quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

E lá vamos nós



Com todos os seus prós e contras, a fusão é uma estratégia empresarial que está em alta; então por que não imaginar o que aconteceria se determinadas companhias resolvessem se tornar uma só?

Consumidores e clientes, ou seja, todos os [bons] leitores, vão perceber uma certa contradição no título acima. Processos de fusão podem ser verdadeiras dores de cabeça para os usuários e compradores de um determinado produto ou serviço. Os serviços pioram, a qualidade do atendimento decresce, o velho compromisso das empresas (outrora estimuladas pela ameaça da concorrência), deixa de existir, produtos que eram reconhecidamente bons só duram até acabar o prazo de garantia, um verdadeiro pesadelo.

Já imaginou se a Apple e a Google se tornassem uma só empresa? O que seria do mercado de sistemas operacionais, tablets e smartphones nas mãos de uma só corporação? E se as duas principais bandeiras de cartões de crédito do mundo, Master e Visa, fundissem os seus ativos, a quantas taxas abusivas os clientes estariam expostos? Benditos sejam os órgãos reguladores.

Às vezes o processo é traumático para as próprias empresas, pois sempre que é divulgada uma notícia acerca de uma fusão ou aquisição, os preços das ações (geralmente da parte mais fraca) caem, tal como se deu quando a Microsoft anunciou a compra da Skype. Mas existem operações dessa natureza que podem ser benéficas para companhias e consumidores; com a fusão, todo o processo produtivo se torna mais racional, enxuto, com menos desperdício, embora isso represente também o corte de empregos.

Dessa melhoria acabam saindo produtos e serviços mais competitivos, novas tecnologias. É a velha dialética arquetípica da humanidade, cantada desde Sócrates: duas formas deixam de existir para dar vida a uma nova, melhorada e mais avançada versão do que existia antes.

Diz-me logo: o que é fusão?
Não é compra, não é incorporação nem é parceria, muito menos joint venture. Numa fusão, processo que envolve duas ou mais empresas, há a junção completa dos ativos das companhias envolvidas, ou seja, elas se tornam uma só. “A fusão é uma boa estratégia quando uma empresa precisa se expandir para outros mercados. Em vez de fazer uma expansão orgânica, ela pode realizar uma fusão com outra empresa que tenha expertise na economia local”, explica o coordenador de pós-graduação e MBA da Trevisan Escola de Negócios, Olavo Henrique Furtado.

Um exemplo recente de companhia que adotou essa estratégia é a TAM. A companhia aérea brasileira realizou a operação junto à chilena LAN Airlines para, juntas, criarem a maior empresa de aviação civil da América Latina. O processo está sendo marcado por protestos de uma associação de consumidores do Chile, a Conadecus, que teme a criação de um monopólio dos serviços em determinadas rotas, queda de qualidade (como atraso inconsequente dos voos) e aumento dos preços. Mas o Tribunal de Defesa da Livre Concorrência do Chile (TDLC) já deu o seu aval, após nove meses de investigação, embora tenha imposto uma série de condições de mitigação "que buscam conseguir competição efetiva no mercado aéreo chileno e, enquanto isso não ocorrer, proteger os consumidores dos efeitos de concentração", segundo comunicado do órgão.

Furtado lembra que uma fusão não é, necessariamente, um processo de monopólio, e sim de expansão. Mas quando o negócio é feito às pressas, com objetivos escusos e não enxerga o lado do consumidor, “aí sim há uma ocorrência de possível cartelização”. Após a fusão não se pode esperar que o mercado permaneça intocado. “O certo é haver um reposicionamento das marcas no mercado. Algumas características competitivas das empresas podem inclusive ser perdidas no processo de fusão, o que não é ideal que aconteça, mas também não é impossível”, afirma o advogado.

Numa fusão, é importante lembrar, as marcas continuam tais quais eram antes, ainda que passem para o comando de uma só empresa. As cervejas Brahma e Antarctica mantiveram os mesmos rótulos mesmo após a fusão que deu origem à AmBev, criada para concorrer no mercado internacional contra marcas poderosas, como a Heineken, que, por sua vez, adquiriu a Femsa para invadir os mercados emergentes latino-americanos.

Imagine se...

Não custa nada idealizar como seria a fusão de algumas empresas que, apesar de não atuarem no mesmo segmento, possuem produtos e serviços que se complementam. Fizemos uma seleção de fusões que gostaríamos de ver no mercado e o que elas poderiam trazer de diferente para nossas vidas.


L'Oréal e C&A: Com um faturamento líquido de 1,5 bilhão de euros e um portfólio de 23 marcas internacionais, a L'Oréal é uma das maiores empresas de cosméticos do mundo. Já a C&A, com 165 anos de história, veste pessoas em mais de 20 países. Se essas duas gigantes se tornassem uma só, o maior sonho de 11 entre 10 mulheres se realizaria: os produtos na vitrine mesclariam cosméticos e roupas, em uma ação de cross merchandising provavelmente bem elaborada. Além disso, parcerias com salões de beleza dariam o toque final da construção do novo conceito no ponto de venda.

Ipiranga e Nissan: Cavalos cobrem maiores distâncias do que pôneis e, logicamente, ganham mais quilômetros de vantagem. A Ipiranga fornece diversos produtos, serviços e promoções para automóveis, e seria uma parceria ideal para uma possível expansão de mercado da Nissan no Brasil, onde a empresa já tem operações desde 2002. Até 2014, a japonesa pretende expandir a sua participação no mercado brasileiro de automóveis para 5%, saindo dos atuais 109 pontos de venda para 200. Esse ano, o grupo empresarial Ultrapar adquiriu parte dos ativos de distribuição de combustíveis e lubrificantes da Ipiranga.

Apple e Peixe Urbano: Pensar diferente não é bem a proposta de um site de compras coletivas em relação aos produtos oferecidos em promoções, uma vez que o objetivo é vender massivamente. O Google tentou e está dando certo; o Facebook tentou e desistiu. Então por que a gigante Apple não poderia se aventurar nas compras coletivas através de uma fusão com o Peixe Urbano e vender iPhones com 80% de desconto em mercados emergentes como o Brasil? Com certeza essa não é uma ideia muito agradável para os religiosos seguidores de Jobs. Mas pensar em um aplicativo com ofertas exclusivas para os gadgets e outros serviços agregados, como guias e mapas, faz muito mais sentido.

Colgate e McDonalds: A McDonalds faturou bilhões vendendo fast-food. Poderia pensar em vender um pouco de higiene instantânea, como um creme dental em pílula, através de uma fusão com a Colgate. A rede de produtos alimentícios norte-americana foi fortemente abalada pela crise de 2008 e hoje é a 17ª marca mais valiosa do mundo, além de ser também uma das maiores empregadoras, com cerca de 1,7 milhão de funcionários. Já a Colgate-Palmolive é bem consolidada no mercado de higiene pessoal, no qual atua desde 1806.

Gol e Nintendo: Deixe o destino para os céus, literalmente... Pelo menos o destino dos seus personagens no console mais famoso do mundo, o Nintendo. Se a japonesa (sempre eles) fundisse os seus ativos com a companhia aérea Gol, provavelmente teríamos games divertidos em telas instaladas atrás das poltronas durante a viagem. Quem sabe rola até um Wii para movimentar um pouco os passageiros. A Gol tem apenas dez anos de voo e cinco marcas em seu portfolio, entre elas a Varig, enquanto a Nintendo é uma centenária dos jogos (não necessariamente eletrônicos).

Agora é contigo!

Queremos saber qual fusão você gostaria de ver no mercado. Não se esqueça de nos dizer o motivo para ela acontecer. Opine em adm.to/fusao.

Fonte: Administradores.com.br




O Tubby é um aplicativo feito exclusivamente para homens, como resposta ao Lulu

A 15ª Vara Criminal de Belo Horizonte (MG) emitiu uma liminar que barra o lançamento do app “Tubby” em todo o Brasil. O aplicativo feito exclusivamente para homens, como resposta ao Lulu. Nele, as mulheres teriam seu comportamento e desempenho sexual avaliados por ex-namorados e amigos.

Segundo a decisão, proferida pelo juiz Rinaldo Kennedy Silva, titular da Vara Especializada de Crimes Contra a Mulher, o aplicativo pode causar danos irreparáveis a honra de uma mulher. A liminar acatou o pedido de medida cautelar feito na última terça-feira (3), pelos coletivos Frente de Mulheres das Brigadas Populares de Minas Gerais, Margarida Alves, Movimento Graal no Brasil, Marcha Mundial das Mulheres, Movimento Mulheres em Luta, Marcha das Vadias e Coletivo Mineiro Popular Anarquista (Compa). De acordo com os grupos, o aplicativo incita a violência contra a mulher.

Por isso, a ação foi feita com base na Lei Maria da Penha (11.340/06). O juiz proibiu o Facebook, a equipe do “Tubby”, as lojas de aplicativos do Google (Google Play) e da Apple (App Store) de veicular o aplicativo sob pena de multa diária de R$ 10 mil.





Instituto de pesquisa aponta que para os brasileiros a Copa é uma oportunidade para o país se destacar e provar sua superioridade no futebol. 14% dos entrevistados pretende comprar ingresso para assistir algum jogo do Brasil no estádio e 79% quer acompanhar em casa com a família

Todo mundo sabe que o brasileiro é apaixonado por futebol e, para entender um pouco mais sobre esta relação de amor com o esporte, a Ipsos - referência mundial em pesquisa de mercado - desenvolveu um estudo sobre o brasileiro e suas motivações em relação à Copa do Mundo de 2014.

No período de realização da pesquisa, 3.000 pessoas foram entrevistadas pela equipe da Ipsos Marketing – área da empresa especialista no entendimento de mercado, marca e inovação - em dois momentos diferentes. O primeiro foi feito no período de Copa das Confederações em que foi realizado um estudo online para avaliar o recall e associação de marcas de anunciantes aos eventos. Foram 1.000 entrevistas realizadas junto a homens e mulheres de 14 a 55 anos em todas as regiões do país.

Já o segundo, tinha como objetivo entender a relação das pessoas com a Copa e seu envolvimento com as marcas relacionadas ao evento. Nesta ocasião, foram realizadas 2.000 entrevistas pessoais com homens e mulheres de 16 a 60 anos de classes ABCD, que já assistiram a alguma Copa anteriormente ou tem interesse na Copa de 2014 e que não são rejeitadores de futebol.

Cerca de metade dos participantes (52%) declaram ter grande interesse em assistir ao maior número de jogos possíveis. Apesar deste grande evento acontecer no país, isso não impactará no comportamento costumeiro de como assistir os jogos, sejam eles do Brasil ou de qualquer outro time, segundo a pesquisa, 79% assistirão aos jogos em casa com a família.

Apenas 14% das pessoas disseram que tentarão comprar ingresso para assistir algum jogo do Brasil no estádio e 75% não vão assistir nenhuma partida no estádio.

Mesmo após o período das manifestações que aconteceram em junho deste ano, 75% das pessoas são a favor da realização da Copa do Mundo no país e apenas 16% são contra. 

Além disso, ainda foi apontado que 87% da população brasileira não participou destas manifestações.

Para os brasileiros a Copa é uma oportunidade para o país se destacar, mostrar para o mundo que é capaz de vencer, de ser hexacampeão em casa, provando sua superioridade no futebol. Também é uma oportunidade de provar que tem capacidade para sediar um evento mundial deste porte. E ainda acreditam que este será um momento dos brasileiros estarem juntos na mesma corrente e vibração torcendo pelo Brasil, dessa vez no seu país.

Esse estudo foi realizado através da recém-lançada ferramenta Censydiam, que decifra as motivações dos consumidores.



Narayana Andraus*

Pilhas de papéis e estoques físicos lotados de questionários estão com os dias contados nos institutos de pesquisa. Os tablets chegaram para ficar e transformar a forma de se coletar dados.

À primeira vista, o apoio da tecnologia parece trazer os benefícios óbvios como a rapidez na geração de informação, no seu armazenamento e na sua transmissão. Sem contar o requinte que está por trás do aparelho de última geração tão cobiçado – “ah, está tão chique essa pesquisa”, dizem os clientes. Porém, a simples substituição do questionário de papel pelo tablet vai muito além da agilidade e requinte. 

Vamos imaginar, por exemplo, um teste em que produtos diferentes devem ser usados de formas diferentes e por pessoas diferentes. Com o tablet podemos rastrear os produtos entregues e cruzar com as informações de perfil do entrevistado, o que dará a certeza que cada um atingiu o seu destino certo. Além disso, é possível fotografar tais produtos ou utilizar códigos de barra e QR Codes para evitar de vez qualquer erro nas entregas.

Um questionário aplicado em tablet permite também minimizar a influência do fator humano sobre o processo de coleta de dados. Equívocos no preenchimento, não observância das instruções e erros de julgamento, por exemplo, todos passíveis a qualquer entrevistador, são evitados no momento em que a programação do questionário em tablet, assim como na pesquisa online, automatiza o seu fluxo.

Além disso, a tecnologia ajuda a evitar fraudes e falicita o trabalho de verificação das entrevistas, uma vez que os dados são disponibilizados em tempo real e já no início de uma pesquisa torna-se possível identificar inconsistência nas informações que apontem para uma falha na qualidade da coleta.

E mais do que otimizar o controle do processo de pesquisa, os tablets atraem as pessoas, aumentando a disposição dos consumidores em responder às entrevistas. Em lugar de um longo questionário em papel, tantas vezes rejeitado pelo público, a entrevista por tablet permite a interação do respondente por meio de imagens, vídeos e do próprio uso do aparelho. Temos observado inclusive que pesquisas aplicadas em ambos os formatos tendem a revelar maior nível de engajamento do respondente quando o eletrônico é utilizado.

Por todos esses motivos, a mudança na coleta de informações parece mesmo ser um caminho sem volta, o que é bom para toda a cadeia de pesquisa. Informações mais acuradas, contratantes satisfeitos, entrevistados e entrevistadores em harmonia. Adeus às pilhas de papel! O meio ambiente agradece.

* Narayana Andraus é analista sênior da Ipsos Marketing.



Luiz Alberto Ferla*

Tudo indica que sim. O crescimento da rede social de Mark Zuckerberg nos últimos anos é surpreendente: já tem mais de 1,2 bilhão de usuários e é a mais popular em ao menos 127 países. No Brasil ultrapassa 76 milhões de usuários - estamos atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia.

Os números sugerem que a América Latina - com cerca de 200 milhões de usuários ou 18% da base global - é uma região de acelerado crescimento para a companhia de Menlo Park, Califórnia. Todos os dias, 61,4% dos usuários ativos mensais nos três maiores mercados da região conectam-se à rede social. Isso representa uma audiência de 47 milhões de brasileiros, 28 milhões de mexicanos e 14 milhões de argentinos.

Em termos de construção de marca para os clientes, isso tem uma relevância enorme já que não há outro meio que tenha essa capacidade de chegar a tanta gente em um só dia. Nem mesmo a televisão.

É, o mundo está mudando... E as pessoas também. 

Durante muito tempo as relações aconteciam de forma linear, baseada nos meios de comunicação, principalmente rádio e TV. Hoje, a grande massa de informação consumida linearmente passou a ser trocada de forma matemática, com base no conhecimento das multidões, por meio dos buscadores.

Ainda assim, os comportamentos no mundo não mudaram. As pessoas continuam casando, tendo filhos, querendo ser felizes, querendo se engajar em causas nobres. O que mudou foi a maneira como contam as novidades sobre elas para os amigos. Tudo vai para a internet, um espaço democrático, onde todos têm o direito de se manifestar. Ali é possível assumir quem somos, o que pensamos, o que gostamos, sem medo. Isso faz com que a Internet seja construída com base na relação real dos amigos na Internet. E a opinião sincera de um amigo vale muito!

Quem ainda não entende muito bem esta relação são as empresas - algumas ainda tropeçam na divulgação de suas marcas. Pensam que basta apenas marcar presença nas redes sociais, sem estratégia. É um engano que pode custar caro para muitas marcas. É preciso que as empresas e organizações façam a si mesmas duas perguntas, antes de inovar e postar em suas páginas no Facebook: Por que isso é importante? Por que precisa ser compartilhado?

Um bom exemplo de campanha digital no Facebook, para um público segmentado, desenvolvida pela Talk2 foi para a Imaginarium, que culminou com mais de 600 mil fãs. A empresa queria construir uma presença digital que fizesse jus ao esmero encontrado nos seus produtos e buscou na web um meio de fortalecer esse branding irreverente. Uma estratégia, um plano de marketing digital com público, missão, metas e linguagem a ser adotada, surpreendeu: centenas de milhares de fãs fortaleceram a marca e a Imaginarium ficou gigante no mundo digital.  

É isso que acontece quando as marcas entendem o que deve e o que não deve ser feito nas redes sociais. 

Pensando nisso, a empresa Talk2, que pertence ao DOT digital group, lançou um eBook sobre como potencializar comercialmente o uso do Facebook, mostrando o que é importante nessa relação empresa|consumidor (http://materiais.talk2.com.br/facebook_estrategico).

O conteúdo vai auxiliar as organizações a conhecer melhor seus negócios e questionar a maneira como estão lidando com os clientes, fornecedores, funcionários e acionistas.

* Luiz Alberto Ferla é presidente do DOT digital group (Knowtec, Talk2, TechFront, DDBR, KeepingUp, IEA, SocialBase, Suite Plus) e Líder Empresarial 2012 (Fórum de Líderes).






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