quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Alguma coisa aconteceu

A Google acaba de lançar o um concurso que vai estimular entidades sem fins lucrativos a usar a tecnologia no desenvolvimento de soluções para problemas sociais. 

A iniciativa está na terceira edição e o Brasil é o país da vez a receber a competição, depois de Inglaterra e Índia.

Valem projetos em qualquer âmbito para o Desafio de Impacto Social: saúde, educação, segurança, sustentabilidade e o que mais for pensado para o coletivo. 

Organizações governamentais e sem fins lucrativos podem inscrever suas ideias até 12 de março no site da premiação

Depois disso, um time de funcionários da Google vai escolher os finalistas que serão anunciados no dia 29 de abril. Destes, quatro vencedores serão anunciados no dia 8 de maio: um deles por votação pública e os outros três através do júri formado pela diretora do Google.org,  Jaqueline Fuller, o apresentador Luciano Huck, o rapper MV Bill, a presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna e o empresário Josué Gomes da Silva. Esse grupo avaliará os trabalhos em três critérios: tecnologia, inovação e impacto social.


Os vencedores poderão colocar o projeto em prática no prazo de um a três anos e terão o acompanhamento da Google para realizá-lo.  

Jacqueline Fuller, diretora do Google, explicou que a iniciativa desenvolve produtos com impacto social tais como respostas a crises, combate ao tráfico de pessoas e abuso de crianças, investimento em educação para ciências da computação e intensificação do desenvolvimento econômico. “Nosso objetivo é fazer um mundo melhor mais rápido”, explica. 



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Imagina que chique ter as obras dos maiores pintores da história da arte todas expostas na sua casa? 

A National Gallery of Art atendeu em parte o nosso desejo, disponibilizando 25 mil obras de arte para download em alta resolução. Em parte porque não se trata da obra original, é claro, mas vai decorar muito bem uma sala, um quarto, um corredor… 

A facilidade dá inúmeras possibilidades, inclusive a de transformar o seu lar em um museu, enfeitando as paredes com clássicos como “Ginevra de’ Benci”, de Da Vinci, “The Dance Lesson”, de Degas, “Self-Portrait” e “Gogh Roses”, de Van Gogh, e “A Girl with a Watering Can”, de Renoir, só para citar algumas da lista. 

A lista das pinturas está disponível no site da National Gallery of Art. 

A galeria, localizada em Washington, dividiu as obras em categorias para que a busca da sua preferida seja facilitada. 

É possível pesquisar por nome do autor ou título e imprimi-la em uma resolução de até três mil megapixels. Aproveite que o serviço é gratuito e baixe seu acervo pessoal dos grandes mestres aqui.



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Este é daqueles aplicativos que entretêm o aventureiro por horas a fio. 

Então, nada mais justo do que divulgar ele aqui no final do expediente da sexta-feira para todo mundo poder brincar à vontade sem deixar o chefe zangado. 

O jogo Build With Chrome é uma parceria da Google Chrome com o clássico brinquedo LEGO. 

Nele, você pode montar a casa dos sonhos, passar horas planejando e testando pecinhas coloridas, criar um prédio inteiro todinho de colorido e, ao final da obra ainda colocar a sua construção no Google Maps do LEGO, criado especialmente para o jogo. 

Pode ser a casa planejada e colorida dos sonhos no exato lugar onde você mora e é possível girá-la e vê-la de diversos ângulos. 

Bacana, né? 

Você ainda tem a possibilidade de olhar outras construções pelo mapa, saber quem e quando foram feitas. 

Inclusive, já existem várias em bacanas por lá, como a Torre Eiffel, o Big Ben e o Cristo Redentor do brinquedo virtual. 

O Build With Chrome ainda lhe dá a opção de cumprir os desafios propostos por Vitrúvio, arquiteto e construtor da Build Academy. 

Veja o vídeo ilustrativo: 


Agora é só baixar e se divertir!



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Há 20 anos, quando lançamos o telefone celular em São Paulo, pela então Telesp Celular, os estudos feitos pela própria empresa – cruzando com análises de Chicago, Montreal e México – indicava que teríamos uma procura, em dois anos, por 200 mil telefones celulares. Lançamos a campanha com o Jô Soares e, em apenas um mês, a fila já era de um milhão de pessoas. Claro que a campanha contribuiu para isto, mas os erros da pesquisa são muito graves.

Quando os automóveis coreanos começaram a chegar ao Brasil, diversas agências e fabricantes de veículos que estavam por aqui fizeram suas pesquisas. O consumidor pesquisado não acreditava e olhava com desconfiança para os carros made in Coréia. Hoje, eles tomam conta das ruas e são um grande sucesso de vendas, principalmente pelo excelente trabalho do Grupo CAOA.

Outro exemplo vem de um grupo de empresários que decidiu fazer um Shopping Center em Indaiatuba, cidade próxima a Campinas. Realizaram uma pesquisa e os resultados apontavam para a construção de um empreendimento pequeno, já que a grande maioria da cidade continuaria a frequentar os grandes Shoppings da vizinha Campinas. Quando abriu, o Shopping de Indaiatuba recebeu uma quantidade tão grande de público que ficou pequeno. Ampliou e mais gente continuou enchendo as alamedas do Shopping. Hoje, Indaiatuba já possui outro empreendimento similar. Desta vez, com o tamanho que a cidade exigia. Mais um erro de pesquisa que não avaliou o futuro da cidade.

Há 20 anos, alguns iluminados disseram que, por toda a evolução tecnológica, todos trabalhariam menos e teriam mais tempo para se divertir. O Hopi Hari nasceu fortalecido por esta previsão. E mais três ou quatro grandes parques nasceriam ao longo da Rodovia dos Bandeirantes. Investimentos altíssimos. O Hopi Hari sabia que estava no meio de uma região com mais de 25 milhões de pessoas com bom poder aquisitivo, inaugurou com grandes campanhas, muito bem equipado e com uma previsão de 12 mil pessoas nos dias úteis e cerca de 20 mil aos sábados e domingos. Nunca chegaram nem perto destes números.

Um parque moderno, muito bem equipado, ao lado da melhor rodovia do Brasil, e que não teve o resultado esperado. Onde foram parar aqueles jovens que inundariam o novo parque? Na Internet. Quando planejaram o empreendimento, não tinham a menor ideia da explosão que seriam as redes sociais. Não podiam imaginar que, no lugar de brinquedos em grupo, a maioria do público iria fortemente para a internet.

Hoje, dá para imaginar que existem milhões e milhões de pessoas debruçadas em cima de um computador e, muitas vezes, com conversas fúteis e alheias ao mundo real. Sou apaixonado pela internet e por tudo de bom que ela trouxe, mas não posso deixar de registrar que ela criou uma multidão de sozinhos, com milhares de amigos virtuais.

Nas salas de aula, os torpedos circulam por todos, sem que o professor ou a professora percebam. Esta multidão silenciosa terá capacidade de formar líderes carismáticos amanhã? Que liderança teremos? Olha eu aqui, cometendo o mesmo erro dos que fizeram previsões erradas sobre o futuro…

*Agnelo Pacheco, atua no mercado publicitário há mais de 35 anos e é 
Diretor Nacional de Criação e Redator da Agnelo Pacheco Comunicação



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Se estivesse vivo, Henfil teria completado 70 anos ontem, dia 5 de janeiro. Ele faleceu em 1988, vítima da aids após uma transfusão de sangue. Era hemofílico, assim como seu irmão, o também conhecido, Betinho. Mas o legado que Henfil nos deixou, este ainda está bem vivo em personagens como a Graúna, uma ave politizada e faminta criada por ele. 

Cartunista de mão cheia, Henrique de Souza Filho, o Henfil, foi um ferrenho adversário da ditadura militar. Na época, criticava a todos, até aqueles da esquerda que se omitiam durante o regime. 

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Lançou variedade de personagens em suas charges e tiras para poder questionar a realidade política, a falta de voz do povo brasileiro. Muita coragem. Inclusive, foi o criador do bordão “Diretas já”. 

A primeira aventura do cartunista em charges foi quando trabalhou na edição mineira do Jornal de Sports, em 1967, desenhando personagens do Atlético Mineiro e do Cruzeiro. 

Em seguida, expandiu a produção com figuras outros clubes brasileiros na edição carioca do mesmo jornal. Mas foi depois da fundação d’O Pasquim que o trabalho de Henfil ganhou maior popularidade. 

Além das tirinhas no semanário, publicou livros de crônicas, entre eles Diário de um Cucaracha (1976), Henfil na China (1980) e Diretas Já! (1984). 

Envolveu-se também em cinema, escrevendo roteiros, fez comentários políticos ousados em programas de TV e, durante anos, publicou uma coluna chamada “Cartas da Mãe” n’O Pasquim e depois na Revista Istoé. A ideia da coluna era relatar as mazelas do país à sua mãe, Dona Maria. Em homenagem ao trabalho do cartunista, novos números da Coleção Fradim serão lançados com o selo comemorativo de “25 anos sem Hefil – Morro, mas meu desenho fica”. O curioso é que, depois de tantos anos, seu trabalho se mantém atual. O contexto político não é o mesmo, mas as necessidades e questionamentos perduram. 



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A maioria das pessoas não sabe definir publicidade — incluindo os donos de agência, os publicitários, os estudantes de publicidade, muitos professores de comunicação, editores de livros, tradutores, gerentes e diretores de marketing, anunciantes e jornalistas.

E confundem publicidade e propaganda, como se fossem sinônimos.

Pois não o são! Mesmo!

“Publicidade é a criação e a veiculação de mensagens de vendas eficientes, para públicos selecionados”, bem define o renomado professor Don Schultz, da North Western University, dos Estados Unidos.

Propaganda é a criação e a propagação de mensagens doutrinárias, ideológicas, políticas, cívicas ou religiosas.

No mundo todo, publicidade é a comunicação para a geração de negócios e propaganda é a comunicação voltada às ideias, política e à religião. Só não é assim no Brasil.

Publicidade é publicittá na Itália, publicidad na Espanha e outros países de língua espanhola, é publicitè na França e em países que usam este idioma.

É publicidade em Portugal, Angola, Macau e outros países de língua portuguesa.

Publicidade é reklama, na Alemanha, na Rússia, na Finlândia, Noruega e em outros países de nórdicos, germânicos, eslavos ou da antiga União Soviética — onde propaganda só é usada para a política, ideologia ou religião.

Quando trata de política, ideologia ou religião, em todos os países, é propaganda.

Nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália e outros países de língua inglesa éadvertising para comércio e propaganda para política, idéias e religião.

Advertising deriva de advert, que significa advertência, que é como eram chamados os anúncios dos senhores de escravos, que anunciavam as fugas e recompensas pela captura dos mesmos, antes da Gerra Civil norte-americana. Funcionava tanto, que virou sinônimo da atividade: Advertising.

No Brasil de antes de abolição da escravatura, estes mesmos anúncios se chamavam reclames. Só que no Brasil a palavra caiu em desuso, pelo seu duplo sentido — porque parece chato alguém reclamar que você vá preferir comprar na loja dele.

Não existe uma explicação definitiva, sobre como se consolidou esta confusão no Brasil, onde se adotou o uso da palavra propaganda como sinônimo (equivocado) de publicidade. Talvez — e muito provavelmente — a “culpa” seja dos próprios publicitários, nos tempos da 2ª Guerra Mundial, quando aqui chegaram as grandes agências norte-americanas, junto com as primeiras grandes marcas multinacionais e a propaganda anti-nazista, propaganda comunista, nazista e fascista, propaganda pró-aliados e propaganda pró-América…

Provavelmente, o termo propaganda, muito usado naqueles tempos, tenha caído no gosto dos brasileiros e, convenhamos, soa melhor e mais fácil do que advertising.

Desde a década de 40, proliferaram as “agências de propaganda” no Brasil, popularizando o uso inadequado e equivocado da palavra, ao mesmo tempo em que outros preferiram “agência de publicidade”.

O governo criou um Departamento de Imprensa e Propaganda, que era uma terminologia correta para as funções dele. Era o famoso DIP, de Getúlio Vargas (que trabalhou tão bem que até hoje a imagem de Getúlio é cultuada como “o pai dos pobres”, quando, na verdade era um ditador).

Na Constituição do Brasil, este equívoco se legalizou, com as leis que regem a atividade em nosso país. E o governo, inclusive, através do Ministério da Educação, normatizou os cursos de publicidade e propaganda.

Eu me formei na Universidade Católica do Paraná, fiz mestrado nos Estados Unidos, dei aulas na Universidade Federal do Paraná e no Unicenp (hoje Universidade Positivo). Raras aulas assisti ou dei sobre a verdadeira propaganda. Quem assistiu a alguma?

No meu mestrado, assisti a algumas, com documentários sobre a propaganda nazista e comunista, mas foi muito, muito pouco. Todo o foco do ensino está na publicidade, na comunicação comercial, que vende. Estou equivocado?

Quem assistiu a documentários ou leu sobre Joseph Goebbels, o mestre da Propaganda Nazista, em aulas, numa faculdade brasileira? Poucos. Pois todos deveriam, porque há muito que aprender com ele — sobre o que fazer e o que não fazer. Foi ele que disse: “uma mentira repetida mil vezes vira verdade”. Propaganda parece tão relacionado com mentira, não parece? Basta assistirmos à propaganda dos governos e a eleitoral, para perceber isso facilmente.

Quem leu “Mein Kampf”, de Adolf Hitler, que tem um capítulo muito bem elaborado sobre a propaganda? Deveriam ler. Não para se tornarem nazistas, é claro. Mas para aprender mais.

E sobre a propaganda comunista russa, chinesa e cubana? Há muitos livros a respeito. Mas quem leu?

Mas vamos voltar ao tema: publicidade x propaganda.

Em qualquer outro país do mundo (exceto no Brasil), se você usar o termo propaganda estará transmitindo a informação de que trabalha com política ou religião.

Com a velocidade da informação, a internet e a globalização, logo os brasileiros haverão de convir que não faz sentido continuar usando propaganda como sinônimo de publicidade, que é advertising. Eu, pelo menos, já me policio o tempo todo — e não uso. Todos deveríamos fazer o mesmo, para acabar com esta confusão.

Tenho certeza, também, que as editoras e os tradutores do inglês para o português no Brasil também têm culpa, nesta questão, pois muitas vezes traduzem de forma errada. Diversos autores, como Philip Kotler, David Ogilvy, Joe Cappo, Al Ries, John Caples, Claude Hopkins, Kevin Roberts e muitos outros tiveram sua obra mutilada e prejudicada, por traduções equivocadas de advertising. “Gestão de Marcas em Mercados B2B”, do Philip Kotler, não só usa corretamente a palavra publicidade (e nunca propaganda), como defineadvertising como publicidade. O livro tem como co-autor o professor Waldemar Proertsch.

Publicity, amigos, também não é publicidade. É relações públicas, ou assessoria de imprensa. Publicist é assessor de imprensa, ou promotor de personalidades e eventos. Não é publicitário! Aliás, alguém aí vai se formar ou se formou como propagandista? Propagandistas são vendedores ambulantes, de medicamentos e de produtos de higiene e beleza, como os da Avon e da Natura, por exemplo. Ou como os camelôs das ruas e esquinas do mundo.

A Abap, hoje, graças a um trabalho do Flávio Corrêa, o Faveco, se chama Associação Brasileira das Agências de Publicidade. Era de propaganda, e mudou, porque era e é errado! Como é que se chama o Conar? É Código de Auto-Regulamentação Publicitária. Mas, sim, ainda existem vários Sindicatos de Agências de Propaganda… assim como agências de propaganda e marketing (o que é outro equívoco, pois marketing é uma atividade totalmente direcionada à produção, distribuição e ao comércio, com lucro, onde entra a comunicação, como veremos mais adiante, nada tem a ver com política — por isso, Marketing Político é outra invenção boba e exclusiva do Brasil, pois é simplesmente e nada mais do que propaganda).

O que ocasiona este uso indevido dos termos?

Creio que é a desinformação. Assim como os estudantes não sabiam sobre o que escrevi nas linhas acima, jornalistas (mesmo o especializados), escritores, editores, tradutores, anunciantes, profissionais de marketing e publicitários também não sabiam, ou não se importavam com isso. Muitos continuam não se importando. Talvez, até, julguem irrelevante. Ou polêmico. Ou que não valha a pena discutir e corrigir esta distorção. Sem importância, podem dizer. Mas não é! Pelo menos eu creio que é importante.

Basta, um dia, vocês terem que enviar um relatório para a matriz em Londres, ou para um cliente multinacional, em Nova York. Paris, Roma, Tóquio, Pequim, Moscou ou Buenos Aires e escreverem: “Nossos investimentos em propaganda serão de….” Acabaram de perder o emprego, babies…

O mundo não se restringe ao Brasil. Faz tempo. Faço e repito sempre estas colocações para que os mais jovens passem a utilizar as palavras corretas, para a comunicação comercial e para a ideológica. Quanto mais de nós, publicitários, usarmos a palavra publicidade, ao invés de propaganda, mais depressa corrigiremos este equívoco histórico e único dos publicitários brasileiros.

Pesquisem na Amazon que materiais vocês encontrarão em advertising e em propaganda. Em janeiro de 2013, propaganda tinha 9.246 livros à venda (vejam lá qual é o assunto…) eadvertising tinha 65.736 livros (confiram!).

Com a globalização e a internet, não tem jeito. Mais de 70% das comunicações comerciais mundiais na web são em inglês. As maiores agências e grupos de comunicação estão nos Estados Unidos e Reino Unido, com algumas exceções na França e Japão. Então, não podemos continuar errados.

*João José Werzbitzki, o JJ, é consultor de comunicação de marketing, conferencista, blogueiro, escritor e palestrante, com 11 conferências no exterior. Possui o Master of Arts – Communications, da Siena University/Michigan, dos Estados Unidos, com especializações em Publicidade, Jornalismo, Relações Públicas, Fotografia e Produção de Direção de TV.

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