segunda-feira, 18 de março de 2013

Coisas no país Brasilis



Atualidades de 
Graciliano Ramos 


Para quem não sabe, o grande escritor Graciliano Ramos de Oliveira foi o 13º prefeito da cidade de Palmeira dos Índios (Alagoas) de 7 de janeiro de 1927 a 13 de abril de 1930.

Ele possuía hábitos ferrenhos de prestar contas aos seus eleitores, por meio de relatórios constantes e p0ntuados naquilo que acontecia na cidade e o que ele podia fazer para cumprir suas promessas.

Leia a seguir, alguns trechos  extraídos desses relatórios:

- Estado da arte
“Havia em Palmeira inúmeros prefeitos: os cobradores de impostos, o comandante de destacamento, os soldados, outros que desejassem administrar. Cada pedaço do município
tinha a sua administração particular, com prefeitos coronéis e prefeitos inspetores de quarteirões. Os fiscais, esses, resolviam questões de polícia e advogavam.”

Comerciantes
“Os litros aqui tinham mil e quatrocentas gramas. Em algumas aldeias subiam, em outras desciam. Os negociantes de cal usavam caixões de querosene e caixões de sabão, a que arrancavam tábuas, para enganar o comprador. Fui descaradamente roubado em compras de cal para os trabalhos públicos.”

- Publicidade
“Não há vereda aberta pelos matutos, forçados pelos inspetores, que prefeitura do interior não ponha no arame, proclamando que a coisa foi feita por ela; comunicam-se as datas históricas ao governo do Estado, que não precisa disso; todos os acontecimento políticos são badalados. Porque se derrubou a Bastilha - um telegrama; porque se deitou uma pedra na rua - um telegrama; porque o deputado F. esticou a canela-um telegrama.
Dispêndio inútil. Toda a gente sabe que isto por aqui vai bem, que o deputado morreu, que nós choramos e que em 1559 D. Pero Sardinha foi comido pelos caetés.”

- Obras
“Durante meses mataram-me o bicho do ouvido com reclamações de toda a ordem contra o abandono em que se deixava a melhor entrada para a cidade. Chegaram lá pedreiros - outras reclamações surgiram, porque  as obras irão custar um horror de contos de réis, dizem. Custarão alguns, provavelmente. Não tanto quanto as pirâmides do Egito, contudo.
O que a Prefeitura arrecada basta para que nos não resignemos às modestas tarefas de varrer as ruas e matar cachorros.”

- Conflitos
“Procurei sempre os caminhos mais curtos. Nas estradas que se abriram só há curvas onde as retas foram inteiramente impossíveis. (...) Certos indivíduos, não sei por que, imaginam que devem ser consultados; outros se julgam autoridade bastante para dizer aos contribuintes que não paguem impostos. Não me entendi com esses.”

- Favores
“Extingui favores largamente concedidos a pessoas que não precisavam deles e pus termo a extorsões que afligiam os matutos de pequeno valor, ordinariamente raspados, escorchados,esbrugados pelos exatores.”

- Cemitério
“Pensei em construir um novo cemitério, pois o que temos dentro em pouco será insuficiente, mas os trabalhos a que me aventurei, necessários aos vivos, não me permitiram a execução de uma obra, embora útil, prorrogável.
Os mortos esperarão mais algum tempo. São os munícipes que não reclamavam.”

- Iluminação pública
“A prefeitura foi intrujada quando, em 1920, aqui se firmou um contrato para o fornecimento de luz. Apesar de ser o negócio referente à claridade, julgo que assinaram aquilo às escuras. É um bluff. Pagamos até a luz que a lua nos dá.”

- Educação
“As aspirantes a professoras revelaram, com admirável unanimidade, uma lastimosa ignorância. Escolhidas algumas delas, as escolas entraram a funcionar  regularmente, como as outras. Não creio que os alunos aprendam ali grande coisa. Obterão, contudo, a habilidade precisa para ler jornais e almanaques, discutir política e decorar sonetos, passatempos acessíveis a quase todos os roceiros.”

- Injustiças
“Esforcei-me por não cometer injustiças. Isto não obstante, atiraram as multas contra mim como arma política. Com inabilidade infantil, de resto. Se eu deixasse em paz o proprietário que abre as cercas de um desgraçado agricultor e lhe transforma em pasto a lavoura, devia enforcar-me.”

- Impostos
“É uma interessante classe de contribuintes, módica em número, mas bastante forte. Pertencem a ela negociantes, proprietários, industriais, agiotas que esfolam o próximo com juros de judeu. Bem comido, bem bebido, o pobre povo sofredor quer escolas, quer luz, quer estradas, quer higiene. É exigente e resmungão. Como ninguém ignora que se não obtém de graça as coisas exigidas, cada um dos membros desta respeitável classe acha que os impostos devem ser pagos pelos outros.”

fonte: reportagem de Maria Cristina Fernandes, publicada no caderno especial EU&Fim de  Semana do Jornal Valor Econômico no dia 15|março nas páginas 18 a 15.





Django bêbado


Definitivamente o cinema é um ótimo lugar para as marcas espalharem sua mensagem, ainda mais se for altamente criativa, como esta ação para The Walking Dead ou esta ideia que brinca com as legendas. E tudo fica ainda melhor se a ação for feita em um filme tão esperado quanto Django Livre.


A JWT Espanha uniu a cerveja Coronita e a Sony Pictures para lembrar mais uma vez ao público os efeitos do excesso de álcool no corpo. Interessante que a distribuidora aceitou que o primeiro minuto do filme de Tarantino fosse borrado para simular para a platéia como se sente um bêbado. Veja como as pessoas reagiram ao ver o filme desse jeito.


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=GRDSdbA5AYQ

Imagine quantas pessoas foram diretamente impactadas, já que o filme foi exibido em cerca de 100 salas pelo país.

Fonte: blogcitário.blog.br



Capacete que ama cérebros



Em qualquer lugar do mundo, pessoas que não são atletas e que andam de bicicleta acham que não precisam usar capacete, já que andam numa velocidade moderada. Mas sabemos que, principalmente nas cidades, esse tipo de atitude deixa o ciclista amador exposto a acidentes com a cabeça.

A Ogilvy da Dinamarca criou para a Nutcase um poste inusitado que vinha com um capacete da marca. Certamente atraiu a atenção de muitos ciclistas, que pararam pra tirar aquela foto obrigatória para compartilhar no Facebook. Veja como foi feita a ação.


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=8YF6tR-lBgU

Dentro do capacete estava escrito: use sua cabeça e ganhe este Nutcase.




Coisas da vida


















Coisas bizarras na publicidade

Para quem pensa que já viu tudo que há de mais bizarro em publicidade, confirma este exemplo, da Patos Lubrificantes.

Uma “troca de óleo” especializada:

http://www.youtube.com/watch?v=XADudHf87Ng&feature=player_embedded



Brasil ainda tem 60% da população sem WEB. No mundo, 70% ainda estão sem acesso à WEB


O Relatório de Desenvolvimento Humano 2013 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), lançado ontem, traz boas e más notícias para o Brasil em termos de acesso à Internet.

A melhor delas é que o País se insere entre as 60 nações do eixo sul que tiveram uma boa performance na melhoria do acesso à internet.

A má é que falta muito para uma inclusão digital aceitável, para uma economia como a brasileira. De acordo com os dados consolidados pelo PNUD, o Brasil tem 40,7% de usuários de internet entre a população (o que significa que praticamente 60¨dos brasileiros são sem-web). A taxa é maior do que a média mundial que é de 30% (ou seja: cerca de 70% da população mundial ainda está sem internet).

Os brasileiros ainda estão abaixo da média verificada em outras nações consideradas do mesmo grupo, de aceitável. Estão acima do Brasil em termos de número de usuários de internet nações como Antígua e Barbuda (80,6%),São Cristóvão e Nevis (76,6%), Omã (62.0%), Malásia (56,3%), Barain (55%), Bósnia-Herzegovina (52%), Montenegro (52%), Macedônia (51,9%), Trinidad e Tobago (48,5%), Uruguai (47,9%), Dominica (47,3%), Arzebaijão (46,7%), Bulgária (46%), Albânia (45%),Ucrânia (44,6%), Armênia (44%), Rússia (43,4%), Sérvia (43,1%), Panamá (42,7%), Arábia Saudita (41%). Acreditem.

Os Campeões
O país mais conectado do mundo é a Islândia, aponta o Relatório do PNUD. A cada 100 islandeses, 95,6% estão conectados.
Na sequência vem Noruega (93,3%), seguida por Luxemburgo (90,1%), Suécia (90%) e Dinamarca (88,8%).

Os países com os mais baixos indicadores de acesso à internet são República Democrática do Congo (0,7%), Etiópia (0,7%), Níger (0,8%) e Guiné (1,0%), todos no chamado grupo “de desenvolvimento muito baixo”. Nações com regimes autoritários e altamente fechadas, como a Coreia do Norte, apresentam índice zero ou nenhuma informação a respeito destes dados.

De acordo com o relatório, “o crescente acesso à Internet e aos meios de comunicação tornou possível outros fluxos de informação. Entre 2000 e 2010, o crescimento médio anual da utilização da Internet foi excepcionalmente elevado em cerca de 60 países em desenvolvimento. Dos 10 países com maior número de utilizadores de redes sociais populares como o Facebook, seis situam-se no Sul. Embora estes números reflitam, em parte, uma base reduzida em 2000, a divulgação e adoção de novos meios de comunicação revolucionaram muitos setores em vários países”. Em termos gerais, o relatório aponta que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil cresceu 24% desde 1990 e o País está entre os 15 que mais conseguiram reduzir o déficit no índice.

Fonte: Meio e Mensagem



Não pode ser real, mas é.






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