quinta-feira, 29 de maio de 2014

Da Colui che è sempre presente

No portal interativo é possível consultar revistas, narrativas, 
manuscritos, fotos, filmes de curta metragem e peças publicitárias 
que marcaram a história e cultura 

A Pirelli lança portal interativo onde é possível consultar, em primeira mão, narrativas, manuscritos, fotos, filmes de curta metragem e peças publicitárias que marcaram a história e cultura italiana, desde a era do pós-guerra até os dias atuais. 

The Pirelli Post ( http://thepost.pirelli.com) reúne diversos artigos da Pirelli Magazine, que de 1948, ano de sua fundação, até 1972, abrigou alguns dos principais nomes da literatura, arte, ciências e jornalismo. 

O projeto contou com a contribuição da Fondazione Pirelli, e é parte de um acordo entre a Companhia e a Princeton University, que visa contribuir para a disseminação da história italiana em novos formatos. 

The Pirelli Post também irá embasar o curso O Novo Cinema Italiano, conduzido em equipe por Gianni Riotta e Gaetana Marrone-Puglia (professor nos departamentos de estudos italianos e franceses de Princeton), que inclui análises de obras primas do cinema italiano, como O Último Imperador (1987), de Bernardo Bertolucci, Cinema Paradiso (1989), de Giuseppe Tornatore, Caro Diário (1993), de Nanni Moretti, e A Vida é Bela (1997), de Roberto Benigni.


Novas informações vão fornecer perfil de idade e gênero 
da audiência norte-americana

Após lançar, em outubro do ano passado, o TV Twitter Ratings, a Nielsen resolver compilar dados mais robustos sobre a audiência de televisão cruzada com segunda tela. Agora, a empresa vai incorporar às métricas de audiência dados sobre gênero e idade do público norte-americano.

Segundo informações do MediaPost, os dados dizem respeito a mais de 270 atrações de canais de TV dos Estados Unidos, relacionados tanto a quem publica tweets como a quem os lê. As faixas etárias seguirão os padrões de métrica televisiva: 13-17, 18-24, 25-34, 35-54 e acima de 55 anos.

A Nielsen já divulgou insights interessantes sobre os dados demográficos de segunda-tela. Da audiência de competições esportivas, em média 79% são homens. Dos realities, 65% são mulheres. Os publicadores que assistem a realities também costumam ser mais jovens, com 75% com 35 anos ou menos. Entre séries dramáticas de TV, somente 14% dos autores de tweets são homens.

Fonte: Portal Meio & Mensagem


Casos de sucesso como o do Waze, que foi usado por empresas 
no Brasil para aumentar sua interação com os usuários mostram 
que há muita inovação na comunicação

Flavio Levi, diretor da IMS Mobile, Unidade de Negócios da IMS (Internet Media Services), o maior hub de meios digitais do Vale do Silício para a América Latina, ministrou uma palestra no ProXXIma 2014, em São Paulo, para contar cases práticos do So.Lo.Mo em campanhas publicitárias.

Fiat, Itaú e McDonald´s foram algumas das grandes marcas citadas por Flavio Levi, como usuárias do conceito So.Lo.Mo - Social, Local e Mobile. A plataforma Waze, por exemplo, um aplicativo de celular que aprende os caminhos mais utilizados pelo motorista e sugere as melhores alternativas para fugir do trânsito - é uma típica aplicação do So.Lo.Mo. O Waze usa as informações produzidas pela “maior comunidade de motoristas do mundo”, e fornece informações locais para o usuário na sua rota em tempo real. Tudo isso através da telefonia móvel.

Sua particularidade – estar em contato permanente com motoristas enquanto dirigem - permite que empresas usem essa informação estratégica – a localização do usuário – para promover ações de marketing criadas especificamente para atingir os targets em determinado momento e região. 

“Se você está próximo a um estabelecimento que lançou uma promoção ‘compre um café e ganhe um croissant’ por exemplo, é possível receber um alerta do Waze ao passar pela região. Daí é só clicar e ter acesso àquela oferta”, disse Flávio Levi.

Outro exemplo foi o do McDonald´s, que usou as características do aplicativo para sua promoção de sanduíches a R$ 6,50. Já a Fiat procurou conquistar a simpatia do motorista ao alertar para opções de restaurantes, sorveterias ou cinemas nas proximidades. A campanha tinha por finalidade retirar as pessoas do trânsito para terem momentos de lazer.

“Outro cuidado que o Waze toma quando veicula uma campanha é o de não deixar que os anúncios sejam invasivos. A promoção aparece somente quando a pessoa está parada. O motorista começou a se movimentar, a imagem some. E aparecem, no máximo, três banners por período de navegação. A ideia não é fazer ‘spam’, e sim mostrar algumas campanhas que possam ser relevantes para o usuário”, ressaltou o executivo da IMS Mobile.

Caso queira conhecer os cinco passos básicos para campanhas de geomarketing, leia o arquivo acessando: www.imscorporate.com


Japonesa deixa as TVs e a linha branca um pouco de lado para focar no mercado B2B, enxergando nas Olimpíadas uma oportunidade para se aproximar de potenciais clientes

Velha conhecida dos brasileiros, a japonesa Panasonic perdeu espaço nas vendas de televisores no país diante do aumento da competitividade do mercado, com a presença de marcas como Samsung, Sony e LG. O cenário, no entanto, não inibe o audacioso plano da companhia de dobrar seu faturamento por aqui até 2018, ano em que completa um centenário de atividades no mundo. Seu foco hoje é outro. Apesar de ainda vender aparelhos de televisão e equipamentos da linha branca, a aposta da empresa é no mercado B2B.

A realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro é a grande oportunidade para a Panasonic se aproximar dos clientes brasileiros e comprovar a qualidade de seus produtos. A japonesa é patrocinadora oficial do evento desde 1988 e acaba de inaugurar um escritório na cidade-sede para coordenar os trabalhos junto ao COI. Ela será responsável pelas soluções em vídeo, áudio e segurança que equiparão a Vila Olímpica e as arenas esportivas durante a competição.

O desafio da filial é contribuir para as metas da japonesa de elevar seu resultado global de US$ 77 bilhões, registrado em 2013, para R$ 100 bilhões, até 2018. “Fornecemos basicamente sistemas de B2B para as Olimpíadas e isso deve ajudar a Panasonic a trazer mais projetos nessa área para o país. Nossa ideia é equipar cada vez mais as arenas esportivas brasileiras e nos aproximar também dos setores hoteleiros e de transporte”, explica Masahiro Shinada, Vice-Presidente da Panasonic do Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Atuação na Copa
A companhia não vai esperar pelo maior evento esportivo do mundo para mostrar sua força. Ela já forneceu telões e câmeras de segurança para a Arena Pantanal, em Cuiabá, e para a Arena da Baixada, em Curitiba, ambos palcos da Copa do Mundo. Também firmou contrato de patrocínio de quatro anos com o estádio de Curitiba, outro local de jogos do mundial.

A companhia não é patrocinadora do mundial, mas ganha visibilidade por contar com o jogador Neymar como garoto-propaganda de sua linha marrom. Já o rosto por trás das divulgações da linha branca da marca é a apresentadora Fernanda Lima, que também está atrelada ao evento por ter feito sucesso como mestre de cerimônia no sorteio dos grupos de times no fim do ano passado.

A abertura do novo escritório no Rio busca tanto potencializar os investimentos temporários para a realização dos jogos, quanto os posteriores ao evento. “Sempre estivemos muito direcionados para o segmento de áudio e vídeo para o consumidor final, mas agora nosso objetivo é ampliar a atuação na relação empresa-empresa, com foco especial no setor automotivo. O novo escritório é estratégico para isso”, ressalta Chairman da Panasonic Corporation, Nagae Shusaku, que veio pela primeira vez ao Brasil para a abertura do novo espaço, na Zona Portuária do Rio de Janeiro.

Consolidação da imagem da marca
Os resultados dos investimentos devem extrapolar o simples fornecimento de equipamentos. “Esperamos também projetar e consolidar a imagem da Panasonic como marca. Ao nos aproximarmos dos parceiros e clientes, teremos a oportunidade de fazer com que eles conheçam melhor os negócios da empresa”, afirma Yorihisa Shiokawa, Presidente da Panasonic Latin America, em entrevista concedida no novo escritório da companhia.

A grande novidade tecnológica prevista para as Olimpíadas está nos equipamentos com resolução em 4K, que permitem a percepção de detalhes mais próximos aos captados pelo olho humano, em relação às imagens disponíveis hoje nas transmissões. Para abastecer o Brasil com seus produtos, a Panasonic conta hoje com três fábricas no país, empregando cerca de 1.800 pessoas nelas.

Uma delas está localizada em Extrema (MG) e atua na produção da linha branca. A unidade de Manaus se dedica a TVs, equipamentos de áudio, como mini systems e car áudios para as montadoras, e telefones de uso residencial. A companhia pretende aumentar a linha de produção desta fábrica, tanto em relação à capacidade quanto à variedade, incluindo micro-ondas comerciais. Já a unidade mais antiga da marca no Brasil fica em São José dos Campos e há 44 anos é responsável pelas pilhas vendidas pela japonesa.

Continente americano em destaque
A reestruturação focada na ampliação da venda de produtos para outras empresas levou a companhia a ter lucro operacional global de cerca de US$ 6,7 bilhões no ano fiscal de 2013/2014, que terminou em 31 de março. As contribuições da operação brasileira para esse resultado ainda é muito pequeno, já que nos últimos anos o grupo aportou capital prioritariamente em mercados na Ásia e na África. O continente americano agora passa a ser apontado como importante território para no novo direcionamento dos investimentos.

O Brasil responde hoje por metade do faturamento na América Latina. Para se aproximar dos compradores daqui, a marca tem investido forte também na produção de vídeos para a internet. “A web é um dos melhores canais disponíveis para explicarmos melhor para o consumidor o diferencial de nossos produtos em relação à tecnologia. É nela que temos respostas em tempo real e disponibilizamos tutoriais com informação mais clara e precisa. Apesar de não podermos abandonar as mídias tradicionais de massa, o digital é hoje visto por nós como o melhor caminho”, ressalta Renata Assis, gerente de Marketing no Brasil da Panasonic, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A marca tem investido também na aproximação aos varejistas, desde que fechou o showroom que existia em São Paulo. “Percebemos que o efeito da loja era muito pontual, atingia apenas uma parte de São Paulo. Optamos por direcionar esforços para as regiões em que nossa atuação é mais representativa, como Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sul. No Sudeste, temos importante parceria com a Fast Shop, que não deixa de funcionar como uma espécie de showroom. Buscamos desenvolver material de ponto de venda convidativo e conquistar bons espaços de exposição em revendedores estratégicos”, acrescenta Renata.

Linha branca e de TVs
Apesar do foco B2B, desde fevereiro, o portfólio da linha branca fabricado pela Panasonic em Extrema foi ampliado, com o início da produção de lavadoras de roupa. A empresa também espera vender 30% mais TVs este ano por conta do aquecimento do mercado com a Copa do Mundo da FIFA. A Panasonic não adianta as expectativas com as Olimpíadas, nem as ações de Marketing previstas, apenas que algumas delas devem ser realizadas em parceria com outras patrocinadoras.

A marca perdeu espaço nas casas no país nos últimos tempos, mas ainda tem boa aceitação por aqui, como demonstrou pesquisa realizada pela CVA Solutions em fevereiro do ano passado. O estudo apontou a Panasonic como a companhia com melhor valor percebido, considerando-se a relação custo-benefício percebido pelos clientes. Em seguida aparecem Samsung, Sony e Philco. As concorrentes se destacam em relação a força de marca (atração menos rejeição) com destaque para Sony, seguida de Samsung, LG e Philips.

A filial brasileira busca aumentar suas receitas também exportando para países vizinhos, como já está fazendo com parte da produção de máquinas de lavar e geladeiras de Extrema. A empresa enfrenta as barreiras impostas no ambiente político e econômico da Venezuela e da Argentina, o que leva a japonesa a apostar ainda mais no Brasil para seus investimentos. O apito já soou para a fabricante, que trabalha para garantir uma goleada e poder comemorar o aniversário de 100 anos em grande estilo.


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O futuro do desenvolvimento do mundo não está mais na indústria, mas nos serviços. Por isso, discutir como o Brasil pode se inserir nas cadeias globais de produção de manufaturados não é o debate que importa. A riqueza está sendo, de fato, produzida no antes e no pós-produção industrial, ou seja, nas fases de desenvolvimento do produto e de venda, de marketing e de criação da marca. E o Brasil, se não perceber a mudança que está acontecendo, vai ficar para trás, de novo, defendeu, ontem, o professor da Universidade de Brasília (UnB), Jorge Arbache, no segundo dia do seminário “Indústria e Desenvolvimento Produtivo no Brasil”, organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

“O jogo à nossa frente parece algo muito mais sofisticado do que estamos vendo e que a agenda que estamos discutindo nos indica”, disse Arbache, também assessor da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Arbache mostrou que o ciclo de produção tem duas funções, a de custo e a de customização da produção. A política industrial tradicional mira a primeira função, buscando, assim, reduzir o custo de trabalho, de energia, tributário, entre outros, para produzir de forma competitiva, baseado no menor preço. Nas outras pontas, está a customização, onde a discussão é como diferenciar e agregar valor. “Hoje, os emergentes, fazem a função custo, e os países desenvolvidos, cada vez mais,ficam com a customização”, disse. 

A posição de Arbache é polêmica porque relativiza o peso que câmbio e tarifas terão para o futuro da indústria e das negociações comerciais. Os Estados Unidos, pondera ele, estão querendo acordos nos quais os serviços são livres de tarifas. Assim, como um iPad é 93% serviços, sua eventual importação por um país pagariatarifa apenas sobre 7% do seu valor, que é a parcela industrial inserida no tablet. “Câmbio e barreiras tarifárias são importantes para o velho comércio. O futuro passa pelo comércio e investimento em serviços”, afirmou. 

Para Arbache, o Brasil precisa “acordar” para essa revolução já em curso. Hoje, diz, o Brasil já possui um altíssimo déficit no setor de serviços com o exterior - US$ 90 bilhões de dólares, cerca de 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB). 

A posição do professor da UnB, ao relativizar o papel do câmbio e de outras áreas na inserção do Brasil nas cadeias globais de produção, foi contestada no próprio debate. 

O professor Lucas Ferraz, da FGV, argumentou que o Brasil não vai avançar na sua inserção externa, seja ela pela indústria tradicional, seja com foco em valor agregado agregado, com a atual infraestrutura, “muito deficitária”. Ferraz construiu, junto com uma equipe de alunos da escola e em parceira com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), um conjunto de 18 indicadores de infraestrutura para cinquenta regiões metropolitanas e comparou com vários países no mundo. 

Na média, para uma nota 10 para as melhores práticas internacionais na área de infraestrutura, o Brasil recebeu nota 3. O Brasil tem 2,53 quilômetros de rodovias para cada 10 mil habitantes, enquanto a melhor relação internacional é de 4,78 quilômetros por 10 mil habitantes. 

Além de menos estradas, no Brasil só 19% delas são pavimentadas, enquanto na melhor comparação mundial, 100% são pavimentadas. apontou o estudo.

Regis Bonelli, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, concordou com Ferraz ao afirmar que os números sobre produtividade no comparativo internacional indicam que a baixa produtividade da indústria brasileira não está dentro, mas fora das fábricas. 

Já Fábio Freitas, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirmou que a perda de espaço dos manufaturados no mercado doméstico preocupa e que a solução de longo prazo passaria por uma retomada dos ganhos de produtividade da mão de obra, além da inserção do país nas cadeias globais de valor.

Segundo Freitas, nos anos 2000, o aumento da produtividade foi baixo, em particular na indústria da transformação, e uma das hipóteses é que o investimento em capital fixo feito no período foi muito concentrado em máquinas e equipamentos e não em novas plantas - que demandam um sistema tecnológico novo. Ele pondera, no entanto, que o investimento em plantas adicionais esbarra em uma questão macroeconômica. “O investimento só será feito se houver expectativa de crescimento econômico de longo prazo”.

Fonte: matéria publicada nesta quarta-feira, 28 de maio de 2014 página A3 no jornal Valor Econômico e assinada por Denise Neumann e Flavia Lima



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