sexta-feira, 4 de maio de 2012

Acontece


Lápis Raro seleciona
estagiário para planejamento

Se você é do tipo que gosta de saber de tudo, observa o que está à sua volta (e o que também não está), ... Confira no http://www.lapisraro.com.br/blog/2012/04/estagio-no-planejamento-2/


Burger King usa celular
para divulgar sanduíche
Usuário é direcionado a uma landing page que o
convida a conhecer o novo Whopper Furioso

O Burger King acaba de lançar um novo sanduíche, o Whopper Furioso. Como parte de sua campanha de divulgação, a lanchonete investiu também na propaganda mobile. Clicando no banner, o usuário é direcionado a uma landing page que o convida a conhecer a novidade. Clicando novamente, ele chega à página do Facebook do Burger King Brasil. Essa é uma campanha da Ogilvy, veiculada pela Hands Mobile, empresa do Grupo.Mobi.



Petrobras é a marca mais
 valiosa do Brasil pelo terceiro
ano consecutivo

Com valor de mercado estimado em R$ 19,7 bilhões, a Companhia superou marcas como Bradesco, Itaú, Skol e Banco do Brasil

Pelo terceiro ano consecutivo a Petrobras ficou em primeiro lugar no ranking de marca mais valiosa do Brasil, promovido pela Consultoria BrandAnalytics e pelo Instituto inglês Millward Brown. Com valor de mercado estimado em de R$ 19,7 bilhões, a Companhia superou marcas como Bradesco, Itaú, Skol e Banco do Brasil.

O ranking das marcas mais valiosas do Brasil avaliou 220 marcas de 162 empresas nacionais e de capital aberto. A metodologia para valoração das marcas considera as dimensões financeiras e de mercado, utilizando dados do serviço Bloomberg de setembro do ano passado até março de 2012 e parâmetros dos relatórios anuais das companhias.
Confira no


Classe C sem estereótipos:
dialogar não é fácil, não
Marcos Hiller *

Ninguém ainda conseguiu dialogar com a classe C de forma honesta, sem clichês, rótulos e
formatos enlatadosConversar e se conectar com classes emergentes. Em meio à imensidão de ofertas e excesso de estímulos que o mercado oferece, essa é a diretriz que rege as ações de marketing de parte de marcas hoje em dia. Consumidores de classes menos favorecidas ganharam um poder de compra que nunca tiveram nos últimos anos. E os anunciantes logicamente passam a olhar para esse segmento de mercado com muito apetite. Redes de lojas como Casas Bahia, Marabraz, Lojas Cem, Pão de Açúcar, Magazine Luiza constroem posicionamentos e promessas de marca assentadas na classe C e na conquista da felicidade. Comprar é prazer e eu consumo para buscar a felicidade. Quase todas essas marcas usam slogans que remetem à felicidade, como por exemplo: "Vem ser feliz", "Lugar de gente feliz", entre outros. Já as Lojas Pernambucanas montou um hotsite do Luan Santana. A própria inauguração do Shopping Mais Largo 13 no bairro de Santo Amaro em São Paulo é a tentativa assumida de se construir centros de consumo destinados a esse segmento de mercado. Lá se instalam lojas que possuem um posicionamento de marca claramente focado na classe C, marcas como Marisa, Giraffas, Habib's e Boticário estão lá com suas lojas lindas, iluminadas e convidativas ao consumo. Afinal, comprar é gostoso.

Recentemente parei para escutar no rádio do meu carro a Nativa FM, a emissora mais ouvida de São Paulo. Entre uma música ou outra de Zezé di Camargo e Luciano, ou Paula Fernandes, entra um spot da Anhanguera Educacional com um texto mais ou menos assim: "Você quer viajar pela empresa? Você quer liderar equipes? Conheça a Pós-Graduação da escola X e Y, parcelas que cabem no seu bolso, etc., etc., etc." Oras, eu me pergunto: desde quando viajar pela empresa e liderar equipes é sinônimo de sucesso profissional? Pelo visto, a escola X e Y entende que isso sim são metas almejadas por seus potenciais alunos.

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Cena de Avenida Brasil, telenovela da TV Globo (Imagem: reprodução)

O grande desafio é dialogar sem estereotipar. As telenovelas da Rede Globo "Avenida Brasil" e "Cheias de Charme" estão hoje tentando criar níveis de conexão com esse público. A primeira, por meio de personagens como Leleco (interpretado por Marcos Caruso) ou Tufão (papel de Murilo Benício) busca criar trejeitos, comportamentos culturais e hábitos do consumo que permeiam o cotidiano da classe C. Já a telenovela das sete coloca como protagonistas da trama empregadas domésticas de uma forma muito estereotipada, com roupas extravagantes, fãs de artistas midiáticos, usando gírias, ditando moda e compartilhando fotos de galãs pelo celular pré-pago.

Por mais que se façam pesquisa focus group com pessoas da classe C para entender a fundo como se comportam e como agem, os diretores de criação, redatores e planners das agências de publicidade são pessoas muito distantes economicamente dessas classes da base da pirâmide. Como se conectar sem estereotipar? Esse é o desafio. E na minha visão, ninguém ainda conseguir dialogar com a classe C de forma honesta, sem clichês, rótulos e formatos enlatados. Parece que conversar com pessoas de classe AAA é mais fácil.
Por fim, e para literalmente fechar esse artigo com chave de ouro, trago à tona a nova campanha da rede de supermercados DIA que está entendendo que a classe tem aspirações de ser rica como a socialite Val Marchiori, uma das protagonistas do reality show "Mulheres ricas". A campanha foi criada pela Z+ em parceria com a Media Contacts. O plano de comunicação da marca inclui três filmes, anúncios, além de peças para a web e de merchandising (promoção no ponto de venda). O mote da campanha tenta reforçar os três pilares da marca: "preço baixo, proximidade e marca própria" e são apresentados por Val em situações do seu dia-a-dia. Ela explica porque não faz suas compras na rede, pois o que mais gosta é gastar. Em campanhas milionárias como essa, a marca DIA corre o risco de se desconectar da classe que deseja atingir. Sem dizer que uma das peças ficou muito parecida com a campanha da SKY com Gisele Bündchen. Propaganda grátis para a SKY, e o diretor de Marketing deles agradece. Que loucura!

* Marcos Hiller é coordenador do MBA Gestão de Marcas (Branding) da Trevisan Escola de Negócios. Palestrante Keynote Speaker, consultor e professor de diversos cursos de MBA e pós-graduação pelo Brasil. Leciona a disciplina 'Social Media' para o curso de MBA em Marketing Digital da FGV. Reúne mais de 10 anos de experiência na indústria financeira, como Gerente de Marketing do BankBoston e como Coordenador de Comunicação do Grupo Santander Brasil. Formado em Marketing pela ESPM, tem especialização em Marketing de Serviços da FAAP e MBA em Gestão de Marcas pela Anhembi Morumbi, além de cursos no Brasil e no exterior.


A mulher de vários expedientes
*Renato Bernhoeft


O aumento da presença feminina no mundo corporativo deve ser encarado de forma positiva. Mas ao mesmo tempo ele representa um novo desafio para as mesmas, pois exigências que já haviam em relação aos seus papéis na família, continuam. Isto exige que o casal revise os compromissos de ambos na vida.

Uma revolução silenciosa, e de grande impacto, está em andamento no mundo do trabalho. Mas o que importa analisar é que seus efeitos já são percebidos em outras áreas do relacionamento humano.

Estou me referindo à crescente presença, e conseqüente conquista de poder, das figuras femininas no universo profissional. Sejam elas executivas de grandes ou médias corporações, empreendedoras ou até como gestoras nos mais diferentes segmentos da atividade econômica.

A presença feminina no mundo do trabalho é de 2,8 bilhões, o que representa, na atualidade, 35% da mão de obra empregada mundialmente. No Brasil este índice é de 47.2% de mulheres que trabalham como empregadas ou por conta própria. O que significa 40% do efetivo da mão de obra nacional.

Em grande parte dos casos estas mulheres tiveram que se tornar, e assumir, um papel adicional de figuras provedoras da estrutura financeira das famílias. Além de um significativo contingente de mulheres que, nos dias atuais, ficou solitária no papel de única responsável pelo suporte financeiro da família. E isto ocorreu, em boa parte, porque algumas figuras masculinas não tiveram a coragem, ou procuraram se capacitar para assumir plenamente seu papel, ou responsabilidades, de uma paternidade responsável.

E esta constatação independe de nível sócio-econômico, região ou setor de atividade. É um quadro passível de ser observado quando analisamos a plena realidade do momento atual que vivemos como país em desenvolvimento.

Curiosamente, todas as análises que tem sido feitas sobre o impacto da presença feminina, em universos antes dominados pela participação predominantemente masculina, continuam sendo realizadas numa perspectiva muito simplista. Elas apenas se preocupam em alertar sobre o risco que as mulheres correm, na medida em que acumulam às suas já tradicionais responsabilidades, tipicamente femininas, um novo papel e compromissos. E, como uma conseqüência inevitável, diante destes novos desafios, possam ficar sobrecarregadas, ou até se "descuidar" dos seus demais papéis.

Estamos aqui nos referindo a todas as demandas - que permanecem para a mulher - como mãe, cônjuge, companheira, amante, etc.

Mas, o que até agora não constatei, devida e realisticamente analisados, é a real necessidade de que é uma nova responsabilidade do casal – como conjunto - desenvolver um processo em que devam ser revistos os papéis, e as respectivas responsabilidades de cada um, como companheiros. Devidamente solidários e abertos a esta nova fase da vida moderna.

Afinal, uma constatação clara é que o homem já não é mais o único "provedor" da economia doméstica. Portanto, se torna necessário que as responsabilidades, comuns à estrutura familiar, sejam divididas de uma forma mais equitativa. Já não vale o modelo tradicional em que só a mulher é quem mantinha o compromisso e expectativas de mais de um expediente.
Esta revolução silenciosa das mulheres é tão impactante quanto foi o controle da natalidade, a liberdade sexual, a pílula, a consciência da força e poder feminino, a quebra de confiança em algumas instituições, o fortalecimento do individualismo e a crescente conquista de poder pelas mulheres.

Portanto, cuidado para não passar da hora em que se torna imperioso rediscutir o modelo de estrutura familiar e as correspondentes responsabilidades de cada um nesta dinâmica.

Possivelmente todo este diálogo permitirá o surgimento de novos modelos de carreira e sucesso profissional. Sem falar na importância que o mesmo possa ter nas formas de educar a próxima geração.
Vale também considerar que cada vez mais os pais - como conjunto - devem assumir o seu papel de educar filhos para a vida. Não para si.

E para tanto necessitam estar de bem com uma vida plena. O que requer muito diálogo.

*Renato Bernhoeft é fundador e presidente do conselho da höft consultoria - transição de gerações. Atua como consultor e palestrante no Brasil e no exterior. É articulista e autor de 16 livros sobre empresas familiares, sociedades empresariais e qualidade de vida. Cursou filosofia na Faculdade Anglicana de Teologia, em São Paulo. Trabalhou por sete anos em projetos de desenvolvimento comunitário da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco) no México e no Peru. Coordenou a área de recursos humanos nas empresas Kibon, DOW Química e Villares.

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