quinta-feira, 4 de abril de 2013

Ao nosso redor está um deserto


Braincast 57 - Profissão: Social Media


Na última década vimos a forma de se relacionar (usando diversas plataformas sociais) alterar por completo o manual de etiqueta e comportamento de todo mercado. Sejam agências, clientes ou mesmo profissionais, todos foram sugados para dentro de um novo universo, cheio de possibilidades e que, por estar em constante transformação, continua nos ensinando e surpreendendo dia após dia.

No começo esse profissional atuava sozinho. Hoje se transformou em equipe. Em agência especializada. E justamente por saber que esse é só o começo, Saulo Mileti, Guga Mafra, Luiz Yassuda e Gabi Bianco conversam sobre essa área em constante expansão no Braincast 57.
Faça o download.




Um idiota fica 
menos idiota com Visa


João José Werzbitzki, que é publicitário ao ser questionado sobre as campanhas do Cartão de Crédito Visa, afirmou:

- cada vez que assisto à publicidade do cartão Visa, penso que eles devem achar que todos os consumidores são idiotas, mas que se pagarem com Visa, tudo bem, fica muito melhor.

O que vocês acham?

Observem o vídeo e links abaixo e vejam se concordam com a posição dele?

http://www.youtube.com/watch?v=AG17dH8pmZ4

Confira um que representa muito bem isto no link 
http://www.youtube.com/watch?v=L6tsapd0mXY&feature=player_embedded#!

Já nos Estados Unidos, ainda segundo João, o tratamento é diferente, mas trata como um estorvo o consumidor que quer pagar em dinheiro…e não com um Visa (estou quase jogando os meus Visa no lixo).
Confira no link abaixo o comercial.
http://www.youtube.com/watch?v=YuCZP4nkrKA&feature=player_embedded




Labstore, especializada em 
marketing de varejo, 
chega ao Brasil

O Grupo Newcomm dará início às atividades da Labstore, agência do WPP especializada em shopper marketing (marketing de varejo), no Brasil. O início das operações está marcado para o segundo semestre deste ano e foi um dos temas da reunião realizada no último dia 21, em São Paulo, com a presença dos principais executivos da holding brasileira e de David Sable, CEO global da rede Y&R.

A Labstore desenvolve serviços como ativação em ponto de venda, ações voltadas para varejistas e eventos de marketing experimental e promocional. Segundo Roberto Justus, sócio e CEO do Grupo Newcomm, “o shopper marketing ajuda a criar engajamento com o consumidor exatamente no ponto de venda”.

No início de suas operações no país, a Labstore atenderá um grupo-chave de clientes da Y&R. Todo o plano será desenvolvido segundo os dados do BrandAsset Valuator, ferramenta exclusiva da Y&R.

A vinda para o Brasil é apenas um dos passos do projeto de expansão da agência. Fundada em 2001 em Madri, na Espanha, ela deve ganhar até o fim do ano escritórios em outros países da América Latina, como Argentina, Chile, Colômbia, México e Porto Rico.

Fonte: propmark



Como reduzir custos das agências



Uma pesquisa da Association of National Advertisers (ANA), entidade que representa os anunciantes dos Estados Unidos, traz uma boa notícia para as agências daquele país.

Embora 82% das empresas tenham intenções de cortar custos gerais, inclusiva em marketing, elas não deverão pagar menos dinheiro às suas agências de publicidade. Apenas 15% do total planejam reduzir os fees investidos. O dado é considerado positivo pelo Advertising Age, que cita os resultados do mesmo estudo feito em 2009, quando 56% dos anunciantes pretendiam cortar os fees das agências.

A análise é que os anunciantes perceberam que eles não têm muito mais o que cortar. “É possível que muitos anunciantes tenham reduzido os fees para o mínimo possível e que, a partir de agora, pretendem desafiar suas agências a reduzir seus próprios custos internos, o que, indiretamente, reduziria os fees”, conclui o AdAge.

Dessa forma, os anunciantes indicaram à pesquisa onde as agências poderiam cortar custos:
- redução de viagens,
- atraso de novos projetos
- e, no caso de 55% dos ouvidos, reduzir as despesas com house agencies,
- o que sugere maior prioridade nas agências externas.

Em geral, o estudo apontou que 56% dos respondentes esperam manter os investimentos de publicidade iguais. “Existe um novo padrão em que os anunciantes vivem um ambiente no qual precisam ampliar a efetividade do marketing, ao invés de cortar investimentos”, aponta Bob Liodice, presidente da ANA.

Com informações do Advertising Age, em Meio e Mensagem



Lucrar de joelhos 
não é um bom negócio
Rodrigo Leão*

Não dá pra saber se estão falando bem ou mal. Talvez seja um pouco dos dois. É assim ó: “Mano, você é o Paulo Francis do Meio & ­Mensagem!” Ou então: “eu gosto dos seus ­textos porque você fala mesmo o que pensa, sem ­medo”. Alguns recados chegam por Direct Message no Twitter: retuitar algumas das coisas que eu ­escrevo pode sujar a barra no RH da agência. E fico aqui matutando se sou besta de entregar minhas opiniões assim, de mão ­beijada. De ­talvez ferir ou incomodar colegas e possíveis clientes. Mas aí eu penso: não é por isso que a gente ­escreve? Para dar voz às nossas opiniões e assim conhecê-las melhor e aprender com as opiniões diversas que elas inspiram?

É óbvio que emitir minhas opiniões sobre o trabalho de outras agências e clientes não é ­confortável. É mais fácil perder amigos do que ganhar quando se está sendo opinativo. Mas ­acredito que ao me expor apontando a babaquice da publicidade em geral torno as ­chances da publicidade que eu e você fazemos ser menos babaca. Acredito em publicidade e negócios ­feitos com criatividade, coragem, ética e opinião. Não me ajoelho para o lucro. Ele é que se levanta ­para andar comigo. Não gosto de quem só quer riqueza. Gosto de quem cria valor. E não estou sozinho nessa. Tem caras muito melhores do que eu que já se ligaram.

“Nós acreditamos que negócios são bons ­porque criam valor; são éticos porque são ­baseados na troca voluntária; são nobres ­porque podem elevar a qualidade da nossa existência e são heróicos porque podem retirar as pessoas de sua condição de pobreza e criar prosperidade…”, dizia empolgado na minha frente John Mackey, CEO e fundador da rede Whole Foods Market. O líder da bem-sucedida rede internacional de ­supermercados focada em comida orgânica, ética e ecologicamente produzida, ­seguia em sua ­pregação numa palestra no festival SXSW, em Austin, no Texas, EUA, a qual eu tive a ­oportunidade de assistir. “O capitalismo de livre iniciativa é o sistema mais poderoso de ­cooperação social e progresso humano já criado. Uma das melhores ideias já concebidas. Mas é possível torná-lo algo muito melhor …” Melhor? Sim, dizia ele: “precisamos criar o capitalismo consciente”.

John Mackey estava lá no SXSW para lançar seu novo livro Conscious Capitalism: Liberating The Heroic Spirit of Business” (Capitalismo Consciente: Libertando o Espírito Heróico dos Negócios), escrito em parceria com o professor Raj Sisodia. No livro, eles apresentam o caso de empresas como Whole Foods Market, ­Southwest Airlines, Costco, Google, Patagonia, The ­Container Store e UPS, que já começam a estabelecer as práticas desse novo capitalismo utilizando de forma específica quatro ­fundamentos: um propósito maior para os negócios (faça a pergunta: a que causa humana positiva o seu negócio serve?); integração das partes interessadas (produtores, consumidores e fornecedores); liderança ­consciente e cultura de gerenciamento consciente.

O livro mostra ainda como essas empresas vêm usando esses fundamentos para construir negócios robustos e bem-sucedidos. Negócios que geram valor para todas as partes ­envolvidas na cadeia econômica: empregados, ­fornecedores, consumidores e os acionistas. Ao mesmo ­tempo que são influenciados por Friedrich Hayek e Milton Friedman em sua visão do livre ­mercado ­como principal motor do progresso, ao incluir todos os agentes na divisão do valor gerado, mudam tudo.

Veja como a mesma regra aplica-se à ­publicidade. A boa publicidade informa, ­diverte, encanta e acolhe porque respeita e cria valor para todas as partes envolvidas no ciclo: clientes, ­agências e consumidores. A publicidade  ruim, retrógrada e desrespeitosa, essa que eu não me canso de chutar por aqui, representa o­ ­desequilíbrio de uma das partes: o cliente diz o que bem ­entende, a agência trabalha sem pensar e o consumidor ­acaba alienado ou bravo. Achar que a publicidade e os negócios são todos iguais é como achar que o pastor evangélico Martin Luther King é o mesmo que o pastor evangélico Marco Feliciano.

*Rodrigo Leão é Sócio-diretor de criação da Casa Darwin e professor 
dos MBA de Marketing, MBA Executivo Internacional e International MBA da FIA.
Este artigo foi publicado na edição 1553 do Meio & Mensagem




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