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Ano após ano pesquisas trazem números alarmantes de como as pessoas estão lendo menos. Se lêem menos de fato eu não sei. Mas que lêem diferente isso é certo. A internet mudou o jeito de ler como Homo Sapiens mudou a vida do Australopitecus. Nada que Darwin já não tivesse vociferado lá em 1859. Mas ao invés de ficar chorando sobre o impresso derramado nas bancas, já era hora de fazer alguma coisa.E que bela coisa a tal da MegaNews fez.
De maneira bem resumida – como os leitores cada vez mais preferem – eles inventaram a revista on demand. Como funciona? Com um sistema de impressão instantânea. Você escolhe o que quer ler entre mais de 200 títulos disponíveis, paga somente pelo que escolheu e em dois minutos está com o exemplar na mão.
Pode ser melhor? O melhor é que pode. Tudo isso pagando cerca de 60% do custo de uma revista “normal”, pois são eliminados os custos de distribuição, do encalhe na banca e da reciclagem do que não foi vendido. Ah, claro. Além de ter o quase mandatório componente do politicamente correto por não derrubar árvores desnecessariamente.
Se isso vai realmente revolucionar a indústria ou pelo menos garantir uma sobrevida aos impressos eu não sei. Mas num momento em que a gente vê a Editora Abril descontinuando revistas como Alfa e Bravo!, qualquer tentativa para mudar o panorama é valida.
Afinal, como bem dizia Charles Darwin:
“Não são as espécies mais fortes que sobrevivem nem as mais inteligentes, e sim as mais suscetíveis a mudanças”.
Fonte: B9
Só uma reflexão
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O aumento do número de pessoas empregadas com carteira assinada impulsionou o mercado de cartões de crédito nos últimos anos, segundo estudo divulgado pela Serasa Experian.
Os maiores entusiastas dos cartões de crédito são adultos com média de trinta anos e renda mensal média de R$ 1428,78. O grupo, que representava 12% do total de consumidores brasileiros de cartões de créditos no ano passado, agora equivale a 16% deste mesmo total.
Baixa renda lidera
Segundo a Serasa, a maior demanda de novos cartões de crédito está na baixa renda (cerca de 26% do total), com idades entre 20 e 30 anos e empregos que exijam pouca qualificação ou mesmo informais.
A pesquisa considera de baixa renda os consumidores que recebem até um salário mínimo (R$ 678).
Os números revelaram ainda um crescimento de adesões e participações da classe E, cuja representatividade passou de 6,2%, em 2009, para 16,8% em 2013, num processo crescente a cada ano.
Juros altos podem favorecer aumento de dívidas
Ainda segundo o estudo, cerca de oito em cada dez pessoas buscam por crédito ou serviços em mais de uma instituição.
"Estes cidadãos estariam começando a aprender a lidar com crédito justamente numa modalidade em que os juros são altos. Assim, o risco de terem uma primeira experiência frustrante de crédito não é desprezível", afirma o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro.
O levantamento usou informações de 1 milhão de CPFs e fez comparativos entre os primeiros trimestres de 2009 a 2013.
Fonte: Serasa Experian
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O aquecimento do mercado imobiliário em cidades como São Paulo e Rio, com aumento nos preços e na oferta de imóveis, levanta preocupações de que exista uma eventual "bolha imobiliária" em cidades brasileiras.
É possível que haja uma sobrevalorização nos preços, que poderiam cair repentinamente se a eventual bolha "estourar"?
Autoridades e especialistas brasileiros descartam a hipótese, mas um economista americano que previu a bolha imobiliária dos Estados Unidos acha preocupante o fato de os preços dos imóveis terem dobrado nos últimos cinco anos nas maiores cidades brasileiras.
E, nos últimos 12 meses, o aumento dos preços do metro quadrado em 16 capitais foi de em média 12,3%, segundo o índice da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) divulgado nesta quarta-feira. Em Curitiba, esse aumento chegou a 26,8%; em São Paulo e Rio, 13,7% e 15,3%, respectivamente.
Dados do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP) apontam que o número de novas unidades de imóveis cresceu 46% e as vendas subiram 63% neste primeiro semestre no Estado.
"Não é possível saber com certeza, mas suspeito que exista uma bolha imobiliária nas maiores cidades do Brasil", disse o economista Robert Shiller, professor da Universidade de Yale (Estados Unidos) e que previu a bolha imobiliária dos EUA. Ele esteve em Campos do Jordão (SP) neste final de semana para um congresso da BM&FBovespa.
"O fato de os preços terem dobrado nos últimos cinco anos não soa bem. Se os preços caírem, isso pode criar problemas", afirmou Shiller, fazendo a ressalva de que não conhece a fundo a realidade brasileira.
Ele alega que, nos Estados Unidos, a possibilidade de um imóvel perder valor era vista como inimaginável - e, no entanto, foi isso o que aconteceu com a crise de 2008, fazendo com que muitos proprietários vissem seu patrimônio se depreciar. Em muitos casos, hipotecas passaram a superar o valor dos imóveis.
Brasil diferente
O caso do Brasil, no entanto, é diferente dos EUA, argumenta Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo).
"Em conversas com Banco Central, Caixa Econômica Federal e Abecip (Associação Brasileira de Crédito Imobiliário), descartamos completamente a hipótese de uma bolha aqui", diz Petrucci à BBC Brasil, alegando que o aumento de preços acompanhou o crescimento econômico do país e, no momento, reflete os custos mais altos de terreno e de mão de obra e matéria-prima.
"O que está acontecendo está dentro da normalidade. Nos EUA, mais do que uma crise imobiliária, houve uma crise de papéis (em referência à comercialização, no mercado financeiro, de títulos de hipotecas que se revelaram 'podres', gerando a crise do subprime). Aqui, a geração de emprego e renda continua positiva, o financiamento segue abundante e barato e temos uma população economicamente ativa grande (apta a comprar imóveis)."
Segundo ele, as taxas de financiamento imobiliário não superam os 10,5% ao ano - pouco acima da atual taxa básica (Selic), de 9%.
Petrucci argumenta que o sistema de crédito imobiliário ainda tem "saúde" no Brasil, que o estoque de imóveis não vendidos está equilibrado (uma redução desse estoque levou a aumentos nos preços em 2010) e que os preços não devem subir mais aos níveis de 2009 e 2011.
O ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco declarou, também no congresso da BM&FBovespa, que é preciso "ficar de olho" nos preços dos imóveis, mas que não vê perigos imediatos de uma bolha imobiliária, porque a demanda por imóveis se mantém consistente no país.
Comportamento anormal
Eduardo Zylberstajn, economista da Fipe e coordenador do índice que mede os preços dos imóveis, admite que existe uma preocupação com os preços.
"Não é normal que os preços dobrem (em tão pouco tempo). É algo que precisa ser estudado e debatido", diz à BBC Brasil.
"Mas tampouco era normal a situação que vivemos nos anos 1980 e 1990, quando a hiperinflação corroeu ativos e inibiu o crédito", agrega. Ou seja, seguindo esse raciocínio, o boom imobiliário é decorrência de uma demanda reprimida por crédito e por moradia.
"Minha impressão é de que os preços estão muito ligados ao desempenho do mercado de trabalho, que esteve muito aquecido, mas dá sinais de mudanças de rumo - com salários (crescendo em ritmo) mais moderado", completa o economista. "Isso deve afetar a demanda por imóveis."
Ele cita o caso do Rio, onde a Fipe chegou a observar aumentos de preços de 50% em curto período de tempo. Esse aumento baixou agora para a casa dos 15%, com leve tendência de queda.
Fonte: Folha|Uol
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