segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Recomeçar sempre

o
O Brasil tem um país emergente dentro dele que se constitui na oitava maior nação, em termos populacionais e o 16º país, em relação ao poder de consumo. Foi o que constatou o Instituto Data Popular no estudo “Brasil Popular: O Retrato das Classes C, D e E”. Com cerca de 155 milhões de pessoas, as classes média e baixa são maioria no país e seu potencial econômico é superior a muitas nações como Turquia, Indonésia, Suiça e Holanda.

Segundo o levantamento do Data Popular, esse país fictício movimentou em 2013, R$1,27 trilhão. “Esse número coloca o ‘Brasil CDE no G20 das maiores economias do mundo”, explica o presidente do Data Popular, Renato Meirelles.

O estudo apresenta ainda que as classes C, D e E juntas representam 67% da posse de cartão de crédito e 62% do total de contas correntes ativas do país. Com relação ao seu consumo, essa camada da sociedade é a locomotiva da atividade econômica em todos os setores.

Como exemplos desse poderio de consumo, o presidente do Data Popular cita que 60% dos computadores no país pertencem às classes mais pobres, 63% dos R$ 87 bilhões gastos em roupas e 43% dos R$ 51 bilhões das despesas de viagens foram feitas pelos brasileiros das classes C, D e E.

O empreendedorismo dessa população também é destaque no estudo do Data Popular. Segundo Meirelles, a cultura empreendedora está bem enraizada entre as pessoas. “Daqueles que ainda não abriram um negócio próprio, 23% têm intenção de ser patrão de si mesmo em até três anos. Eles querem ter bar, salão de beleza, oficina e outros tipos de estabelecimentos de comércio e prestação de serviços para tirar dali o sustento da própria família”, explica.



Relatório da Millward Brown indica desafios para o Marketing Digital e para planejamento de mídia em 2014. Marcas devem promover ações integradas em várias plataforma

Adaptar-se ao cenário multi-telas será o maior desafio para os profissionais de Marketing e para as marcas em 2014. 

Esta é um das 12 tendências apontadas para o Marketing Digital e para a área de planejamento de mídia pelo relatório da Millward Brown. 

A primeira delas é classificada na pesquisa como agnosticismo das telas, pois as pessoas consumirão conteúdo de vídeo por quaisquer meios que forem mais convenientes num determinado momento, o que forçará os anunciantes a otimizar suas campanhas para maximizar os resultados. As plataformas de micro-vídeos, como o Vine e o próprio Instagram, também continuarão ganhando força. A pesquisa indica que a maioria do conteúdo desse tipo será inicialmente compartilhado como viral, mas abordagens promocionais pagas, que geram maior escala, logo vão aparecer.

A terceira tendência é sobre computação vestível. A consultoria acredita que as "Wearable Screens" ganharão muita adesão em 2014. Outro ponto citado na pesquisa é que as ferramentas de Big Data serão fundamentais para montar este "quebra-cabeça" de informações sobre os usuários.

A Millward Brown aponta também que os conteúdos mais valorizados serão aqueles com características minimalistas, mas que obedeçam a alguns padrões, como serem multitarefas, interativos e que possam ser acompanhados em vários dispositivos com continuidade (a pessoa começa a consumir o conteúdo em um smartphone e termina na smart tv, exatamente de onde parou).

Mídia tradicional e digital finalmente integrada
Outro ponto do relatório da Millward Brown fala sobre a integração entre ações digitais e em mídias tradicionais. 2014 será o ano em que os diferentes canais poderão conversar entre si e conduzirem estratégias de Marketing realmente integradas. O fenômeno da social TV também ganhará força, capitaneado pelo Twitter. O microblog continuará a definir a TV social num futuro bem próximo e irá cada vez mais monetizar seu domínio neste espaço.

As marcas devem estar preparadas para entregar conteúdo cada vez mais customizado para os consumidores, principalmente os mais jovens. E isso vai fazer com que o investimento em vídeo migre cada vez mais da TV para as multi-telas. 

O estudo indica também que plataformas como outdoor, out of home e até mesmo no ponto de venda ganharão telas, mas estas precisam funcionar de maneira unificada. 

"Profissionais de marketing que vão além das telas e implementam estratégias multicanal verdadeiramente integradas serão os maiores vencedores", diz a pesquisa.



Marca da Mars quer reforçar a versão úmida como opção 
completa de alimentação para os gatos. Novidade conta 
com campanha nas mídias tradicionais para chamar a atenção do público

A Whiskas apresenta uma linha de alimentos em sachês para os gatos. Marca da Mars quer reforçar a versão úmida como opção completa de alimentação para os felinos. 

A empresa pretende investir neste segmento e aposta no crescimento do mercado de gatos e na expansão dos alimentos úmidos para animais de estimação. 

Um dos objetivos é esclarecer e conscientizar os donos de que a versão em sachê é um alimento 100% completo e pode substituir a versão seca com vantagens, entre elas a praticidade no transporte e armazenagem, visto que são porções individuais, e o fato de ser um alimento com água, auxiliando no processo de hidratação, uma vez que muitos gatos não têm o hábito de beber água com frequência. 

A novidade conta com campanha nas mídias tradicionais para chamar a atenção do público.



o
Vacas literalmente explodindo. Esse é o resultado dos experimentos da Animoil, companhia que decide dar PetroPellet, alimento de petróleo, aos animais que cria. A história absurda é o ponto de partida de “Farmed and Dangerous”, nova série da rede de restaurantes Chipotle, e será veiculada no Hulu – concorrente da Netflix – a partir de 17 de fevereiro, nos EUA.

Conhecida por defender o bem-estar dos animais criados em gado, a marca veiculou a peça The Scarecrow, em 2013, com uma crítica sobre o assunto. A série, no entanto, adota um tom de sátira. Com duas horas de duração e dividida em quatro capítulos, a trama conta os estragos que uma indústria irresponsável pode causar.

“Farmed and Dangerous” foi produzida pela nova-iorquina Piro ao lado de Mark Crumpacker, CMO da Chipotle, e William Espey, brand voice da marca. Segundo o New York Times, cada episódio da série custou cerca de US$ 250 mil. O elenco inclui Ray Wise (Twin Peaks e Mad Men), John Sloan (Grey’s Anatomy) e Karynn Moore (Water for Elephants).

Assista ao trailer:
Fonte: Proxxima



o
Nos dez anos de criação do Facebook, quanto tempo você já gastou conectado à rede social? Para responder essa pergunta, a Revista Time criou uma ferramenta que contabiliza o tempo que você dedicou na rede, seja bisbilhotando a vida de outros usuários na rede ou apenas atualizando as informações. 

O aplicativo faz o cálculo com base na frequência de postagens, desde a criação do perfil até o post mais recente. Confira.



Para 44% dos brasileiros, as obras desenvolvidas para a Copa do Mundo 2014 sofrem com o desvio de verbas. 

Uma pesquisa da Hello Research mostra o nível de insatisfação da população em relação ao mundial da Fifa. 

Para 46% dos entrevistados, o dinheiro das obras deveria ser investido em questões sociais. As mulheres são mais críticas neste ponto, representando 48% das respostas. 

Em relação às obras nos aeroportos, 39% dos brasileiros acham que também haverá desvio e corrupção, índice que cai para 38% nos investimentos em transporte público. 

E a rede hoteleira ficará de fora de tanta corrupção e verbas desviadas? 

Não, na visão de 37% dos entrevistados pela Hello Research para o estudo “Fora de Campo”.

A Hello Research ouviu pessoas em em 70 cidades espalhadas por todas as regiões do país.



A Devassa apresenta o ex-jogador Romário como seu
garoto propaganda para as ações do carnaval 2014

A marca é mais uma vez a cerveja oficial da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, e montará o camarote "Espaço Devassa". 

Com o mote #VemPraPelada, o local terá uma cenografia diferenciada, dividida em três ambientes, que envolverá o convidado na temática “Pelada”. Na decoração, imagens e sons transportam para um ambiente totalmente descompromissado, um olhar jovem, sofisticado e moderno sobre o tema. Os convidados poderão assistir ao desfile das escolas de samba ou acompanhar as atrações do próprio camarote.

A marca da Brasil Kirin também faz uma homenagem ao Rio de Janeiro em suas embalagens. Todas as latas comercializadas durante o período foram criadas em parceria com o Movimento Rio Eu Te Amo, que busca incentivar gestos de amor pela cidade e apoiar ações criativas. Com fotos do Rio de Janeiro, as embalagens irão retratar a cidade na visão do carioca. Outra novidade do Espaço Devassa 2014 é a Garota Devassa, que este ano terá Grazi Massafera



Criatividade é o ponto de partida para boas ideias. Um projeto inovador depende de trabalho em equipe e da identificação das necessidades do consumidor para entregar uma solução

A inovação é uma meta perseguida por grande parte das companhias que buscam se destacar frente a concorrência e conquistar um lugar de destaque junto ao consumidor. Para que isso aconteça é necessário diferenciar a criatividade da inovação, dois princípios diferentes comumente confundidos. A primeira é o ponto de partida para a segunda. Um projeto é inovador a partir do momento em que deixa de ser apenas uma ideia e se torna uma tendência de consumo entre os consumidores.

Uma mentalidade inovadora no ambiente corporativo passa obrigatoriamente por alguns pilares: planejamento estratégico para identificação dos pontos que demandam atenção, compreensão das falhas dos produtos, percepção das necessidades dos consumidores, trabalho em equipe e esforço para driblar dificuldades orçamentárias. “Para inovar é necessário saber aonde quer que isso aconteça, pois inovar de uma maneira caótica pode até ser possível, mas identificar aonde estão os problemas é mais eficiente”, diz Luiz Serafim, Gerente de Marketing da 3M do Brasil, em entrevista para a TV Mundo do Marketing.

Criatividade como ponto de partida para inovar
Para pequenas e médias empresas, a criatividade é o ponto de partida para as empresas desenvolverem projetos de inovação. Para que isso aconteça, as empresas que se propõe a uma postura inovadora devem incentivar a liberdade criativa entre seus funcionários e estarem abertas a ouvir ideias e identificar aquelas com potencial para serem postas em prática. “A cultura é um dos principais alicerces: se tem alguém em uma área da empresa que quer dar uma ideia, mas o chefe não é sensível a ouvir, a pessoa ficará desmotivada”, comenta Luiz Serafim.

Sabe-se quando um projeto deu certo quando ele entrega resultados que podem ser no aumento de vendas, redução de custos ou aumento da satisfação do consumidor. Inovação é fazer o inédito, sendo assim, é fundamental dispor de certo grau de tolerância ao erro, inerente ao desafio de fazer algo nunca antes testado. “As pessoas tem que fazer o que gostam, mas em ambientes desafiadores. Uma das peças mais importantes para empresas inovadoras é o investimento em liderança para criar mecanismos onde os gestores inspirem as pessoas e desafiem e sejam acessíveis à ideias “, avalia o Gerente de Marketing da 3M.

Trabalho de equipe leva o projeto à pratica
Para criar algo novo é necessário mais do que uma boa ideia. Existem etapas de planejamento e execução a serem cumpridas aonde a participação de diferentes profissionais e a aproximação do público são pontos indispensáveis para identificar aonde o projeto se insere e se aproxima das necessidades reais do cliente para oferecer soluções. “O consumidor participa do processo de inovação. A empresa precisa fazer mais do que pesquisas, necessita de indicadores próximos do cliente e do mercado, carece de empatia, entrar na pele do cliente e vivenciar a experiência junto a ele”, diz Luiz Serafim, em entrevista ao Portal.

O processo de fabricação de um projeto inovador depende de um time para desenhar as características do que será lançado, desenvolver um protótipo e comunicar a ideia ao público. Para que este trabalho seja completo, um caminho é a adoção de processos colaborativos. “Quando se tem uma estrutura de empresa em que as pessoas colaboram e trocam experiências e conhecimento, você tem uma plataforma muito favorável para crescer. Se você juntar clientes para falarem a respeito da sua empresa você tem uma ótima fonte de ideias”, aponta o Gerente de Marketing.

Para inovar a empresa precisa de projetos a longo prazo
Na rotina empresarial, entretanto, o curto prazo consome a maior parte dos esforços diários das equipes em busca de alcançar as metas e a produtividade prevista para o mês. Apesar das emergências do dia a dia, se o foco for inovar, é importante separar tempo e energia para traçar planos de longo prazo. “Além de fazer aquilo que todo mundo está fazendo para não ficar para trás e se preocupar com o giro cotidiano da empresa, é importante ter na agenda espaço para pensar a frente do seu tempo, pois isso dá espaço para inovar”, pontua Luiz Serafim.

Para enxergar uma oportunidade antes dos concorrentes o caminho é estar atento às megatendências para saber como se posicionar diante de cada uma. “Analisar as megatendências que impactam o mercado é uma questão de sobrevivência. O importante é o que as empresas, independente do segmento, estão fazendo com essas tendências e como elas estão traduzindo isso em solução e ofertas”, diz o Gerente da 3 M.

Entrega de soluções
Para fugir do lugar comum, as empresas devem buscar entregar soluções e explorar mercados que cabem dentro da marca. Uma possibilidade é criar objetos de desejo para o público, aumentando também a sua participação no ponto de venda. “A 3M inventou o durex, a fita commoditizou, ai nós criamos o acessório que corta a fita e deixa a ponta sempre a mostra. A ideia veio de uma necessidade identificada pelo cliente no ponto de venda. Se eu olhar apenas para o concorrente, sempre existirão produtos melhorando. Tenho que olhar para o cliente e o que ele quer para agregar valor”, conta Luiz Serafim.

Parte da evolução de produtos e processos de uma empresa passa por incorporar novas competências técnicas e melhorar pontos deficientes. “No Post It precisávamos rejuvenescer uma marca que já era admirada pelo público. Incorporamos competências de design que antes talvez a empresa não tivesse. Lançamos suportes de Post Its em formatos divertidos como maçã e o cachorro da Fita Scotch. Com isto, os produtos se tornam objetos de desejo”, complementa o Gerente de Marketing Brasil da 3M.

Fonte:  TV Mundo do Marketing



Ponto de venda tradicional divide espaço com o e-commerce e mantém demandas antigas. Profissionalização da equipe de vendas e estrutura ainda são desafios

O varejo tradicional vem passando por mudanças e enfrentando novos desafios na última década, como o crescimento do e-commerce e a necessidade de se integrar a múltiplos canais entregando a mesma experiência. Alguns pontos, entretanto, continuam sendo cruciais para o sucesso de um ponto de venda. Independente do ambiente onde se estabelece, existem traços que vão desde a ambientação da loja até o comportamento do atendente e que são capazes de determinar o quanto uma marca será bem sucedida. O consumidor continua desejando encontrar no ponto de venda um atendimento exclusivo, uma experiência encantadora e condições de pagamento variadas.

A jornada do shopper deve ser levada em consideração desde o momento em que o consumidor passa pela frente da loja até a busca do feedback algum tempo depois da venda. Já no comércio eletrônico, as empresas devem resgatar os dados de cadastro e histórico de compra de seus clientes para reproduzir no ambiente virtual a proximidade tradicionalmente dos pontos de venda físicos por meio do reconhecimento do perfil e das preferências de cada pessoa. 

A experiência principal do cliente com a marca se dá dentro do ponto de venda e a partir deste contato é possível gerar retorno e indicação de novos clientes, dois princípios antigos, mas que se mantêm eficientes na manutenção de uma loja. “Para que o cliente se sinta bem e permaneça o maior tempo possível dentro do ponto de venda é necessário que o empresário olhe para a loja com os olhos do consumidor e não com os seus olhos”, diz Michel Alcoforado, Antropólogo da Consumoteca, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Características fundamentais de uma equipe de vendas
No varejo, a equipe de vendas ainda é um dos seus principais ativos. Para transmitir o posicionamento desejado ao consumidor é necessário estabelecer procedimentos ajustados à marca. “Eles representam a empresa diante do consumidor e é importante que os funcionários estejam motivados e bem treinados, se sentindo respeitados e importantes dentro da corporação para que possam dar o melhor atendimento”, aponta Adalberto Beluomini, Professor de Varejo da FGV, em entrevista ao portal.

Todos os elementos na equipe contribuem para a conversão ou não em uma venda. Desde a aparência, forma de se vestir e cuidados com os cabelos, unhas, maquiagem ou barba dos vendedores são fatores que influenciam na decisão do consumidor. Um caminho é estabelecer um código de postura profissional padrão e adotar uniformes para assegurar que a imagem de marca será transmitida de forma correta. Outro ponto de atenção é a familiaridade dos atendentes com os produtos oferecidos. “Pega muito mal quando o vendedor não conhece profundamente o produto que está vendendo. O cliente percebe que ele não entende. Se a empresa não der o treinamento isto deve partir do próprio profissional”, comenta Adalberto Beluomini.

Garantir um padrão de atendimento nem sempre é fácil, pois há um problema de baixa qualificação do profissional de vendas. O lojista deve estar atento ao perfil do contratado para obter os resultados esperados. “Gostar de gente permanece como um traço fundamental para quem trabalha no varejo. Para o individuo ter sucesso e criar relacionamentos e fidelização com os clientes, precisa ter esta afinidade. Existe também uma necessidade constante de profissionalização, pois atualmente não tem mais espaço para achismos”, avalia Eugênio Foganholo, Diretor Geral da Mixxer Consultoria, em entrevista ao Mundo do Marketing.

O ambiente da loja
Uma lição básica, mas que surte efeitos diretos na conversão, é utilizar a loja para educar o consumidor. Independente da maturidade da empresa, do ponto ou do segmento, cada elemento deve ser pensado para gerar conforto ao cliente e construir um bom repertório em sua mente e consequentemente gerar fidelidade e indicação espontânea. “Vemos consumidores sofrendo dentro do ponto de venda com uma força mal treinada que não consegue identificar as necessidades do comprador. Isso não muda, seja em uma loja na 5ª Avenida, em Nova York, ou em um boteco na periferia do Rio de Janeiro”, comenta Michel Alcoforado.

Todos os aspectos que constroem a loja contribuem na operação do estabelecimento e no encantamento. Isto passa pela arquitetura, aromas escolhidos, música ambiente, visual merchandising e vitrinismo. “Cada pequeno detalhe contribui para que o cliente aumente o tempo de permanência e amplia as suas chances de comprar. O lojista precisa olhar para o ambiente com a ótica do cliente e não com a dele para perceber as expectativas e deficiências”, diz Jorge Bittencourt, Professor do IBMEC, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Todos os esforços devem girar em torno da construção da coesão entre a entrega no ponto de venda e a imagem da marca. Isto deve acontecer também na integração entre as operações do e-commerce e da loja física. “As lojas precisam entender que elas são a mesma coisa no online ou no offline e que se a pessoa compra no digital, ela pode fazer uma reclamação ou uma troca na loja física. Esse dilema ainda não conseguimos resolver”, diz Michel Alcoforado.

Perceber o cliente é uma questão de sobrevivência
Para se manter entre as escolhas dos clientes, perceber as necessidades de cada um é fundamental. Um erro comum é trabalhar focado apenas em vendas imediatas, sem dar tanta importância para os processos pré e pós venda. “A maioria só pensa no cliente quando ele está efetuando uma compra, ou posteriormente, quando há alguma reclamação. Isto está errado: a loja não pode lembrar do consumidor só no momento em que algo deu errado. As marcas têm que convidar o consumidor para serem suas embaixadores”, complementa o antropólogo.

Para que o consumidor seja um defensor da marca, a relação precisa ir além da venda e passar pelo conhecimento de seus interesses, se transformando em um contato social. “O varejo chega a ser a segunda ou terceira fonte de interação do individuo na sociedade. Esta relação se estabelece seja por um breve contato visual com alguém ou por contar os seus problemas para o vendedor. Isso permanece da mesma forma que há décadas, pois antes de ser consumidor, a pessoa é um ser humano e necessita da interação social”, aponta Eugênio Foganholo.

Esta interação aproxima vendedores e clientes e gera o diálogo que permite o desenvolvimento da intuição do lojista, que se torna mais certeiro em suas sugestões e na condução da venda. “Não basta que o vendedor traga uma blusa azul quando solicitada. Ele precisa identificar pelo jeito do cliente qual é o tipo, tecido e estilo. Antigamente, o pequeno varejo conhecia os consumidores um a um e sugeria suas preferências. Hoje este cadastro é feito eletronicamente por meio de cartões de fidelidade, mas na prática, o potencial ainda é pouco explorado”, complementa Jorge Bittencourt.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...