quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

É preciso ser sincero e claro

De onde vêm as ideias?


De onde nascem as ideias para uma nova empresa? Do crowdfunding e crowdsourcing até as impressoras 3D, como a tecnologia muda a forma como os produtos e serviços são desenhados e comercializados, criando novas oportunidades?

Analisar os diferentes tipos de negócios, no estado da arte da tecnologia, pode servir de inspiração para quem quer empreender. Neste e-Talk, Alexandre Ribenboim, CEO da SpaceApps, apresenta 8 fontes de inspiração para o empreendedor.

Entre outros caminhos, os 'hackathons' surgem como mananciais de ideias, o 'redesign' de um objeto ou serviço está na agenda em todo o mundo e o mercado formado pelos consumidores brasileiros de baixa renda é próspero.

http://www.youtube.com/watch?v=o0b1JHnNz4Q



Sonho grande


Ele nunca encarou o trabalho como algo ruim. Diego Martins, inconformado com a insatisfação das pessoas que trabalhavam em grandes empresas, sempre sonhou em criar o seu próprio negócio onde os funcionários seriam felizes no trabalho.

Seu sonho era criar uma empresa brasileira que estivesse à frente das americanas, com destaque na gestão de pessoas. Hoje, através de programas de engajamento e reconhecimento, Diego é o homem por trás de uma das melhores organizações para se trabalhar no país. Conheça seu #SonhoGrande.

http://www.youtube.com/watch?v=ykzUygcejhs



A arte de fazer muito mais, 
com muito menos
Edson Rigonatti*



Eram muitas as expectativas criadas em torno da Web na década de 90. Quanto mais espetaculares as possibilidades, mais inflacionadas eram as esperanças e maiores foram as frustrações (e prejuízos!). Mas, quase uma década após o estouro da bolha, a Web chega ao seu plateau de produtividade, trazendo para qualquer empreendedor, em qualquer estágio do negócio e em qualquer setor, a possibilidade de fazer muito mais, com muito menos.

Tal estágio de produtividade é fruto da combinação do contínuo barateamento dos custos de hardware, capturado pela lei de Moore, e dos custos de software, capturado pelo movimento do software livre. Estes, em conjunto, aceleraram também o advento da computação em nuvem e, conseqüentemente, o surgimentos dos modelos freemium e de crowdsourcing, multiplicando as possibilidades, e trazendo benefícios concretos, imediatos e ao alcance de todos os empreendedores.

Tanto a computação em nuvem, quanto os modelos freemium - que permitem experimentar serviços de graça - e crowdsourcing - que permitem a produção coletiva, trazem escalabilidade e elasticidade a todas as atividades da cadeia produtiva e aos modelos de negócio de qualquer empresa. Ou seja, você só investe recursos conforme você cresce seu negócio!

Sob a perspectiva do Canvas de Modelo de Negócio do Alex Osterwalder, podemos elencar algumas dessas possibilidades:




1) Segmentos de mercado: como seria se você pudesse saber o que os consumidores pensam, suas tendências e o que estão buscando? O Google tem várias ferramentas gratuitas que permitem ser muito mais preciso na segmentação de mercado;

2) Proposta de valor: e se você pudesse testar a idéia de um novo produto e consultar potenciais clientes para refinar sua proposta de valor antes de investir no lançamento? Serviços como o SurveyMonkey, permitem isso e muito mais, quase de graça;

3) Canais de distribuição: já imaginou poder distribuir seu produto ou serviço em inúmeros canais em qualquer lugar do mundo? Ofertas como a do zferral, permitem começar sem custo nenhum, um programa de afiliados;

4) CRM: e se você pudesse engajar seus clientes em qualquer plataforma, seja telefone, Internet, celular, etc., e prestar um suporte diferenciado e eficiente? Plataformas como o Zendesk, permitem testar gratuitamente e escalar a baixo custo,o CRM de qualquer empresa;

5) Fontes de receita: qual seria o impacto no crescimento se você pudesse criar novas maneiras de seus clientes testarem e pagarem por seus serviços, customizado por diferentes segmentos de mercado? Empresas como Spreedly permitem estruturar maneiras de aumentar o faturamento de graça até você ter certeza da eficácia do serviço;

6) Atividades produtivas: e se você pudesse gerenciar melhor sua equipe e seus recursos aumentando a produtividade? Serviços como Engagee Basecamp permitem gerenciar equipes e projetos de maneira rápida e barata;

7) Recursos: quão mais produtivo seria se você pudesse contar com milhões de pessoas disponíveis para trabalhar para você por horas ou minutos, acelerando a execução de tarefas criticas? Plataformas como o Vwork permitem acessar talentos e recursos em qualquer lugar do mundo;

8) Parceiros: e se você pudesse contar com os fornecedores com os menores custos (leia-se chineses!)? No Alibaba, por exemplo, você pode encontrar e estabelecer parcerias com fornecedores de praticamente qualquer produto físico;

9) Estrutura de custos: preocupado em como reduzir custos de infra-estrutura e suporte administrativos? Existem inúmeros serviços como a Amazon Web Services, Prestus e muitos outros que permitem ter assistentes ou servidores virtuais capazes de se adequar a quase qualquer orçamento.

Essas são apenas algumas das inúmeras possibilidades. Para uma lista mais extensa de ferramentas disponíveis, o Startup Tools, por exemplo, é um excelente repositório de alternativas para praticamente qualquer atividade de qualquer empresa – pequena, media ou grande.

Essa revolução permite empreendedores em qualquer estágio testar mercado, lançar produtos, alcançar clientes muito mais rápido e com muito menos capital. Ou seja, fazer muito mais com muito menos. E você, vai esperar o quê para turbinar seus negócios?


Edson Rigonatti é sócio da Astella Investimentos, já participou em 
mais de US$7.5 bilhões em transações de M&A, investimentos e 
financiamentos no Brasil e América Latina, e também apresentou o



Sustentabilidade: 
as madeiras de lei e a publicidade
Humberto Mendes*


O termo sustentabilidade está cada vez mais em moda no dia a dia das pessoas e em todos os segmentos da sociedade brasileira. Qualquer coisa é sustentabilidade pra lá, sustentabilidade pra cá... E tome sustentabilidade para tudo.

Então vamos aproveitar para ampliar um pouco mais o uso do vocábulo, fazendo uma comparação entre o que está acontecendo com as madeiras de lei e a publicidade.

Falando em termos de equilíbrio ecológico, por exemplo, é de lamentar - profundamente lamentável mesmo - a constatação de que nossas chamadas madeiras de lei como jacarandá, cedro, peroba, marfim, mogno e até o pinho que era produzido em larga escala no sul do país parecem estar praticamente com os dias contados, porque não vemos o seu replantio. É claro que há exceções, mas a maior parte do reflorestamento de que se tem noticia, está acontecendo com espécies sem o mesmo valor e nobreza dessas espécies em extinção.

Trazendo esse exemplo para a nossa atividade, a publicidade, é da mesma forma triste, muito triste, a conclusão a que se chega de que não houve renovação dos nossos “homens de lei”, de grandes profissionais como Armando D’Almeida, Caio Domingues, Renato Castelo Branco e tantos outros que, comparados ao jacarandá, cedro, peroba, mogno e outros, eram os nossos “paus pra toda obra”, sempre tomando posições em defesa da atividade fazendo-a respeitada em todos os nichos da sociedade, porque não permitiam que certos pilantras fizessem uso dela para enriquecimento ilícito. Porque cobravam o preço justo pelo seu trabalho. Porque não abriam mão da ética, da dignidade, do respeito ao ofício de publicitário e do profissionalismo que regia suas vidas e a própria atividade.

Lamentavelmente isso é tudo o que não vemos nos nossos dias atuais.

É claro que existem grandes profissionais que não concordam com o desmanche que está sendo promovido por alguns empresários da publicidade que, a exemplo de madeireiros sem caráter e sem respeito, só enxergaram o lucro imediato e dizimaram com as nossas florestas.

Mas ainda há tempo de reparar as falhas e corrigir a rota do nosso negócio. É uma questão de refletir sobre o que estamos fazendo pela sobrevivência de nossa atividade.

Porque não podemos permitir que ela seja dizimada.

* Humberto Mendes é publicitário há mais de 50 anos e nas horas vagas
 comete seus textos. Contato: humbertomendes@fenapro.org.br



Choque de gestão: 
o verniz da anomia e da alienação
Lula Miranda*


Já há algum tempo as políticas públicas cederam lugar à propaganda e ao marketing eleitoral. Tudo para ser planejado e executado na ligeireza de um ou dois anos, para acarretar resultados eleitorais imediatos, aferidos em pesquisas de opinião - e assim assegurar mais um mandato. Não existem mais políticas de Estado, apenas políticas de governo. “O poder pelo poder” - como já nos alertara, há muito, Weber. Passadas quase duas décadas de governos tucanos em SP e MG, o tal “choque de gestão”, por exemplo, provou ser tão somente mais uma peça de propaganda destituída de qualquer sentido, eficácia ou mérito, causando “apenas” a ruína da máquina pública.

A tese que aqui passo a defender é a de que tal expressão - “choque de gestão” - é, em verdade, apenas grandiloquente e vazia, como toda enganação do marketing político. Mas com um detalhe perverso e sub-reptício: esse suposto modelo de “eficiência” esconde um modo de governar que gera um estado de alienação e anomia semelhante ao definido por Robert Merton, isto é, quando aos fins estabelecidos não se oferecem os meios adequados para atingi-los.

Nas empresas, fundações, autarquias e secretarias de Estado sob a gestão desse modo de (des)governar, a paisagem é de terra devastada. Estruturas de cargo e salários anacrônicas e “frankstenianas”; terceirização desmedida; instituição despudorada de “pedágios” para arrecadação das ”caixinhas” para o partido; estímulo à individualização, ao egoísmo e ao arrivismo dos servidores (como antidoto à consciência de classe e à solidariedade), empreguismo, nepotismo, práticas coronelistas etc.

É de estarrecer a quantidade de casos de doenças ocupacionais que acometem os servidores: estresse, transtornos mentais, outras mazelas emocionais e... câncer. É impressionante o número de funcionários acometidos por essa grave doença nesses ambientes degradados. Mas não se vê nenhuma crítica ou denúncia a esse estado de coisas na silente e cúmplice grande imprensa. Nada.

Enquanto essa síntese perfeita das patologias da modernidade e do capitalismo se alastra de modo sorrateiro pelo organismo social, verdadeiro descalabro em forma de desgoverno que se espalha tal qual um carcinoma em metástase, a grande imprensa nada noticia. Apenas se dedica com esmero ao seu esporte predileto: a caça aos petistas.

O alvo da vez já foi Mantega, Palocci, Dirceu, Genoíno, Mercadante e ... Lula - é claro. Basta ser quadro destacado e promissor do PT, bala nele. Melhor dizendo, basta pertencer ao campo das esquerdas. Eles até adulam, a princípio, depois tome cacete. Foi assim com Ciro Gomes; com seu irmão Cid, muito recentemente. Assim se deu com Marina Silva. Assim será com Eduardo Campos.

Enquanto isso, inocentes úteis continuam lendo a Veja, os “jornalões” e assistindo aos telejornais da Rede Globo. E saem por aí exibindo aquilo que chamo de “arrogância da ignorância”. Ou seja: leem Merval Pereira e arrotam Dostoiévski.

*Lula Miranda  é poeta, cronista e economista. Publica artigos em veículos da c
hamada imprensa alternativa, tais como Carta Maior, Caros Amigos, 
Observatório da Imprensa e Fazendo Média.



ÓTIMA


Circulando na WEB

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