quinta-feira, 15 de maio de 2014

Siamo assolutamente nulla

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Nos últimos três meses, 52% dos brasileiros fizeram alguma compra por impulso, de acordo com um estudo o do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e que foi divulgado na última terça-feira (13).

Descontos e promoções são o principal motivo das compras por impulso, e foram mencionados por 50% dos entrevistados. Apenas 2% dos consumidores dizem ter sido vítimas da própria ansiedade no ato da compra, e menos ainda (1%) afirmam ter sido influenciados por campanhas publicitárias.

Mulheres compram mais roupas e calçados, e homens, eletrônicos
Roupas e calçados são os maiores responsáveis pelos momentos de descontrole, segundo a pesquisa: 29% das pessoas assumiram comprar roupas por impulso, e calçados são 19% das compras sem planejamento. Eletrônicos e celulares aparecem em seguida, nas respostas de 18% dos entrevistados, seguidos por perfumes e cosméticos, com 12%.

Entre as mulheres, a preferência por roupas é ainda maior: atinge 39% das entrevistadas, enquanto 19% admite ter comprado calçados nos momentos de impulso.

Entre os homens, o destaque é a compra de produtos eletrônicos: 26% dos entrevistados assume ter comprado estes itens por impulso, enquanto 24% gastam sem pensar com itens de vestuário.

Shopping centers e lojas virtuais são locais do impulso
Já em relação aos locais onde são feitas as aquisições sem planejamento, os shopping centers são os campeões, citados por 35% dos entrevistados. Em segundo lugar, estão as lojas virtuais, na preferência de 23% das pessoas, em especial entre o público masculino (28%, contra 19% da preferência feminina).

Outros lugares também mencionados são as lojas de rua, citadas por 14%; supermercados, também com 14%; e lojas de departamento, lembradas por 4% das pessoas.

Compra por impulso pode levar ao descontrole do orçamento
Na avaliação do educador financeiro José Vignoli, o consumo não planejado deixa de ser um ato de prazer a partir do momento em que essa prática conduz o consumidor ao descontrole orçamentário e, consequentemente, à inadimplência.

"Muitas pessoas tendem a pensar que educação financeira é fazer uma poupança. Na verdade, guardar dinheiro é só uma parte. Ser educado financeiramente significa, antes de tudo, estar bem informado e tomar decisões conscientes na hora de priorizar e organizar os próprios gastos. Somente assim o consumidor passa a ter um maior controle psicológico sobre a impulsividade", explica.

O SPC Brasil e o portal Meu Bolso Feliz ouviram 694 consumidores nas 27 capitais brasileiras. Segundo as instituições, a margem de erro da pesquisa é de 3,8 pontos percentuais e a margem de confiança é de 95%.

Fonte: SPC|Folha SP


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Estados Unidos, Colômbia, Portugal, Israel e Japão. Com o objetivo de ampliar vendas e internacionalizar suas marcas, empresas brasileiras têm escolhido países para abrir novas lojas, o que muitas vezes exige adaptações ao gosto local.

No mês passado, um restaurante Shrimp House foi aberto em um shopping center de Miami, na Flórida (EUA). O nome em inglês, inicialmente estranho aos ouvidos dos brasileiros, é uma adaptação de uma marca bastante conhecida por aqui: a rede de frutos do mar Vivenda do Camarão.

É a segunda unidade que a empresa abre nos EUA em menos de seis meses. Em novembro, um restaurante foi inaugurado em Coral Springs, também na Flórida. O investimento foi de US$ 750 mil por loja. Os planos incluem a abertura de 25 unidades próprias até o ano que vem e, depois, a criação de um modelo de franquias.

"Temos planos de abrir unidades em outros países também, principalmente na América Latina, como Uruguai, Colômbia e Chile. Mas a crise financeira americana abriu uma oportunidade interessante, porque tornou nossa entrada nos EUA mais fácil e barata", diz Rodrigo Perri, sócio-diretor da Vivenda do Camarão.

Apesar de os restaurantes serem frequentados por muitos brasileiros, segundo Perri, a maioria do público é de americanos e latinos.

Saturação do mercado nacional
É assim também nas dez unidades da rede Giraffas naquele país, que exigiram investimentos de US$ 15 milhões. A primeira foi aberta em 2011, depois de cinco anos de estudo, afirma o CEO do Giraffas EUA, João Barbosa.

Mais quatro devem ser inauguradas até o fim deste ano. A partir do ano que vem, a empresa quer procurar franqueados.

"Vimos um aumento da concorrência no Brasil, principalmente de marcas vindas de fora, e um início de saturação do mercado nacional. Uma das nossas estratégias foi, então, procurar novos mercados. Achamos que os Estados Unidos seriam um país interessante, porque é um mercado maduro e dinâmico, e uma vitrine para o mundo", diz Barbosa.

A crise americana, afirma, também foi um fator determinante para a entrada naquele mercado. O Giraffas atua no chamado fast casual, um segmento que se posiciona entre o fast food (como o McDonald's) e o casual dining (como o Outback).

"O conceito de fast casual é que é possível comer bem e com qualidade por um preço justo e com serviço rápido. Com a crise de 2008, esse segmento explodiu nos EUA. As pessoas não querem mais gastar US$ 30 no almoço. Nós oferecemos pratos na faixa de US$ 8 a US$ 12", afirma o CEO.

As operações no exterior representam, atualmente, 4% do faturamento do grupo. A meta é que essa participação chegue a 25% em 2020.

Óculos espalhados pelo mundo
A rede de acessórios (óculos escuros, relógios, bolsas e chapéus) Chilli Beans começou seu processo de internacionalização há alguns anos, em 2005, nos Estados Unidos.

A segunda unidade foi aberta no ano seguinte em Portugal e hoje já existem unidades na Colômbia, no Peru, em Israel e nos Emirados Árabes.

Caito Maia, presidente da Chilli Beans, diz que o objetivo é tornar a marca global. "Apesar de sermos uma marca brasileira, a ideia é sermos mesmo um varejo global e vender a consumidores em geral."

A internacionalização é velha conhecida da marca O Boticário, que abriu sua primeira loja em Lisboa (Portugal) em 1986.

Atualmente, a empresa tem 85 lojas no Japão, em Angola, nos Estados Unidos, na Venezuela e no Paraguai. Seus produtos podem ser encontrados também em pontos de venda multimarcas.

 "Investimos no processo de internacionalização da marca para ampliar a visibilidade e a atuação da empresa no mercado internacional. Procuramos atender tanto os brasileiros que moram fora quanto os estrangeiros que buscam produtos diferentes com as características dos cosméticos brasileiros", diz Nicolas Pabon, gerente comercial internacional de O Boticário.

Fonte: Age


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Cardápio abrasileirado, com caipirinha, picanha e pastel, informalidade no atendimento e um consumidor que cada vez mais faz refeições fora de casa. Esses três fatores têm feito com que o Brasil se torne um mercado de destaque para redes americanas de restaurantes.

McDonald's, Hooters e Outback são exemplos de empresas que têm, aqui no país, unidades que batem recordes de vendas no mundo.

Há três anos consecutivos, o restaurante Outback do Shopping Center Norte, na zona norte de São Paulo, é a unidade que mais fatura no mundo. "Dos dez maiores restaurantes do mundo em relação ao faturamento, nove são brasileiros", diz Salim Maroun, presidente do Outback Brasil. O outro fica em Las Vegas, nos Estados Unidos.

A rede, criada em 1988, é americana, mas de temática australiana. Em 1997, abriu sua primeira unidade no Brasil, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Hoje, são 50 restaurantes no país.

As outras unidades brasileiras que figuram no topo da lista de faturamento estão distribuídas nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

"O Outback tem um perfil bastante agradável aos costumes brasileiros, com uma abordagem informal, com proximidade entre atendimento e clientes", diz Maroun.

Picanha preparada com sal grosso
Na tentativa de se aproximar mais do cliente daqui, a rede incluiu no cardápio a picanha. "Este é o único corte preparado com sal grosso, ao estilo brasileiro. Além dele, as caipirinhas também são particularidades do nosso país."

A empresa não divulga o faturamento local, mas diz que, no ano passado, houve um crescimento de 20% em relação a 2012.

A rede Hooters, famosa pelas garçonetes vestidas com roupas sensuais, também tem no Brasil um mercado forte. O primeiro restaurante foi aberto em 2002, mas não deu certo e fechou as portas em 2010.

No fim do mesmo ano, um novo representante passou a tomar conta da marca e abriu um restaurante-modelo na Vila Olímpia, zona oeste de São Paulo. No ano de 2012, essa foi a terceira unidade que mais faturou no mundo, fora os restaurantes dos Estados Unidos. Perdeu apenas para uma unidade de Tóquio, no Japão, e para outra em Cingapura.

Atualmente, dois outros restaurantes Hooters estão abertos (um no Shopping Mooca, na zona leste da capital paulista, e outro em Santo André, no Grande ABC). Outro será inaugurado em abril no Rio de Janeiro.

A empresa, que estima ter faturado R$ 18 milhões em 2013 no Brasil, prevê faturamento de R$ 24 milhões neste ano.

Garçonete sensual, pastel e caipirinha
Assim como no caso do Outback, o cardápio do Hooters foi adaptado para agradar ao paladar do brasileiro: a rede oferece, só aqui, porção de pastel e caipirinha, que não constam dos menus internacionais.

"Demos uma 'abrasileirada' no cardápio, o que ajudou bastante. Como os brasileiros não costumam comer lanche no almoço, colocamos pratos feitos e picanha", diz Marcel Gholmieh, CEO do Hooters Brasil.

As garotas Hooters também explicam, pelo menos em parte, o sucesso da empresa por aqui.

"As garotas são nosso ponto forte e nosso ponto fraco ao mesmo tempo, porque precisamos desmitificar um possível constrangimento que elas possam trazer aos clientes. Nos Estados Unidos, a marca tem 30 anos, e os clientes estão acostumados com esse conceito. Aqui, temos o desafio de trazer famílias para o restaurante e mostrar que elas são apenas garçonetes, que estão ali para atender a mãe, o pai e a criança."

O contrato da Hooters Brasil com a matriz americana prevê a abertura de pelo menos duas lojas por ano no país. Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), Curitiba (PR) e Goiânia (GO) são mercados em estudo.

"Também estamos estudando bastante o Nordeste, mas achamos que ainda não é hora de abrir restaurante lá. A distância cria dificuldades para operarmos na região", afirma o CEO.

Sucesso de lanchonete na zona leste
Criada nos anos 1950 nos Estados Unidos, a rede de fast food McDonald's chegou ao Brasil em 1979 e desde o começo encontrou um público fiel por aqui.

Por anos, a lanchonete do Shopping Center Norte esteve entre as mais movimentadas do mundo. Atualmente, a unidade do McDonald's do Shopping Itaquera, na zona leste de São Paulo, é a que mais vende na América Latina, segundo Dorival Oliveira, vice-presidente de desenvolvimento e operações da Arcos Dourados, dona da marca.

Também na zona leste da cidade, o Complexo Aricanduva, que reúne três shopping centers, é outro caso de sucesso para a rede. Lá, existem quatro restaurantes, três lojas do McCafé e dez quiosques de sorvete – um recorde de unidades num mesmo local. "Todos lá fora querem conhecer o que fizemos no Complexo Aricanduva", diz Oliveira.

A empresa não divulga o faturamento. Para Oliveira, o desempenho da rede no Brasil está ligado a adaptações feitas de acordo com o público-alvo de cada unidade.

"Às vezes temos restaurantes muito próximos, mas com características diferentes. O restaurante da avenida Paulista, por exemplo, recebe muitos trabalhadores, executivos e estudantes. É uma pessoa que quer ser atendida com rapidez, ou se sentar sozinha para ler um jornal, ou conversar com os amigos", diz.

Perto dali, na esquina da avenida Rebouças com a rua Henrique Shaumann, zona oeste de São Paulo, o McDonald's tem um público diferente, formado por famílias inteiras, que vão lá principalmente no fim de semana. Por isso o restaurante tem playground e McCafé.

Os planos da empresa para 2014, segundo Oliveira, incluem a abertura de unidades em cidades em que a rede ainda não está presente. Assis, Arujá, Peruíbe (no Estado de São Paulo) e Sobral (no Ceará) estão entre elas.

Fonte: M&M|Uol


Busca por itens livres de agrotóxicos deve crescer 35% em 2014, 
elevando faturamento a R$ 2 bilhões. Alcance, no entanto, ainda é 
pequeno diante da totalidade do mercado

A busca por saudabilidade e sustentabilidade entre os consumidores brasileiros gera mudanças ainda lentas, mas crescentes, no setor de agronegócios. Muitos pequenos produtores já resgatam processos de cultivo primitivos, abolindo os agrotóxicos do processo de cultivo, mas o país não está próximo a mercados como o dos Estados Unidos, que já conta com um supermercado só de alimentos naturais e orgânicos – o “Whole Food” –, mas deve registrar crescimento de 35% este ano, de acordo com o Projeto Organics Brasil do Instituto de Promoção e Desenvolvimento (IPD). O segmento esbarra em uma série de obstáculos para caminhar ainda mais rapidamente.

Juntos, os produtores de orgânicos devem obter um faturamento de R$ 2 bilhões este ano. Esses são números promissores para a modalidade, mas ainda representam uma fatia mínima do total da agropecuária nacional. A previsão da produção das lavouras e da pecuária em 2014 é de R$ 440,56 bilhões, de acordo com dados do governo federal. Apesar dos passos lentos, o segmento já provoca uma mudança filosófica no consumidor, no momento de sua decisão de compra.

O principal desafio para o setor ainda é a falta de informação de grande parte da população. Os itens, em sua maioria, têm maior aceitação entre as pessoas com idade a partir de 40 anos, pertencentes às classes A e B. “Do lado do consumidor sentimos uma carência de informação sobre onde comprar ingredientes ou refeições orgânicas. Muita gente ainda não compreendeu as vantagens para o organismo e nem para a sustentabilidade”, diz Fernando Souza, Organizador do Projeto Passaporte Verde da PNUMA, em entrevista ao Mundo do Marketing durante a feira Green Rio.

Turismo e educação orgânica
Os produtos considerados orgânicos ainda carregam estigmas como o de serem menos atrativos visualmente, inacessíveis, conectados a um discurso técnico e, o principal deles, o de serem muito mais caros do que os seus equivalentes regulares. “Para mudar a visão do consumidor é indispensável a educação. Ela precisa abolir as linguagens técnicas, tem que ser lúdica e divertida. É necessário mostrar os custos que não são imediatos, ou seja, os efeitos à saúde”, aponta Fernando Souza.

O Projeto Passaporte verde tem exatamente este foco. A ideia é aproveitar os eventos esportivos que acontecerão no Brasil para promover o país como um dos destinos da gastronomia orgânica. Na prática, a intenção é incentivar que os restaurantes insiram em suas descrições na internet informações sobre seus ingredientes, destacando o uso de itens livres de agrotóxico. “Os restaurantes que adotam orgânicos em sua cozinha podem apresentar isso como um diferencial. Esses estabelecimentos mostrariam que são lugares atrativos, não apenas pelo ambiente bonito ou por utilizarem talheres de prata, mas também porque as receitas são orgânicas”, comenta Fernando Souza.

A iniciativa conta com uma caderneta que é distribuída nos aeroportos e traz, além de informações sobre restaurantes, sugestões de ecoturismo. Quem viajar para assistir aos jogos do mundial terá indicações para visitar fazendas e lojas familiares dedicadas à venda de produtos sem agrotóxicos, como geleias e compotas. A ideia, gerida pela PNUMA e pelo Ministério do Turismo, foca não apenas nos turistas estrangeiros, mas também nos brasileiros que irão para outros estados no período.

Prêmio por incentivos
O projeto conta ainda com uma plataforma digital, que premia os consumidores cada vez que incentivarem a produção local. “É uma forma divertida de introduzir o orgânico na vida das pessoas. Ao tirar uma foto em um restaurante cadastrado e publicar na sua rede social com a hashtag do projeto, o internauta recebe um voucher que pode conter descontos ou brindes em estabelecimentos locais”, diz o organizador do projeto Passaporte Verde.

O conhecimento também é uma peça indispensável para o consumidor na hora de identificar a procedência dos produtos orgânicos que escolhe no ponto de venda, para não levar gato por lebre. Para isso, os produtores buscam certificações reconhecidas por órgãos como o Ministério da Agricultura e Pecuária. Um deles é o Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica (SisOrg), que garante que a semente utilizada tem origem orgânica, além de estabelecer normas para trabalhadores, manuseio da terra, processos de cultivo e colheita.

Este é um dos principais pré-requisitos para quem deseja se estabelecer nesse mercado. Os critérios de certificação acabam impedindo que alguns produtos, por mais que adotem métodos sustentáveis em sua produção, sejam incluídos nesse grupo. “Um dos principais desafios ainda é obter a certificação. O Sítio do Moinho tem o SisOrg e é certificado pelo IBD. Contudo, muitos itens que importamos enfrentam barreiras para serem aceitos como orgânicos no Brasil”, diz a Adriana Bassu, Gerente Comercial do Sítio do Moinho, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Organização em associação facilita logística
Para se adequar e conquistar as certificações, os produtores se organizam em associações. Essas entidades reúnem vários polos de produção sob um único representante para se apropriarem de leis de incentivo para obter espaços em centros de distribuição e verbas para a compra de veículos e maquinário.

Um desses grupos é a Abio, que reúne produtores da região serrana do Rio de Janeiro. Os associados já disponibilizam seus produtos em redes como Walmart e Zona Sul. “Um produtor ajuda o outro a perder manias que dificultam a certificação, como o uso de herbicidas. Consequentemente, melhoramos a produção. Agora o novo desafio é nos unirmos com outras associações para estabelecer um setor orgânico no Ceasa”, comenta Markus Stephan Wolfjdunkell Budzynkz, Engenheiro Florestal e sócio da Abio, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Pequenos produtores e grandes empresas
Antigamente, os orgânicos eram exclusividade de agricultores com estruturas pequenas e apresentavam aparência diferente dos vegetais tradicionais. Os produtos eram visivelmente menores, com cascas mais sujas, além de apresentarem furinhos que funcionavam quase como um atestado de má qualidade. Atualmente, os selos de certificação se somam à tradição conquistada pelos agricultores. “Hoje, praticamente não tem como distinguir visualmente uma cenoura orgânica de uma regular. A diferença está no cultivo. Os nomes dos produtores também passam a ser reconhecidos como sinônimo de qualidade”, diz Renato Agostini, Biólogo, Produtor no Sítio Solstício, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Ainda são os pequenos produtores que compõem a maioria do mercado de orgânicos nacional. Muitos se baseiam na agricultura familiar, enquanto outros são empregadores e adotam práticas sustentáveis que incluem o repasse da renda para todos os envolvidos no processo. As gôndolas de itens sem agrotóxico de grandes redes de supermercados e hortifrutis dão uma amostra deste cenário, pois são coloridas pelos selos de sítios e fazendas que buscam um lugar na mesa do consumidor.

O cenário atual conta ainda com produtos especiais dentro de marcas consagradas, como o café Pilão, que possui uma versão orgânica. Outro exemplo é a Taeq, marca do Grupo Pão de Açúcar que conta com produtos como cereais, frutas e verduras produzidos sem agrotóxicos. Essas marcas nascidas dentro de grandes empresas impõem desafios diários aos pequenos em aspectos como logística e comunicação e saem na frente na busca pelo consumidor.

Desafios da rentabilização
Quanto mais enxutas forem as estruturas, maiores serão as dificuldades de logística. Gilmar Carino é o dono da Fazenda Boa Fé, que conta com um sistema de produção familiar de queijo, e presidente da AproRio. Ele é o responsável por telefonar para os clientes e dirigir o carro das entregas em sua empresa. Outros 22 produtores familiares representados por Gilmar na associação também enfrentam a mesma realidade. “Se a logística não for bem feita pode comprometer e muito o rendimento. Eu espero ter uma rota satisfatória de pedidos para sair”, conta Gilmar Carino, dono da Fazenda Boa Fé e Presidente da AproRio.

A logística também é um desafio para a marca Korin, que ficou conhecida pela criação de frangos sem antibióticos e promotores de crescimento. A empresa teve sua rentabilidade comprometida pelos custos de logística e, agora, investe em itens de mercearia para aumentar o valor agregado de suas entregas. A linha conta com arroz, café, macarrão e planeja expandir para itens como hambúrguer, patê, shampoo e condicionador até o final do ano. “O transporte ainda é uma grande dificuldade por ser muito caro. Reduzimos a entrega que acontecia três vezes por semana para duas vezes”, diz Denilson Pires, Representante Nacional da Korin, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A comunicação é entrave tanto para que novos comerciantes incluam os produtos no seu mix, quanto para a adesão de consumidores finais. A falta de recursos para uma divulgação mais efetiva torna o trabalho de aproximação ao consumidor final mais árduo para os pequenos, que continuam muito dependentes do boca-a-boca. O Sítio do Moinho conhece esta realidade de perto. A marca produz, vende e importa orgânicos há 20 anos.

Para o empreendimento, a comunicação tem função educativa junto ao consumidor. A produção que começou pequena e já conta com vegetais, pães e biscoitos, além de itens importados como a calda de Agave, que funciona como substituto do açúcar refinado. A marca possui ainda uma loja própria no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, e se prepara para a abertura da segunda unidade, na Barra da Tijuca.

A empresa acredita que os produtos e a entrega de qualidade são a melhor forma de comunicação “Não adianta adotar um discurso e ser outra coisa na prática. O diferencial é a seriedade e a verdade que o produtor imprime. O consumidor chega ao ponto de venda e procura pelo que conhece como sinônimo de qualidade”, avalia Adriana Bassu.

Fonte: Mundo do Marketing

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A arte de rua tem sido absorvida como uma forma legítima de arte ao longo dos anos. Ultimamente é possível até encontrar incentivo de governos para tal atividade. Porém, ainda estamos longe de afirmar que artistas de rua já podem descansar sobre os louros do reconhecimento. A parte empolgante é que o crescimento e o engajamento das pessoas com a arte de rua envolvem projetos cada vez mais ousados que exploram novas maneiras de cobrir as ruas com arte.

Uma delas é o embelezamento de escadarias públicas, uma prática que abrange diversos lugares pelo mundo.  Se os degraus são suficientemente longos, quem chega, vê a obra inteira e andando até o pé da escada, também pode notar os detalhes das imagens à medida que começa a subi-los.

Quando os primeiros intervalos das escadas do arco-íris na Turquia foram pintados pelo governo local, as comunidades próximas responderam à iniciativa pintando seus próprios degraus. A escadaria de mosaico em São Francisco, por exemplo, foi criada por mais de 300 pessoas interessadas em embelezar o espaço. Eram todos moradores locais engajados e orientados por um casal de artistas. Veja algumas escadarias lindas, repletas de muita arte e cor, e inspire-se.



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