segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Eu não tenho nada

Criatividade é essencial no merchandising

Ao entrar em um estabelecimento, seja em um mercado ou um shopping, os consumidores são atacados diretamente e indiretamente por centenas de produtos e ofertas. Isto é ótimo para o cliente que vê seu leque de opção crescer quanto a escolha.

Mas, e quanto às empresas? Como lidar com essa situação?

Para uma marca, a maior dificuldade em um local onde seu produto é vendido é destacar-se em meio a tantas ofertas de produtos concorrentes. A disputa por um bom espaço no ponto de venda e o que fazer para seu produto ter um diferencial perante os outros é uma busca constante e árdua.

Grandes empresas sempre investem para que seus produtos sejam expostos nos melhores lugares dentro de um ponto de venda. Lugares onde o produto pode ser visualizado mais facilmente pelos consumidores e em uma localização com um fluxo constante de pessoas.



Grupo de Atendimento sai do papel



Após mais de uma década de tentativas, entidade tem lançamento confirmado para o próximo dia 5.março.

Alguns dos principais líderes do mercado publicitário brasileiro têm origem no atendimento, mas, por inúmeras circunstâncias, este era o único dos quatro setores estratégicos de uma agência que ainda não tinha um grupo de representação.

Mas na manhã desta quinta-feira, 21, Luiz Lara, chairman da Lew´Lara\TBWA, antecipou que o Grupo de Atendimento será lançado oficialmente no próximo dia 5 de março. Ele revelou a novidade em evento realizado pela APP.

A entidade, que terá sede na própria APP, está saindo do papel após seis meses de discussões lideradas por Marcelo Passos, diretor geral de atendimento e gestão da Africa, e Márcio Oliveira, presidente da Lew´Lara\TBWA. Nesse período, eles estabeleceram as bases do GA e elegeram a educação como principal bandeira. Assim, a entidade terá como primeira grande iniciativa a oferta de cursos para os profissionais do setor. Passos será o presidente e Oliveira o vice para um primeiro mandato de dois anos.


http://www.youtube.com/watch?v=xJvH8WIGq3w&feature=player_embedded

fonte: Meio&Mensagem



Ferrari é a marca mais poderosa do mundo


A Ferrari é a marca mais poderosa do mundo, avaliada em US$ 3,6 bilhões. A empresa obteve uma valorização de 0,3% em relação ao ano passado, de acordo com o ranking Brand Finance que reúne as 10 marcas mais fortes do mundo. Uma surpresa neste ano foi a Apple, que passou da primeira a décima posição. Integram a lista das poderosas em ordem de colocação as empresas: Ferrari, Google, Coca-cola, PWC, Hermés, Walt Disney, Dior, Johnnie Walker, Nike e Apple.




Tang cria vídeo sobre 
iniciativa esportiva e 
de coleta seletiva


A Tang divulgou em sua fanpage na última sexta-feira, 22, um vídeo sobre as ações promovidas pelas Olimpíadas de Reciclagem. Em 2012, a iniciativa do Esquadrão Verde Tang envolveu quatro mil crianças de doze escolas públicas de Bragança Paulista e Votorantim, em São Paulo, e de São José dos Pinhais, no Paraná. Por meio de competições esportivas e da coleta seletiva de material reciclável, as instituições acumularam pontos e o primeiro lugar de cada cidade recebeu reformas em sua quadra politécnica, além de ganhar livros didáticos para a bilbioteca e receber R$ 20 mil reais para melhorias internas. O filme mostra o resultado final das obras e o trabalho de recolhimento de 316 toneladas de materiais recicláveis em cinco meses.



Tic Tac monta vídeo 
com imagens enviadas 
por consumidores

Ação na fanpage da marca tem o objetivo de criar uma corrente de compartilhamento do Tic Tac 100. Conteúdo será usado no filme “Caixinha 100 fim”, que será exibido na MTV.

O Tic Tac realiza uma ação em rede social estimulando os consumidores  a enviarem vídeos próprios passando uma embalagem de Tic Tac 100 para outra pessoa para a montagem de um filme com todas as imagens. A ideia é criar o vídeo “Caixinha 100 fim” mostrando uma corrente de compartilhamento do produto. Para participar, é necessário entrar na fanpage da marca, acessar o aplicativo e enviar a imagem com até cinco segundos de duração. A iniciativa começa a partir do dia 28 e a edição final do conteúdo será exibida na MTV no dia 23 de março.



O que o Exército pode 
nos ensinar sobre 
Marketing 3.0?
Thiago la Torre*
Podemos dizer que desde 1968 as forças armadas tem um débito em sua imagem, que deixaria muitas marcas com medo de sair de casa; e mesmo sem campanhas milionárias, hoje é a instituição de maior confiança do brasileiro (http://montedo.blogspot.com.br/2012/02/pesquisa-fgv.html). 

Estatística que nos atiça a curiosidade: Como eles conseguem? Esta foi uma pergunta que me acompanhou desde quando comecei a fazer um curso sobre política e estratégia na Associação de Diplomados da Escola Superior de Guerra.

Minha primeira intuição era de que havia um planejamento com este objetivo. Estava errado, nem há menção sobre o uso de comunicação social (termo que eles utilizam para qualquer atividade de divulgação) na metodologia de planejamento estratégico da Escola Superior de Guerra. Minha segunda hipótese era de que mesmo sem um planejamento estratégico, havia um objetivo dos militares em fazer um reposicionamento da marca ou ao menos influenciar a percepção pública.

Enquanto esta hipótese é parcialmente verdadeira, realizarei a transcrição livre de uma resposta dada pelo Major General Floriano Peixoto Vieira Neto, durante uma palestra que participei: “O exército brasileiro não se preocupa, por assim dizer, com seu marekting institucional, pelo simples fato de que estamos acima disto. Nós simplesmente cumprimos nossa missão com excelência, ponto. Enquanto o exército americano depende do marketing para manter a opinião pública e consequentemente as grandes verbas, nós temos a sorte de não precisar disto”.

O Poder da marca exército brasileiro é indiscutível, mas se o branding desta marca não foi um processo minimamente intencional, me restava analisar alguns fatores para entender seu sucesso: Primeiro a identidade visual é de fácil reconhecimento e bem difundida. É bem fácil identificar algo do exército quando o vemos. Um ponto a favor, mas que não se sustenta por si só. O Visual marketing então, nem deveria estar mencionado. As peças de propaganda do exército foram executadas “de coração”, mas estão longe de transmitir emocionalmente o que deveriam.

Agora no brand equity (da maneira como o termo é utilizado no Brasil, significando os conceitos atribuidos a marca) eles simplesmente “cumprem a missão com excelência”. Acordam todo dia as 5h da manhã para reforçar os conceitos da marca e ter certeza de que ele está doutrinado em cada um dos envolvidos. O slogan “braço forte, mão amiga” é vivido intensamente e transmitida em cada interação com o público. Gostaria de exemplificar com uma experiência que aumentou meu rapport e likeability pela marca.

Quando meu grupo estava visitando a EsSa (Escola de Sargento das Armas) fomos recepcionados pelo comandante (equivalente ao C.E.O. de uma empresa) que nos mostrou o museu do local e nos acompanhou durante um tempo do qual provavelmente não dispunha, mas sempre com a mão amiga. Logo após a saída do museu toda a escola realizou uma demonstração de seus serviços, o braço forte, marchando a nossa frente, cantando o “grito de guerra” com os deveres da especialidade de cada bloco. O evento magno foi seguido de uma palestra sobre a estrutura organizacional e momentos de descontração com almoço e banda.

O ponto a ser destacado é: esta demonstração não surgiu de um plano de marketing, ou de um objetivo ou meta, ela surgiu da vontade pura de pessoas em mostrar os ideais que acreditam e vivênciam para a sua marca. A não necessidade de criar awareness, ou aumentar o market share, nos deixa com uma lição do Marketing 3.0 em seu mais puro conceito: como fazemos branding sem nos preocupar com a imagem.

Agora para nós, no mercado privado, que não temos este privilégio, resta-nos utilizar todas as artimanhas possíveis para criar uma marca que seja embutida de significado, neste grande caldeirão de informação.


*Thiago la Torre é sócio executivo e consultor na BlackNoir.



O dia em que os 
publicitários 
viraram heróis
Regina Augusto*



Filme chileno “No” mostra bastidores da campanha publicitária que venceu o plebiscito que pôs fim à era Pinochet.

Assisti a pouquíssimos filmes que concorrem ao Oscar 2013, cuja festa de premiação será neste domingo, dia 24. Um deles é o chileno “No”, candidato na categoria Melhor Filme Estrangeiro e único representante da América Latina nesta edição da maior premiação do cinema global. Independentemente do Oscar, o longa é obrigatório para qualquer pessoa que trabalhe no mercado publicitário. Ele recria os bastidores do plebiscito, realizado em outubro de 1988, que pôs fim à era Pinochet após quase 17 anos de ditadura – uma das mais ferrenhas da região com mais de 3 mil mortos pelo regime militar. O ator Gael García Bernal interpreta o publicitário René Saavedra, um exilado político que volta ao Chile a tempo de participar da campanha vencedora do plebiscito, a do Não ao regime até então no poder.

Apesar da pressão do dono da agência onde trabalha, afinado com o regime militar (vivido pelo ator Alfredo Castro), Saavedra acaba criando uma peça inovadora para a época, que vendia a ideia de esperança e felicidade, em vez de expor os terrores da era Pinochet. Uma das melhores cenas do filme é a que o publicitário, recém-convidado a participar da campanha, assiste aos filmes criados para a campanha do Não antes de sua chegada à equipe. Todos sisudos, mostrando cenas fortes e deprimentes das atrocidades da ditadura. Após a exibição das peças, ele pergunta aos seus companheiros: “Vocês querem realmente vencer o plebiscito com esses filmes?” Um longo silêncio toma conta da sala e, a partir daí, ele começa a construir uma campanha cujo elemento chave é vender a alegria que o fim da ditadura pode proporcionar e passa a imprimir uma estética publicitária à campanha.

Apesar das resistências dos companheiros mais radicais da oposição ao regime, que achavam que aqueles filmes mais pareciam comerciais de Coca-Cola do que peças a serviço de uma causa tão nobre como a que estava em questão, a campanha foi um sucesso, a ponto de também influenciar com a mesma linguagem a campanha oponente.

Até hoje os publicitários que participaram da campanha do Não são considerados heróis no Chile. O fato não deixa de ser irônico, afinal, eles derrotaram o ditador com os mesmos instrumentos ideológicos que ajudaram a difundir a ideologia e as conquistas da ditadura militar, enchendo a campanha do Não de símbolos políticos e visões sobre o promissor futuro do país, sem Pinochet.

Em tempos em que os publicitários e a publicidade de uma forma generalizada passam cada vez mais por questionamentos por parte da sociedade, é alentador ver que, quando bem usada e com um propósito legítimo e verdadeiro, mais do que uma arma poderosa, a propaganda pode ser transformadora e um tremendo instrumento a serviço da democracia.
*Regina Augusto é diretora editorial do Meio&Mensagem




Fila na Bahia

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