procura o conforto do conhecido ao invés de tentar algo novo. Cito a publicidade, pois esse é o meu território. Mas acredito que a mortalidade de boas ideias alcance índices semelhantes em outros setores da atividade econômica.

Vista da superfície, essa atitude temerosa parece ter um lastro lógico, balizada em atitudes precavidas e conservadoras, que minimizam o risco para as empresas, evitando ideias sem comprovação prévia. Mas creio que o pavor pela novidade só pode ser definido como tolo. É inócuo procurar a segurança em soluções batidas e padronizadas, especialmente no cenário competitivo que se firmou em todo o planeta nos últimos dez ou 15 anos. Aliás, eis uma das poucas coisas certas no atual mundo corporativo: apelar para soluções “comprovadas” é a melhor forma de fracassar.

O sucesso, hoje, passa pela capacidade de correr riscos e inovar.A forma como administramos o medo pode fazer uma monumental diferença na nossa capacidade de fazer algo novo e, como consequência, agregar valor.

Impressiona-me a quantidade de palestras que realizamos atualmente sobre os mesmos temas: como reinventar a criatividade, como reter talentos nas empresas ou como lidar com novas realidades como as mídias sociais. Acho todos esses assuntos relevantes, mas me questiono: vale a pena debater tendências futuras se hoje nem sequer conseguimos defender as nossas melhores ideias? O primeiro passo para construirmos o futuro é aprendermos a ter coragem no presente.

A primeira coisa a fazer para vencer o medo é falar sobre ele. É preciso mostrar às pessoas o quanto elas estão se entregando a esse tipo de temor em vez de combatê-lo. Em segundo lugar, é necessário refletir sobre o nosso sistema de recompensas. A psicologia do comportamento sabe muito bem que, se somos recompensados por executar uma tarefa, vamos executá-la novamente. Assim, se cultivamos o lugar-comum, receberemos mais lugares-comuns de volta. Se nos castigam por fazer outra coisa, vamos parar de fazê-la. Temos, então, que aprender a recompensar as ações corretas.

Quando aplicado à comunicação, o medo pode ser ainda mais surpreendente. Existe um temor desproporcional em relação às consequências de uma má comunicação. A verdade, nesse caso, é simples: o pior que pode acontecer a qualquer comunicação é ser ignorada. Nada além disso. É impossível que uma comunicação ruim destrua uma marca do dia para a noite. Assim, a má comunicação é inócua, enquanto a boa pode transformar um negócio. Como se vê, esse é o melhor dos mundos para fomentar novas ideias. Mas não é isso o que acontece.

Um último ponto: as grandes ideias precisam de gente, indivíduos, campeões de criatividade. Elas não nascem em comitês. Não são amigas do sistema ou do processo. Não se dão bem com os focus groups. Precisam de alguém que acredite nelas e as ajude a crescer e a prosperar. Necessitam de um herói que meta a faca entre os dentes e não se intimide caso alguém cruze o seu caminho.

Jesus teve a ideia de amar ao próximo. Ghandi, a ideia da não-violência. Steve Jobs quis mudar o mundo pela Apple. Talvez isso pareça melodramático, mas da próxima vez que vocês forem a alguma palestra sobre criatividade, questionem: quem é o amigo das grandes ideias na minha empresa? É aí que reside a oportunidade de vencer o medo e revelar um herói.

Martin Montoya
Presidente da W/McCann
Veiculado em Meio e Mensagem



Classe média tem 
56% dos cartões de crédito, 
no Brasil


A classe média brasileira tem 56% dos cartões de crédito em uso em nosso país. É o que aponta pesquisa realizada pelo Data Popular, nos meses de fevereiro e março, com 2006 brasileiros de 53 cidades. De acordo com o levantamento, em 2012 foram contabilizados 183,6 milhões de cartões de crédito. Em 2007 o número era de 104,5 milhões. Em 5 anos, ocorreu um crescimento de 75,7% – que é impressionante.

Do total do ano passado, é a classe média, com 103 milhões, que possui o maior número de cartões de crédito, com participação de 56% entre as classes. As pessoas da classe A representam 55 milhões, ou 30%. E a classe baixa, fica com 25,6 milhões, ou apenas 14%.

É também a baixa renda que aproveita mais sua rede social como fonte de auxílio financeiro: 25,5 milhões de brasileiros emprestaram seu cartão de crédito para parentes ou amigos. Na classe média, essa atitude aconteceu com 22 milhões e na classe alta, só 3% recorreram ao comportamento.

Segundo análise do estudo, é por isso que essas pessoas buscam a informalidade para solucionar suas necessidades. Nos últimos seis meses, 45% da classe baixa fez compra fiada, 27% da classe média também utilizou esse método e 6% da classe alta recorreu ao sistema.


Fonte:  Supermercado Moderno



Senhor anúncio

Do estilo “uma imagem vale mais do que mil palavras”.



Fotografia publicitária
Apelo de apetite




A provável união entre Pepsico e Mondelez


Depois dos filmes de Hollywood, refrigerante e Justin Timberlake, parece que o voraz apetite pelos salgadinhos deve ser o próximo hábito exportado pelos americanos. Já consolidado nos Estados Unidos, o consumo de biscoitos, batatas chips e doces estão começando a aguçar o paladar também dos consumidores da Índia, China, entre outros mercados que emergem à reboque de pessoas que cada vez mais ascendem para a classe média.

A tendência é tão forte que começa a influenciar a realização de negócios de grande porte, incluindo no ano passado a separação da Kraft Foods, que criou a Mondelez, empresa com gestão independente nas áreas de doces e salgadinhos e modelo de negócio baseado justamente no crescimento dos mercados emergentes. E este deve ser apenas o começo: a iniciativa fomenta especulações em torno da possibilidade de que a Mondelez possa unir seus esforços à PepsiCo para criar uma gigante do setor, com pelo menos 15 marcas globais, cada uma delas avaliada em cerca de US$ 1 bilhão, como Tostitos, Doritos, Lays, Trident, Oreo e Nabisco.

Embora ambas as companhias já estejam investindo em novos negócios nos países emergentes, estas iniciativas ainda permanecem “aquém do esperado”, enfatiza a Bernstein Research, em recente relatório que aponta as oportunidades mais promissoras do segmento. “A combinação dos negócios pode acelerar o crescimento e elevar a escala, beneficiando ambas as empresas”, diz o documento. Em outras palavras, “ser maior pode ser melhor”, especialmente porque o portfólio das companhias não apresenta zonas de atuação conflitantes.

A PepsiCo, com as marcas Lays e Ruffles, detém a liderança entre os salgadinhos. Já a Mondelez concentra seu domínio na categoria de biscoitos e doces, com as marcas Oreo e Cadburry. A categorias de snacks sinaliza um potencial maior de expansão globalmente em comparação a outros tipos de guloseimas porque crescem na medida em que um volume cada vez maior de consumidores alcança a classe média, ganhando condições de fazer do produto um hábito de consumo. As pessoas não precisam de salgadinhos para sobreviver; elas consomem o produto por diversão, compulsão ou distração.

Os mercados emergentes respondem por cerca de 40% da receita da Mondelez. Até 2020, a companhia prevê que mais de 110 milhões de lares da Índia, Rússia e do Brasil cheguem à classe média. “Neste ritmo, acreditamos que o consumo de chocolate será três vezes maior”, disse Bharat Puri, vice-presidente global da divisão de chocolates da Mondelez, a um grupo de analistas no ano passado. As multinacionais do ramo têm sido ajudadas ainda pelo fato de que os salgadinhos são um alimento “universal”, diz o analista da Euromonitor Ildiko Szalai.

“Uma barra de chocolate continua sendo uma barra de chocolate em qualquer lugar”, diz ele. Já as refeições, ao contrário, permanecem presas à cultura de cada país. Na Índia, o consumo de doces e salgadinhos aumentou 24% em 2012, puxado por “hábitos alimentares irregulares, longos intervalos entre as refeições e forte influência da cultura ocidental, onde as pessoas consomem uma grande quantidade de salgadinhos como lanche”, de acordo com a Euromonitor.

Mas existem também indícios de que os consumidores vindos dos mercados emergentes estão mais conscientes e preocupados em fazer lanches mais saudáveis. Na China, as algas ganharam a preferência de jovens mulheres como uma alternativa de lanche devido ao baixo teor calórico do alimento. Segundo a Euromonitor, os asiáticos procuram cada vez mais por versões processadas de algas com sabor, comercializadas pela marca Pringles, da Kellogg.

Nem a PepsiCo e nem a Mondelez comentam a possibilidade de uma associação, mas os boatos que rondam os círculos financeiros é de que o investidor Nelson Peltz, com seu fundo de investimentos Trian, pode forçar um eventual acordo após ter adquirido participações em ambas as companhias. A PepsiCo admite que tem tido encontros com o Trian para “discutir ideias e iniciativas capazes de garantir o crescimento da companhia a longo prazo e os lucros dos acionistas”. Ainda assim, o clima é de ceticismo. Um acordo agora pode ser “muito disruptivo”, observa a Bernstein, especialmente para a Mondelez, que ainda busca consolidar o seu formato de negócio após a separação da Kraft. Fique atento para descobrir o momento em que a receita desandar.

Por E.J. Schultz, do Advertising Age
(*) Tradução: Janaina Langsdorff/Meio e Mensagem






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