quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Vou poder situar do seu convívio


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Iniciativa teve como objetivo chamar atenção para o desrespeito às vagas reservadas por cadeirantes

As vagas de estacionamento de uma das ruas mais movimentadas de Lisboa amanheceram, na semana passada, ocupadas por cadeiras de rodas. A ação inusitada foi realizada pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), com o objetivo de chamar atenção para a importância de se respeitar a reserva para cadeirantes.

Nas cadeiras, alguns recados: “só fomos ali e não demoramos nada”; “fui só tomar um cafezinho, não demoro”. Os motoristas, confusos, não tiveram alternativa, a não ser procurar outros lugares para estacionarem.

No Brasil, em 2011, uma ONG realizou uma ação parecida:





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Tudo bem, é mesmo um tanto constrangedor estar em uma roda de amigos ou diante de recrutadores e não ter conhecimento sobre algo que, em tese, é óbvio. Mas tenha certeza de que tentar dar uma de esperto, dizer que sabe tudo e, no fim, deixar claro que estava só posando pode ser muito pior. Para os amigos, você será uma piada. Para os recrutadores, o cara que eles nunca contratarão.

Mostrar que conhece um assunto não é pecado nenhum. Mas isso quando você realmente sabe do que está falando. Na dúvida, seja honesto. Reconhecer um erro, uma incapacidade ou, no caso, seu desconhecimento sobre um determinado assunto também não arranca pedaço e às vezes até conta pontos a favor. Para o pessoal dos vídeos abaixo, por exemplo, teria evitado o constrangimento.

Virou sucesso nos EUA o quadro Lie Witness News, do programa apresentado por Jimmy Kimmel, em que “repórteres” vão a eventos perguntar aos participantes coisas sobre artistas que não existem, músicas que não foram lançadas, desfiles que não aconteceram.

Assista abaixo a um dos vídeos (com legendas) e aprenda a não fazer igual aos entrevistados: 


Aqui no Brasil, o canal Glamour Brasil fez sua versão do programa americano na São Paulo Fashion Week. Veja:




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O PNBL (Programa Nacional de Banda Larga), do governo federal, determina que todas as cidades do Brasil tenham conexão com velocidade de 1 Mbps oferecida a R$ 35 até o fim de 2014.

"A gente sabe que, no mundo de hoje, isso não basta: as aplicações com maior potencial socioeconômico, como assistir a uma aula, estão relacionadas a uma velocidade superior", diz o gerente de banda larga do Ministério das Comunicações, Pedro Lucas da Cruz Araújo.

A UIT (União Internacional de Telecomunicações) chama de banda larga as conexões com 1,5 Mbps ou mais.

Mas a velocidade não é o maior dos problemas.

Vivem sem Google, sem Facebook e sem Wikipédia 86 milhões de brasileiros com 10 anos ou mais, ou 49,1% de um total de 169 milhões de pessoas nessa faixa etária, segundo dados do IBGE do fim do ano passado.

São pessoas pobres, "analfabetos digitais" ou que vivem em lugares isolados. "A exclusão digital segue a mesma lógica da exclusão social", diz a secretária de inclusão digital do Ministério das Comunicações, Lygia Pupatto. "Temos deficit maior nas classes C, D e E, e as regiões com maior demanda são Norte e Nordeste."

É entre esses grupos que o crescimento vem sendo mais acelerado, segundo Adriana Beringuy, pesquisadora do IBGE. "Também avançaram [em acesso à internet] as pessoas com mais de 60 anos."

Em 2011, a parcela dos que já estavam on-line era de 46,7%, o que significa que o país pode ter mais da metade conectada. Segundo a UIT, a fatia é de 95% na Noruega, de 81% nos EUA, de 56% na Argentina e de 42% na China.

Das 5.564 cidades que existiam quando foi criado o PNBL (hoje há outras seis), em 2011, 3.214 são atendidas.

NÃO QUERO
Mas nem todos estão desconectados só por não ter condição financeira necessária. "Não suporto internet, celular, essas coisas", diz o motorista Jorge Feitosa, 59. "Ali, você pode ser roubado, falta sigilo. Não tenho medo, mas para mim não encaixa. Meu negócio é cartão no orelhão", conta. Ele diz que, apesar de ser contra, comprou um computador para seu filho.

A dona de casa Cristiane Gradinar, 38, diz que já chegou a procurar emprego on-line, mas que não tem interesse em se conectar de novo. "Também não uso porque sou evangélica", diz. A igreja que frequenta não proíbe internet, "mas tem muita coisa [on-line] que não é permitida", diz.

NÃO POSSO
Com suas horas divididas entre a escola e a venda de bebidas na praça da Sé, o menino Marcelo Silva, 15, diz que nunca teve a oportunidade de usar a internet. "Até quero, mas ninguém na minha casa compra, então não tenho como usar", conta.

Já a dona de casa Maria Lúcia Mendonça, 65, diz que já tentou usar o PC --tarefa que, quando precisa, pede à filha--, mas não conseguiu. "Só para escrever meu nome, levava uma eternidade. Não tenho paciência", diz, contando que tem medo de perder dinheiro usando a internet, por causa da falta de segurança.

O corretor imobiliário Eduardo Fernandes, 56, precisa enviar e-mails a clientes, mas onde vive, uma chácara no limite entre São Paulo e Itapecerica da Serra, não chega a conexão a cabo - ele recorre a lan houses. "Também uso no Poupatempo, mas é muito devagar", reclama.

ALÉM DA INCLUSÃO
Para o Ministério das Comunicações, o maior problema ainda é a infraestrutura, já que há muitos lugares desinteressantes do ponto de vista econômico para as operadoras --e é delas a decisão de prover ou não o acesso.

Mas a gigantesca tarefa de universalizar o acesso é só um primeiro passo. "Acho que uma coisa é a pessoa saber usar a internet", diz Pupatto. "A outra, que é o nosso desafio, é ela se apropriar dela, abrindo possibilidades que realmente mudam a vida, como educação à distância e projetos culturais."

Para Alexandre Fernandes Barbosa, um dos coordenadores do CGI (Comitê Gestor da Internet), "não basta um cidadão da periferia usar a lan house e acessar o Facebook se não souber fazer outra coisa. O desenvolvimento de habilidades é fundamental."

O QUE DIZEM OS DESCONECTADOS

"Ainda quero aprender, fazer o básico, coisas para meu trabalho. Já aprendi a dirigir, por que não usar o computador?"
MOACIR CARLOS DE MENEZES, 48 - Construtor civil autônomo

"Sou da geração do papel. Até tenho celular, mas coisas de internet é com minha mulher"
LINÉSIO PEREIRA, 49 - Vendedor

"Não uso hoje porque estou sem computador. Você fica meio isolado... a gente fica vegetando sem internet"
FLAVIANO FONSECA FILHO, 40 - Tosador de cachorros e rapper

"Até quero, mas ninguém na minha casa compra, então não tenho como usar"
MARCELO SILVA, 15 - Estudante e vendedor informal

"Só para escrever meu nome, levava uma eternidade. Não tenho paciência"
MARIA LÚCIA MENDONÇA, 65 - Dona de casa

"Não suporto internet. Meu negócio é cartão no orelhão"
JORGE FEITOSA, 59 - Motorista

"Não uso porque sou evangélica. Há muita coisa [on-line] que a igreja não permite"
CRISTIANE GRADINAR, 38 - Dona de casa

Fonte: FSP|Uol



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Lojas e shoppings oferecem jogos, bebidas e petiscos para os homens enquanto as mulheres escolhem produtos. Iniciativa pretende melhorar a experiência e incentivar o consumo

Na hora da compra, mulheres e homens nem sempre conjugam da mesma preferência e dos mesmos hábitos de consumo. Enquanto elas são conhecidas, justa ou injustamente, por passar horas dentro de um shopping, eles são vistos como inquietos, permanecem menos tempo dentro das lojas e são objetivos durante sua escolha por um produto. 

Esta diferença de comportamentos estimula uma tendência entre os varejistas: a criação dos estacionamentos de maridos, espaços projetados para que eles possam esperar esposas, namoradas, filhas e amigas de maneira mais confortável enquanto elas compram. O intuito vai além da oferta de um sofá e ganha versões criativas que envolvem drinks, petiscos e até opções de entretenimento.

A estratégia, ao contrário do que possa parecer, nada tem a ver com machismo. A tendência surge a partir do conhecimento de que a mulher a cada dia se torna mais decisora também nas categorias em que não são as consumidoras finais, como artigos infantis, masculinos e pet. O intuito das empresas é impedir que o acompanhante fique ocioso, comece a reclamar e assim se torne uma barreira entre a marca e a cliente no ponto de venda. A fim de semear a simpatia também com eles, mesmo marcas tradicionalmente femininas buscam incluir os acompanhantes na experiência em suas lojas de uma forma prazerosa.

É o caso da Farm, marca de moda feminina que disponibiliza redes em algumas das suas unidades, distribui cerveja nos finais de semana e oferece, além das revistas de moda, publicações masculinas. 

“Quando não tem atrativos, a loja se torna um ambiente desconfortável que deixa o homem ansioso para ir embora. Dentro do ponto de venda temos uma movimentação muito grande, o que exige uma atenção redobrada para não deixá-lo de lado e acabe se irritando. Não pode ser chato e entediante”, avalia Andre Carvalhal, Gerente de Marketing da Farm, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Experiência de compra que gera simpatia
Quando o atendimento de qualidade vai além do shopper, a marca conquista novos fãs, mesmo fora do seu público alvo, o que também se converte em recomendação e simpatia. Sabendo disso, a Farm amplia as suas ações de relacionamento para os maridos e namorados indo além do ponto de venda. Recentemente, a empresa organizou uma feijoada no Jóquei Club, no Rio de Janeiro. 

Durante o evento, os homens puderam desfrutar de jogos e atividades alinhadas aos seus interesses. “Sempre temos a preocupação de atender não só as mulheres, mas também seus acompanhantes, estendendo a experiência de marca. Mesmo nos projetos pontuais, como a Casa de Verão, onde oferecemos várias atividades para elas, também disponibilizamos sinuca e videogames para eles”, conta o Gerente de Marketing da Farm.

A missão de gerar experiências de consumo positivas varia quando se pretende atingir homens e mulheres. Os gêneros têm suas particularidades e o segredo para se aproximar de forma efetiva é o conhecimento do perfil do consumidor. Alternativas genéricas tendem a irritar e não são percebidas como diferenciais. “É preciso mudar a percepção de tempo que o acompanhante do shopper tem. Afinal ninguém gosta de esperar muito e o período ocioso passa mais devagar. Instalar televisores com uma programação relevante e oferecer free wifi é uma estratégia muito eficiente, porém pouco inclusiva”, aponta Rafael D’Andrea, Diretor da ShopperAge e Sócio Diretor da Toolbox, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Neste mesmo espírito, a rede de Shoppings BRMalls pesquisou os comportamentos dos dois sexos durante as compras e passou a investir em um espaço chamado “Maridoteca”. O ambiente montado durante os períodos de liquidação oferece gratuitamente café, revistas, videogames, totó, sinuca, televisão e serviços como corte de cabelo e cadeiras de massagem. “O homem vai a um número menor de lojas e demora menos tempo. Queremos que ele possa fazer suas compras e aguardar a esposa de uma maneira divertida para que a ida ao shopping não seja uma tarefa árdua e sim diversão”, comenta Mairá Mendonça, Gerente de Marketing do Center Shopping Uberlândia, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Incremento nas vendas
A partir do momento em que o tempo de consumo da mulher deixa de ser um castigo para os homens, não só o período dentro do ponto de venda se torna mais proveitoso como também pode aumentar. 

A tranquilidade masculina se reflete em um incremento nas compras e é neste momento que os investimentos em experiência começam a se converter em vendas. “Na medida em que o cônjuge permite que o outro use seu tempo para decidir, principalmente em compras complexas, como as de moda, a compradora sente-se menos pressionada para encerrar e assim pode considerar mais itens complementares em sua cesta”, diz Rafael D’Andrea.

As compradoras acompanhadas por homens que se sentem à vontade no ambiente da loja também representam outra oportunidade de venda, por meio da inserção de itens masculinos em espaço cujo portifólio é originalmente de peças femininas. A Farm fez parcerias com algumas marcas para a revenda de itens para eles próximo ao Dia dos Namorados. Com o tempo, a marca percebeu que os acompanhantes também compravam de forma direta as jaquetas, tênis, camisetas, livros, CDs e câmeras fotográficas analógicas, que acabaram se tornando parte fixa do mix.

A presença do acompanhante exige atenção das marcas para transformá-lo também em um comprador, pois o ambiente do ponto de venda é ideal para gerar vendas por impulso. Percebendo isso, a rede australiana de móveis Ikea criou a “Man Land”, com games, petiscos e bebidas. A varejista aproveitou o local para expor móveis de escritório e poltronas, buscando aumentar o faturamento. “A loja deve disponibilizar no ambiente destinado aos homens produtos que atendam a este público para gerar vendas inesperadas. É claro que não se pode descuidar do atendimento nessa área. O acompanhante é um cliente em potencial que não deve ser largado num canto”, complementa o Diretor da ShopperAge.

Estacionamento serve para experimentação
Outra estratégia que pode ser efetiva como entretenimento e incremento de venda são os cafés instalados dentro do ponto de venda. Estes quiosques comercializam petiscos, lanches rápidos e bebidas quentes e são uma boa forma de agradar ao público masculino que aguarda suas companheiras. Além disso, a ocasião é propícia para gerar experimentação, mesmo dentro do estacionamento de maridos.

Nos shoppings da BRMalls,  as atrações oferecidas aos homens na “Maridoteca” servem para esta finalidade, pois todos os serviços e produtos vêm de lojistas e marcas presentes no local, por meio de parcerias. Assim o consumidor toma contato com empresas que ainda não conhecia. “O cliente vem pela experiência, passa um momento agradável e conhece novos produtos e serviços. No médio e no longo prazo, esta é uma ferramenta importante que também pode gerar consumo”, diz a Gerente de Marketing do Center Shopping Uberlândia, em entrevista ao portal.

Fonte: Mundo do Marketing



Tendemos a gostar de pessoas que pensam como nós. Se concordamos com o que alguém acredita, estamos propensos a fazer amizade com essa pessoa. Faz sentido. Significa que subconscientemente começamos a ignorar ou a rejeitar qualquer coisa que ameace nossa visão de mundo, uma vez que nos cercamos de pessoas e informações que confirmam aquilo que já pensávamos.

Isso é chamado de viés de confirmação. Se você já ouviu falar da ilusão de frequência, isso é bem parecido. A ilusão de frequência acontece quando você compra um carro novo e, de repente, você vê o mesmo carro em todos os lugares. Ou quando uma mulher grávida começa a notar grávidas por toda parte. É uma experiência passiva, onde nosso cérebro busca informações relativas a nós, mas acreditamos que houve um aumento real na frequência dessas ocorrências.

Viés de confirmação é uma forma mais ativa da mesma experiência. Acontece quando proativamente buscamos informações que confirmem nossas crenças existentes. E não fazemos isso só com as informações que recebemos, mas também aproximamos nossas memórias dessa maneira.

Em um experimento de 1979, na Universidade de Minnesota, os participantes leram sobre a história de uma mulher chamada Jane, que era extrovertida em algumas situações e introvertida em outras. Quando os participantes retornaram alguns dias depois, eles foram divididos em dois grupos. A um grupo foi perguntado se Jane se encaixaria em um emprego como bibliotecária, o outro foi questionado sobre ela ter um emprego de agente imobiliária.

O grupo “bibliotecária” lembrou de Jane sendo introvertida e falou mais tarde que ela não se adequaria ao emprego de agente imobiliária. O grupo “agente imobiliária” fez o exato oposto: eles lembraram de Jane como extrovertida, disseram que ela se encaixaria no emprego de agente imobiliária e quando eles foram perguntados mais tarde se ela daria uma boa bibliotecária, falaram que não.

Desafiar nossas crenças é a única maneira de evitarmos ser pegos no viés de confirmação. Ouvir o oposto e considerar o diferente é indispensável para a vida.

*Belle Cooper é design de conteúdo na Buffer. 
Você pode encontrá-la também no Twitter em @bellebethcooper.




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