terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Somos o que somos

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Estudos e mais estudos mundo afora falam sobre o crescimento de penetração da internet e consequentemente das redes sociais. Ente elas, o Facebook tem o maior prestigio e números de usuários ativos, sem dúvida alguma. Mesmo assim, cientistas americanos afirmam que a empresa de Mark Zuckerberg está experimentando um ápice antes de uma queda vertiginosa.

Com base na ascensão e queda do MySpace, John Cannarella e Joshua Spechler disseram que o Facebook deve perder 80% dos seus usuários até 2017. Eles são doutorados em engenharia mecânica e aeroespacial da Universidade de Princeton. "Assim como acontece com as doenças, as ideias parecem se disseminar como infecções entre as pessoas antes de acabar morrendo, o que tem sido descrito com sucesso em modelos epidemiológicos", redigiram. Eles aplicaram um modelo epidemiológico de estudo modificado para descrever as dinâmicas da atividade do usuário de redes sociais online, usando dados do Google, disponíveis ao público.

Atualmente o Facebook conta com 1,1 bilhão de usuários em todo o mundo e completa 10 anos de atividade no mês que vem. A afirmação dos cientistas não é tão sem pé e nem cabeça assim, já que mesmo a rede social se apresentando tão sólida assim, o universo digital é extremamente rápido e dinâmico e praticamente sem barreiras para a entrada de novos players. Quem, por exemplo, não se lembra do quão rápido “desapareceu” o Orkut com o crescimento do Facebook aqui no Brasil?

Publicado Adnews



Pesquisa exclusiva da Ipsos aponta que Brasília lidera a audiência destes programas com 33%. Salvador (25%), São Paulo (24%) e Rio de Janeiro (24%) são as capitais que mais assistem. Um dado curioso: 25% das pessoas gostam de comer enquanto assistem os realities

Uma pesquisa da Ipsos – empresa de referência mundial em pesquisa e análise de mercado – desenvolvida pela área de MediaCT que é líder em estudos de mídia no Brasil, revela que 62% das pessoas que assistem à reality shows são mulheres e 38% são homens.

O público que acompanha este tipo de programa é mais jovem, 43% tem de 18 a 34 anos e 23% tem entre 35 e 49 anos. Este tipo de atração na TV brasileira também é conhecida como “show da vida” e agrada grande parte da população de Brasília (33%) e Salvador (25%). Já as grandes capitais como São Paulo e Rio de Janeiro aparecem consecutivamente com 24% cada.

“Há 10 anos o brasileiro está acostumado a ficar espiando o que os outros estão fazendo, geralmente em confinamento. É a febre do “reality show” – show da vida real – que dão grandes audiências para as emissoras. Fizemos um estudo para entender um pouco mais do perfil das pessoas que assistem a este tipo de programa”, diz Diego Oliveira, diretor de contas da Ipsos Media CT, lembrando que não existe grande diferença de classe social quando o assunto é reality show: 51% são da classe C, 33% da classe B, 10% da classe A e 10% da classe DE.

Dentre os programas preferidos das pessoas que gostam de programas de confinamento destacam-se os telejornais com 88%, seguido das novelas com 87% e dos filmes dublados com 79%.

Enquanto assistem os realities, 54% das pessoas gostam de comer; outras 39% conversam com outra pessoa e 28% faz alguma atividade doméstica.

Esta pesquisa foi realizada com mais de 46 mil pessoas entre homens e mulheres, nos 13 mercados que a Ipsos tem atuação.



Para pesquisador, a complexidade do mundo torna necessária a aplicação de estratégias mais sofisticadas e pensamentos disruptivos para fazer com que negócios prosperem

O Marketing precisa reaprender o seu real significado para gerar estratégias relevantes em tempos cada vez mais competitivos e imprevisíveis. Em um cenário onde inovação e atitudes empreendedoras são necessárias para a geração de vantagem competitiva, entender o Marketing apenas pela sua capacidade de gerar comunicação e percepções sobre uma marca, produtos ou serviços não será suficiente para atender as demandas que surgirão daqui por diante.

O termo Marketing sempre foi mais conhecido no Brasil pelo vértice da publicidade. Não por acaso, o termo “marketeiro” é comumente usado para definir pessoas que são boas em fazer “propaganda de si mesmas”. Mas com as ondas de inovação impactando o mercado numa velocidade cada vez maior, o Marketing precisa ser utilizado e compreendido em toda a extensão do seu significado.

No livro “Novos negócios inovadores de crescimento empreendedor no Brasil”, Silvio Meira, Cientista-chefe do C.E.S.A.R e Presidente do Conselho de Administração do Porto Digital aborda os novos desafios que se apresentam em um contexto onde as mudanças são cada vez mais velozes. “Marketing é um casamento entre proposições de valor e mercado, entre produto, preço, posicionamento, serviço associado a isso e proposta de valor. Se o Marketing não se reentender e não for um ponto de articulação absolutamente essencial entre provedores e consumidores de produtos e serviços, ele estará perdido. O mundo em rede exige do Marketing um entendimento bem mais sofisticado para atingir resultados verdadeiros”, afirma em entrevista à TV Mundo do Marketing.

Empresas ainda não estudam o mercado
A pesquisa desenvolvida por Silvio, contudo, mostra que será cada vez mais difícil para as companhias prosperarem se não existir um esforço genuíno para inovar e pensar em novos modelos. “Se fosse possível sobreviver sem inovação e sem empreendedorismo, o Pony Express, aquele serviço de levar cartas da costa lesta a oeste dos Estados Unidos, estava lá até hoje. Na época, eles revolucionaram os mecanismos de levar cartas de um ponto a outro do país. Antes as correspondências seguiam em diligências e levavam um tempo bem maior para serem entregues. Até que surgiu este grupo de indivíduos empreendedores e inovadores, que tiveram capacidade de implantar a mudança. Usando o sistema de cavalos e troca de cavaleiros, aumentaram substancialmente a velocidade. Como comparamos isso com as cartas aéreas? E com a internet?”, questiona o pesquisador.

Um ponto crucial para que a inovação e o empreendedorismo gerem resultados reais é uma análise prévia e racional do mercado onde se pretende atuar. Boa parte das marcas ou de novos empreendimentos que tenta inovar falha por não entender exatamente o que o mercado deseja ou procura. Mesmo produtos considerados disruptivos, como o iPad, passaram por análises e estudos complexos antes de chegarem às prateleiras.

Com a busca cada vez maior por modelos inovadores, muitas empresas acabam aplicando tempo e recursos em projetos que não têm razão de ser. “Acredito que 90% das startups que vêm conversar comigo não estão resolvendo nada. Eles têm respostas para perguntas, e isso é muito válido no universo abstrato dos conceitos, mas não necessariamente se aplica quando transportamos para o mundo concreto das soluções para problemas. Para romper esta barreira, uma ideia precisa ter realizações, mercado, demandas, clientes e usuários. Do contrário, eles não estão resolvendo problema nenhum”, alerta Silvio Meira.

Outro desafio é compreender exatamente o que é um plano de negócios. Muitos empreendedores acreditam que basta preencher um formulário com perguntas de múltipla escolha e o planejamento está feito. Para se adequar ao mundo real, a empresa precisa responder a questões mais profundas e refletir sobre as dificuldades que enfrentará ao iniciar um empreendimento. Quem não consegue responder a algumas questões elementares, não tem um modelo de negócios de verdade, muito menos uma startup.

O modismo das startups
Outro questionamento da obra de Silvio Meira é sobre o modismo do termo startup. O nome não necessariamente precisa estar ligado a novos negócios. Uma definição mais apropriada é um time ou uma rede de pessoas que se engaja para resolver um determinado problema ou desafio. “Essa é a essência de uma startup e não significa necessariamente uma empresa nova. Ela pode ser criada dentro de uma companhia de 100, 200 anos. O que importa é o conceito: entender que este grupo vai trabalhar para tentar antecipar o futuro e por definição, vai errar”, lembra Silvio Meira.

Mais importante que batizar um novo negócio como startup é ter a real disposição para mudança, o que normalmente as pessoas abominam. “Mudar é praticamente contra a natureza humana. Do ponto de vista das empresas, olhando para quem começou lá atrás e investiu uma quantidade imensa de tempo, energia e recursos para chegar a um suposto ponto de equilíbrio no mercado, mudar parece uma alternativa improvável. De uma hora para outra chega uma pessoa ligada à inovação e diz que tem que mudar tudo? Então há uma reação natural e muito grande contra o processo de inovação e empreendedorismo”, complementa o pesquisador.



Relacionamento próximo, confiança na marca e busca por produtos personalizados continuam entre as prioridades que não mudam. Apesar de todas as inovações existem erros crônicos

Apesar das inovações tecnológicas maciças e da evolução do mercado da última década que transformou a relação entre as marcas e seus consumidores e abriu novos canais de comunicação e compras, existem paradigmas que se mantêm inabaláveis. As demandas dos consumidores se alteram de acordo com as mudanças do ambiente social e os canais onde se dão as interações vivem uma constante transformação. Porém, alguns traços resistem a qualquer inovação e constituem pilares importantes do comportamento de compra. 

A confiança do consumidor, a compra como artifício social para se integrar a grupos, necessidade de uma comunicação próxima com a marca e a oferta de produtos personalizados são aspectos que aparecem na base da relação entre empresa e cliente ao longo dos anos.

Independente da época, região ou categoria que se destaque, historicamente o cliente quer sempre se sentir beneficiado com o produto do seu consumo. Logo, independente do segmento, a entrega é um ponto permanente de atenção para o player que deseja se manter relevante ao consumidor. Cada vez mais exigente e atento, o consumidor atual busca detalhes que agreguem valor a sua compra. Diante deste consumidor atual, a tradicional meta de conseguir uma entrega irrepreensível e completamente alinhada às promessas da marca se renova e está completamente ligada à credibilidade, efeito que foi potencializado pelo uso das redes sociais.

No ponto de venda físico ou nos novos pontos de contato online, a necessidade de encantamento se mantém e constitui um dos pilares para agradar o consumidor. “Desde sempre o cliente quer ser encantado. A indústria tem que estar cada vez mais ágil para trabalhar a relação do consumidor com a oferta baseado na experiência que ele quer ter. A internet foi um facilitador desta tarefa, fazendo de forma mais ágil a função de uma pesquisa”, comenta Guilherme Porto, CEO da Plusoft, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Consumo para pertencimento social
Existe uma necessidade social fixa de consumo. As pessoas estão culturalmente pré-dispostas a adquirir produtos, seja por necessidades básicas, ou para se integrarem a algum grupo específico. “O consumidor sempre terá necessidade de comprar e algumas vezes, nem sabe por que está comprando. Ele sempre está disponível para receber um estímulo seja do ponto de venda, TV, mídia social ou referência de um amigo”, avalia Porto.

A influência do círculo social é inegável neste processo. O antigo boca a boca continua sendo eficaz na divulgação de um produto, bem como na propagação da sua reputação. “Hoje a relação de consumo é baseada em referência e indicação. Conseguimos observar nas mídias sociais o porquê do consumidor rejeitar um produto pelas suas características, pela dificuldade de uso ou de compra”, complementa o CEO da Plusoft.

Outra tendência que se transformou em característica fixa é a busca de itens diferenciados e personalizados para as demandas de cada usuário. Este movimento de escolher produtos e serviços com aspecto exclusivos também passa pela representação de subjetividades e pela materialização de status sociais. Isto desafia as empresas a se reinventarem a fim de continuarem encantando. “O consumidor tem mais alternativas e as empresas, mais concorrentes. É o caso das pessoas que desistem das assinaturas de jornais para acessar as notícias pela internet. Neste caso, todos os clientes recebem os mesmos assuntos na mesma proporção. Mas se a entrega fosse segmentada por temas, o consumo se manteria. 

A tecnologia mudou, mas a busca por customização se mantém”, comenta Fernando Serson, Professor da Escola de Administração de Empresas da FGV, em entrevista ao Mundo do Marketing.

O cliente sempre quer ser ouvido
Independente do canal que se utilize para conversar com o cliente, este sempre disponível é um ponto importante para a empresa. É o momento em que o planejamento estratégico da operação, bem como os produtos, são avaliados na prática. É esta proximidade que faz com que canais tradicionais como call centers e chats se mantenham entre as principais pontes entre clientes e empresas. “Hoje já utilizamos robôs na triagem, mas independente dos mecanismos, estas ferramentas se mantém atuais pela capacidade de contato direto. No relacionamento com o cliente, a necessidade de ter vários canais para se comunicar com ele não muda. Podem surgir novos canais, mas os tradicionais call centers e chats hoje são indispensáveis”, aponta Silvia Cézar, Diretora de Marketing do Grupo Estácio, em entrevista ao portal.

As pesquisas quantitativas e qualitativas sempre foram importantes para obter feedback do público. Este retorno ampliou suas proporções com a internet e agora o consumidor expressa suas opiniões de maneira espontânea no seu círculo de contatos. Esta exposição alcança muitos consumidores com rapidez e chega ao conhecimento da empresa em questão. “Se olharmos cinco anos atrás, as companhias tinham que trabalhar muito fortemente em pesquisas de mercado para entender o que oferecer para o consumidor. Hoje conseguimos ter isso nas plataformas sociais”, complementa Guilherme Porto.

Dialogar com o público é uma necessidade que vai além da manutenção da carteira de clientes e pode ser um importante aliado na conquista de prospects. “Vivemos na era da informação. Quando uma pessoa busca um curso superior, por exemplo, ela não quer apenas orientações burocráticas, e sim que o contato com a instituição acrescente na sua vida e na sua profissão. Na Estácio, oferecemos orientação de carreira e esclarecemos dúvidas sobre cursos para quem ainda não é aluno”, diz Silvia, em entrevista ao Portal.

Erros que resistem ao tempo
A atenção destinada ao futuro cliente deve ser tanta quanto a que é dispensada àquele que já faz parte do quadro da empresa e este é um dos erros crônicos que ainda persistem, apesar da evolução dos mecanismos e sistemas de atendimento. “É mais fácil para as empresas manterem seus clientes do que conquistar novos. Mas para a maioria, o foco não está em vender mais e melhor para quem já é cliente e sim em vender para qualquer um. A mesma empresa cobrar R$ 0,99 durante o primeiro ano de serviço, enquanto na renovação de contrato passa a cobrar R$ 8,00. Isso não faz sentido. Se fosse feito um trabalho com foco em quem já é cliente, não precisaria de tanto esforço de conquista”, analisa Fernando Serson.

Como consequência desta negligência, algumas empresas acabam perdendo clientes antigos para a concorrência, o que revela a necessidade constante de um trabalho mais efetivo de Big Data, um tema que ainda é tratado de forma superficial. Este esforço reduziria gastos com propagandas além de diminuir o caminho para a fidelização. “Não basta entregar uma vez. Quando se deixa de suprir as expectativas do consumidor, ele simplesmente muda de fornecedor. É uma conquista diária e vislumbrar o concorrente no planejamento é fundamental, sabendo que quem já é da base também é um público a ser conquistado diariamente”, aponta Silvia.

Fonte: Mundo do Marketing



Agnelo Pacheco*

Há 20 anos, as agências de propaganda multinacionais só atendiam alguns clientes internacionais, como Chevrolet, Coca Cola, Ford, entre outros. 

A partir de 1994, o Governo Federal abriu as portas para que as agências multinacionais passassem a fazer campanhas para os órgãos públicos e estatais. Com isso, grandes contas publicitárias como Caixa, Petrobras, Banco do Brasil e até mesmo o Banco Central passaram a ser atendidas por agências multinacionais que só estavam aqui, repito, para atender seus clientes internacionais.

Uma boa parte das agências brasileiras, grandes e médias, passou a ser comprada ou se associou às multinacionais. Resultado: hoje só existe no País uma agência brasileira de grande porte. As outras que resistem são: seis agências médias e milhares de pequenas.

Isto acontece porque o Brasil permite o que quase todos os países do mundo não permitem: que seus Governos e suas contas estatais sejam atendidas por agências estrangeiras.

É possível o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, entregar uma conta de publicidade para uma agência brasileira? Definitivamente não!

Aqui acontece exatamente o contrário. As agências americanas e europeias deitam e rolam com as contas do Governo. E ganham muito! Ganham porque já têm pessoal para atender às contas internacionais e o que vier é lucro. E, sinceramente, não fazem um trabalho com a mesma qualidade que oferecem lá fora.

Acompanhei isto de perto quando, há oito anos, dividia uma grande conta com uma enorme agência multinacional. Em determinado instante, o cliente decidiu fazer concorrência entre a minha agência e a multinacional. Job por job. 

Conclusão: de doze jobs vencemos onze.

Podemos até ter trabalhado muito bem, mas o que pesou mesmo é que esta agência estava muito mais preocupada com seus clientes internacionais.

Por que isto acontece no Brasil? Porque a publicidade perdeu seus grandes líderes que construíram as grandes agências e nem imaginavam a presença das multinacionais atendendo o Governo. Gente como Geraldo Alonso e Mauro Salles, concorrentes pesados, que se uniam para defender as agências brasileiras.

Hoje, a publicidade brasileira não tem líder. Os que eu esperava que se tornassem líderes não resistiram ao canto da sereia das multinacionais e se associaram a elas.

Há, sim, lideres do empreendedorismo publicitário, como é o caso do Nizan Guanaes.

Nossa maior entidade, a ABAP, é uma Associação Brasileira de Agências de Publicidade aberta às agências nacionais e estrangeiras.

O que mais me estranha nesta abertura do Governo brasileiro para as agências multinacionais é que isto vem crescendo e ainda não caiu a ficha de que o lucro é enviado para fora e que as que atendem Banco do Brasil e Caixa, no acerto final,  fazem os depósitos em bancos onde estão suas matrizes.

Isto seria muito simples de se resolver. Basta colocar no edital da licitação a exigência de que as participantes tenham maioria de capital brasileiro. Simples. Como devem ser as soluções corretas.

* Agnelo Pacheco começou a carreira no início da década de 1970, montou a própria agência em 1985 e conquistou, entre outros, os prêmios Clio Awards de New York da Propaganda Brasileira, Leão de Ouro do Festival de Cannes e foi eleito o Publicitário do Ano pelo Prêmio Colunistas.

O artigo publicado no site AdNews






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