terça-feira, 28 de maio de 2013

Alguém nos ameniza a dor


Geoffrey Canada: 
Nossas escolhas que fracassam. 
O suficiente é o suficiente!

Por que, por que, por que nosso sistema de educação está tão semelhante ao modo como fazíamos 50 anos atrás? Milhões de estudantes fracassavam naquela época, assim como o fazem agora -- e é porque nos apegamos a um modelo de atuação que não funciona. 

Geoffrey Canada, um defensor da educação, desafia o sistema a olhar para os dados, pensar sobre a clientela e fazer mudanças sistemáticas para ajudar um número maior de crianças a sobressair-se. 

Imperdível.





O mundo de Red Bull 
em uma sequência fotográfica


Já tem um tempo que a Red Bull estabeleceu parceria com fotógrafos especializados em esportes radicais e tem publicado fotos bem legais em seu site. Mas talvez um dos resultados mais felizes desta parceria esteja em World of Red Bull on Sequence, uma coleção de 18 fotos sensacionais que combinam frames múltiplos dos atletas patrocinados pela marca.

Para produzir a sensação de movimento, os fotógrafos utilizaram um tripé e sobrepuseram os frames em camadas, criando uma sequência perfeita.











Produtividade em Baixa

O presidente da EPL - Empresa de Planejamento e Logística, Bernardo Figueiredo, numa entrevista ao jornal Valor na sua edição de 14 deste mês, chegou a afirmar que o Brasil tem um déficit de 30 anos na área de transportes. Considero a sua avaliação amena. Eu colocaria mais anos nessa história, principalmente se tomarmos como referência o Espírito Santo. A questão é que todo esse atraso tem produzido um impacto negativo enorme na produtividade e consequentemente na competitividade geral da nossa economia.

Quando queremos saber se um país é competitivo ou não em relação aos demais costumamos recorrer a indicadores de desempenho relacionados às exportações industriais. É uma maneira bem simplificada de análise. Assim, se um determinado país vem aumentando a sua participação no comércio internacional de certos produtos industrializados, e de forma consistente e por períodos mais longos, significa que este dispõe de certas vantagens que o coloca em destaque. E essas vantagens podem estar ligadas a fatores com qualidade da infraestrutura e dos serviços, de um burocracia governamental eficiente, bons canais de comercialização etc. A maioria deles são de natureza sistêmica, pois afetam a todos de forma igual. Outros dizem respeito a questões mais internas aos setores específicos e às empresas: estratégias de mercado, tecnologia, inovação etc.

Os que mais pesam na medida da competitividade, no entanto, são os fatores sistêmicos, pois impactam todas as empresas. São difusos em seus efeitos positivos e negativos. Mas, concentrados em termos de suas origens e responsabilidades. Geralmente os governos. É o caso, por exemplo da infraestrutura que se vincula diretamente à eficiência na logística. O mesmo podemos dizer do câmbio, da inflação, da burocracia, dos juros e também da carga tributária. São elementos que afetam indistintamente empresas, setores e também simples mortais cidadãos.

Assim, quando descobrimos que para exportar uma tonelada de soja no Brasil pagamos cerca de 92 dólares somente em transporte, enquanto nos Estados Unidos esse custo fica em 23 dólares, temos a certeza de que algo de muito grave está acontecendo. O mesmo acontece quando comparamos o custo de exportação de um determinado produto industrializado, como um fogão ou geladeira, que chega a custar o triplo do que custa em países mais eficientes. No caso específico da soja, felizmente a nossa produtividade na produção ainda consegue suportar as deficiências que existem na cadeia de serviços de logística. Porém, o mesmo não é possível de acontecer com o setor industrial, exportador ou não.

O que determina a competitividade é essencialmente a produtividade. Ou seja, quem consegue produzir mais, em quantidade e qualidade, com a mesma quantidade e qualidade de recursos – matéria-prima, insumos, mão de obra etc – tende a sair na frente na corrida pela competitividade. Como o Brasil tem avançado muito pouco nesse aspecto, vem tendo muita dificuldade em vender seus produtos lá fora. Aliás, a produtividade geral da nossa indústria tem até caído relativamente e absolutamente, inclusive, em grande parte, por conta da baixa produtividade em outas áreas, como na cadeia de serviços, incluindo-se nesse caso a logística.

No conjunto, os chamados fatores tipicamente sistêmicos são os verdadeiros “vilões” da competitividade. Eles “corroem” potenciais vantagens que possam existir, como também iniciativas de redução seletiva da carga tributária, como vem sendo promovida recentemente pelo Governo Federal. Para o setor exportador, por exemplo, é difícil competir com outros países, quando seus custos internos crescem mais que os preços dos seus produtos. É o caso dos salários, que tiveram seus valores em dólar triplicados, na média, nos últimos dez anos. Sem falar da inflação, que acaba neutralizando potenciais ganhos provenientes da desvalorização cambial.

Todos esses fatores acabam funcionando também como inibidores dos investimentos privados. São poucos os empresários e empresas que se arriscariam investir nessas circunstâncias. Alguma coisa terá que ser feita, seja de forma mais acelerada ou gradualmente. E a expectativa predominante é que sejam dados sinais nessa direção. É, no mínimo, um primeiro passo para a necessária construção de um estado de confiança geral.



Por que os clássicos da 
Administração e de negócios
não são mais estudados?


É preciso retomar os estudos das obras fundamentais que constituíram o estudo da Administração como ciência, técnica e arte. Basta de confundir Administração com livros de auto-ajuda e com subliteratura de gestão.

Essa é uma questão que vem ganhando força à medida que indagamos alunos de vários cursos, especialmente os de administração e negócios.

Lamentavelmente, pouco se conhece das obras escritas pelos fundadores da Ciência da Administração, de Taylor a Drucker, de Ford a Mintzberg, de Guerreiro Ramos a McGregor, e por aí vai. Isso sem falar em inexcedíveis obras de outras disciplinas, como Economia e Sociologia que também têm, por exemplo, em Adam Smith e Max Weber, respectivamente, ensinamentos que contribuem para configurar o pensamento administrativo.

Procurando entender as causas desse problema, descubrimos que o volume de visitas às bibliotecas é ridiculamente pequeno para leitura. “Esses ambientes são mais utilizados para trabalhos em grupo ou leitura de textos”, nos garante a bibliotecária de uma faculdade. 

Um professor, atento observador do movimento no campus, tem a sua tese: “Os alunos chegam corridos do trabalho depois de enfrentar horas no trânsito, entram em salas de aula esbaforidos e depois correm para casa para começar tudo novamente no dia seguinte. Não têm tempo para leituras além dos textos compilados nos quais as provas vão se basear”.

O mais estarrecedor talvez seja um depoimento de que a maior parte das faculdades de Administração e negócios procura manter no acervo de suas bibliotecas livros de autores que publicaram nos últimos cinco anos. 

“Fica mais atraente no momento da visita do MEC à instituição de ensino”, atesta um coordenador de curso que também atua como avaliador do Inep/MEC. 

É triste saber que muitos dos futuros administradores terão lido não mais do que duas ou três páginas dos tratados escritos por Maslow, Herzberg, Chester Barnard, Blanchard, Alfred Sloan, Robert Blake, dentre outros inúmeros mestres da Administração.

Assim ficam esses profissionais limitados pela visão estreita e fragmentada que lhes é apresentada por diversos livros de Introdução à Administração e de TGA que, portanto, lhes roubam a oportunidade da imersão reflexiva e da elaboração de novas perspectivas a partir dos experimentos e construções apresentados por autores clássicos. É verdade também que ao lermos os clássicos e os bestsellers vamos encontrar nestes últimos muitas ideias que nos remetem aos estudos desses preconizadores da Ciência da Administração, embora nem sempre referenciados pelos novos autores.

Para contribuir com a eliminação ou redução desse abismo intelectual o CRA disponibiliza em seu site, gratuitamente, diversos desse livros de autores clássicos da Administração que apesar de escritos há algumas décadas, ainda são muito atuais e úteis aos estudantes e profissionais de administração. Em verdade, textos assim é que dão conteúdo e cientificidade à Administração.



Quando a porrada come (entre os sócios)


Não adianta, você não vai conseguir evitar… Um dia a porrada come! E sabe do que mais? É super normal! Como em qualquer família, tem uma hora que a pressão precisa sair um pouco de cada um dos sócios para que tudo volte ao normal.

Nessas últimas duas semanas, foi exatamente isso o que aconteceu na LUZ. Nós chegamos a um ponto em que foi preciso marcar uma série de reuniões extras para sentar e buscar uma solução para as divergências que estavam nos incomodando.

Mas e porque essas divergências acontecem? Em primeiro lugar, dificuldades de comunicação! E não é porque não tentamos ou porque nos comunicamos mal, mas porque, acima de tudo, não nos escutamos. Nas reuniões do dia-a-dia, deixamos claro um ao outro nossas opiniões e sentimentos, mas com opiniões já formadas em nossas cabeças e visões individualistas, descartamos o que o outro quer dizer.

A “porrada” nada mais é do que um momento necessário em que argumentamos com mais força (e volume) para que se consiga fazer com que um sócio escute ao outro e vice-versa. E isso é extremamente saudável, no meu ponto de vista. Claro, muita cara feia, nervos a flor da pele, estresse nas alturas, etc. fazem parte do processo. Mas o resultado é positivo. Acredite em mim.

É possível evitar a porrada entre os sócios? Acho difícil. É algo cíclico. Mas acredito que se esforçar para escutar melhor o que o outro tem a dizer antes de contra-argumentar com o seu ponto de vista individual e se esforçar para decidir o que faz mais sentido para o bem da empresa (de todos) pode reduzir muito a necessidade da “porradaria”. E um dia a porrada comer de novo, entenda que é uma fase importante para todos se entenderem melhor. Boa sorte!

p.s.: E quando eu falo de “porrada” quero dizer de um bate-boca com ânimos um pouco mais exaltados. Nunca, mas nunca entre em uma luta física. O dia em que isso acontecer, acho melhor você acabar com a sociedade.




E se as cidades fossem feitas de pão?


Em “The World without us”, do autor Alan Weisman e publicado em 2007, relata como a Terra seria se nós, seres humanos, desaparecêssemos. Sua casa daria lugar a forças naturais mais rápido do que você imagina. E em 500 anos, seu bairro inteiro iria voltar ao seu estado mais primitivo – muito provavelmente um espaço florestado. Mas e se no caso nossas e outras cidades fossem feitas de pão? Nesse caso, seria mofo em todo e qualquer lugar. E foi pensando nisso que essa série de fotos que vamos mostrar se baseia: uma declaração cuidadosa sobre a impermanência da humanidade no planeta.



No projeto vencedor do A’Design Award, a cenógrafa de teatro Johanna Martensson traz à vida um mundo feito de pão. Ela construiu uma paisagem urbana feita desse nosso clássico acompanhamento de cafés da manhã – e, em seguida, fez fotos dia após dias, durante seis meses. Enquanto isso, o que se via era uma imensa bagunça mofada desmoronando.


“Eu queria gerar reflexões em torno da realidade mostrada nesses edifícios. Devemos olha-los como um cenário imaginário, de natureza perecível. O que está por trás disso ou o que vai acontecer enquanto os moldes de pão apodrecem pode não ser um apocalipse, mas sim a criação de um novo processo”, diz a autora.



Enquanto a “obra” pode parecer meio nojenta, é também um poderoso lembrete de quão frágil às coisas são e como é magnífico o poder da natureza em recuperar e processar tudo.


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