segunda-feira, 1 de julho de 2013

Se você deixar o coração bater sem medo








Apesar da queda, média geral indica crescimento de 2% no primeiro trimestre.

O Consumer Insight, estudo realizado pela consultoria Kantar Worldpanel, indica que as classes C e D compraram menos no primeiro trimestre do ano, em relação ao  mesmo período do ano passado. Segundo o levantamento, o índice de consumo no setor de bens não duráveis relacionado a essas classes caiu 3%. Já nas classes A, B e C, os índices tiveram alta de 4%, 4% e 6%, respectivamente.

A prova de que essa queda foi provocada pela inflação é que, no mesmo período, apesar de terem comprado menos, os consumidores gastaram em média 7% a mais do que no ano passado. As demais classes também registraram altas, sendo que a maior delas é a da C, de 15%, enquanto A e B registraram 13%.

“Em 2012, essa parcela da população foi a responsável pelo crescimento do consumo. Se não fosse por ela o Brasil teria enfrentado uma estagnação, ou até mesmo uma queda”, analisa Christine Pereira, diretora comercial da Kantar Worldpanel. Ainda de acordo com ela, as ações do governo contra os efeitos da inflação ainda não surtiram o efeito desejado.

Fonte: Supermercado Moderno



O CEO do WPP, Martin Sorrell, demonstrou certa preocupação a respeito da extensão dos prazos de pagamentos dos clientes para suas agências, em entrevista concedida ao Advertising Age. Sorrell criticou a atitude, argumentando que as agências não são instituições bancárias. “Não é um sistema bancário que oferece condições de pagamento, com juros baixos, por exemplo”, disse.

No entanto, as agências que aceitam esses termos, podem contaminar a indústria de certa forma, induzindo outros clientes a seguirem o mesmo exemplo de grandes anunciantes, como a P&G - que anunciou em maio que esticaria o tempo que leva para pagar suas agências para 75 dias.

Fonte: Meio e Mensagem

COMENTÁRIO
É necessário colocar os pontos nos “is”, na tentativa de alguns grandes anunciantes  mundiais, como a P&G e outros, em ampliar os prazos para pagamento dos serviços de publicidade, para 60, 75 e até 90 dias, numa demonstração evidente de abuso econômico. No Brasil os prazos são de 21 dias da autorização para produção, de 20 a 30 dias da autorização para criação e planejamento (para os que ainda cobram isso… todos têm o direito, poucos tem a coragem) e 15 dias fora o mês para investimentos em mídia.

Resta, agora, que outros presidentes dos maiores grupos de publicidade do mundo tenham a mesma coragem de Mr. Sorrel, da WPP.



Flávio Carvalho*

Não resta dúvida que o Facebook é a rede social de maior abrangência e maior sucesso.  Ao contrário de outras redes sociais de nicho, como o Linkedin e o Twitter, o Facebook é generalista.  Lá é comum misturarmos amigos de infância, colegas de trabalho, familiares, conhecidos distantes.  E todos compartilhando fotos, vídeos, localização e muita informação pessoal.  A privacidade realmente está com seus dias contados.

É natural, portanto, que o Facebook se torne o meio predileto para a propagação de vírus, worms e malware em geral.  E com um agravante: o meio tradicional de propagação deste tipo de malware é o e-mail, que claramente é pouco utilizado por crianças e idosos.  Já o Facebook é largamente utilizado por estes grupos, além de pessoas com pouca experiência em utilização da internet, que consequentemente, são mais propensas a acreditar em falsos vídeos que via de regra embutem malware.

O ano de 2013 mal começou e já vimos um vírus se espalhando com grande sucesso entre os usuários do Facebook no Brasil.  Nós o vimos como um vídeo, postado por algum de nossos amigos, com o título: aposto que você não pode ver esse vídeo por mais de 20 segundos. Os que clicaram, baixaram uma extensão de browser, que seria utilizada para envio de spam e ainda ajudaram o vírus a se propagar, compartilhando o vídeo entre todos os seus contatos.  Note que o tal “vídeo” vinha de um site totalmente desconhecido na Argentina.  Alguém com um pouco mais de experiência desconfiaria e não clicaria em algo assim.  Recomendo só clicar em vídeos que tenham como origem a própria ferramenta de vídeos do Facebook, o YouTube ou o Dailymotion).

Em 2012, um falso botão “Dislike” iludiu mais de 8.000 usuários do Facebook somente no Brasil. Para habilitar o falso botão era necessário aceitar um aplicativo falso, que na verdade embutia o malware.   Já escrevi sobre isso e reitero: todo cuidado é pouco com os aplicativos para Facebook.  Eu pessoalmente não uso nenhum – e não acho que esteja perdendo nada.  Só aceite um aplicativo ou jogo se souber realmente sua origem e segurança.

É importante também estar atendo aos encurtadores de URL, muito comuns no Twitter, mas desnecessários no Facebook.  Como não há o limite de 140 caracteres nessa rede, o uso de encurtadores de URL somente aumenta o risco de que o link seja na verdade um phishing.

Um outro detalhe importante: o Facebook não é a sua fonte de notícias em tempo real.  Não clique em vídeos ou links para eventos catastróficos e informações “em primeira mão”.  O mais provável é que seja conteúdo falso.  Verifique nos sites de notícias, jornais, canais de TV, grandes portais.  Seja prudente.  O risco é real: você pode ter seus dados pessoais roubados (como dados bancários), pode ter seu computador transformado em fonte de envio de spams e mesmo ter o controle sobre o computador tomado por redes de hackers que os utilizam para ações de negação de serviço.

Se possível, utilize um browser somente para acesso a bancos e para quando for fazer compras na Internet e outro somente para as redes sociais.  E não seja inocente, clicando em qualquer coisa.  Take care!

*Flávio Carvalho, Diretor de Serviços da Arcon Serviços Gerenciados 
de Segurança, veiculado em Adnews




O fato narrado abaixo é real e aconteceu em um curso de Engenharia de uma das maiores escolas de engenharia do país. Acabou tornando-se logo uma das ‘lendas’ da faculdade.

Na véspera de uma prova, 4 alunos resolveram chutar o balde: iriam viajar juntos.

Faltaram a prova e então resolveram dar um ‘jeitinho’.

Voltaram à faculdade na terça, sendo que a prova havia ocorrido na segunda.

Então, dirigiram-se ao professor:
- Professor, fomos viajar, o pneu de nosso carro furou, não conseguimos consertá-lo porque o pneu estepe não estava bom, tivemos mil problemas e, por conta disso tudo, nos atrasamos, mas gostaríamos de fazer a prova.

O professor, sempre compreensivo:
- Claro, vocês podem fazer a prova amanhã.

E assim foi feito.

Os rapazes correram para casa e racharam de tanto estudar, na medida do possível.

No dia seguinte, na hora da prova, o professor colocou cada aluno em uma sala diferente, sem qualquer meio de comunicação com o mundo externo e entregou a prova.

Primeira pergunta, valendo 0,5 ponto: Escreva algo sobre ‘Lei de Ohm’.

Os quatro ficaram contentes, pois haviam visto algo sobre o assunto.

Pensaram que a prova seria muito fácil e que haviam conseguido se dar bem.

Segunda e última pergunta, valendo 9,5 pontos:

Qual pneu furou?

E aí? O que acha dessa história quando comparada ao que vivemos em nosso país?

Está na hora de darmos um jeito nisso tudo. Concorda?



Eduardo Souza Aranha *

Ao longo das últimas décadas, a Mala Direta ganhou status de mídia eficaz no Brasil. Graças aos seus atributos diferenciados de comunicação, bem explorados por uma geração de profissionais com forte qualificação criativa e técnica.

A profissionalização do e-mail marketing, novo player da comunicação direta, incorporou benefícios, até então exclusivos da mala direta: segmentação, personalização e sequenciamento. Além disto, o e-mail marketing a superou em termos de velocidade, mensurabilidade e custo.

Do ponto de vista da estratégia de comunicação, a mala direta continua a ser a mídia poderosa para abrir o diálogo com os clientes ou para estabelecer o primeiro contato de venda com os prospects. Além da sua comunicação ter maior poder residual, importantíssimo na visão de longo prazo para a construção e manutenção da imagem de uma marca. Todavia, o orçamento total de uma campanha de e-mail marketing é invariavelmente menor do que da mala direta. Pode se argumentar, que esta visão é limitada. O que interessa é a relação custo benefício. Isto é, quanto cada R$1,00 investido em uma campanha, via e-mail marketing ou via mala direta, gera em termos de retorno financeiro, seja em vendas, seja em retenção de clientes, seja em venda cruzada, seja em relação ao objetivo de marketing que se tiver.

Durante muitos anos, fui presidente do júri do Prêmio ABEMD, a principal premiação da área. A minha constatação é que no Brasil, via de regra, não se mensura o retorno de uma campanha de mala direta com o rigor necessário para a sua correta avaliação. Especialmente, quando a campanha gera leads para a força de vendas. Acrescente-se, a clara dificuldade enfrentada pelas empresas em avaliar o seu resultado, quando a campanha envolve outras mídias. Estas dificuldades ocorrem, muitas vezes, pela ausência de uma plataforma confiável de CRM.  Resultado: há uma tendência majoritária de basear a decisão em selecionar a mala direta ou o e-mail marketing, em função do orçamento da campanha. Isto é, pelo custo de atingir o target e não pelo retorno financeiro proporcionado pelo target atingido. Consequência, a sensível redução do uso da mala direta no mercado nacional. 

Lá fora, nos principais fóruns globais de comunicação, a mala direta continua a ser incentivada como ocorre no Festival de Cannes, na American Marketing Association e por outras instituições. 
Exemplo de esforço pelo seu uso é dos Correios americanos, a USPS. Mantém esforço permanente em difundir os benefícios e as técnicas da mala direta, em um país no qual esta mídia atingiu a sua plenitude. Na Alemanha, o Deutsche Post, líder mundial de serviços postais, se destaca por ser um grande facilitador do uso da mala direta. E, assim se observa em outros países.

Agora, o que se constata no Brasil? 
A dificuldade de se recomendar o uso da mala direta, agravada pelo que se viu nestas últimas semanas. A perda de inúmeras campanhas tragadas pela recente greve, levando seus anunciantes a perdas financeiras reais. Subjugada pela pressão de sindicatos, a empresa de Correios se viu obrigada a interromper parte significativa dos serviços postais por um mês.

Imagine, por absurdo, se as emissoras de televisão entrassem em greve por 30 dias. O que aconteceria com o mercado anunciante?  O mínimo seria a perda de credibilidade na mídia televisa. O sentimento não difere em relação à mala direta. A diferença é que não se trata de um fato episódico, mas a dura realidade de uma greve que se tornou rotina ano após ano. A frustração ao se constatar que a instituição “mais admirada do país” se tornou “massa de manobra”. 
Veja a matéria publicada em O Globo de 11/10/11: ”A greve em dado momento teve contorno inequivocamente político', disse o presidente do TST, o ministro João Oreste Calazen, durante o julgamento do dissídio coletivo que determinou o fim da greve. O presidente do tribunal disse que, em determinados momentos, parecia que os trabalhadores da empresa que estava se fazendo a 'greve pela greve', já que boa parte das reivindicações tinha sido atendida nas últimas negociações”.

Então nos deparamos com restrições preocupantes ao uso da mala direta no Brasil: perda da confiabilidade no seu principal fornecedor, falta de cultura de mensuração e visão de curto prazo na seleção da mídia de comunicação direta.

A visão de mídia hegemônica não tem consistência histórica

Durante a forte expansão do mercado televiso brasileiro no final da década de 60 e início da década de 70, muitos arautos previram o domínio total da televisão e o desaparecimento do rádio, como mídia. Estas previsões apocalípticas se repetiram com a explosão da Internet, quando se decretou o fim da mídia impressa. Basta analisar os recentes relatórios de análise de mídia, como o Projeto Inter Meios da conceituada revista Meio&Mensagem, para se concluir que a participação da mídia impressa continua crescendo no bolo publicitário nacional.

Assim, a visão de mídia hegemônica não tem consistência histórica. Isto significa que deverá haver espaço para a mala-direta, independente da expansão da utilização do e-mail marketing. O que estará em jogo será o tamanho do espaço a ser ocupado pela mala-direta, que dependerá, entre outros fatores, de:
  1. Evolução do mercado para assegurar a maturidade técnica na seleção das mídias diretas.
  2. Maior rigor dos gestores de marketing na avaliação dos resultados das campanhas, expandindo a visão para todo o pipeline de marketing. Do disparo da primeira peça de comunicação, da reação do target, da avaliação de cada mídia ao resultado final.
  3. A difusão do uso de ferramentas de CRM, contendo as funcionalidades cada vez mais poderosas do gestor de campanhas.
  4. Uso intenso da automação de marketing para simplificar e facilitar o sequenciamento das peças de mala direta e de e-mail marketing, especialmente, nas ações vinculadas às réguas de relacionamento.
  5. Formatos inovadores aumentando a capacidade de incitamento do target à leitura e ao desejo de conhecer o conteúdo da mala direta.
  6. Novos conteúdos cada vez mais integrados à comunicação online com elevada pertinência ao perfil do target.
  7. A melhoria contínua da qualidade e da gestão de banco de dados, permitindo maior eficácia para a mala direta.
  8. Maior aprofundamento na metodologia e nas técnicas de mensuração de resultados, nos cursos de formação de profissionais de marketing e comunicação.
  9. Aperfeiçoamento das premiações de marketing direto para oferecer maior destaque às campanhas de mala direta e às integradas ao e-mail marketing.
  10.  O resgate dos Correios, como a empresa de excelência da gestão pública brasileira e, livre do seu uso para fins políticos.
 Eduardo Souza Aranha  é conselheiro da ABEMD e membro 
da Academia Brasileira de Marketing




Foto maravilhosa de João Castela Cravo



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