quarta-feira, 16 de abril de 2014

Nada. Absolutamente nada.

O consumo multimídia aumenta quando a faixa etária é mais baixa, 
chegando a um nível máximo de 88% de usuários de 16 a 25 anos

A Qualcomm, empresa detecnologia móvel, em parceria com a Convergencia Research realizou o estudo Índice Qualcomm da Sociedade da Inovação (QuISI), para entender o grau de adoção, assimilação e uso das novas tecnologias na sociedade. 

Os dados da amostra apontaram que 73% dos usuários de Internet consomem conteúdo multimídia de seus dispositivos móveis. Nos critérios da pesquisa, usuários multimídias são os que assistem vídeos e escutam músicas.

Os primeiros resultados da pesquisa trouxeram dados sobre “Pessoas e Conectividade”, apontando que a Internet mudou a forma de como o público usa os dispositivos móveis para o entretenimento. Os dados da amostra apontaram que o consumo multimídia é o mais universal na Internet, e mais comum que qualquer outro, como: acessar bancos online, e-commerce e games. As diferentes categorias foram denominadas ‘Basic’, ‘Smart’ e ‘Hyper’, com os seguintes perfis de adoção tecnológica:

- Basic: Tem um feature phone e outros dispositivos. Conectou-se à Internet por pelo menos um desses dispositivos. Dos usuários de Internet pesquisados, 36% enquadraram-se na categoria Basic.

- Smart: Tem um smartphone e outros dispositivos. Usa até dois dispositivos para se conectar a Internet. Dos ouvidos pelo estudo, 41% se enquadram nessa categoria.

- Hyper: Tem um smartphone e outros dispositivos. Usa pelo menos três dispositivos para se conectar a internet e abrange 21% dos pesquisados.

Principais características de conteúdos multimídia
O consumo multimídia aumenta quando a faixa etária é mais baixa, chegando a um nível máximo de 88% de usuários de 16 a 25 anos no perfil Hyper; 64% dos usuários de smart -phone consomem conteúdo multimídia; 88% dos usuários 'Hyper' consomem conteúdo mul-timídia por meio do dispositivo móvel;  46% das pessoas que têm um smartphone utilizam redes móveis para escutar música; do total de 80% dos usuários da Internet que assistiram a vídeos online nos últimos três meses, 57% assistiram através de seus smartphones.







Público com alto poder aquisitivo está entre os mais conectados e 
é multicanal, mas 81% optam por adquirem produtos nas lojas físicas. 
Digital é indispensável ao segmento

O digital é hoje indispensável ao segmento de luxo. Embora 81% das compras aconteçam em lojas físicas, 91% dos consumidores relatam fazer pesquisa online antes de concretizar a aquisição, segundo levantamento realizado pelo Google em parceria com a Ipsos (veja o infográfico). Esse perfil de público com alto poder aquisitivo está entre os grupos que mais conhecem o ambiente digital. Os clientes do luxo também são multicanais, estando conectados, em média, a três telas: laptop (80%), smartphone (47%) e tablet (38%).

Os entrevistados disseram que leem revistas ao mesmo tempo em que pesquisam online, usando PC, tablete ou smartphone (82%) e também se mantém conectados enquanto assistem TV (83%). A internet aparece como companhia preferida dos consumidores de artigos de luxo: 97% afirmam acessar a internet diariamente; 88% assistem a televisão todos os dias; e 67% leem revistas nessa periodicidade.



Maior aquisição de “telas endereçáveis” - TVs com acesso à internet e tablets - 
cria oportunidades para a produção de conteúdos personalizados e 
investimentos na qualidade das conexões

Cada vez mais o consumidor está assistindo a programação de TV e filmes pela Internet, de acordo com uma nova pesquisa divulgada hoje pela Accenture. A demanda por mais dispositivos e mais conteúdo on-line, bem como a disposição dos consumidores de pagar por um acesso melhor ao conteúdo, está mudando o cenário de mídia e entretenimento.

A quarta pesquisa anual multinacional da Accenture sobre o consumidor digital “Accenture Digital Consumer Survey” para empresas de comunicação, mídia e tecnologia, constatou o consumo diário significativo de conteúdo on-line em vários dispositivos e telas de vídeo.

A pesquisa descobriu que 25% dos entrevistados pretendem comprar um televisor com conexão à Internet nos próximos 12 meses. Outros 11% pretendem substituir o aparelho já existente, enquanto 12% planejam comprar um tablet, ampliando o mercado de telas com acesso à internet ainda mais.

"Se os consumidores agirem com estas intenções, isso representará um crescimento notável no mercado para vídeo online endereçável", disse Gavin Mann, líder global da indústria de transmissão da Accenture. "Essa expansão digital rápida está promovendo uma nova era de experiências de TV personalizadas, e a previsão é que o número de dispositivos conectados voltados para o vídeo supere a população mundial até 2017."

A pesquisa também descobriu que cerca de metade (44%) de todos os entrevistados assistem a filmes de longa metragem e programas de TV, diariamente, através da Internet, e 39% o fazem semanalmente. Essa demanda não foi prejudicada mesmo pelo fato de que 86% dos entrevistados relataram interrupções de transmissão e 71% observarem considerável lentidão durante o processo de visualização.

Em um sinal encorajador para os fornecedores de serviços, 60% dos entrevistados que baixam filmes em casa indicaram que estariam dispostos a pagar por uma conexão mais rápida, enquanto muitos (62%) disseram que pagariam mais por melhor qualidade, para que pudessem assistir a vídeos quando e onde desejarem.

"Os consumidores de hoje estão assistindo tanto ao conteúdo de vídeo on-line que estariam dispostos a pagar por conexões mais rápidas", disse Mann. "Essa é uma boa notícia para os proprietários de conteúdo e para os prestadores de serviços que estão investindo fortemente em banda larga super-rápida. O fato de que os consumidores também estão dispostos a pagar mais pelo conteúdo em si é um enorme voto de confiança na validação de serviços de alta qualidade.”

Batalha de titãs: novos participantes, novos serviços
Os consumidores claramente querem que todo o seu conteúdo seja agrupado de forma perfeita. Quando perguntados sobre sua preferência por um retransmissor não tradicional para fornecer-lhes acesso a vídeos, os entrevistados selecionaram Google, Apple e Samsung, nessa ordem. As escolhas foram baseadas no potencial das empresas para oferecer TV paga, VOD (vídeo sob demanda) e Catch-up TV (repetição da programação), e não as principais competências dessas companhias.

"Não é por acaso que as três marcas mais populares também têm a maior parcela do mercado de telefones e tablets. Os consumidores claramente valorizam o conteúdo agrupado em conjunto com os dispositivos, razão pela qual a Amazon domina o mercado de e-book com o Kindle, que oferece a melhor experiência  de ponta a ponta. Será interessante verificar se a popularidade da Amazon aumentará quando eles lançarem um produto de TV ", disse Mann.
"Esses disruptores estão claramente introduzindo várias novas tecnologias para a nossa experiência de televisão centenária. Os operadores de hoje têm uma grande oportunidade se puderem inovar, enquanto alavancam com sucesso seus pontos fortes. As empresas de alto desempenho do futuro serão aquelas que combinam arte e tecnologia".

Os consumidores estão dispostos a arriscar
Os consumidores expressaram confiança crescente na Ultra HDTV, e 18% deles desejam comprar um aparelho ao longo dos próximos 12 meses, apesar da falta de conteúdo e veículos de transmissão. Isto sugere uma trajetória semelhante à da TV de alta definição, quando a grande adoção inicial de aparelhos de TV deste tipo resultou em aumento da oferta de canais de HDTV e discos Blu-ray.

Apesar de mais de metade (55%) dos entrevistados terem expressado preocupações em relação à segurança dos dados, dois terços (67%) estão dispostos a fornecer dados pessoais adicionais se os prestadores de serviços oferecerem serviços ou descontos adicionais. Certamente, essas ofertas precisam cumprir com as leis locais de proteção de dados. Tendo crescido com computadores, a “geração do milênio” parece estar mais confortável com o compartilhamento de suas informações pessoais, sendo as gerações X e Baby Boomers (geração pós-guerra), significativamente menos confiantes.

"As emissoras devem conquistar essa confiança se quiserem oferecer novos produtos e serviços, como mecanismos de recomendação e publicidade segmentada com base em dados de consumo", disse Mann.

O vídeo móvel é próxima fronteira
Os consumidores estão assistindo mais ao conteúdo digital em telas móveis, mas eles ainda têm o lar como base. A esmagadora maioria (mais de 90%) de todo o consumo digital ainda ocorre nas residências, através de uma linha fixa. Limitações da largura de banda fora de casa também continuam a limitar o entretenimento móvel em um grau muito significativo.

"Há uma oportunidade significativa, aqui, para provedores que podem oferecer uma experiência de vídeo verdadeiramente móvel, independentemente da localização. A corrida é para criar uma experiência móvel convincente ao usuário. O ‘Spotify para Vídeo', combinado com o aumento da cobertura da rede 4G, poderá criar o próximo ponto de transformação", disse Mann.

Se você quiser contribuir para o debate em curso sobre esses temas e tendências, junte-se a nós em Pulse of Media ou siga # PulseofMedia no Twitter.

Metodologia: A Pesquisa de Consumidor Digital da Accenture foi realizada online entre outubro e dezembro de 2013, com 23 mil consumidores em 23 países: Austrália, Brasil, Canadá, China, República Checa, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Holanda, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, e Estados Unidos. A amostra em cada país é representativa à população on-line, com entrevistados na faixa etária de 14 a 55 anos e mais. A pesquisa fez perguntas aos entrevistados sobre o seu consumo diário de conteúdo on-line através de vários dispositivos e telas de vídeo.



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Toda crise é uma oportunidade disfarçada de momento de tensão. Assim também é com o jornalismo. A profissão, que tem passado por dificuldades como o questionamento da necessidade de um diploma, o aperto financeiro das publicações do impresso e a falta de modelos de negócios das iniciativas online, pode estar, na verdade, vivendo uma das mais importantes evoluções dos últimos tempos.

Isso porque o jornalista de hoje conta com uma infinidade de ferramentas que não existiam para os colegas das antigas, como a fácil produção de formatos multimídia de reportagem, que fogem de modelos engessados, limitados por quantidades de caracteres, tamanhos de página, ou qualidade de imagem.

Uma listinha do BuzzFeed pode ser tão informativa (ou mais!) que uma matéria do Jornal Nacional. Uma foto do Instagram pode ser um furo de reportagem e uma história não precisa mais ‘caber’ entre um anúncio e outro da página do impresso – o meio online dá a liberdade de escrever o quanto for necessário para criar uma história emocionante, que engaja ou que instiga. Nesse novo jornalismo pós-crise, o importante é ser relevante, e não seguir regras e modelinhos pré-estabelecidos.

No entanto, essa vantagem também exige do profissional um tanto de jogo de cintura. É preciso estar atento às novidades, conhecer as novas redes e saber habituar-se ao desconforto de não saber e de arriscar. Cada nova mídia ou rede social é uma descoberta e traz consigo a possibilidade de se transformar em um novo meio de divulgação de bom jornalismo.

Esse novo ambiente digital pode ser exatamente o que o jornalismo precisava para ressurgir com a devida importância. Não tenha medo! Apesar da situação do jornalismo parecer complicada, esse pode ser um dos momentos de ouro da história da profissão. No fundo do poço dos pessimistas há um ralo, por onde tudo se esvai, mas no dos otimistas há uma mola, que impulsiona para algo novo. O importante é aprender a lidar com o desconforto das novidades, e aprender como elas podem servir para reavivar a importância da curadoria de informação, que se tornou ainda mais crucial nessa nova era digital.

*Jacqueline Lafloufa é jornalista de tecnologia desde 2009, trabalhando com conteúdos para mídias digitais. É formada em literatura e pós-graduada em jornalismo científico pela Unicamp, sendo instrutora do curso de Mídias Sociais para Jornalistas no Atlas Media Lab.



Jéssica de Almeida Santos*

A geração “Y” ficou para trás. Já estabelecida no mercado de trabalho e envolta com as suas dificuldades em conquistar o equilíbrio entre a realização profissional e pessoal, cede espaço à “Z”. 

Esta, porém, pasmem, não tem ideia do que acontecerá com seu futuro. Quer apenas desfrutar o hoje. 

O vasto acesso à informação permite a esses jovens sentir que o mundo cabe em suas mãos. Num ambiente de excessos, a opinião de seus amigos é confiável e mais influente do que a das marcas. 

É o que aponta estudo inédito sobre a “Geração @ e as Mudanças dos Consumidores Teen”, realizada pela Enfoque Pesquisa de Marketing.

Uma das principais etapas na vida dos “Z” é entrar na faculdade. 

Entretanto, muitas instituições de Ensino Superior ainda torcem o nariz quando o assunto é tratar o aluno como o seu principal cliente, ignorando seu perfil, receios e desejos. 

As mais de 2400 Instituições de Ensino Superior (IES) no Brasil, que concentram os sete milhões de alunos matriculados no País, vivem dilemas que antes não preocupavam a alta administração. O marketing, outrora uma área de luxo, torna-se um setor estratégico e fundamental no processo de entender as necessidades dessa geração e oferecer atrativos que retenham o estudante durante todo o curso. 

Além disso, espera-se que ele construa uma admiração pela marca e saia da faculdade com um alto índice de satisfação e identificação, a ponto de voltar para cursar pós-graduação, indicar a instituição ou simplesmente reencontrar amigos e professores.

O mercado de educação particular representou, em 2012, quase 1% do PIB brasileiro. Com receitas que giram em bilhões, muitas IES lançam mão de estratégias ultrapassadas e enfadonhas na hora de captar o aluno pertencente a uma geração imediatista, impaciente e intensa. 

Enquanto o “Y” está saindo e ocupando o seu espaço no mercado de trabalho, o “Z” está em seu processo de escolha. Para ele, é natural começar um curso, pausar e continuar em outro, até que o conhecimento almejado seja construído. 

Júlio César de Castro Ferreira, especialista em comunicação digital e psicopedagogia, reforça que esses jovens não querem prender-se a apenas uma área de conhecimento, pois o seu desejo em experimentar é tão ampla quanto as possibilidades que se apresentam a partir desse novo nível de conectividade. 

Qual curso de graduação escolher? 
Por que passar quatro anos em uma faculdade, se é possível viajar e conhecer o mundo?

Os “Z”, nascidos em meados da década de 1990, não são capazes de imaginar suas vidas sem computador, celular, redes sociais e chats. Diferentemente de seus pais, sentem-se à vontade quando ligam ao mesmo tempo a TV, rádio, telefone, música e internet. Júlio Cesar reforça, ainda, que não são mais influenciados pela mídia de massa e não aceitam ser consumidores passivos. Para eles, a opinião de terceiros, principalmente dos amigos, é decisiva para a tomada de decisão, normalmente formada e sacramentada nas redes sociais. Valorizam muito as empresas e instituições que dão atenção a sua opinião e viabilizam uma interação aberta com o seu público.

O marketing focado no produto e nas vendas ficou para trás. Estamos numa época voltada aos valores. O jovem, quando em processo de escolha, leva em conta muito mais do que os fatores tradicionais que as faculdades costumam destacar em suas campanhas de captação de alunos: preço, localização e corpo docente. Ele quer mais. 

Philip Kotler, em seu livro “Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano”, defende que estamos na era da sociedade criativa e do marketing do espírito humano. Em um mundo colaborativo e interligado, os consumidores expressivos são os que mais usam as redes sociais. Eles criticam marcas que têm impactos sociais, econômicos e ambientes negativos na vida das pessoas.

As redes sociais são parte fundamental na vida dos adolescentes brasileiros para se socializarem, conhecerem pessoas, terem reconhecimento e autoestima. Em seus perfis, eles se mostram como querem ser vistos, geram e compartilham conteúdo constantemente. E esse espaço é fundamental na escolha de uma universidade.

Dessa maneira, as IES precisam aumentar a sua presença nas redes sociais e torná-las um espaço oficial de interação com os jovens. Eles querem tirar as suas dúvidas em um chat no Facebook, em vez de ligar e esperar um atendente lhe dar a informação. E uma vez que optaram pela IES, esperam encontrar na fanpage da sua faculdade as respostas para os seus problemas acadêmicos e também todas as informações sobre eventos, cursos e conteúdos relevantes sobre as suas áreas de interesse. Considerando que esses alunos são envoltos em um mundo de games, cabe às IES pensar em conteúdos mais atrativos em sala de aula, capacitando o professor – primordial nesse processo – a usar a tecnologia para tornar as aulas mais interessantes.

Essa preocupação em captar alunos deve estender-se a outros processos de relacionamento. É fundamental estabelecer um padrão de qualidade na prestação de serviços durante todo o período do curso. A mesma IES que mostrou ao aluno o quanto podia oferecer deve ouvi-lo e atendê-lo quando ele precisar. Isso enquanto o jovem ainda está em sala de aula, já que a tendência é que a educação à distância ocupe cada vez mais o espaço da presencial: o número de matrículas subiu de 40 mil, em 2002, para 1,1 milhão, em 2012, de acordo com o Ministério da Educação. É a modalidade que mais cresce no País e hoje representa mais de 15% do total de estudantes. Estratégias de marketing para captação e retenção de alunos somente terão sucesso se considerarem todas essas transformações do mundo.

*Jéssica de Almeida Santos é profissional de Marketing da Faculdade Santa Marcelina (FASM).








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