quarta-feira, 14 de maio de 2014

Vince, et sine dolore

Nomeado DermoScreen, o aplicativo funciona através de lentes 
dermoscópicas que são conectadas ao iPhone e tem a função de 
aumentar o que a câmera do aparelho pode ver

Pesquisadores da Universidade de Houston, nos EUA, criaram um app capaz de auxiliar no diagnóstico de câncer de pele. A detecção da doença é feita em segundos, com uma taxa de 85% de acerto.

Nomeado DermoScreen, o aplicativo funciona através de lentes dermoscópicas que são conectadas ao iPhone e tem a função de aumentar o que a câmera do aparelho pode ver. Depois de o usuário tirar uma foto da lesão ou mancha suspeita, é só enviá-la ao app e este irá determinar se existe a possibilidade de câncer.

A ferramenta ainda está em fase de teste, mas se realmente chegar a ser lançada pode facilitar e agilizar o diagnostico do melanoma. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, mais de 2 milhões de casos da doença são registrados todos os anos.




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Ação da JWT para a marca inclui vídeo que ensina como usar 
as páginas do livro para preparar um churrasco

A JWT incrementa a mais recente campanha para a marca Tramontina com o lançamento da Bíblia do Churrasco, que traz os mandamentos de um bom churrasco, além de usar as próprias páginas do livro para prepará-lo.

Um vídeo explicativo mostra a utilidade de cada folha do livro nas etapas para fazer um churrasco como, por exemplo, uma página feita de carvão, uma inflamável, uma de papel alumínio, além de uma feita de sal, outra para amolar facas e ainda uma que pode ser usada como avental. A própria capa de madeira do livro, que em breve será lançado em livrarias, pode servir como tábua para cortar a carne.

A ação dá continuidade à campanha da linha de churrasco criada pela marca iniciada com o comercial ‘Manifesto’, que associava o consumo de carne ao desenvolvimento do homem.



Campanha da BBDO e Proximity de Cingapura para plataforma de 
crowdfunding mostra como o mundo pode ficar com mudanças climáticas

Como forma de alertar as pessoas para as consequências das mudanças climáticas, a BBDO e a Proximity de Cingapura criaram o projeto World Under Water para a plataforma de crowdfunding CarbonStory.

A ação consiste em um site que possibilita às pessoas visualizarem como ficará um deter minado lugar se o consumo de carbono não for reduzido e ocasionar no aumento dos níveis do mar. Para ver como ficará a sua rua, por exemplo, basta colocar o endereço. A tecnologia utilizada é a Web Graphics Library.

A CarbonStory espera conscientizar as pessoas para a necessidade de redução do consumo de carbono e para apoiar projetos que minimizem os efeitos das mudanças climáticas.

Confira um vídeo que explica o case:




Jean Lin, CEO global do Grupo Isobar, mostra quais são os 
atuais desafios da potência mundial durante oo ProXXIma 2014

Durante o evento ProXXIma 2014, painel The Business Edition, realizado no Sheraton WTC, em São Paulo, a apresentação "Flavor of China: dream, scale and aoppotunities", de Jean Lin, CEO global do Grupo Isobar, deixou os presentes bem informados sobre o mercado chinês e principalmente o que aconteceu nos últimos 20 anos na potência mundial.

Jean Lin, muito simpática, agradeceu e saudou a platéia em português. Em seguida, abriu a apresentação para falar de sonhos. "A China era a grande fábrica do mundo, mas agora está em uma nova era e pensa cada vez mais em criatividade, inovação e crescimento dos negócios", disse. "Muitos sonhos estão na cabeça do povo chinês."

Entre os sonhos "internos" dos chineses, está a melhoria da qualidade de vida. "Desde o presidente Xi, a China tem sonhos de ser muito mais do que a maior fábrica do mundo, mas de ser também um país com mais qualidade de vida para as pessoas", afirmou. "Fala-se muito também em uma transição econômina focada no consumo nacional e não tanto na exportação, esse é o novo objetivo do governo, que está em busca de maior equilíbrio."

Com isso, se no passado o foco da China era a manufatura, agora ela está preocupada com atendimento à saúde, energia e tecnologia. "O problema da poluição é imenso e causa muito sofrimento e, claro, o governo que atrair muito investimento estrangeiro para melhorar as condições de vida e ambiente no país."

Para Jean Lin, a busca pelo bem-estar das pessoas e por um crescimento sustentável está fazendo com que a China abra mão de uma parte do seu crescimento. "Neste ano, o crescimento deve ser de 7,5%, que é enorme quando comparado a outros países, mas é baixo quando comparado aos 14,2% que a China cresceu em 2007."

Mundo de oportunidades - Ela também destacou, claro, a quantidade de oportunidades à disposição de marcas e empresas. "Vamos pegar a indústria automobilistica como exemplo", disse. "A China, sozinha, comercializa mais automóveis que a Europa inteira e mais também que os Estados Unidos e representa a maior oportunidade do mundo para a indústria automobilística e nós consideramos que o consumo interno vai conduzir o país e será a chave para o crescimento sustentável na China."

A CEO global também destacou as marcas de luxo, que também são fundamentais no país em que a classe média cresce cada vez mais. "O consumo de luxo será a espinha dorsal da China em breve e deve superar o Japão já em 2015", afirmou. "Até 2020, passaremos de 80 a 180 milhões de consumidores de produtos de luxo no país", disse ela. "É uma oportunidade imensa para marcas chinesas que, claro, vem sempre acompanhada de desafios."

Sobre o digital - Jean Lin lembrou também, claro, que a China tem a maior população online do mundo, com mais de 591 milhões de pessoas conectadas, que devem ser 780 milhões em 2015. Para ela, o segredo do engajamento das marcas com os consumidores está em garantir que inovação, envolvimento e utilidade.

Como exemplo, ela citou uma ação criada pela Isobar da China para a Coca-Cola durante os jogos olímpicos de Londres, em 2012. "A ideia era que a população pudesse inspirar seus heróis em solo estrangiero e o país inteiro participou", contou ela. Foram criados nada menos do que 197 milhões de beats pelos chineses. "Foi a maior ativação que o mundo já viu."

A executiva também destacou o quanto o digital influencia a vida das pessoas e o quanto a China vem transformando cultura em ecommerce por meio de aparelhos móveis. "O mobile é a chave para a mudança do cenário dos negócios na China", afirmou. "Ninguém mais pode ficar sem um celular."

Jean Lin também destacou marcas chinesas que fazem muito sucesso interna e globalmente. Um dos exemplos foi a Xiaomi, fabricante de celulares e roteadores criada em 2010. "Seu primeiro celular foi lançado em 2011 e, até hoje, eles já enviaram 3,3 milhoes de aparelhos para o mundo, contra 7 milhões da Apple", disse ela. "Essa marca nunca foi construída com base na mídia tradicional, começou com boca a boca e mídia social", revela. "Precisamos pensar nisso e entender como inovar a forma como as marcas são construídas."

Ela também destacou o site de comércio eletrônico taobao.com, o maior China e um grande influenciador. "Em 11 de novembro de 2013, eles realizaram o 'single day sales' e venderam 5,7 bilhões de dólares, com mais de 45 milhões de transações móveis que renderam 1,8 bilhão de dólares", disse. Como comparativo, as vendas mensais do Walmart China são de 90 milhões de dolares. "O social é um fator chave que realmente influencia o marketing na China e todas as atividades hoje precisam ter ligação com ecommerce."

Por fim, ela afirmou que a China quer reverter a imagem de produtos "made in China", com baixo custo e pouca qualidade, e também garantiu que as agências que farão a diferença no futuro serão aquelas que não fazem apenas comunicação digital, mas que também são capazes de construir tecnologia com profundidade e gerenciar plataformas. "Elas trarão impacto para os clientes por serem parceiras de produção para ideias e produtos." 

Fonte: Meio & Mensagem | Proxxima



Marcos Morita*

Impiedosas foram as capas das revistas semanais sobre o descalabro que se tornou uma das maiores empresas brasileiras. Não obstante o ufanismo e o verde e amarelo de épocas passadas, era até pouco tempo um exemplo do Brasil grande, autossustentável, inovador e global. Juntar-se a suas fileiras motivo de orgulho e objetivo de muitos jovens, os quais ansiavam por trabalhar num ambiente rodeado por tecnologia de ponta, investimentos, educação continuada e meritocracia - características raras em uma empresa estatal, as quais transformaram a Petrobras em uma das maiores e mais admiradas empresas globais em seu setor.

O abuso do governo em utilizá-la como instrumento político, controlando os preços dos combustíveis nas bombas a fim de evitar aumentos inflacionários, fez com que amargasse prejuízos seguidos em seu balanço patrimonial. Não bastasse esta ingerência vermelha ocorrida nos últimos onze anos, corrupção ativa e passiva, nomeação de aliados políticos, aquisições esdrúxulas, marcos regulatórios ambíguos e toda sorte de malvadezas dilapidaram o valor de mercado da petroleira, cuja queda de 64% desde 2011 é o exemplo mais contundente. Despencaram com o valor das ações sua eficiência, rentabilidade e grau de investimento.

Gostaria de ilustrá-la através da Visão Baseada em Recursos ou VBR, proposta pelo pesquisador Jay Barney, PHD pela Universidade de Yale e um dos mais influentes teóricos sobre estratégia corporativa. Segundo o autor, as empresas podem construir fontes de vantagem competitiva por meio da utilização correta de seus recursos e capacidades. É necessário, porém, uma avaliação correta e realista, evitando um erro bastante comum no mundo dos negócios no qual empresas naufragam aos ataques da concorrência, seja por superestimarem seus pontos fortes ou subestimarem as barreiras de entrada ao negócio ou ao setor.

Barney desenvolveu uma interessante ferramenta para auxiliar esta análise denominada como modelo VRIO, o qual aborda os recursos e capacidades de uma empresa sobre o prisma do Valor, da Raridade, da Imitabilidade e da Organização, atuando como um funil na estimação de seus pontos fortes como construção de vantagem competitiva. Vejamos a teoria do autor, aplicando-a ao exemplo das Petrobras. Você verá que após a definição do acrônimo haverá uma pergunta-chave, cuja resposta positiva qualifica o recurso como fonte de vantagem competitiva.

Valor: o recurso permite que a empresa explore uma oportunidade ambiental ou neutralize uma ameaça do ambiente? Talvez poucos setores tenham uma correlação tão forte no que tange ao valor e utilização de sua matéria-prima como parte de seu produto final. É inimaginável uma empresa petroleira sem campos de exploração ou uma mineradora sem jazidas de ferro. Vejamos agora a cadeia de valor do petróleo. Desde a exploração, perfuração, bombeamento, transporte, refino, distribuição e venda há a mão pesada da Petrobras, corroborando a tese que de que os recursos permitem neutralizar qualquer ameaça do ambiente.

Raridade: o recurso é controlado atualmente apenas por um pequeno número de empresas concorrentes? Em um cenário de livre concorrência, em geral os recursos estão disponíveis de maneira homogênea para todos os competidores. Já empresas inovadoras conseguem certa exclusividade até que competidores decidam copiá-la, seja de maneira licita ou ilícita. Outro exemplo interessante são os laboratórios farmacêuticos e suas patentes. Colocado este pano de fundo, nenhuma outra empresa brasileira navega em céu de brigadeiro como a Petrobras com o quase monopólio exercido sobre os campos atuais e potenciais, garantindo a raridade dos recursos para a estatal verde e amarela. 

Imitabilidade: as empresas sem o recurso enfrentam uma desvantagem de custo para obtê-lo ou desenvolvê-lo? Que empresa sentir-se-ia atraída a entrar num mercado fechado, obscuro, dominado por um único parceiro e cujo sócio será o próprio inimigo, características do sistema de partilha adotado no modelo de exploração? O resultado do leilão do campo de Libra, o maior do pré-sal, confirma esta tese com um número de participantes bastante inferior ao inicialmente previsto. Talvez não tenha sido coincidência a não participação de quatro gigantes do setor: as norte-americanas Exxon Mobil e Chevron e as britânicas British Petroleum (BP) e British Gas (BG), que com certeza previam uma desvantagem de custo com a obtenção e desenvolvimento da matéria-prima.

Organização: as outras políticas e procedimentos da empresa estão organizados para dar suporte à exploração de seus recursos valiosos, raros e custosos para imitar? Estavam até a corja de José Gabrielli, Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró, André Vargas e Alberto Youssef, só para citar os envolvidos até a semana passada, esculhambarem, escangalharem, desmoralizarem e avacalharem a empresa criada por Getúlio Vargas há mais de 60 anos.

Enfim, espero que a descoberta do escândalo causado pela compra da refinaria nos Estados Unidos traga, se não uma CPI, ao menos esperança de que os desmandos e desmazelos diminuirão, retornando a Petrobras ao caminho das boas práticas de gestão, da competitividade e da inovação. Capacidades e recursos ela têm de sobra, basta saber até quando aguentará ver seus recursos bombeados e desviados como num verdadeiro “propinoduto”.

*Marcos Morita é colunista do site Administradores e palestrante sobre o tema Estratégias Empresariais. Seus artigos e comentários são publicados em veículos como: Revista Exame, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Globo G1, Record News, Portal Abril, Endeavors, dentre outros. Mestre em Administração e professor de estratégia e marketing na Universidade Mackenzie. É também executivo há 15 anos em multionacionais.
Site: www.marcosmorita.com.br
E-mail: professor@marcosmorita.com.br
Skype: professormorita
Twitter: marcosmorita



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