sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Aprender é um processo contínuo.

4 lições de empresas milenares
 
Se empresas centenárias já são uma grande referência e inspiração a qualquer empreen-dedor, o que dizer do seletíssimo grupo das companhias que foram capazes de ultrapassar os mil anos de vida?
 


 
 
Infográfico: a evolução da internet em 10 anos
 
Em dez anos - de 2002 para cá - já testemunhamos tantas mudanças na internet que aquelas páginas em HTML puro parecem coisas totalmente desfiguradas.
 
Esse infográfico abaixo (em inglês), produzido pelo site Bestedsites.com, ilustra as maiores transições em termos de tecnologia e mercado. Revela também o que aconteceu com em-presas que se recusaram a aderir à internet enquanto modelo de consumo - como a livraria Borders e a locadora Blockbuster.

info



Plano sequencial dentro de um jornal

The Sun lança campanha “Get Involved” como um passeio real dentro de um jornal, com referências a diversos tipos de notícias e seções.

 




O The Sun apresenta sua nova campanha, “Get Involved”, como um passeio real dentro de um jornal, com referências a diversos tipos de notícias e seções. É quase um plano sequencial, já que você vai perceber um corte ou outro em alguns momentos, mas ainda assim o efeito se justifica. A criação é da Grey.

Via
Brainstorm9

 
 
Você é um profissional
Batman ou Superman?
FábioZugman*


 
Eu sempre gostei do Batman. A grande maioria dos super-heróis atingiu seu status graças a seus poderes especiais. Adquiridos em experiências científicas bizarras, viagens espaciais ou simplesmente agraciados com um dom fantástico ao nascer, os heróis utilizam-se dessas vantagens para vencer seus inimigos. Todos, menos o Batman.
 
Bruce Wayne era uma criança quando seus pais foram assassinados. Traumatizado, o pequeno órfão opta por uma vida de dedicação e combate ao crime. Enquanto os outros heróis possuem poderes sobre-humanos, Batman possui apenas sua inteligência, um belo carro e algumas ferramentas que carrega no famoso bat-cinto.
 
Por essa razão, resolvi transformar esse herói da minha infância em uma metáfora para o trabalho criativo. Todos os outros heróis, abençoados pela genética ou condições especiais, são um modelo do mito da criatividade. Apenas se tornaram o que estavam predestinados a ser.
 
Bruce Wayne, ao contrário, dedicou-se a uma vida de treinamento e privações, até desen-volver condições suficientes para se transformar no homem-morcego. Levando em conta que ele herdou uma bela fortuna no mesmo mundo em que vive o Super Homem, seria muito fácil para ele resignar-se à sua posição de "simples humano" e deixar o trabalho pe-sado para os predestinados.
 
Abandonando o conforto, passando por um longo treinamento, e dedicando sua vida a um propósito, esse herói é uma abstração perfeita para a história de vida de diversos indivíduos que assombram e continuam assombrando o mundo real com seus feitos.
 
Para o Super Homem, a vida parece um pouco mais fácil. É verdade que ele é o último sobrevivente de seu planeta natal, mas ao chegar aqui, adquiriu super-poderes que o tornaram um semi-deus. Como diz o personagem de David Carradine no filme Kill Bill, o Super Homem parece zombar de todos nós ao se portar como um mero humano. Ele é mais que isso, sabe disso e se utiliza de seus poderes quando assim deseja.
 
O Super Homem representa o mito. O super herói que nasce com um dom ou simplesmente o adquire da noite para o dia. O Einstein que senta na mesa da cozinha e escreve a teoria da Relatividade, o inventor que está andando na praia e tem uma idéia que vale milhões. Aquela pessoa que simplesmente "tem talento" "teve sorte" ou foi "abençoada".
 
O Super Homem voa, desvia de balas, é praticamente invencível. Por mais que passe por perigos, ele parece saber que poderá contar com seus poderes para sair vivo da pior das situações. O Batman não pode se dar a esse luxo. Suas habilidades são fruto de uma vida de dedicação. Quando tudo parece perdido, só pode recorrer ao seu treinamento e inteligência.
 
E o que acontece quando nós, meros mortais damos de cara com o Batman na nossa frente?
 
O Batman é um super-herói. Sempre ouvimos que super-heróis possuem poderes especiais.
 
Graças ao seu treinamento e ferramentas, o Batman também consegue fazer coisas que nos parecem impossíveis. Nós, olhando de fora, não vimos o longo caminho pelo qual o Batman passou para fazer o que faz. Não vimos os erros, sofrimento e amadurecimento de seu treinamento. Não vemos seus problemas e falhas. Apenas enxergamos o produto pronto.
 
Para nós, que vemos de fora, olhamos seus atos fantásticos, usamos nosso conhecimento sobre o mundo e somos rápidos em concluir: O Batman deve ter poderes sobrenaturais.
 
Albert Einstein e Charles Darwin são apenas dois dos inúmeros exemplos que poderíamos citar de como é fácil cair no mito da criatividade. Basta receber a informação de seus históricos medíocres e conquistas posteriores e criar uma narrativa que faça sentido. E aqui começa a entrar toda aquela conversa sobre iluminação, destino, genética, loucura, sorte e todas aquelas explicações míticas sobre o trabalho criativo. Na falta de algo melhor, elas fazem sentido.
 
Como vimos, o fato das habilidades de pessoas como Einstein e Darwin não terem sido reconhecidas não significa que elas já não estavam sendo desenvolvidas. Mas essa conclusão não é tão direta. Para chegar a ela nós examinamos o modo como contamos histórias, e procuramos algumas pistas sobre o desenvolvimento real dessas duas pessoas.
 
Como vimos, não estamos sempre buscando a melhor solução, apenas uma que nos satisfaça. Nossa observação sobre os "maus alunos" é um pouco mais complicada e exigiu uma boa pesquisa. Enquanto isso, outras explicações podem surgir pelo caminho. Eu po-deria ter concluído que os dois possuem mentes diferentes e abençoadas, e me dado por satisfeito. "Era uma vez um menininho diferente, mau aluno e engraçado, que cresceu, foi atingido por uma idéia e criou a teoria da relatividade".
 
Assim, é fácil ignorar nossa conclusão sobre os maus alunos e aplicar a narrativa do mito. Estamos tão habituados com o mito que olhamos para o Batman, mas vemos o Super-Homem.
 
Este texto foi publicado originalmente no livro "O Mito da Criatividade",
de Fábio Zugman, pela editora Campus/Elsevier, 2008.

*Fábio Zugman é consultor de empresas, é autor de diversos livros,
entre os quais "Empreendedores esquecidos" e "Administração para
profissionais liberais". Veja também: www.zugman.com

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