terça-feira, 2 de outubro de 2012

Pare. Observe. Aprenda.

Slow Design: uma nova forma de reflexão
 
Gerar bem-estar a indivíduos, sociedade e meio ambiente é o objetivo do Slow Design, que reúne economia criativa, preocupação ambiental e emocional em um único conceito. Já é aplicado por grandes corporações, como o Google, e visa melhorar a produtividade a partir de espaços, móveis e modelos de produção.
 
Confira a ótima entrevista que Álvaro Guillermo, professor de Ciências do Consumo e Design Estratégico da ESPM, concedeu à HSM.
 
 
 
 
Fusões esbarram na falta de cultura única
 
Para que as fusões no mundo corporativo tenham sucesso é preciso integrar todas as necessidades das organizações envolvidas. Aceitar as mudanças faz parte deste quadro e é fundamental, na visão da consultora e coaching Tereza Bandiera.
 
 
 
 
 
Consumidor gera 87 milhões
de processos contra marcas:
como evitar?
 
O Brasil fechará 2012 com pouco mais de 87 milhões de processos judiciais envolvendo questões de consumo.
 
O número é apenas a ponta do iceberg dos problemas de relacionamento entre as empresas e os brasileiros que compram produtos e serviços no país ou fora dele. A precisão de dados e uma comunicação eficiente e verdadeira são pontos decisivos para evitar que os conflitos se estendam. A avaliação foi feita durante seminário do O Globo sobre Defesa do Consumidor, realizado nesta semana.
 
Ainda que o número de processos seja elevado e crescente no país, levar o problema à justiça não é visto como solução. Mais do que longas esperas, ritos processuais e indenizações por danos morais, o consumidor deseja que seus problemas sejam resolvidos o mais rápido possível. O fato pode ser comprovado por números da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon): de cada 10 pessoas que se sentem lesadas de alguma forma, oito procuram as empresas em que serviços ou produtos foram comprados antes de tomar qualquer medida na Justiça.
 
Para se justificarem, atenuantes pouco críveis são dados por parte das marcas ou do mercado, segundo avaliação da Senacon. Um deles é que a demanda de consumo, por muito tempo reprimida, gere mais problemas. Outra justificativa é de que a nova classe média ainda não estaria madura o suficiente, principalmente em alguns canais como o e-commerce. "Esses argumentos não se sustentam. Existe um problema clássico de falta de simetria da informação. O consumidor precisa que três perguntas sejam respondidas claramente: o que é, para que serve e quanto eu pago por isso. E só", explica a secretária Nacional do Consumidor, Juliana Pereira durante o evento.
 
Retrocesso
Com quase 22 anos, o Código de Defesa do Consumidor deveria ser o principal guia de relacionamento entre marcas e consumidores. Porém, na prática, o descumprimento dele tem norteado boa parte dos conflitos no país. "Não falta buscar informação, falta respeito à lei. O consumidor recebe uma publicidade, se interessa e compra um produto. Só que ele nunca chega. Esse nível de descumprimento que o mercado oferece já não existe mais nos países desenvolvidos. Por isso mesmo é que as listagens dos empreendedores mais acionados hoje no Brasil são essenciais.", afirma o juiz Flávio Citro, titular do 2º Juizado Especial Cível da Capital e coordenador do Centro de Conciliação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TR-RJ), em entrevista ao Mundo do Marketing.
 
Entre as plataformas mais populares estão a de sites como o Reclame Aqui, o cadastro de maus fornecedores do Ministério da Justiça, o top 30 do próprio TJ-RJ e estatísticas elaboradas pelo jornal O Globo, em sua coluna Defesa do Consumidor. "Essas listas são fundamentais a partir do momento que os grupos querem preservar mais a imagem do que o bolso. Uma ação de R$ 10 mil de uma marca que vende pela internet e não entrega não significa nada para ela. Mas quando sai no site especializado que a empresa tal vendeu pela internet e não entregou, aí eles sentem. Porque dói na parte mais sensível, que é a imagem da empresa", completa o magistrado.
 
Os valores pagos em indenizações podem não afetar financeiramente grupos grandes, mas o conflito é caro para o país. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio, cada audiência em um juizado especial custa R$ 1 mil. Nos juizados cíveis chega a R$ 2,5 mil. Só no Rio de Janeiro está 1,8 milhão de processos ligados a problemas de consumo. "O conflito é um retrocesso. Perdemos tempo, energia e dinheiro. O grande desafio é que essas empresas tenham transparência, ou seja, digam exatamente o que estão vendendo. Chega de diagnóstico, todos sabemos o problema: o que falta é executar as soluções", completa Juliana.
 
Marcas precisam se aproximar dos órgãos de proteção
Para melhorar a relação entre marcas e consumidores, a Câmara E-Net apresentou durante o seminário iniciativas ou sugestões para serem colocadas em práticas. Entre elas, a instituição afirmou que é necessária uma aproximação cada vez maior entre órgãos de proteção e empresas, além de ações setoriais de auto-regulamentação.
 
Outra preocupação apontada pela Câmara é no sentido dos riscos que os consumidores têm corrido nas relações de consumo digitais, cada vez mais comuns. "É importante diferenciar a negligência ou a prática abusiva das empresas que atuam no Brasil dos golpes de pessoas que simulam uma oferta ou simulam um produto e, no fundo, buscam cometer um crime. É preciso avaliar os anunciantes que estão nos sites, bem como o layout das páginas. Ofertas improváveis com preços inexequíveis são irreais. É preciso ter clareza", pontua Flávio Banchi, da Câmara E-Net.
 
Além da exatidão da proposta, na avaliação da secretária Nacional do Consumidor, as empresas ainda não entenderam que o consumidor quer ir além da mera relação comercial.
 
"As marcas gastam mais e estão mais preocupadas com o discurso dentro das campanhas publicitárias, com o 'compre', do que com o relacionamento mais aprofundado que podem vir a ter com essas pessoas. O discurso precisa mudar", avalia Juliana Pereira.
 
fonte:Mundo Marketing
 
 
 
Projeto: Sites utilizam suas
páginas de erro 404
para colocar perfis crianças
desaparecidas
 
Com intuito de ajudar na busca por crianças desaparecidas, foi lançado na dinamarca o projeto Notfound, das instituições Missing Children Europe e Child Focus.
 
A proposta da ação, voltada a proprietários de sites, é colocar os perfis das crianças na internet, divulgando-os nas páginas de erro 404.
 
A divulgação dos perfis é possível por meio de um app conectado a um banco de dados com as crianças desaparecidas na União Europeia. 480 sites já fazem parte do projeto.
 
Confira, abaixo, um vídeo sobre o projeto Notfound:


 
fonte: Brainstorm9

 
 
 
Desintoxicação digital?
Ainda não!
Marcos Hiller*
 
 
Por que temos que estar em todas as redes sociais? Por que desconfiamos de alguém que não está no Facebook? Por que, ao chegar uma notificação em nosso smartphone de que fomos marcados em uma foto, temos que parar tudo naquele exato instante para conferir? Por que nos intoxicamos com essas novas redes digitais e ficamos online praticamente o dia inteiro? Pra mim, todas essas são perguntas ainda sem respostas claras. O fato é que essas chamadas redes sociais fazem parte de uma nova revolução digital que impacta nossas relações com as pessoas e com as marcas. Sim, há pensadores contemporâneos que classificam esse cenário que vivemos hoje como uma verdadeira revolução. A exemplo do que foi a revolução do surgimento da escrita, a revolução industrial, a revolução gutemberguiana da imprensa ou a revolução francesa séculos atrás. Enxerga-se esse fenômeno da web e seus desdobramentos digitais como uma verdadeira revolução. Eu sou obrigado a concordar.
 
Podemos dar um zoom out e analisar as redes sociais sob diversos aspectos. Desde uma ideia que surgiu dentro de um dormitório de Harvard, onde o judeu neoliberal Mark Zuckerberg criou uma das empresas mais inovadoras do mundo, e que recentemente contratou o multipremiado arquiteto Frank Gehry - responsável pelo emblemático edifício do Museu Guggenheim de Bilbao - para desenvolver o projeto de expansão da sede de sua empresa em Palo Alto. Ao mesmo tempo em que as ações da empresa sofrem uma certa turbulência, Zuckerberg encomendou um conjunto que ocupará um terreno de 90 mil m², na área conhecida como Menlo Park, onde está o quartel-general da gigante das redes sociais. Zuckerberg concebeu o Facebook para conectar as pessoas entre si?
 
Eu prefiro acreditar que não. Podemos também analisar as redes sociais como meras plataformas mercadológicas onde as marcas criam, nada mais nada menos, do que mais um ponto de contato com seus consumidores e demais públicos de interesse. A partir do momento que uma empresa decide criar um fanpage ou um perfil no Twitter ela precisa estar ciente e preparada que está abrindo a guarda, pois ela acaba de deixar escancarada uma porta "digital", ou seja, uma porta mais online, mais nefrálgica, mais exposta e mais mensurável. Ela acaba de criar um "touch-point" tão importante quanto o seu 0800, tão importante quanto ao balcão de sua loja ou um anúncio publicitário, e até mesmo tão importante como a forma que se relaciona com um fornecedor, afinal tudo comunica a marca. Quer expor sua marca nas redes sociais? A receita de bolo é: prepare-se, capacite-se, planeje-se, crie um processo, atue de forma relevante e muito, mas muito criteriosa. E contrate um nerd.
 
Por fim, pode-se analisar as redes sociais como esses novos ambientes digitais onde se constroem jogos discursivos e narrativas envolventes. O magnetismo criado pelas redes sociais é intenso pois no mundo online não há todas as exigências do mundo real, certo? Ligar para dar parabéns a cada um dos meus 7 aniversariantes custa dinheiro, custa tempo e custa ter que ficar pendurado do celular ouvindo histórias dele que não estou afim de ouvir naquele momento. Prefiro escrever um "parabéns e tudo de bom" e viva o Ctrl+C e Ctrl+V. A quem prefira nem ligar e nem dar parabéns via Facebook, e simplesmente "curte" a mensagem de parabéns de um terceiro. Assunto resolvido!
 
Nesse novo ecossistema digital, todos tendem a criar um discurso narcísico, afinal a troco de quê eu deveria expor nesses espaços que eu estou triste, ou que terminei meu namoro, ou então dizer que aquele novo emprego que consegui não vai nada bem. Muito pelo contrário, nesses novos espaços digitais minha vida é bela, estou sempre jantando em lugares transados, as minhas piadas e frases clichês são as mais originais e a minha filha vestida de caipirinha é mais bonitinha do bairro. Todos estão fazendo vigília sobre tudo que posto, publico e compartilho.
 
A quem tenha adotado recentemente o chamado "detox digital" ou processo de desintoxicação digital, afinal essas coisas viciam e ceifam nossa atenção durante boa parte do dia, certo? Uma conhecida minha me relatou recentemente que saiu do Facebook. Logicamente, ela me disse que eu suspeitava: quando você pede para sair, a rede social não mata sua conta e te dá a opção de deixar sua conta adormecida. Você pode voltar quando bem entender e como se nada tivesse acontecido. Problema é que se você sair do Facebook e ninguém perceber, como um colega de sala meu sabiamente ponderou.
 
Todo mundo está no Facebook hoje, certo? Errado!
Cerca de apenas 30% de nossa população brasileira usa a rede. Recentemente em uma rápida sondagem que fiz em uma sala de aula que eu leciono, perguntei a todos: "Quem não usa Facebook, levante a mão!". Cerca de uns 10 estudantes levantaram a mão e as justificativas que ouvi foram: o Facebook é muito chique (parei para pensar depois, e eles tem total razão, o "look-and-feel" do Facebook é azul, e na teoria das cores azul é nobreza; o próprio nome "Facebook" é um rebuscado nome gringo); já outra parcela disse que preferia a fazendinha do velho e bom Orkut.
 
Detox digital? Obrigado, mas ainda não. Afinal, como é que eu iria divulgar esse texto sem o meu Facebook?
 
*Marcos Hiller é coordenador do novo MBA em Marketing, Consumo e Mídia Online
da Trevisan Escola de Negócios e autor do livro "Branding: a arte de construir marcas".
Palestrante nas áreas de branding, cibercultura, redes sociais e consumo, é também
consultor e professor de diversos cursos de MBA e pós-graduação pelo Brasil, entre eles
na FIA-USP, Business School, Unitoledo, Belas Artes e FGV. Reúne mais de 10 anos de
 experiência na indústria financeira, como Gerente de Marketing do BankBoston e
como Coordenador de Comunicação do Grupo Santander Brasil. Mestrando em
Comunicação e Práticas do Consumo pela ESPM e formado em Marketing pela ESPM,
 tem especialização em Marketing de Serviços da FAAP e MBA em Gestão de Marcas pela
Anhembi Morumbi, além de cursos no Brasil e no exterior. É colunista do site
ADMINISTRADORES e colabora com entrevistas e textos para veículos como
Folha de S.Paulo, O Globo, Olhar Digital, Istoé Dinheiro, Record News.
(twitter: @marcoshiller e seu blog)
 
 
 
E se a melhor escolha
for a que você não fez?
Fábio Zugman*
 
 
O poeta Robert Frost escreveu um famoso poema sobre os caminhos que deixamos para trás. Nele, o autor se encontra diante de duas estradas parecidas, e ao longo do texto percebe que não poderia retornar para escolher de volta. A estrada em que resolveu seguir o caminho fez toda a diferença.
 
Como o poema faz menção à estrada que não pegamos, muitas vezes é interpretado sobre o modo como devemos viver a vida de modo criativo, em caminhos poucos explorados.
 
Uma segunda interpretação, menos óbvia, é sobre o que acontece quando escolhemos um caminho. Escolher um caminho na vida real pode significar que nunca mais estaremos naquele lugar para fazermos as mesmas escolhas. Seja na carreira, decisões com dinheiro, relacionamentos ou em nossa vida pessoal, ao escolher um caminho, estamos virando as costas para todos os outros.
 
Gostamos de achar que os grandes temas de nossas vidas passam por grandes decisões. Uma nova carreira se abre após uma grande oportunidade. Uma grande empresa é criada depois de um grande planejamento. Um novo relacionamento depende de anjos tocando trombetas no céu.
 
Na vida real, no entanto, as coisas não correm dessa forma. Sociedades começam com encontrões. Relacionamentos começam e terminam com a decisão de passar a mão no telefone e discar um certo número (chame-me de velho, mas uma mensagem no Facebook definitivamente não tem o mesmo efeito), e muitas vezes só reconhecemos os períodos mais cruciais de nossas vidas e carreiras quando eles ficam para trás.
 
E isso nos leva à questão do leitor Fábio, que trabalha há mais de seis anos em uma multinacional, mas nos diz que não se sente realizado. O Fábio nos conta que sente que faz seu trabalho "para os outros", apesar do dinheiro e aprendizado que sua carreira atual lhe oferece. Vem a questão então, que fica em sua cabeça: será que o Fábio não deveria abrir um negócio próprio, fazer as coisas do jeito dele, trabalhar para si mesmo? Ele nos diz que apesar do "sonho" de ser dono do próprio nariz, cada vez mais compromete sua renda com outros objetivos, como casa, carro e assim por diante. Estaria ele se acomodando?
 
Caro Fábio, ao mesmo tempo em que você questiona qual o melhor caminho para a realização profissional, conta-nos a situação de alguém que parece estar em uma ótima direção. Ao que parece, há pouco mais de 6 anos você resolveu seguir uma estrada - a da carreira em uma multinacional - e se deu bem com isso. Também não há nada de errado com os outros "sonhos" que você coloca: casa, carro, estabilidade financeira.
 
Você questiona qual o melhor caminho. A verdade é que não há melhor caminho, apenas o caminho que escolhemos seguir. Quando escolhemos um caminho, estamos, ao menos momentaneamente, fechando as portas para outras opções. Se você trabalha em uma empresa, não se sente plenamente realizado ali, mas mesmo assim está alcançando alguns sonhos, bem vindo ao mundo real. Não é por ser dono de uma empresa que você poderá fazer tudo da forma como quer, ou não terá chefe. Muitos empreendedores descobrem que clientes e a própria cobrança interna são os piores chefes que se pode ter.
 
O que me parece, é que apesar de seguir seu caminho em uma estrada, você continua olhando para trás. Olhando para a estrada que não foi seguida, imaginando como as coisas seriam mais floridas e felizes por lá. Lembre-se que o problema com esse tipo de comparação é que a realidade e a imagem mental sempre são diferentes. Nossa mente sonha com flores e alegria, na prática enfrentamos barro e subidas inclinadas.
 
De tempos em tempos todo profissional deve reavaliar seu caminho, olhar as opções que possui e escolher como seguir dali em frente. Ao optar por um caminho, no entanto, é um erro se prender às estradas que não foram seguidas. Você estará lutando uma briga perdida se sempre comparar sua realidade a um caminho que "deveria" ou "poderia" ter seguido.
 
Então, meu caro, ironicamente, o segredo para encontrar o melhor caminho é esquecer a busca do "melhor" caminho. Observe quais caminhos se abrem hoje à sua frente, faça sua escolha e deixe os outros caminhos ficarem para trás. Isso fará toda a diferença.
 
*Fábio Zugman  é consultor de empresas, é autor de diversos livros, entre
os quais "Empreendedores esquecidos" e "Administração para profissionais liberais".
Em sua coluna no Administradores.com, ele fala sobre empreendedorismo,
inovação e criatividade, respondendo perguntas dos leitores.
Veja também: www.zugman.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...