terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Baixa santo salvador

Um britânico descobriu a razão de seu talento obsessivo para o desenho depois de ser diagnosticado com Síndrome de Asperger.


Aos 38 anos, Raj Singh Tattal estava desempregado e deprimido e até chegou a beber para tentar se encaixar na sociedade.

"As pessoas pensavam que eu estava deprimido porque me trancava no quarto, mas, na verdade, o que me deprimia era sair", disse o artista à jornalista da BBC Emma Tracey.

Depois do diagnóstico, ele finalmente entendeu sua tendência obsessiva de desenhar durante horas.

As pessoas com Síndrome de Asperger, que faz parte de uma série de transtornos conhecidos como desordens do espectro autista, têm altas capacidades intelectuais e de raciocínio superiores à media. Mas têm dificuldades para a interação social e comunicação.

Mas, agora, o artista se empenha em produzir seus desenhos, todos em preto e branco com um estilo de história em quadrinhos.

"Tive amigos no passado, mas no momento, não tenho nenhum. Não bebo mais, apenas desenho e estou mais feliz do que nunca". disse.

Confira abaixo:


Fonte: BBC Brasil



o
Estreou na última semana a primeira campanha de marketing de Del Valle Reserva, linha de néctares da Coca-Cola Brasil, à base de superfrutas. 

Com o mote “Com Del Valle Reserva o que começa bem fica ainda melhor”, a campanha será composta de um filme de 30 segundos veiculado em canais fechados e mídias sociais. 

O vídeo, assinado pela agência Widen+Kennedy, mostra o processo de extração do açaí da Amazônia até a mesa do consumidor com Del Valle Reserva Açaí + Banana. 

A campanha também possui vinhetas, mini documentário em plataformas digitais, peças em revistas, mobiliário urbano, mídias digitais e outdoors.

Del Valle Reserva Açaí + Banana, oferecido pela Coca-Cola Brasil, é um néctar que alia os benefícios nutricionais das superfrutas a um projeto inovador para desenvolver a cadeia de valor do açaí produzido por comunidades extrativistas do Amazonas por meio do Coletivo Floresta. O programa desenvolve, com os extratores do açaí utilizado no néctar, ações geradoras de renda, com foco no bem-estar social e cultural da comunidade, e na conservação da biodiversidade da Floresta Amazônica.

Del Valle Reserva é oferecido em Del Valle Reserva Açaí + Banana e Del Valle Reserva Cranberry + Maçã, em embalagens Tetra Pak de 1 litro e de 250 ml.

Veja vídeo:


FICHA TÉCNICA DO FILME
Titulo: Começar bem
Duração: 30'
Cliente: Coca-Cola
Produto: Dv Reserva
Ano de Produção: 2013
Agência: Weiden + Kennedy
Diretores Executivos de Criação: Icaro Doria, Guillermo Vega
Diretores de Criação: Marco Martins, Adriano Matos
Redator: Carolina Velloso
Diretor de Arte: Juliana Leal
RTV: Gabriel Dagostini, Tais Olhiara, Estela Pereira
Atendimento: Flavia Cortes, Mariana Marchi, Ana Carolina Franklin
Planejamento: Anne Heuer
Mídia: Renata Valio e Stephanie Campbel
Aprovação Cliente: Gian Martinez, Bianca Rosenberg e Erika Wolthers
Produtora: Sentimental Filmes
Diretor: Vellas
Diretor de Fotografia: André Faccioli
Montador: Rami
Produtora de Som: BIG FOOTE BR
Trilha – Criação: KARI STEINERT E CHRIS JORDÃO
Trilha – Produção: EQUIPE BIG FOOTE BR
Atendimento Produtora de Som: XANNA D'AGUIAR E LUCIANA FERNANDES
Locutor: CHRIS JORDÃO
Pós-Produtora: Sentimental Filmes



Especialistas apontam oportunidades e desafios para otimizar
campanhas nos dispositivos móveis

Houve um tempo, sim, em que o amigo inseparável de quem assistia TV era o controle remoto. Nem faz tanto tempo, você deve se lembrar. Agora, pense na última vez em que você viu seu programa favorito na telona. Podemos apostar que o bom e velho controle remoto perdeu seu reinado para o seu smartphone (ou tablet). Pois é exatamente isso o que vem ocorrendo em grande parte das casas do Brasil e do mundo.

E a telona - mesmo com todo aquele tamanho e a sua clássica habilidade de sedução - tem agora de disputar a atenção das pessoas com as telinhas - pequenas, sim, mas muito mais interativas e capazes de trazer para perto pessoas que fisicamente estão longe. É o tal fenômeno chamado "segunda tela" (ou second screen), que já é assunto há algum tempo, mas, de acordo com muita gente boa, de "segunda" não tem nada. "Ela é a primeira na atenção do usuário", garante Rafael Davini, diretor geral do Terra no Brasil, citando pesquisa da Ipsos encomendada pelo portal que mostrou que 64% dos internautas brasileiros assistem a TV conectados à web e, entre eles, apenas 7% têm mais foco no televisor. 

Casamento ideal
Deixando de lado a disputa entre a primeira e a segunda colocada na preferência nacional, é fato que, hoje em dia, falar sobre segunda tela é praticamente sinônimo de falar em Twitter. Como muito bem definiu Adam Bain, presidente de revenue da empresa, os dois meios são muito simbióticos. “Cerca de 66% de nossos usuários tuitam enquanto veem TV”, afirma ele.

Marco Gomes, fundador da boo-box, concorda e acrescenta que o casamento é prefeito porque a timeline da rede é a experiência mais em tempo real que existe. "Sua organizaçao é temporal, o que está no topo é sempre o mais recente", explica. Diferentemente do Facebook, por exemplo, se você comemorar um gol que aconteceu agora, o tweet estará com certeza no topo da timeline dos seus seguidores, enquanto o post precisará de outros quesitos para despontar, com número de comentários e curtidas. "O adversário pode fazer dois gols até que o primeiro post do Facebook apareça no topo da timeline dos amigos", explica.

Indo às compras durante a novela
Gomes cita como exemplo do que pode ser feito sem segunda tela a ação que Magazine Luiza veiculou com seeding no Twitter durante a novela Salve Jorge, da TV Globo, que impactou cinco milhões de pessoas em apenas um dia.

"O objetivo era de divulgar uma promoção de redução dos preços de smartphone", conta Gomes. Para isso, ao mesmo tempo em que o comercial era exibido na TV, a ação de seeding era veiculada pela rede da boo-box, que conta com 22 mil perfis no Twitter. Foram mais de 1.500 tweets que apoiaram a veiculação da campanha na TV. "A pessoa está lá vendo a Morena, pega o celular pra comentar isso no Twitter e, quando vê, alguém está lá recomendando um produto da loja ao mesmo tempo em que o comercial é exibido na tv", diz Gomes. E os tweets ainda tinham uma vantagem sobre o comerical de tv - eles direcionavam os usuários para a página do e-commerce do Magazine Luiza com apenas um clique. "A tv é um meio de mão única, a internet não", lembra Gomes.

Outro case muito lembrado pelo mercado é o da Oreo, que aproveitou o blecaute durante o Superbowl, em fevereiro, para publicar tweets e gerar muita conversa durante a interrupçao da transmissão da tv.

Além das redes sociais
Claro que, embora o casamento entre Twitter e TV seja perfeito, isso não significa que a relação seja monogâmica. Há muitas outras possibilidades de proveitar a segunda tela além da rede social. No Terra, por exemplo, a estratégia para angariar e fidelizar audiência é oferecer cnteúdo relevante relacionado ao que passa na telona. O portal, por exemplo, não tem o direito de transmitir o Campeonato Brasileiro, mas explora o evento como segunda tela. " Nos pacotes de futebol, temos conteúdo, principais gols, fofocas, coisas que as pessoas podem ir comentando enquanto assistem aos jogos ou até depois", explica.

Para a Copa do Mundo, ele conta que o portal vai oferecer o pacote "Além dos 90 minutos", também com vários tipos de conteúdo distribuído por diversos canais, desde esportes e economia até moda e estilo, tudo relacionado ao esporte e aos países que estiverem na disputa. "Vinte por cento da nossa audiência está no mobile e uma cobertura desse tipo pode gerar até mais audiência que os próprios jogos."

Essa estratégia não é propriamente novidade. Algo semelhante ocorreu durante a transmissão do Big Brother Brasil 13, da TV Globo, quando o Terra disponibilizou um canal para comentar o que acontecia na casa. "Geramos audiência para o BBB, ok, mas também ganhamos muita audiência de quem acompanhava o reality e vinha comentar aqui", explica Davini.

Mas cadê a grana?
Da forma como se vem falando em segunda tela, não há dúvidas de que o mercado esteja empolgado com suas possibilidades seja grande. Monetizar essa empolgação, no entanto, ainda é um desafio. "Por inércia, muita verba ainda vai direto para as mídias tradicionais", afirma Davini. Com isso, possibilidades inovadoras ainda ficam em segundo plano. "Ainda não estamos faturando um monte de dinheiro em mobile, mas isso deve mudar porque logo todo mundo vai usar smartphone", aposta Davini.

"Vamos chegar a 100% de penetração de smartphone, issso é inevitável", afirma Peter Fernandez, especialista em soluções de publicidade mobile do Google para América Latina. Segundo ele, como a segunda tela existe basicamente pelo mobile e o engajamento das pessoas com esses dispositivos é sem precedentes, as implicaçoes disso para a publicidade serão enormes.

Gomes concorda que essa fatia de mercado ainda esteja no início. "Que eu saiba, a ação de Magazine Luiza foi a primeira que integrou tv e Twitter em tempo real", diz. "Os produtores de conteúdo já perceberam que essa integração funciona,The Voice Brasil e Encontro com Fátima Bernardes, ambos da TV Globo, já colocam tweets na tela", afirma.

Publicado no Portal Proxxima 



Confira no vídeo abaixo.




Famoso na década de 90, o brinquedo manterá o design original 
e promete interação entre os usuários

Nos anos 90, você alimentou, brincou e deixou morrer seu Tamagotchi. 17 anos depois do sucesso do lançamento original, a Bandai, fabricante do brinquedo, decidiu lançar a nova geração do bichinho virtual. A empresa apresentou o Tamagotchi Friends (U$19.99) na Feira Americana de Brinquedos, dando às crianças a oportunidade de experimentar o aparelho.

Em 1996, a Bandai vendeu mais de 80 milhões de unidades para crianças de todo mundo. O novo modelo mantém o design original, inclusive a tela preta e branca. Entretanto, agora os donos dos Tamagotchis poderão interagir, enviando presentes virtuais e mensagens virtuais, sem a necessidade de uma conexão Wi-Fi. Isto por que, o aparelho contém sensores que fazem a troca de informações entre os usuários, com isso será possível enviar um personagem de um aparelho para outro para que eles possam brincar juntos.

Além disso, será lançado um aplicativo para iOS e Android amanhã, 26 de fevereiro, chamado Life Angel, como uma forma de introduzir a marca para crianças. “O objetivo continua o mesmo: cuidar do seu amigo, mas você também poderá usufruir de jogos que vão te fazer ganhar um dinheiro virtual”, afirmou um porta-voz da companhia ao site Mashable.



Infográfico mostra resultados globais de estudo que 
ouviu usuários da rede social em 26 países 

O LinkedIn acabou de divulgar um estudo que mostra os principais motivadores dos brasileiros em relação às suas carreiras. A pesquisa foi feita em 26 países e entrevistou 18.000 profissionais. Entre os 26 países pesquisados, o Brasil é o segundo (61%) que mais se preocupa com a reputação da empresa como um bom lugar para se trabalhar no momento de mudar de emprego.

O estudo afirma ainda que 51% dos brasileiros dizem estar satisfeitos com seu trabalho atual, enquanto 23% estão muito satisfeitos. Os principais motivadores para um profissional aceitar uma nova chance de trabalho são: melhor salário e benefícios, oportunidade para crescimento na profissão e melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Dos entrevistados brasileiros, 45% não estão à procura de um emprego, mas falariam com um recrutador para descobrir se a oportunidade vale a pena. Além disso, o levantamento mostra que alguns benefícios são mais valorizados do que outros, de acordo com o país.

Se no Brasil, a oportunidade de crescimento é mais importante, nos EUA, a preocupação é com o salário maior.

No infográfico abaixo, você pode conferir os resultados globais do estudo:




Aos 79 anos, Julio Ribeiro, fundador e presidente da agência de publicidade Talent, 
tem tempo para pintar, aprender jazz ao piano e participar, ativamente, da 
criação de campanhas para seus (poucos) clientes

Também escreve livros sobre sua grande paixão. O mais recente (Marketing de Atitude – Como Fazer Suas Equipes e Seus Clientes Gostarem de Você).

O segredo? “Faço o que gosto!” – desde que começou, em 1958, quando foi trabalhar na McCann Erickson. Depois, passou por Denison, Alcântara Machado e MPM. Em 1967, fundou sua primeira agência: Julio Ribeiro Mihanovich Publicidade, juntamente com Armando Mihanovich. E, em 1980, criou a Talent.

Após mais um dia de trabalho – quando foi informado de que a agência havia ganhado o Grand Prix na categoria rádio em Cannes (além de outros três leões) –, ele recebeu a coluna e falou sobre novas mídias, responsabilidade social, coisas que fazem mal à saúde, toalhas e, claro, vida.

A seguir, os melhores momentos da conversa com este Jerry Maguire brasileiro.

É preciso mesmo que o cliente goste de você?
Ninguém tem de fazer nada (risos). Mas interação é fundamental, sim. Você sabe que a Talent não perde um cliente há cinco anos? Tem a ver com isso, com certeza. O mais importante, claro, é que você goste de você. Eu, por exemplo, gosto de mim (risos). Quem não gosta de si mesmo não vai a lugar nenhum. E um ambiente de trabalho saudável é essencial – para que as pessoas possam fazer o que tem de ser feito com tranquilidade. Isso tem de ser passado para fora, para o cliente. Escrevi o livro por acreditar, piamente, nessa forma de trabalhar. Nós temos um cliente, um laboratório de exames médicos. Você entra e tem a impressão de que todos ali gostam de você. Essa experiência faz diferença. Por exemplo: você vai comprar uma bicicleta para seu filho. Ninguém sai procurando em dez lojas. Geralmente, vai a duas ou três. Ou seja, existe um filtro. E esse filtro está ligado à experiência que o comprador tem quando chega à loja.

Não tem a ver com preço?
Nem sempre. Pesquisas mostram que preço não é o fator mais importante. A interação com os atendentes e a experiência positiva da compra são essenciais. A Apple não me deixa mentir. Sempre que anuncia um produto novo, a fila na porta das lojas se forma uma semana antes do lançamento.
Às vezes, a empresa não ajuda.
Estava lendo um livro sobre gestão, estes dias, e um exemplo me chamou a atenção. Uma empresa americana especializada em limpeza de banheiros de estádios de futebol. Ninguém gostava de trabalhar lá, a rotatividade anual de funcionários beirava 100%. Um dia, um novo chefe de RH resolveu saber por que o turnover era tão alto. Sabe o que ele descobriu depois de uma pesquisa com os empregados? Que a maioria não gostava de trabalhar lá porque precisava pegar três conduções para ir de casa até a sede da companhia. O que a empresa fez? Criou uma linha de ônibus fretado. O turnover caiu para 40%.

Conhecer quem trabalha com você ainda é a alma do negócio?
As pessoas passam o horário nobre de suas vidas no escritório. Imagina: o funcionário tem um dia a dia horrível, chega em casa dizendo “eu vou acabar pedindo demissão” ou “eu não aguento mais aquele lugar, aquelas pessoas” e ouve da mulher que ele tem de pensar nas contas, na escola das crianças… Uma pessoa que vive assim não consegue brincar com os filhos, com o cachorro, não consegue ser atencioso com a esposa. Porque não existe a cabine do super-homem. Agora, quando você trabalha numa empresa em que as pessoas gostam de você, te respeitam, fica tudo mais fácil. São vantagens que mudam uma companhia. A criação desses links afetivos é o objetivo do meu livro.

É mais fácil estabelecer links afetivos em tempos de internet e redes sociais?
A internet dificilmente cria links afetivos. Eles só se estabelecem com relação pessoal.

A Talent nunca fez campanha para cigarro, bebidas destiladas e para o governo. Por quê?
Porque os três fazem mal à saúde (risos). Desde o início da Talent, em 1980, decidimos que não aceitaríamos – o que nos custa dinheiro, porque são clientes muito ricos. No que diz respeito à política, eu sigo um lema: “Quem dorme com cachorro acorda com pulga” (risos).

Qual foi seu primeiro cliente?
A Grendene. E, na época, o Alexandre (Grendene, fundador da empresa) estava com um problema. As sandálias de plástico eram consideradas coisa de pobre – ele não conseguia mudar esse conceito. Eu fiz uma pesquisa e descobri que o problema não era o produto, mas as pessoas. E as pessoas achavam o produto de baixo nível. O que não condizia com a realidade. Então, disse a ele: “Existem duas verdades: a primeira é o que os olhos veem; a segunda, a tela da TV Globo” (risos). A estratégia que adotamos? Fazer com que atrizes de novela usassem a sandália. Isso mudaria o conceito. Outra estratégia: convencer as mais influentes colunistas de moda de que o produto tinha charme. E conseguimos.

Atualmente, se critica muito as campanhas de TV. Elas estariam ficando menos inteligentes?
Acho que propaganda idiota sempre existiu. O que há, hoje, é mais mídia, mais formatos. O marketing dos dias atuais nasceu de três invenções simultâneas: o computador, o avião a jato e o satélite. Isso mudou tudo. Aproximou as pessoas, diminuiu as distâncias. Novas formas de se comunicar foram criadas. E vão se tornando nativas das gerações. O computador, por exemplo: eu ainda apanho, já meus netos aprenderam a mexer nele na escola. Agora, independentemente da mídia, o conteúdo não muda.

O meio é a mensagem?
Com certeza. Veja o exemplo deste filme que ganhou o Oscar, O Artista. Em tempos de cinema digital, 3D, venceu uma produção muda, em preto e branco. E por quê? Porque as aspirações são as mesmas, as formas é que mudam.

O que acha da proibição de publicidade voltada às crianças?
Toda vez que o governo mete a mão em alguma coisa, piora. Crianças gostam de brinquedos, sabem o que querem e não querem as mesmas coisas.

O politicamente correto atrapalha a vida da agência?
A gente se policia. Algumas vezes, nos antecipamos: “Ah, isso não vai passar pelo Conar”. Faz parte do processo social, a sociedade vai mudando. Deve fazer uns quatro anos que eu não recebo reclamação do Conar. Todo mundo sabe o que é socialmente incorreto. Mas somos contra intervenção do governo, de proibir propaganda para crianças ou de produtos que engordem. O cara come porque gosta, você não pode proibir o sujeito de comer. Agora, campanhas educativas ao estilo “coma de forma mais saudável”, isso a gente gosta. Quando comecei na carreira, durante as reuniões de criação, cortava-se a fumaça do cigarro com uma faca (risos). Hoje, não existe mais esse problema, ninguém fuma em ambiente fechado. E o processo foi, essencialmente, educativo. Outro exemplo: um dia, estava em casa fazendo a barba. Com a torneira aberta. Meu neto chegou e me deu bronca: “Você está desperdiçando a água do planeta, vovô!” Fechei a torneira na hora (risos).

O seu jeito low profile é um estilo criado ou é inerente a sua personalidade?
Tem gente que adora brilhar, aparecer na TV, badalar, sair em jornal e revista. Mas eu… não gosto. Uma vez fui escolhido para ser jurado em Cannes. Declinei. Ninguém acreditou! (risos) Não tenho vocação para board de empresa. Meu negócio é fazer planejamento e criação, é disso que eu gosto. É para isso que me pagam.

Você sempre trabalhou com poucos clientes. Num mundo voltado para o “quanto mais melhor”, isso é um problema?
A gente rejeita clientes com alguma frequência. E somos muito prósperos. Acho impossível ter uma boa agência e não ter limite de clientes. Porque, se você começa a pegar todos os que aparecem, acaba com um monte de coelhos numa sala (risos), não dá. Sempre fomos assim.

Acredita que a internet vai comer as outras mídias?
Não, porque a internet tem um problema: ninguém descobriu como ganhar dinheiro com ela. É uma obrigação das agências nos dias de hoje, você precisa investir nela, mas a verdade é que não dá dinheiro. Tem-se falado muito no iPad, mas também não o vejo como substituto de jornais e revistas. E os números mostram que os jornais têm crescido, apesar das mídias digitais. As revistas estão estáveis. O Bill Gates disse, há mais de uma década, que o papel iria desaparecer. Mas fez a biografia dele em papel (risos).

Tem Facebook, Twitter?
Tenho tudo (risos). Mas minhas paixões são outras. Sou pintor, voltei a pintar. E estou estudando piano, jazz, porque gosto de improviso. Além disso, hoje fico mais com a família, cultivo mais os laços.

A que horas costuma chegar à agência?
Agora, estou mais moderado (risos). Costumava chegar às 7h30 e sair às 19h. Agora, chego umas 9h, saio às 18h30.

Vida pessoal e profissional convivem em harmonia?
Eu me casei com minha primeira namorada. Tive meus filhos, tenho meus netos, escrevo meus livros, gosto do que faço. Acho que tudo pode conviver, sim, em harmonia. Mas depende, claro, de você. Tem gente que está no paraíso e reclama da qualidade das toalhas(risos).



Só para relaxar

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