quinta-feira, 11 de abril de 2013

Como uma corda de violino


Imperdível

Não basta ser, tem de parecer ser

Ana Paula Paiva/Valor / Ana Paula Paiva/Valor

Uma ideia que não seja perigosa não merece ser chamada de ideia. A frase do escritor Oscar Wilde é considerada por Celso Loducca, 54 anos, um mantra a ser seguido. É com essa máxima na cabeça que, há 18 anos, ele mantém a agência de publicidade que leva seu sobrenome.

A Loducca, que atendeu o primeiro cliente, o antigo banco Bamerindus, ainda na sala do apartamento de Celso Loducca, em 1995, está hoje entre as 20 maiores do país. Em 2011, foi considerada a melhor do ano pelo Caboré, o mais respeitado prêmio brasileiro do setor.
Lançado neste mês, o livro "O que Interessa É A Vida - A Biografia de uma Agência de Propaganda" repassa os altos e baixos da companhia. Estão lá o dia da intervenção do Banco Santos, que guardava todo o capital da empresa, e as campanhas que foram carimbadas na memória do consumidor, como a do mote "bem-vindo ao clube", criado para a Nextel, e a ação para a Sazón, com a música "É o Amor", que alavancou as vendas da fabricante de temperos de 19 para 500 toneladas ao mês.

O publicitário começou a carreira como redator na Standard (hoje Ogilvy). Trabalhou também na Young&Rubicam, Talent e W/Brasil, antes de tornar-se vice-presidente da FCB Brasil.

A Loducca ainda tem como sócios e vice-presidentes Guga Ketzer, Daniel Chalfon, André Paes de Barros e Ken Fujioka, além do Grupo ABC, de Nizan Guanaes.

Isto tudo e muito mais, você pode conferir no livro cujo título está acima e é grátis no endereço  www.loducca.com.br

É imperdível. 

Baixe agora.



O paradoxo da escolha

Não cansamos de repetir a frase do Tio Marshall McLuhan, dizendo que corremos para o futuro com os olhos no retrovisor, pois teimamos em projetar o passado nos anos que virão. O termo acima é mais um desses exemplos, desatualizados hoje em dia. Ele vem de 1970 (OK, de um livro de tendências de 1970, mas mesmo assim) e se refere à dificuldade que as pessoas teriam para entender assuntos e tomar decisões por causa de muita informação. É um ponto de vista bastante explorado pela mídia, analisado inclusive por pesquisadores de respeito, como Barry Schwartz em seu livro “O Paradoxo da Escolha".


Sua lógica é bastante precisa, a ponto de levar a muitas dúvidas. A princípio não há como contestar a dificuldade em se tomar decisões com tantas opções, mas até que ponto isso é “planejado” ou é simples reflexo de uma demanda de mercado cada vez mais segmentada, eu tenho as minhas dúvidas.

Mas o que mais nos incomoda nesse conversê é seu ponto de vista REACIONÁRIO, feito o daqueles “gurus” de inovação que não usam FourSquare ou Instagram e adoram fazer vídeos de si mesmos achando tudo uma porcaria, no melhor estilo Pedro de Lara. Pense bem: qual é a opção? Reduzir a oferta de produtos e serviços para uns poucos privilegiados? Não faz o menor sentido. Acreditamos que até mesmo no Japão que adora posar de inovador, dinossauros como Sony, Panasonic e Toshiba adorariam uma política de restrição que reduzisse as ofertas. Felizmente o que ocorre é exatamente o contrário.

Há muita informação disponível, sem dúvida. Há muito mais informação do que seríamos capazes de consumir, ninguém duvida. Nós e a Tropicália mal éramos nascidos e o Caetano Veloso já dizia que o sol nas bancas de revista o enchia de alegria e preguiça, perguntando-se quem lia tanta notícia. Nunca se leu. Antigamente, quando havia pouca informação, todos recorriam à Grande Mídia - essa sim, com uma agenda ideológica bastante clara - para procurar o que pensar. Hoje que há fontes demais, a referência absoluta não existe mais. E isso é uma excelente notícia.




Os pôsteres da fase de 
ouro das séries de cinema


Na era pré-TV, seriado era coisa das telonas. O auge dos filmes mais simples, de baixíssimo orçamento e que passavam em programas duplos ou até triplos das matinês, foi na época entre 1930 e 1940. A popularização da Televisão nos EUA, que viria a detonar esse tipo de produção, iniciou-se por volta de 1948. Mas se as produções beiravam o que podemos chamar de “caseiro”, com os cartazes de filmes lado B não era bem assim.

A receita dos seriados de cinema tinha sempre os mesmos ingredientes: filmes de ação com super heróis, detetives, exploração de outros continentes e até mesmo planetas, cientistas insanos contra virtuosos defensores da lei e por aí vai. As imagens são todas do blog The Golden Age e podem ser consideradas relíquias. 




O engraçado é perceber que muitos desses personagens de quase 80 anos atrás ainda são vistos em blockbusters de alto orçamento e grandes bilheterias da nossa geração. É o caso de Batman, Superman e Capitão América. E até do Lone Ranger (que era chamado de Zorro aqui no Brasil), que reaparece em breve nos cinemas, interpretado por Johnny Depp.






Kowloon, a maior favela vertical do mundo




Por meio das fotos fascinantes de Greg Girard e Ian Lamboth, que ao longo de 5 anos dedicaram seu tempo a fotografar e documentar a vida em Kowloon, você poderá ter acesso a esse incrível lugar, que era situado em Hong Kong e chegou a ter mais de 50 mil habitantes, sem um governo próprio.

Kowloon era uma área densamente povoada e sem governo em Kowloon, Hong Kong. Originalmente uma fortaleza militar chinesa, a cidade murada se tornou um enclave após os Novos Territórios terem sido arrendados para o Reino Unido em 1898. Sua população aumentou drasticamente após a ocupação de Hong Kong pelo Império do Japão durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1987, a cidade murada tinha 33.000 residentes dentro de seu território de 0,3 km². De 1950 até a década de 1970, foi controlada por tríades e tinha altos índices de prostituição, jogos de azar e uso de drogas.







Em janeiro de 1987, o governo de Hong Kong anunciou planos para demolir a cidade. Depois de um árduo processo de despejo, a demolição começou em março de 1993 e foi concluída em abril de 1994. O Parque da cidade murada de Kowloon foi inaugurado em dezembro de 1995 e ocupa a área da antiga cidade murada. Alguns artefatos históricos do local, incluindo construções yamen e restos de seu portão sul, foram preservados. Foi considerada a maior favela vertical da história.





Pois é ... acontece






Isso é marketing: 
pedir hamburger pela raça do gado




De ilustre desconhecida do consumidor brasileiro, a raça de gado Angus se tornou, graças à rede de fast-food McDonald’s, parte da seleção de cardápio da população brasileira. Os mais de 700 restaurantes da cadeia americana recebem no Brasil aproximadamente 1,7 milhão de clientes por dia. Os cartazes explicando os diferenciais da carne e o posicionamento do produto como uma opção “premium” ao consumidor foram o empurrão que faltava para pôr no mapa a carne Angus no Brasil.

O brasileiro, além de diferenciar os cortes de carne, passou a saber que uma raça diferente de gado poderia influenciar também no sabor e na qualidade do produto, diz Celso Cruz, diretor de cadeia de fornecimento da Arcos Dourados, que administra os restaurantes do McDonald’s no Brasil. Para não assustar o consumidor, conta o executivo, foi necessário apresentar a novidade aos poucos.

Nos últimos 18 meses, as opções de hambúrguer Angus - cuja oferta que inclui refrigerante e batata frita custa R$ 20, valor 20% superior ao cobrado nas McOfertas tradicionais - chegaram primeiro ao Sudeste e ao Sul, regiões de renda mais alta, antes de a estratégia ganhar porte nacional. Embora a rede já vendesse hambúrgueres Angus nos Estados Unidos e na Argentina, o diretor da Arcos Dourados lembra que a raça tem participação relevante no plantel desses dois países, enquanto no Brasil quase 100% do gado é Nelore.

A aceitação, no entanto, ficou acima das expectativas, motivando a criação de novas variantes de sanduíches Angus (hoje, são duas opções fixas e uma sazonal, que é substituída a cada três meses). O hambúrguer da raça antes desconhecida do consumidor já representa cerca de 10% das compras de proteínas da rede de fast-food no Brasil.

A chegada da carne Angus ao McDonald’s é só a face mais visível de uma estratégia da Associação Brasileira de Angus (ABA). A introdução da raça de origem escocesa começou há 11 anos, com alguns empresários que compraram a ideia de que era possível reproduzir gado Angus no País. O passo seguinte, diz Paulo de Castro Marques, presidente da ABA, foi convencer produtores e frigoríficos a migrar uma parte de sua capacidade para a raça.


Para que a mudança fosse viável, lembra Marques, foi preciso estabelecer um prêmio de preço para o produtor, que hoje pode chegar a 10%. No entanto, só foram cadastrados pela associação produtores que permitiram o controle de seu gado no pasto e frigoríficos que autorizaram o acompanhamento de todas as etapas de produção, do abate à embalagem. Hoje, cerca de 3 mil produtores são associados à ABA e fornecem a 16 frigoríficos certificados em seis Estados - nesta lista está o gigante Marfrig, que fornece os hambúrgueres para o McDonald’s.

No Brasil, a carne Angus é, na verdade, resultado do cruzamento de um touro da raça de origem escocesa com uma vaca Nelore. Ao apostar nesse cruzamento, o produtor também consegue um giro mais rápido para o capital investido, segundo Valdomiro Poliselli Júnior, proprietário da VPJ Alimentos e um dos pioneiros na criação da raça Angus no País. Ele diz que as vacas “mestiças” entram em reprodução com idade entre 12 e 14 meses, enquanto as 100% Nelore só chegariam a esse estágio a partir dos 24 meses.

Diante do interesse pela carne Angus, Poliselli Júnior planeja aumentar sua aposta em oferecer cortes especiais da raça no varejo - hoje, ele já vende a marca VPJ Angus Prime em empórios e açougues dedicados às classes A e B, como Santa Luzia, Santa Maria e Varanda, e também em unidades do Pão de Açúcar.

Ainda em 2013, ele pretende investir R$ 20 milhões na construção de um segundo frigorífico para dobrar seus abates para cerca de 1,2 mil cabeças por dia. “O McDonald’s foi um divisor de águas no nosso negócio, mas ainda há espaço para crescer”, diz o empresário, que também é dono de uma empresa de pecuária genética que visa melhorar a adaptação do gado Angus ao País.

Restrições. Atualmente, o Brasil contabiliza cerca de 2 milhões de cabeças de gado da raça Angus, o equivalente a 1% do plantel brasileiro, estimado em 200 milhões de cabeças. No entanto, segundo fontes do setor, há limites para o crescimento relativo do Angus em relação ao domínio da raça Nelore no mercado brasileiro.

Embora o Marfrig seja parceiro industrial da ABA e distribua cortes de carne e hambúrgueres congelados de Angus com a marca Seara, a empresa diz que há restrições de clima para uma expansão mais agressiva no País. Segundo James Cruden, presidente da Marfrig Beef, a raça se adapta melhor ao clima frio, o que dificulta sua reprodução em larga escala fora da Região Sul do Brasil. Já o gado Nelore, afirma, é bem mais resistente ao calor.

Fonte: Estadão

Comentário: em alguns países, especialmente os da Europa, a McDonald's criou sanduíches especiais com vários tipos de queijo, de pão de mostarda.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...