sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Verde é o novo vermelho para a Coca-Cola

Durante anos a Coca-Cola gastou milhões para associar sua marca à cor vermelha. Seus rótulos, suas logos, cartazes e, é claro, latas.

Recentemente, em alguns lugares do Sul dos Estados Unidos e no Reino Unido, um novo produto com rótulo, ou latinha, verde começou a ser vendido, sendo chamado Coca-Cola Life. Uma nova linha do refrigerante, em uma versão com menos calorias, sem ser light ou zero.
Pepsi, Coca-Cola, stevia


Por que essa cor?

Nos anos 1980 a Coca-Cola abraçou o vermelho com o slogan “Vermelho, branco e você”, mas a Coca-Cola Life parece ter quebrado essas regras do manual da marca

A previsão para o lançamento da bebida será em novembro, enquanto isso os executivos não revelarão a estratégia de marketing desse novo produto eu, estando em todas as praças dos Estados Unidos, “poderá ser comprado em todos os formatos”, como afirma a porta-voz Katie Condon, ou seja, vendido em garrafas e em latas.

A grande questão de marketing não é se os consumidores vão comprar ou não a nova Coca-Cola reduzida em calorias, mas sim se comprarão em garrafa com rotulo verde ou na lata da mesma cor.

O produto já foi lançado, e alcançou algum sucesso, em países como Argentina, Chile, Grã-Bretanha, Suécia e México. A empresa se nega a revelar o número de garrafas vendidas nas regiões americanas onde está disponível.

Os especialistas em cores e marketing voltado para o mercado verde acredita que a nova cor da Coca-Cola tem tudo pra dar certo. A bebida com menos calorias é adoçada com uma mistura de açúcar e estévia (que é percebido como natural  por ser derivado de uma planta.

Kate Smith, presidente da Sensational Color, empresa de consultoria para cores, observa que pode parecer estranho, porque estamos acostumados à Coca-Cola vermelha, mas verde é a cor que associamos a natural e fresco. A escolha dessa cor parece reforçar que a estévia é um adoçante natural.

Smith ainda analisa que enquanto o vermelho está cimentado na mente da chamada Geração A, o mesmo não acontece para a Geração B, a chave para o mercado atual.

Leeann Leahy, presidente da The Via Agency, uma agência de publicidade em Portland Maine afirma que a mudança do vermelho para o verde pode funcionar. Ainda complmementa que o beneficio do verde natural se sobressai em relação a outras cores.

Leatrice Eiseman, diretor executivo do Pantone Color Institute diz que o verde evoca a ideia de algo refrescante, saudável, revigorante e até nutritivo. Mas avisa que nada garante que o consumidor vai associar essas características a um refrigerante.


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