quarta-feira, 18 de abril de 2012

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Um novo jeito de expressão


Confira a história
dessa empresa

 
Vendas de marcas próprias
disparam no Brasil

15% mais baratos que os produtos fabricados pelas indústrias, marcas próprias têm adquirido importante espaço na prateleira e na preferência do consumidor

As vendas das marcas terceirizadas, marcas de lojas, ou, como são mais conhecidas no varejo, marcas próprias, têm crescido rapidamente no Brasil. Grandes redes como Carrefour, Pão de Açúcar, Walmart, RiHappy, Decathon, Farmais, Panvel, Makro, Dia%, entre outras, lideraram o desenvolvimento de novos produtos e marcas em 2011.

Um bom exemplo é do atacado-distribuidor Makro, que tem apresentado uma forte expansão nas vendas de suas próprias marcas e que começou a desenvolver novos produtos na década de 1970. Atualmente, com mais de 800 produtos registrados sob as marcas Aro, Baldaracci, Clean Line, M&K, MK Tech e Q-Biz, as lojas da rede varejista estão presentes em todos os estados brasileiros. Seu maior foco é no cliente denominado HoReCa (hotéis, restaurantes, cafeterias).

Os processos para desenvolver e gerenciar suas marcas e entender o comportamento do consumidor estão cada vez mais profissionais e o foco atual do varejo está em assumir o papel de gestor de marcas (que sempre foi exclusivo da indústria), com o intuito de obter o conhecimento no que diz respeito ao controle de qualidade, design, branding, pricing e merchandising.

O Varejista investe para que sua marca conquiste e fidelize cada vez mais consumidores finais, revendedores ou transformadores, em seus estabelecimentos. E o consumidor, o que ele ganha? As principais vantagens para o consumidor que adquire os produtos com a marca do varejista são de garantida de qualidade, menor preço de venda e uma ampla variedade de produtos.

Uma tendência apresentada pelas empresas que vendem suas próprias marcas é investir fortemente em controle de qualidade, precificação e design, já que controlam um número chave do marketing mix: preço, comunicação e apresentação do produto.

E, com isso, as suas marcas lhes ajudam a se beneficiar do controle dessas variáveis e a conquistar o mercado, o consumidor e a enfrentar a concorrência cada vez mais acirrada no segmento.

Quando as redes decidem investir na estratégia de desenvolver e comercializar suas próprias marcas e produtos, elas procuram obter as seguintes vantagens competitivas: fidelizar o consumidor à loja; diferenciar-se da concorrência; melhorar a imagem de preços; aumentar a rentabilidade; aumentar a venda de outros itens; ter independência nas negociações ou ter menor dependência de marcas tradicionais; dotar a loja de certa individualidade; obter liberdade da concorrência direta de preços; assumir o controle da comunicação.

Segundo Roberto Nascimento A. de Oliveira, do Núcleo de Estudos da embalagem da ESPM, as categorias com mais lançamentos de marcas próprias são: maquiagem para os lábios e para os olhos, produtos para o corpo, cuidado facial/pescoço, produtos para banho, biscoitos doces, refeições prontas, esmaltes para unhas, bolos e legumes. 


Inadimplência e queda
nas vendas podem
comprometer o varejo
O cenário de desaceleração das vendas no varejo foi antecipado pela Pesquisa Trimestral de Intenção de Compra no Varejo, divulgada pelo PROVAR/ FIA e a Felisoni Consultores Associados.

Elaine Medeiros esclarece que o levantamento trimestral revela o comportamento do consumidor brasileiro para os próximos meses foi divulgado hoje (11/04) por Claudio Felisoni, professor e coordenador geral do PROVAR (Programa de Administração de Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração), e revela que a renda da classe média, responsável pela base de maior consumo atualmente – devendo passar dos 65,9 milhões de pessoas (em 2003) para 118 milhões em 2014 -, está cada vez mais comprometida com o pagamento de débitos pulverizados, voltados principalmente para os bens de consumo duráveis e crediários.

No paralelo, a taxa de inadimplência consequentemente vem aumentando, passando de 5,8% em fevereiro de 2011 para 7,6% em fevereiro deste ano. “Com uma renda média de R$ 2000, a classe C não tem como pagar tanto crédito. Um exemplo disso é o endividamento no cartão de crédito que já chega a 180%”, explica Felisoni. 

Para evitar que a situação se complique nos próximos três meses e que a projeção das vendas no varejo caíam de 7% (registrado entre junho de 2010 e 2011) para 2,9% até junho deste ano, Felisoni lembra que o governo também precisa fazer sua parte. “É preciso reduzir as taxas e os custos com financiamento”. 

Por enquanto, o que ainda mantém o consumo, que no ano passado foi de 4,3%, é o aumento esperado do salário mínimo (7,5% real), a desoneração dos produtos de linha branca e o impacto pouco significativo da redução da SELIC (passou de 46,1% em junho do ano passado para 43,8% em dezembro de 2011). “Apesar do mercado ser favorável hoje, será que o brasileiro está aproveitando de maneira apropriada o uso do crédito disponível na praça?”, fica a dúvida levantada por Felisoni.

Pelo sim ou pelo não, cabe ao varejo redobrar os seus cuidados com as concessões de crédito excessivamente oferecidas aos seus clientes.


Pelas agências de Minas


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