sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Ficam dizendo por aí que ...


Pesquisar o comportamento 
do consumidor é fundamental 
para inovar


Estudos aprofundados e rotineiros são essenciais para que as marcas avancem em relacionamento com compradores. Tema, novo no Brasil, ainda encontra barreiras entre teoria e prática.O estudo aprofundado e rotineiro do comportamento do consumidor é a principal ferramenta para que as empresas se posicionem - ou reposicionem - de forma assertiva no mercado. Mais do que produtos e serviços avançados e de qualidade, é necessário avaliar o que pensa e o que realmente deseja quem compra. 

Ainda que óbvio para alguns grupos, as pesquisas são as principais fontes para que a inovação seja uma aliada, e não uma inimiga, das marcas.

No Brasil, o tema de é relativamente recente, mas começa a avançar em um cenário de transformações econômicas e sócio-culturais. Nesse contexto, temas como globalização e sustentabilidade ganham destaque, além da compreensão por parte das marcas de que o consumidor é um formador de opinião. 

É ele quem vai determinar, por exemplo, atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), comunicação e construção de estratégias de Marketing. Mais do que vender, é preciso fidelizar e conquistar clientes.Por parte das organizações, a atenção é para um cenário mais competitivo, onde é fundamental colocar em prática o que se tem bem determinado na teoria. “As marcas têm que entender de maneira mais profunda que esse caminho da pesquisa, de entender o consumidor, é essencial, até mesmo pela sofisticação do mercado brasileiro.

 Tanto o consumidor se tornou mais exigente, como a concorrência aumentou. E o insight de melhorar e se aprimorar vem da pesquisa, das lacunas e das formas como os compradores lidam com os produtos”, avalia Maribel Suarez, professora do COPPEAD/UFRJ, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Entre as marcas que entenderam o processo de diálogo, estão cases de sucesso do Nintendo Wii e da Apple, que não necessariamente têm as melhores tecnologias, mas conseguem gerar desejo. “A mudança de linguagem está na forma de compreender o produto. No caso do videogame, eles criaram algo que não é parado, apático, que as pessoas jogam sentadas. Existe ali uma atividade física. Os iPhones também não são os mais desenvolvidos do mercado, mas o consumidor tem vontade de ter um pela forma que a marca trabalha. Uma alteração na visão do que se vende cria uma inovação em relação à concorrência, que não está conseguindo perceber”, completa Maribel.

Entre o papel e a ação
Apesar da compreensão de que pesquisas aprofundadas do comportamento do consumidor são fundamentais para que as marcas realizem ações de inovação, a grande barreira no Brasil ainda é colocar em prática o que se sabe em teoria. 

Boa parte da dificuldade se deve ao entendimento errôneo de que é necessário priorizar o olhar da empresa e não o do consumidor, que é exatamente quem vai gerar o faturamento.
Outro desafio é especificar as formas de interação. “Os grupos precisam sair da cadeira e olhar a realidade dos clientes. Não só por meio das pesquisas, mas todas as formas de interação, como nos pontos de venda e na internet. Não existe outra forma. É preciso entender plenamente a realidade de seu público, a classe ao qual pertence e suas necessidades específicas”, avalia Maribel Suarez.

Esse “olhar para fora” também será fundamental ao se avaliar o desempenho de grupos concorrentes. “Não se pode ficar só no sucesso dos últimos anos. As empresas precisam entender as mudanças e estar à frente. 
Uma regra fundamental é que a inovação representa a dinâmica da competição. Quem é líder precisa inovar para se manter na liderança e quem não é, precisa inovar para conquistar mercado”, afirma a professora.

Redes sociais servem como ferramenta de pesquisa.
Mais do que uma opção, a atuação das marcas nas redes sociais se transformou em uma obrigação. Além de estarem ligadas à inovação, já que são formatos recentes de comunicação, as mídias sociais são fundamentais também no processo de compreensão do comportamento do consumidor.

O diferencial, no entanto, é que estas redes não podem ser vistas como pertencentes à área de estratégias de Marketing tradicionais. “É preciso entender que a relação é a mesma com o consumidor, seja na internet, na loja ou na rua. As pessoas trabalham há anos com o dinheiro no banco, que é uma forma ‘virtual’, e com o dinheiro no bolso e ninguém fala ‘tenho R$ 50,00 reais na minha carteira e R$ 5 mil de dinheiro digital’. 

Portanto, o pensamento das marcas tem de ser integrado e se desdobrar em diversos ambientes”, define a professora Maribel Suarez.



Foco no Cliente 

VERSUS 
Foco em Metas

Fábio Saad, Senior Division Manager da Robert Half, comenta sobre o problema de foco nas empresas, muito mais preocupadas com metas do que com os próprios consumidores.

http://www.youtube.com/watch?v=ggyRmY0ePM8




A filosofia de atendimento 

Confira de forma simples o que é crer na filosofia de princípios.

http://www.youtube.com/watch?v=mywkXgk4AiM




Geração Y com Luli Radfahrer 

Assista a palestra de Luli Radfahrer, professor Ph.D em comunicação digital pela ECA-USP  Ele fala sobra o admirável mundo novo.

Luli Radfahrer (luli@luli.com.br) é Ph.D. em comunicação digital pela ECA-USP, de onde também é professor há mais de dez anos. 

Trabalha com internet desde 1994, quando fundou a Hipermídia, uma das primeiras agências de comunicação digital do país, hoje parte do grupo Ogilvy. Saiu em 96 para fundar seu estúdio, onde atendeu AlmapBBDO, MTV, FIAT, Leo Burnett, VISA, Volkswagen e Camargo Corrêa. 

Em 99 foi para a StarMedia de Nova York assumir a Vice-Presidência de Conteúdo. De volta, criou a dpz.com, divisão digital da agência de propaganda DPZ. 

Em 2002 trabalhou em Londres, com projetos de TV Interativa e comunicação wireless. Voltou como consultor, tendo como clientes a AOL Brasil (redesenho e reestruturação do conteúdo) e o McDonald’s (projeto de conteúdo para o McInternet). Desenvolve, segundo seus amigos, “projetos meio malucos” para empresas no Brasil, Canadá, Estados Unidos e Oriente Médio. 

Colunista da revista Webdesign, é autor dos livros “Design/web/design” e “Design/web/design:2”, considerados referência para a área, e “A Arte da Guerra Para Quem Mexeu No Queijo Do Pai Rico”, uma análise crítica e bem-humorada do ambiente corporativo.

http://www.youtube.com/watch?v=owbY7B5VOFY

http://www.youtube.com/watch?v=BORXNmZdkAo

http://www.youtube.com/watch?v=ePJ3wbKHGWY

http://www.youtube.com/watch?v=tolC4jngE40

http://www.youtube.com/watch?v=ZClsYZ56XUs



A subversão da 
imagem do 
telejornalismo
Willy Schumann*


O telespectador que recebe diariamente a informação de um conteúdo jornalístico em sua casa acredita que aquilo, tal qual como está vendo e ouvindo, é totalmente real. Há uma linha tênue entre a realidade e a ficção. Programas pseudodocumentais geralmente mostram a coragem e determinação de um intrépido repórter de TV que mergulha em águas geladas do mar do norte europeu, cruza pântanos infestados de crocodilos, passa noites em iglus improvisados na Groelândia, como se ele estivesse ali, sozinho, à beira de uma hipotermia, testando seus próprios limites, quando na verdade está cercado por um grupo de técnicos que são fundamentais para a realização do documentário. Há sempre um cinegrafista, o operador de áudio, um produtor e um diretor. Uma equipe empenhada em mostrar as aventuras quiméricas do audacioso repórter, cujo objetivo principal é instigar o telespectador a acreditar que aquilo que ele está assistindo é realidade e não ficção.

Quando há uma interferência fictícia em um documentário, este passa a ser um docudrama que essencialmente vai contar uma história real, através de relatos, material fotográfico, documentos, mas utiliza-se de recursos ficcionais, tais como simulação dos fatos, inserções de imagens e animações que não tenham compromisso direto com a realidade, mas com sentido único de amplificar a realidade a partir de uma visão e de um conceito arbitrário, fundamentado em um fato real.

No telejornalismo não é diferente. Em uma escala menor, depois que uma reportagem é gravada e segue para a ilha de edição, lá recebe um tratamento que altera sua forma cronológica, consequentemente perde a sua característica de veracidade, ocasionando o que eu chamo de subversão da imagem. Geralmente a equipe de reportagem utiliza apenas uma câmera na gravação do tema proposto pelo pauteiro. Além das entrevistas, que na linguagem jornalística chamam-se sonoras, o repórter cinematográfico grava também a introdução do repórter, que explica de forma resumida o teor da matéria, comumente chamado de gravação de cabeça. O cinegrafista faz imagens extras que poderão ser utilizadas na pós-produção, ou seja, na edição. As gravações extras incluem, quando necessário, registrar separadamente imagens de planos detalhes de um objeto ou personagens sociais que poderão ser inseridas posteriormente na matéria. Tecnicamente o procedimento é correto, mas se analisarmos do ponto de vista do que é realidade e o que é a ficção, a partir do momento em que as imagens captadas irão sofrer algum tipo de alteração de tempo e espaço na pós-produção, essencialmente, perde-se a totalidade daquilo que é real, transformando a reportagem em uma obra que beira a ficção.

É o caso também das câmeras de segurança, que hoje são estrelas de programas jornalísticos da TV, por serem utilizadas pela polícia como prova substancial de um crime ou acidente, mas, não raro, são manipuladas inescrupulosamente antes que caia nas mãos da justiça, o que ocasiona a perda do sentido documental, frustrando a opinião pública.

Para que uma reportagem esteja calcada na realidade e fidedignidade, a captação de imagem deve ser feita em plano sequência, cujo objetivo principal é a gravação, do início ao fim, sem interrupção e sem manipulação de um fato. Enquanto a realidade e a ficção forem inseparáveis, o conteúdo dos telejornais será apenas possibilidades.

Willy Schumann é Jornalista e documentarista.



Humor de sexta-feira


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