quinta-feira, 31 de maio de 2012

Gira, Gira

Pepsi e Ruffles grátis por um ano




#podeserjunto: concurso no Twitter premiará
internauta que montar melhor frase


A Pepsi e a Ruffles, marcas da PepsiCo, lançam um concurso cultural no Twitter que irá premiar um participante com um ano de produtos grátis. Para participar é preciso seguir os perfis oficiais das marcas @PepsiBr e @Ruffles_Oficial no microblog e aguardar a divul-gação de um caça-palavras via Twitpic no perfil de Ruffles. Depois o participante escolhe duas palavras e monta uma frase usando a hashtag #podeserjunto até o dia 7 de junho. O vencedor será anunciado no dia 11 de junho.


Quem são os excluídos da
escola no Brasil?


3,8 milhões de crianças e jovens estão fora da sala de aula. A maioria é negra, pobre e filhos de pais com baixa escolaridade.
Confira no http://www.valor.com.br/video/2682712/quem-sao-os-excluidos-da-escola-no-brasil


Quase 20% dos computadores
não têm antivírus, diz pesquisa
Um universo de 17% da base mundial de computadores pessoais que navegam pela internet não possui nenhum software de antivírus instalado, aponta pesquisa divulgada pela McAfee, companhia americana de segurança da informação. O levantamento foi baseado na média de 28 milhões de máquinas analisadas mensalmente pela empresa.

Em termos de falta de proteção, Cingapura ficou no topo do ranking, com 21,75%. Em se-gundo lugar, o México, com 21,57%, seguido por Espanha (21,45%), Japão (19,35%) e Estados Unidos (19,32%). O Brasil ficou na 17ª colocação, com 15,5%. A Finlândia registrou o menor índice, com 9,7%.

Reforçando os riscos desse cenário, os consumidores globais que participaram da pesquisa disseram que 27% dos seus arquivos digitais seriam impossíveis de recuperar, caso fossem perdidos.


Cinema de arte se rende
ao merchandising
Ana Paula Sousa*


De Resnais a Bertolucci, vários grandes diretores exibem, no Festival de Cannes, filmes com personagens rodeados por marcas e se beneficiam do product placement.

Alain Resnais, o lendário diretor de Hiroshima mon Amour (1959) fez. O italiano Bernardo Bertolucci, o austríaco Michael Haneke e o francês Jacques Audiard, nomes de proa do cinema de autor, também fizeram. O merchandising, ao que tudo indica, entrou, de uma vez por todas, na tela do Grand Théâtre Lumière, espaço reservado às sessões nobres do Festival de Cannes, encerrado no domingo 27.

De garrafas de água Perrier à pasta de dente Signal, da Unilever, não foram poucos os pro-dutos que desfilaram - discretamente, diga-se - pelos filmes que competiram pela Palma de Ouro, o mais prestigioso prêmio do cinema internacional.

“Durante muito tempo, os cineastas autorais resistiram ao merchandising, mas, hoje, são eles próprios que nos procuram”, diz Olivier Olivier Bouthillier, criador da empresa Mar-ques & Films, com sede em Paris. “Eles nos entregam o roteiro do filme e nós nos encarre-amos de procurar produtos que se encaixem na história e combinem com os personagens.” Dentre os 22 títulos selecionados para a competição de 2012, três passaram pela Marques & Films: Vous n’avez Encore Rien Vu [Você Ainda não Viu Nada], de Resnais, De Rouille et D’Os [Ferrugem e Ossos, em tradução livre], de Audiard, e Amour [Amor], de Haneke. Audiard e Haneke são, respectivamente, os diretores de O Profeta e A Fita Branca, que, em 2009, levaram o Grande Prêmio do Júri e a Palma de Ouro no festival.

O que é comum aos três filmes é o cuidado com as inserções comerciais. Que, de tão natu-rais e lógicas, passam, praticamente, despercebidas pelo espectador. “Nesse tipo de filme, se o produto é exibido de maneira agressiva, o efeito é oposto: o espectador vai recusá-lo”, pontua Bouthillier. Qual seria, então, a vantagem da marca em uma situação como esta?

 “Hoje em dia, muitas marcas têm um orçamento destinado a esse tipo de ação. E, eventual-mente, uma participação pequena cresce na montagem. Além disso, o que é pequeno em um filme, pode crescer em outro”, diz Bouthillier. O executivo acaba de colocar o champanhe Cuvée Louise e um relógio rolex em Missão Impossível 5, ainda me produção, e trabalha, neste momento, sobre o novo título de Martin Scorsese, The Wolf of Wall Street [O Lobo de Wall Street].

Para estes dois filmes hollywoodianos, as marcas, mais do que mero recurso para engordar o orçamento, são essenciais à própria construção dos personagens. É, afinal de contas, ini-maginável, um milionário de Wall Street descolado de grifes. Mas foi esse, também, o caso do novo filme de Bertolucci, Io e Te [Eu e Você], exibido em sessão especial, em Cannes. As latas de Coca-Cola consumidas pelo adolescente Lorenzo são essenciais para que acredite-mos na personalidade dele. E fica evidente, na trama, que Bertolucci não o transformou em fã da bebida a fim de conquistar o apoio da companhia. 

“Esses filmes não são mais cinema. São um shopping center”, avalia, sem meias-palavras, o norte-americano Donald Rosenfeld, produtor de A Árvore da Vida, de Terrence Malick, ga-nhador da Palma de Ouro em 2011. Rosenfeld, que trabalhou, durante vários anos com James Ivory, o diretor de filmes como Vestígios do Dia, diz jamais ter aceitado uma ação de merchandising: “Não tenho dúvidas de que compromete o filme. Você ganha dinheiro e perde qualidade”.

“A base de todo bom merchandising é a ideia de que, hoje em dia, as marcas existem na vida de todo mundo. O personagem não pode se sentar à frente de um computador sem marca, isso não teria sentido”, defende Alain Maes, diretor da Public Impact, empresa francesa que desenvolveu um sistema capaz de avaliar a eficácia do merchandising.

 “Nossos estudos mostram que a reação do público, desde que a ação seja bem-feita, é exce-lente. A criação de desejo tende, inclusive, a ser maior do que na publicidade convencional”, assegura Maes. Que o digam os fabricantes das balas Reese’s Pieces, febre nos anos 1980 por causa de E.T., e a Ray-Ban que,  depois do lançamento de Homens de Preto, registrou aumento de 200% nas vendas. Confira os traillers dos filmes abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=GN8dQQXe0lQ&feature=player_embedded
*Ana Paula Sousa - jornalista do M&M e que
acompanhou pela revista o último Festival de Cannes,
encerrado no último dia 27.maio.2012

Mídia Dados 2012


O Grupo de Mídia aproveitou o V Congresso da Indústria da Comunicação para lançar a 24ª edição do Mídia Dados. A publicação com informações sobre o mercado de comunicação brasileiro e de mais dez países latino-americanos. Entre os destaques dessa edição, há a previsão de que o investimento em mídia atinja R$ 39 bilhões este ano, valor que deve subir para R$ 70 bilhões em 2016. 

A publicação destaca ainda o protagonismo mantido pela TV aberta na divisão de receitas, com um crescimento de 9,2% desta mídia em 2011 (acima dos 8,5% médios do mercado) – chegando a abocanhar 63,3% do total investido. Há menção ao vertiginoso crescimento da TV paga (31% em 2011), graças ao crescimento do classe C. Este mesmo fato motivou também a diversificação da base de leitores de revistas e jornais, num meio que aumenta sua presença em mídias como tablets e eventos. 

 O Mídia Dados registra também crescimento na área de pesquisa de mídia e traz uma matéria especial sobre o dia a dia dos profissionais da área no Brasil hoje. Além da versão impressa, a publicação está disponível online, além de possuir versões para iPad e iPhone - em 2012, a novidade é o desdobramento para a plataforma Android.

A importância do fracasso
na vida e na carreira
Renato Bernhoeft*


Cuidado com as receitas de auto-ajuda e os modelos de sucesso
 pré-fabricados. Não existem conquistas fáceis

"Estou certo de que nossa indisposição para ouvir a respeito de qualquer outra coisa que não seja o sucesso nos torna especialmente vulneráveis ao fracasso que tememos". Para quem imagina que esta é uma frase de algum psicólogo ou guru de auto-ajuda devo infor-mar que está profundamente enganado. Ela é a conclusão de um recente artigo escrito pelo respeitado economista Paul Krugman, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), intitulado "Sem tempo para perdedores".

O atual cenário em que vivemos - mudanças de paradigmas, incertezas mundiais e nacio-nais, ambiguidade, perdas financeiras, rompimento de modelos etc. - coloca em cheque todo um sistema que criou modelos de sucesso como busca de um estado permanente. Isto pro-duziu nas pessoas, e especialmente nos sistemas de carreiras profissionais, um grande des-preparo para lidar com fracassos, frustrações ou reveses. Especialmente porque o senti-mento de manter-se sempre otimista parecia evitar situações adversas. Mas o que isto provoca é uma fuga da realidade. Ou, o que é pior, um total despreparo para encarar e admi-nistrar a realidade.

As análises que procuram comparar o atual momento sócio-econômico do mundo com a grande depressão de 1929/1930 são quase unânimes em demonstrar condições muito dife-rentes. A velocidade da informação entre mercados e países cria uma dinâmica mais intensa que exige outros parâmetros e ações. Estamos mais vulneráveis com a inter-dependência gerada pela globalização.

Mas o que não mudou foi a necessidade do ser humano de compreender todos estes fenôm-enos nas suas implicações sobre o seu comportamento e condutas. Negar a realidade ou criar "escudos" psicológicos de otimismo artificial podem terminar apresentando efeitos muito piores no médio e longo prazos. E não apenas sobre a nossa geração, mas as que nos seguem.

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E a realidade é mutante e desafiadora no sentido de que muitas vezes podemos extrair exce-lente aprendizado daquilo que não deu certo ou não funcionou tão bem. Como dizia Ma-chado de Assis quando se referia ao passar biológico do tempo, podemos pintar os cabelos, esticar a pele, mas tudo isto é externo. Interiormente, o tempo e seus efeitos persistem.

Portanto, é conveniente não apenas aceitarmos as alterações biológicas, ou psicológicas.

Mas encará-las com as limitações e aprendizados que a vida nos proporciona.

Infelizmente nossos modelos de êxito e felicidade estão equivocadamente apoiados na con-quista da fama. Mas esta nem sempre vem devidamente acompanhada de felicidade ou sucesso. São estados e sentimentos diferentes. Os inúmeros exemplos de fama que a mídia apresenta não garantem referências de felicidade pessoal e profissional.

Voltando ao artigo de Krugman quando se refere à sociedade americana, diz ele que "faria muito bem aos americanos se lessem livros de negócios que enfocam não apenas histórias de sucesso".

E isto se referindo a uma das sociedades onde mais se proliferam os gurus do otimismo, pastores eletrônicos, disque-felicidade, literatura de auto-ajuda e outras formas ou modelos em que o êxito é colocado como um estado a ser mantido permanentemente.

O grande risco destas formulas é que orientam as pessoas a manterem um estado de otimis-mo exterior. Ou seja, passando aos demais a impressão de que está "tudo muito bem" quan-do na realidade têm dificuldades para lidar com as incertezas e questionamentos indivi-duais. Evitam olhar-se na perspectiva de um espelho interior.

Muitas pessoas que conseguem manter a aparência estão despreparadas para o confronto com a intimidade e suas próprias inseguranças. Para isso a maioria dos programas de auto-ajuda não habilitam as pessoas.

Voltando às observações de Krugman, quando fala dos executivos e empresários, diz que "embora de maneira inconsciente, a carreira empresarial exige uma enorme profundidade emocional. Uma atitude irônica ou um senso trágico da vida poderá torná-lo uma pessoa mais interessante. Mas poderá também prejudicar a perspectiva positiva que você precisa ter para tornar-se um executivo ou empresário de sucesso. E a literatura de negócios que quiser apenas conhecer coisas positivas está perdendo muito".

Confio que está ficando mais claro para muitos profissionais que, tendo que lidar com uma sociedade com tanta complexidade e incertezas como a atual, não existe uma solução única. E sonhar continua sendo importante. Mas não basta imaginar que existam formas mágicas que nos isolam ou impermeabilizam frente à realidade.

Aprender a lidar com as transições da vida, desemprego, aposentadoria, obsolecência veloz, queda de paradigmas, decepção com heróis etc. vai, a cada dia, tornar-se mais necessário.

Uma das grandes demandas do cenário atual é a exigência de criar capacidade de adminis-trar de forma produtiva o fracasso e tirar dele o aprendizado necessário. Ou como diz Daniel Piza nos seus "aforismos sem juízo" que "não gostamos da depressão porque quando estamos nela nos sentimos próximos da verdade".

*Renato Bernhoeft é Fundador e Presidente da Bernhoeft Consultoria
Societária (http://www.hoft.com), fundada em 1975 para apoiar sociedades
empresariais e famílias empresárias a perpetuar seu conjunto de valores e seu patrimônio.
Autor de treze livros nas áreas de administração e sociedades familiares.
Desde 2002 é membro da rede mundial de consultores
FBCGi - Family Business Consulting Group International.

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