segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Sei lá. Tem dias que a gente ...


Parece que a LG tomou gosto pela trollagem. Depois de dar susto no elevador, botar  mulheres para espiar banheiro masculino e até simular o fim do mundo (confira os vídeos abaixo) , a marca resolveu “destruir” o smartphone alheio para divulgar o G2.




Para atrair as “vítimas”, foi instalada em uma das ruas da França uma cabine que pedia o aparelho da pessoa com objetivo de melhorar o desempenho dele. Quando o aparelho estava dentro, surgia um cara para destruir totalmente o smartphone da pessoa. Assista às reações delas.

Claro que a LG não seria doida de destruir os aparelhos e dar um G2 para cada um parece uma boa depois de tamanho susto. Você é a favor deste tipo de pegadinha para ganhar muitos views no YouTube?




Um site cheio de mistérios causou alvoroço no final da semana passada, ao se apresentar como sendo da Nasa e anunciar que o dia 13 de novembro um anúncio histórico será feito perla agência. 

É o Remember The 13th. Desde que entrou o ar, as especulações tomaram conta da internet e foram repercutidas por diversos sites de tecnologia do Brasil.


Embora contenha a logo da Nasa, contenha links para as redes sociais da agência e se apresente com autoridade para falar em nome dela, o site deixa várias lacunas questionáveis. A primeira delas é o fato de ter sido lançado em meio à paralisação do governo norte-americano, que deixou suspensas as atividades da instituição.

Não existe nenhuma menção ao projeto nos canais oficiais da Nasa e o site tem um domínio comum do tipo “.com”, em vez de “.gov”. Além disso, nenhum grande veículo de notícias dos EUA noticiou o caso. E, para reforçar ainda mais as suspeitas, a página pede para os usuários cadastrarem seus e-mails para serem notificados quando o anúncio for feito, o que parece ter a intenção de montar um banco de contatos, possivelmente para fins publicitários.

Atualização 4.10.2013, 9h29
O anúncio foi antecipado para o dia 6 de outubro (domingo), sem motivos aparentes, conforme anúncio no site: "Devido a mudanças de planos, iremos anunciar a descoberta mais cedo do que esperado anteriormente. Fique ligado no dia 6 de outubro para ver sobre o que todos estarão falando", informa o comunicado.



oO Novo Brasil continua e será ainda mais heterogêneo. 

Quem explica é André Torretta, sócio-diretor da Ponte Estratégica.




oA psicóloga clinica Meg Jay tem um recado audacioso para os de 20 e poucos anos: ao contrário da crença popular, os seus 20 anos não é uma década perdida. Nesta apresentação provocativa, Jay aponta que não é porque o casamento, trabalho e filhos acontecem mais tarde, que não se pode começar a planejar agora. Ela dá três conselhos de como as pessoas de 20 e poucos anos podem reivindicar sua vida adulta na década decisiva de suas vidas.




Márcio Oliveira*
o
Escutando um comentarista numa rádio, ouvi uma afirmação dizendo que quem está na Internet publicando seus dados, não importa como e onde, não pode querer tanta privacidade, já que a Internet é pública. Em tempos de discussão em toda parte sobre o controle ao acesso de informações, me pareceu muito estranho escutar isso, pois coloca em risco o poder de escolha consciente das pessoas sobre quem e quando seus dados são acessados.

E acredito que este seja o ponto principal de toda esta discussão sobre Privacidade de Informações, a Consciência sobre as consequências tanto das pessoas que fornecem informações como de quem usa estas informações nas empresas.

Mas onde isso se liga com o BIG DATA? 

Termo da moda no marketing atual, conceitualmente o BIG DATA não traz nada de novo, a não ser que hoje temos muitos mais dados disponíveis, principalmente os dados comportamentais na Web.

Sim, temos muitos mais dados para analisar (em não apenas na web) mas será que devemos realmente usar todos eles? Ou, pelo menos, será que devemos utilizá-los como muitas empresas estão querendo? E vamos focar esta discussão apenas no uso comercial para alavancar vendas ou “estratégias” de marketing, já que sabemos que governos também se aproveitam disso para outras finalidades. 

Você deve ter, provavelmente, centenas de cookies instalados em seu computador, tablet ou smartphone. Um usuário com um nível razoável de esclarecimento sobre o mundo Web sabe o que significa isso, mas a grande massa das pessoas, não. E acredito que é nesta falta de consciência que está baseado todo este discurso de BIG DATA, ou o que na visão como consumidor, chamo de BIG BROTHER de dados. 

A pergunta é simples. Se você disser para uma pessoa que vai rastrear tudo o que ela faz na Web, para depois usar estas informações para analisá-la e fazer mais ofertas de vendas para ela, qual você acha que seria a resposta? Qual seria a sua resposta se a pergunta fosse feita a você? 

Talvez muitos não se importassem, mas acredito que uma parcela significativa das pessoas não aprovaria este uso se tivesse a real consciência. Mais do que isso, eu acredito que o uso indiscriminado destas informações para “enriquecer” as bases de dados e “turbinar” o marketing das empresas, acaba muitas vezes ultrapassando uma barreira ética.

E a mesma coisa acontece quando juntamos todos os dados do mundo off-line ao mundo on-line. 

Ah, mas fazer “enriquecimento de dados” é uma técnica usada desde os primórdios do Marketing Direto, alguns podem dizer. Sim, é verdade, mas o problema é o tipo e a profundidade de informações pessoais que conseguimos ter acesso hoje.

Meu chamado com este artigo é o de alertar e trazer à consciência os profissionais das empresas que pensam em usar BIG DATA ou mesmo fazer um simples enriquecimento de sua base de dados. Faça, mas com critérios. Se coloque verdadeiramente no lugar do seu público-alvo e pense o que de fato você gostaria que uma empresa soubesse de você e por que.

Depois disso, monte uma estratégia verdadeira, transparente e sustentável para RELACIONAMENTO com seus clientes, que eles darão conscientemente seus dados para sua empresa utilizar. Construa o seu próprio “BIG DATA”. Pode demorar, eu sei. E pode dar muito trabalho também. Mas ninguém faz relacionamento com clientes de verdade de maneira rápida e sem trabalho.

E, para ficarmos mais conscientes, trago aqui três fatos que mostram movimentos do mercado e que vejo como consequência de mau uso dos dados pelas empresas:

1|Recentemente, o Google falou na imprensa que os usuários do Gmail não têm o que ele chamou de “expectativa razoável” de que seus emails sejam confidenciais. Este fato causou um tremendo mal-estar nem tanto pelo fato em si, mas pela consciência que ele trouxe de algo que se imaginava, mas não se dava muita importância.

2| Acompanhamos a repercussão do caso dos dados cedidos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de todos os eleitores para uma empresa privada, para uso comercial por ela. A repercussão negativa foi tanta que o TSE teve que voltar atrás na decisão.

3| Está em discussão na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 4060/2012, sobre proteção de dados, que regulamenta e restringe o uso das informações de consumidores pelas empresas e que se mal entendido e redigido, pode basicamente acabar com o uso do Database Marketing como conhecemos.

*Márcio Oliveira e especialista em Planejamento Estratégico de Marketing, CRM/DBM, Marketing para Relacionamento, Fidelidade e Incentivo. Autor do livro 49 Reflexões sobre Marketing & Negócios. Sócio e VP de Planejamento na agência youDb Marketing para Relacionamento (www.youdb.com.br). Professor convidado de Marketing de Relacionamento B2C e B2B na pós-graduação da FIA/USP, no curso de Marketing de Relacionamento Avançado da Madia Marketing School e Miyashita Consulting e Consultor Associado na Kantu Educação Executiva, atuando com análises e estudos de comportamento, conflito de gerações no meio empresarial e Geração Y.





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