quinta-feira, 19 de julho de 2012

Abra os olhos

Mercado brasileiro já
é o 5º maior do mundo

Em 2014 o Brasil deve passar o Reino Unido e se tornar o quinto maior mercado mundial da indústria da publicidade, segundo previsão da Zenith Optimedia, agência de mídia do Grupo Publicis. O estudo Adforecast estima que o mercado brasileiro alcançará US$ 22,2 bilhões em 2014, contra US$ 21,9 bilhões do Reino Unido. Além disso, a Rússia deverá passar a Coreia do Sul e se transformar no décimo maior mercado.

Porém, segundo os números do Projeto Inter-Meios, o Brasil já passou o Reino Unido em 2011: o estudo, coordenado por Meio & Mensagem e realizado pela Pricewater-houseCoopers, aponta que em 2011 o mercado publicitário brasileiro movimentou US$ 23,4 bilhões (incluindo as verbas investidas em mídia e na produção das peças publicitárias). O valor de 2011 é, inclusive, maior do que a previsão da Zenith para o Brasil em 2014 (veja tabela abaixo).

A ZenithOptimedia divulgou durante o Festival de Cannes, na França, suas previsões de desempenho da indústria da publicidade para o segundo semestre do ano. A empresa considera que o investimento global em mídia chegará ao final de 2012 registrando crescimento de 4,3% (um pouco menos que a previsão anterior, de março, que estimava uma taxa de 4,8%) e alcançando US$ 502 bilhões. A previsão para 2013 permanece em 5,3% e, para 2014, 6,1%.

“O investimento em mídia normalmente cresce mais que o PIB, mas nos últimos três anos essa diferença vem caindo e isso não deve se recuperar até 2014”, disse Stephen King, CEO da Zenith Optimedia, ao estimar em 7,8% o crescimento dos investimentos em mídia na América Latina para este ano (menos que os 9% previstos anteriormente). Para a América do Norte a previsão é de crescimento de 3,6%. A situação mais dramática será na Zona do Euro, que terá queda de 1,1%, com recuperação a partir do ano que vem (2,3%), chegando a 3% em 2014.

O mercado global de publicidade sofreu queda nos meses de abril e maio por conta do maior temor dos anunciantes em relação às incertezas da economia. As eleições na Grécia reacenderam os temores de um colapso na Zona do Euro, provocando contenção de investimentos. A boa notícia é que grandes competições quadrienais, como a Eurocopa e os Jogos Olímpicos de Londres, mais as eleições presidenciais nos Estados Unidos, devem injetar US$ 6,3 bilhões a mais no mercado este ano.

Outra boa notícia, segundo a ZenithOptimedia, é que as maiores taxas de crescimento vêm dos países emergentes. Entre 2011 e 2014, 60% de todo o crescimento da publicidade mundial virá dos chamados mercados em desenvolvimento (definidos como aqueles fora da América do Norte, Europa Ocidental e Japão). De fato, metade do crescimento virá de apenas dez países e só os do BRIC (Brasil Rússia, Índia e China) responderão por 35% do crescimento global. 



McCann paga para ser
agência da Olimpíada

O McCann Worldgroup é o parceiro oficial de serviços de marketing dos Jogos Olímpicos (que acontecem de 27 de julho a 12 de agosto) e Paralímpicos (de 29 de agosto a 9 de setem-bro) de Londres. Anunciado há aproximadamente três anos, o contrato é inusitado na área de comunicação. Em vez de receber pelo trabalho feito, a empresa paga para realizar os serviços, como um patrocinador.

No entanto, Nick Sykes, diretor de gerenciamento da Londres 2012 do McCann Worldgroup, vê a iniciativa de forma bastante positiva.

“Promover os Jogos nos dá credibilidade, reputação e notoriedade”, afirma Sykes, ao res-saltar que a abertura do evento será assistida por quase quatro bilhões de pessoas, servindo também como uma vitrine para o trabalho da agência. Com um time pequeno, em torno de 12 pessoas, ele conta quais atividades o McCann Worldgroup vem desenvolvendo para di-vulgar e promover a Olimpíada.
Fonte: entrevista concedida ao jornalista
 Emerson Zanette do Jornal Meio&Mensagem



Adidas sequestra jovens na França


Com a intenção de atingir o público jovem na França - não muito afeito a corridas, de acordo com pesquisa da marca - a Adidas resolveu sequestrar jovens.

Alguns consumidores que experimentaram o tênis nas lojas foram sequestrados, e colocados em uma missão de total correria pelas ruas, obedecendo instruções recebidas via telefone.

A criação é da agência Sid Lee. Veja o vídeo no http://www.youtube.com/watch?v=KvpY9GlT6k0
Fonte: Brainstorm9



Os principais times brasileiros
valem R$ 5,38 bi

O brasão estampado na camisa do time de futebol vale muito mais do que a receita gerada pelo clube, segundo estudo da consultoria e auditoria BDO Brazil.

Somadas, as marcas dos 17 maiores clubes brasileiros valem R$ 5,38 bilhões, um aumento de 24% em relação a 2011. O total é o dobro da receita de todos os times de futebol do país - considerando os cerca de 100 clubes das séries A, B, C e D que, seguindo os critérios da BDO, geraram R$ 2,7 bilhões em receitas em 2011.
  
  
O valor da marca leva em conta três grupos de dados (receita do clube, características da torcida e mercado em que o time está) e 18 quesitos. Não entra na conta a renda obtida com venda de jogadores, contabilizada pela consultoria como receita não-operacional.
Fonte: matéria da jornalista Letícia Casado
e publicada no Jornal Valor Econômico.


 Empresas leem retinas para
entender gostos do consumidor


Fabricantes de bens de consumo estão apostando em novas tecnologias para superar o maior obstáculo na hora de descobrir a verdadeira opinião do consumidor: aquilo que a pessoa diz.

É que o consumidor não é uma fonte muito confiável de informações sobre aquilo que ele mesmo quer. Estudos acadêmicos revelam que participantes de grupos de discussão, por exemplo, buscam agradar quem está aplicando o teste e superestimam o próprio interesse no produto testado. Com isso, fica difícil saber o que vai emplacar ou não. Para a indústria de bens de consumo, é crucial acertar a mão nesses testes, pois fabricantes despacham grandes volumes de produtos ao mercado e não têm contato direto com o consumidor.

Para descobrir o que realmente atrai a atenção do público em um teste de mercado, empre-sas como Procter & Gamble Co., Unilever PLC e Kimberly-Clark Corp. estão combinando simulações tridimensionais computadorizadas de protótipos de produtos e gôndolas de varejo com a tecnologia de "eye-tracking" , que monitora a movimentação e a fixação do olhar. Isso, por sua vez, está ajudando a lançarem novidades mais depressa e a criar produ-tos e gôndolas que aumentam as vendas.

Em 2009, pesquisadores da Kimberly-Clark usaram computadores com câmeras de moni-toramento da retina para testar a nova embalagem de toalhas de papel, diz Kim Greenwood, gerente da equipe de realidade virtual da empresa. A meta era descobrir que versões da embalagem atraíam o olhar do consumidor nos primeiros dez segundos diante da gôndola - intervalo crucial no qual o produto é reconhecido e colocado no carrinho. E também saber se essa preferência se mantinha independentemente do total de rolos na embalagem.

Ao monitorar a reação de consumidores a várias versões, a Kimberly-Clark descobriu o que atraía a atenção da pessoa, o ponto mais comum de partida e o caminho que o olhar percorria na embalagem. "A combinação desses fatores nos ajudou a optar por um desenho em forma de onda, disse Greenwood.

Pesquisadores vêm observando o movimento dos olhos do consumidor para tentar descobrir o que a pessoa acha do produto desde o começo do século 20. Como a tecnologia melhorou muito nos últimos anos, agora já dá para monitorar a retina para saber exatamente em que ponto o olhar se fixa, por quanto tempo e quantas vezes. Essa informação já serviu para derrubar mitos sobre o que realmente importa no design.

Um deles diz respeito ao tamanho da imagem usada para ilustrar uma embalagem. Certas empresas acham que quanto maior, melhor, diz Michel Wedel, professor de ciência do consumo na faculdade de administração da Universidade de Maryland, nos EUA. Segundo Wedel, estudos com monitoramento da retina mostram que o olho processa imagens com tanta rapidez que nem sempre o tamanho importa.

Com o custo dessa tecnologia óptica caindo, seu uso está se popularizando. Uma câmera de rastreamento de retina incorporada a um computador e a óculos especiais pode custar até US$ 40.000, diz Wedel. A informação que coleta pode ser usada para formar um "mapa de calor" que usa cores para mostrar onde as pessoas olham em uma prateleira simulada.

E tem empresa que vai além: monitora a atividade cerebral de participantes de testes para descobrir que imagens geram reações de prazer, diz David Johnston, diretor da JDA Software Group Inc. Outra técnica existente registra expressões faciais involuntárias para captar a verdadeira reação emocional.

Quando resolveu mudar o frasco do sabonete líquido Axe, a Unilever montou um cenário virtual em 3D e fez todo participante do teste colocar um óculos especial equipado com três esferas monitoradas por sensores que correspondiam a movimentos horizontais e verticais da pessoa dentro da cena virtual, diz Joanne Crudele , diretora mundial da Unilever para estudos técnicos sobre o consumidor na área de higiene pessoal.

Os resultados fizeram a empresa mudar o formato do frasco, que era curvilíneo. Agora é reto. A marca ganhou um X negro e fundo azul para ficar mais visível. A letra usada na descrição do produto agora é maior. Depois de usar o "eye-tracking" para testar a área de desodorante nas gôndolas, a Unilever sugeriu às lojas prateleiras inclinadas para que quando alguém retire um produto, o de trás venha para a frente - e para que a embalagem esteja sempre de frente para o consumidor. Numa varejista, as vendas de desodorantes subiram 3,5%.

"Com uma gôndola virtual, basta clicar no mouse para, em poucos segundos, mudar o produto, a embalagem, o display - e realmente cocriar com o consumidor, quase em tempo real", disse Crudele, da Unilever.

Bob McDonald, diretor-presidente da P&G, diz que a tecnologia também ajuda a cortar custos no projeto de produtos. Segundo ele, a maioria dos protótipos físicos custa mais de US$ 1.500. Agora, 80% dos novos produtos da empresa são desenvolvidos usando alguma técnica de modelagem virtual ou simulação.
Fonte: matéria publicada no The Wall Street
 Journal e assinada por Emily Glazer

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...