terça-feira, 22 de outubro de 2013

Nada será como antes

É hoje.
Não perca o seu lugar.









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As mulheres de empreendedores sempre dizem que mesmo nas férias seus maridos nunca param de fazer anotações, ter ideias e até ficam chatos de tanto falar quando têm algum insight bacana para aplicar nos negócios.

É verdade. Empreendedores buscam inspiração o tempo todo, em qualquer lugar.

Que a vida imita a arte e a arte imita a vida (aê, Tostines!), todos já sabemos não é mesmo? Mas é legal ver que muitas vezes a arte também imita o empreendedorismo.

Porque, mais que uma história sobre beisebol, “Moneyball – O Homem que Mudou o Jogo” (2011) é uma história sobre os desafios de ser um empreendedor.

Com seis indicações ao Oscar, o filme, dirigido por Bennet Miller (“Capote”), é baseado na história real do gerente do Oakland Athletics (time da liga profissional de beisebol dos Estados Unidos), Billy Beane – no filme, vivido pelo galã Brad Pitt.

Com este pensamento na cabeça, indicamos esse filme sobre empreendedorismo e que fala só um pouco sobre beisebol também.




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James Glattfelder estuda complexidade: como um sistema interconectado -- digamos, um bando de pássaros -- é mais do que a soma de suas partes. E a teoria da complexidade, pelo visto, pode revelar muito sobre a forma como a economia funciona. Glattfelder compartilha um estudo inovador de como o controle flui através da economia global, e como a concentração de poder nas mãos de um grupo surpreendentemente pequeno nos deixa todos muito vulneráveis. (Filmado em TEDxZurich.) 




Ligia Fascioni*

Há alguns meses fiz um curso online de Design Thinking na Universidade de Stanford e foi uma experiência muito rica. A maior parte do conteúdo já era conhecida, mas a conexão com gente inteligente nos faz ver o mundo de um outro jeito e aprender bastante com isso.

E uma das coisas mais bacanas foi aprender um método para gerar ideias em quantidade, pois, é consenso em toda a bibliografia que o jeito mais eficiente de se ter uma grande ideia é gerar um montão delas (quanto mais, melhor).

Quando a gente consegue pensar em apenas uma maneira de resolver um problema, a probabilidade que ela não seja a mais adequada é muito grande. Além disso, quando a gente só tem uma ideia, a tendência é agarrar-se a ela com unhas e dentes e defendê-la como à própria vida.

Mas se a gente é rico de ideias, testa uma e não funciona, é só pegar a próxima. O processo pode ser repetido até achar a solução, sem nenhum trauma ou resistência.

A questão é que está cheio de livros e artigos por aí falando sobre os hábitos que a gente deve ter para gerar ideias, mas poucos que falam sobre o processo de criação propriamente dito. É claro que há alguns bem conhecidos, como o brainstorming, mas é tudo muito vago porque não se fala sobre COMO a gente pode gerar ideias. Por isso gostei tanto quando, no curso, junto com a tarefa de gerar no mínimo 50 ideias para um problema, vieram instruções utilíssimas para iniciar o processo.

Vou compartilhar com vocês aqui as dicas da Leticia Cavagnaro, coordenadora do curso. Veja como fica mais fácil se você começar respondendo a essas perguntas. A maioria foi acrescentada por minha própria conta, já que o questionário original era orientativo e tinha apenas meia dúzia de questões; portanto, fique livre para criar suas próprias.

Vamos lá:

. Qual são as soluções mais óbvias para esse problema, ou seja, o que já existe?
O que você poderia adicionar, remover ou modificar nessas soluções iniciais?
Como uma criança de 5 anos resolveria o problema?
.Como um cachorro (ou um elefante) resolveria o problema?
. Como uma pessoa de 110 anos resolveria o problema?
. Como alguém que estivesse enclausurado num convento (ou numa prisão) resolveria o problema?
. Como o problema poderia ser resolvido se o orçamento fosse ilimitado e você pudesse dispor de todo o dinheiro que quisesse?
. Como o problema poderia ser resolvido se você não pudesse gastar nenhum centavo?
. Como o problema poderia ser resolvido se você tivesse controle sobre as leis da natureza (pense em invisibilidade, teletransporte, telepatia, controle de chuvas, etc)?
 Como o problema poderia ser resolvido se você pudesse mudar as leis do país (ou do mundo)?
 Como o problema poderia ser resolvido usando tecnologia de ponta?
 Como o problema poderia ser resolvido sem nenhuma tecnologia?
.Como o problema poderia ser resolvido se você tivesse que necessariamente usar uma bola na solução?
. Como o problema poderia ser resolvido se você tivesse que explicá-lo usando poesia?
. Como o problema poderia ser resolvido se a solução não pudesse gerar nenhum tipo de som ou ruído?
Como o problema poderia ser resolvido usando necessariamente pedra e barbante?
Como o problema poderia ser resolvido se o ambiente mudasse (por exemplo, o cenário fosse debaixo d’água ou na atmosfera de marte)?
Como o problema poderia ser resolvido se a solução tivesse que ter um gosto (doce, salgado, etc)?
Como o problema poderia ser resolvido se você tivesse que usar animais para realizar tarefas?
Como o problema poderia ser resolvido se você tivesse que fazer tudo de olhos vendados?
Como o problema poderia ser resolvido se as proporções fossem mudadas (por exemplo, as pessoas ficassem do tamanho de um prédio e o prédio fosse do tamanho de um tijolo)?
Como o problema poderia ser resolvido se você tivesse que usar uma música como parte da solução?

E tem mais…

Olhando sua lista de ideias, qual é a pior delas? O que você teria que mudar para que ela ficasse aceitável?
Qual a ideia mais ridícula? O que teria que ser feito para que ela fosse viabilizada?
Qual a ideia mais prática?
Qual a sua ideia favorita?
Qual a ideia mais original e disruptiva?

* Lígia Fascioni é engenheira eletricista que, após 11 anos programando robôs, caiu de amores pelo design. Tem um site dedicado ao estudo da identidade corporativa (www.ligiafascioni.com) e escreve semanalmente no Acontecendo Aqui, especializado em comunicação e marketing. Também é titular do blog DNA Corporativo no portal da revista Amanhã Economia e Negócios.
Atua profissionalmente como consultora e palestrante, além de ministrar aulas em cursos de graduação e pós-graduação em Marketing e Design. Publiquei “Quem sua empresa pensa que é?” (2006, Ed. Ciência Moderna) , “O design do designer” (2007, Ed. Ciência Moderna), “Atitude profissional: dicas para quem está começando” (2009, Ed. Ciência Moderna) e “DNA Empresarial: identidade corporativa como referência estratégica” (2010, Ed. Ciência Integrare), entre outros livros.





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